DN

14-08-2001
marcar artigo

O DN investigou e descobriu que o Madesant é um banco gestor de negócios por conta própria, ou seja, onde estão domiciliadas as carteiras de valores mobiliários detidas pelo espanhol Banco Santander Central Hispano (BSCH), não constando do perímetro de consolidação do Santander Portigal. O Banco Madesant detém, entre outras participadas, 100 % do capital da Aljardi.

A sociedade tem um conselho directivo presidido por Martin Manuel Armas Aguero e o presidente da sua comissão de fiscalização é António José Correia de Jesus. A sede está localizada na avenida Arriaga, no Funchal. O Banco Madesant não tem agências abertas, nem no país nem no estrangeiro. O rácio de lucros por trabalhador compara-se, por exemplo, com o BCP, que com 18 494 empregados teve um resultado líquido de cerca de 100 milhões de contos.

Normalmente este tipo de instituições, sedeadas em zonas fiscalmente mais favoráveis (üMO4yoff-shoreüMO0y ou semelhantes), tendem a transferir os custosüMO4y üMO0ypara zonas onde se podem imputar encargos fiscais. Pelo contrário, os lucros são passados pelaüMO4y offshoreüMO0y, fugindo a impostos. Em resultado, apresentam taxas efectivas em IRC abaixo da média da indústria.

Mas o Madesant não é o único banco a operar em Portugal que escapa às características típicas da actividade. O Cetelem - outro banco cujo nome não dirá nada à generalidade dos cidadãos - consegue operar sem nenhum funcionário, mas apresenta um resultado líquido de 5,29 milhões de contos. Os recursos captados equivalem a zero. O banco não passa de uma rede de concessão de crédito ao consumo com contratos feitos aos balcões das lojas aderentes.

Os 47 bancos em actividade em Portugal no ano passado geraram lucros líquidos de 479 milhões de contos, mais 54,5 % que no anos anterior. A Caixa Geral de Depósitos lidera o üMO4ytopüMO0y, com 109 milhões de contos, seguida pelo BCP (101,3 milhões) e BES (45,7 milhões). Os activos totais ascendiam a 55,3 mil milhões de contos, mais 9 % que em 99. O crédito a clientes entrou em desaceleração, crescendo 22,7 %, contra um crescimento de 25,9 % no ano anterior. Os recursos de clientes também abrandaram, subindo apenas 11,3 % (contra 12,2 %). O forte crescimento dos resultados bancários ficou a dever-se, em boa parte, ao aumento dos resultados extraordinários, que atingiram os 401 milhões de contos, mais 75 % que em 99.

O DN investigou e descobriu que o Madesant é um banco gestor de negócios por conta própria, ou seja, onde estão domiciliadas as carteiras de valores mobiliários detidas pelo espanhol Banco Santander Central Hispano (BSCH), não constando do perímetro de consolidação do Santander Portigal. O Banco Madesant detém, entre outras participadas, 100 % do capital da Aljardi.

A sociedade tem um conselho directivo presidido por Martin Manuel Armas Aguero e o presidente da sua comissão de fiscalização é António José Correia de Jesus. A sede está localizada na avenida Arriaga, no Funchal. O Banco Madesant não tem agências abertas, nem no país nem no estrangeiro. O rácio de lucros por trabalhador compara-se, por exemplo, com o BCP, que com 18 494 empregados teve um resultado líquido de cerca de 100 milhões de contos.

Normalmente este tipo de instituições, sedeadas em zonas fiscalmente mais favoráveis (üMO4yoff-shoreüMO0y ou semelhantes), tendem a transferir os custosüMO4y üMO0ypara zonas onde se podem imputar encargos fiscais. Pelo contrário, os lucros são passados pelaüMO4y offshoreüMO0y, fugindo a impostos. Em resultado, apresentam taxas efectivas em IRC abaixo da média da indústria.

Mas o Madesant não é o único banco a operar em Portugal que escapa às características típicas da actividade. O Cetelem - outro banco cujo nome não dirá nada à generalidade dos cidadãos - consegue operar sem nenhum funcionário, mas apresenta um resultado líquido de 5,29 milhões de contos. Os recursos captados equivalem a zero. O banco não passa de uma rede de concessão de crédito ao consumo com contratos feitos aos balcões das lojas aderentes.

Os 47 bancos em actividade em Portugal no ano passado geraram lucros líquidos de 479 milhões de contos, mais 54,5 % que no anos anterior. A Caixa Geral de Depósitos lidera o üMO4ytopüMO0y, com 109 milhões de contos, seguida pelo BCP (101,3 milhões) e BES (45,7 milhões). Os activos totais ascendiam a 55,3 mil milhões de contos, mais 9 % que em 99. O crédito a clientes entrou em desaceleração, crescendo 22,7 %, contra um crescimento de 25,9 % no ano anterior. Os recursos de clientes também abrandaram, subindo apenas 11,3 % (contra 12,2 %). O forte crescimento dos resultados bancários ficou a dever-se, em boa parte, ao aumento dos resultados extraordinários, que atingiram os 401 milhões de contos, mais 75 % que em 99.

marcar artigo