"A vitória da Custódia"

23-02-2002
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"A Vitória da Custódia"

Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2002 A propósito do texto assinado pelo jornalista Luciano Alvarez intitulado "A vitória da Custódia", gostaria, na qualidade de coordenador dos deputados do PS eleitos pelo distrito de Lisboa, de manifestar a minha indignação pelo conteúdo injusto e achincatório para com uma pessoa que tem tido ao longo de toda a sua vida política, iniciada antes do 25 de Abril de 1974, uma atitude de defesa intransigente dos direitos das pessoas mais desfavorecidas da nossa sociedade. Custódia Fernandes, deputada do Partido Socialista eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa, é sindicalista desde antes do 25 de Abril, presentemente é vice-presidente do Sindicato dos Escritórios e Serviços (Sitese), foi durante muitos anos o principal apoio desse histórico sindicalista que foi o malogrado António Janeiro e, como deputada, tem ao nível do trabalho efectuado na sua comissão parlamentar, a comissão do Trabalho, uma actividade impressionante em favor e defesa dos interesses, quando justos, daqueles que a essa comissão se dirigiram. Posso garantir que terá sido pela sua tenacidade e capacidade de persuasão exercida no âmbito da sua função fiscalizadora que muitos trabalhadores de algumas empresas em liquidação, seguramente mais de cem, não foram para o desemprego, o que só por si, em meu entender e no meio de tanta inutilidade oratória, justifica uma legislatura. Custódia Fernandes tem contudo um "defeito grave" para certos "meios", que é o de ser leal ao seu partido e Governo, pelo que, na realidade, votou sempre a favor do PS e do Governo, facto que, pelos vistos, é um crime. Efectivamente, tenho consciência de que para alguns meios, designadamente para a comunicação social, têm muito mais interesse os deputados que sistematicamente chamam a atenção para as críticas que fazem ao Governo e ao seu próprio partido. Concluirei dizendo que, se os deputados fossem eleitos em círculos uninominais, certamente a Custódia Fernandes coleccionaria vitórias e, os outros, os "tais" que têm muita visibilidade, provavelmente na sua grande maioria teriam muitas dificuldades em ser eleitos. Miguel Coelho, Lisboa OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO EDITORIAL

Desculpem, mas não entendo

OPINIÃO

O mito da subordinação dos homens

Jornalistas e actividade política

América à solta

O FIO DO HORIZONTE

O princípio da dúvida

CARTAS AO DIRECTOR

Farmácias políticas

"Venda de medicamentos à unidade é terceiro-mundista"

"Terceiro-mundista"?

"A vitória da Custódia"

Citações

O PÚBLICO ERROU

Errata

"A Vitória da Custódia"

Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2002 A propósito do texto assinado pelo jornalista Luciano Alvarez intitulado "A vitória da Custódia", gostaria, na qualidade de coordenador dos deputados do PS eleitos pelo distrito de Lisboa, de manifestar a minha indignação pelo conteúdo injusto e achincatório para com uma pessoa que tem tido ao longo de toda a sua vida política, iniciada antes do 25 de Abril de 1974, uma atitude de defesa intransigente dos direitos das pessoas mais desfavorecidas da nossa sociedade. Custódia Fernandes, deputada do Partido Socialista eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa, é sindicalista desde antes do 25 de Abril, presentemente é vice-presidente do Sindicato dos Escritórios e Serviços (Sitese), foi durante muitos anos o principal apoio desse histórico sindicalista que foi o malogrado António Janeiro e, como deputada, tem ao nível do trabalho efectuado na sua comissão parlamentar, a comissão do Trabalho, uma actividade impressionante em favor e defesa dos interesses, quando justos, daqueles que a essa comissão se dirigiram. Posso garantir que terá sido pela sua tenacidade e capacidade de persuasão exercida no âmbito da sua função fiscalizadora que muitos trabalhadores de algumas empresas em liquidação, seguramente mais de cem, não foram para o desemprego, o que só por si, em meu entender e no meio de tanta inutilidade oratória, justifica uma legislatura. Custódia Fernandes tem contudo um "defeito grave" para certos "meios", que é o de ser leal ao seu partido e Governo, pelo que, na realidade, votou sempre a favor do PS e do Governo, facto que, pelos vistos, é um crime. Efectivamente, tenho consciência de que para alguns meios, designadamente para a comunicação social, têm muito mais interesse os deputados que sistematicamente chamam a atenção para as críticas que fazem ao Governo e ao seu próprio partido. Concluirei dizendo que, se os deputados fossem eleitos em círculos uninominais, certamente a Custódia Fernandes coleccionaria vitórias e, os outros, os "tais" que têm muita visibilidade, provavelmente na sua grande maioria teriam muitas dificuldades em ser eleitos. Miguel Coelho, Lisboa OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO EDITORIAL

Desculpem, mas não entendo

OPINIÃO

O mito da subordinação dos homens

Jornalistas e actividade política

América à solta

O FIO DO HORIZONTE

O princípio da dúvida

CARTAS AO DIRECTOR

Farmácias políticas

"Venda de medicamentos à unidade é terceiro-mundista"

"Terceiro-mundista"?

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O PÚBLICO ERROU

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