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28-02-2002
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28 FEVEREIRO 2002 5:21 23 FEVEREIRO

Polícias sem subsídio de risco

Agente da PSP assassinado A morte de um agente da PSP, ao fim da tarde de ontem, na Damaia, Amadora, levantou de novo a questão do subsídio de risco, reivindicado pela polícia há cerca de 15 anos. Felisberto Silva, de 25 anos, de origem cabo-verdiana, casado e pai de uma criança de um ano e meio, foi assassinado quando tentava identificar um indivíduo envolvido num acidente de viação. O crime ocorreu a meio da tarde de ontem, na sequência de um acidente entre três veículos, num dos quais seguiam o autor dos disparos e um segundo indivíduo, que também fugiu. O crime ocorreu a meio da tarde de ontem, na sequência de um acidente entre três veículos, num dos quais seguiam o autor dos disparos e um segundo indivíduo, que também fugiu. Ao serem abordados para se indentificarem, um dos ocupantes da viatura empunhou uma arma e efectuou os disparos que atingiram o jovem polícia, que prestava serviço no Comando Distrital de Lisboa da PSP há cerca de dois anos e meio, estando colocado na esquadra da Damaia desde Agosto. Ao serem abordados para se indentificarem, um dos ocupantes da viatura empunhou uma arma e efectuou os disparos que atingiram o jovem polícia, que prestava serviço no Comando Distrital de Lisboa da PSP há cerca de dois anos e meio, estando colocado na esquadra da Damaia desde Agosto. A polícia Judiciária está a investigar o crime, e fontes da PSP garatiram «haver indicações sobre a identidade do agressor». A polícia Judiciária está a investigar o crime, e fontes da PSP garatiram «haver indicações sobre a identidade do agressor». A Associação Sócio Profissional da PSP (ASPP) já lembrou que o subsídio de risco de 15 mil contos, reivindicado pelos agentes e prometido há muitos anos por sucessivos governos, nunca chegou. Paulo Rodrigues, daquela organização, salientou que «são coisas que nós já prevíamos e focamos este problema na altura do ministro da Administração Interna Jorge Coelho. Ainda hoje estamos à espera de resposta». A Associação Sócio Profissional da PSP (ASPP) já lembrou que o subsídio de risco de 15 mil contos, reivindicado pelos agentes e prometido há muitos anos por sucessivos governos, nunca chegou. Paulo Rodrigues, daquela organização, salientou que «são coisas que nós já prevíamos e focamos este problema na altura do ministro da Administração Interna Jorge Coelho. Ainda hoje estamos à espera de resposta». Segundo o dirigente da ASPP, o «único apoio» que a família de Felisberto Silva pode obter é o seguro feito pela própria associação para estes casos, quando «deveria ser a Polícia» a implementar o seguro de risco. Segundo o dirigente da ASPP, o «único apoio» que a família de Felisberto Silva pode obter é o seguro feito pela própria associação para estes casos, quando «deveria ser a Polícia» a implementar o seguro de risco. O ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, emitiu um comunicado em que manifesta um «profundo pesar» pela morte do agente «assassinado no cumprimento da sua missão», salientando que «tudo será feito» para «identificar e responsabilizar os autores deste acto criminoso». O ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, emitiu um comunicado em que manifesta um «profundo pesar» pela morte do agente «assassinado no cumprimento da sua missão», salientando que «tudo será feito» para «identificar e responsabilizar os autores deste acto criminoso». Severiano Teixeira exprimiu ainda a sua «confiança no profissionalismo e dedicação da Policia de Segurança Pública, pilar fundamental da segurança de todos os cidadãos». Severiano Teixeira exprimiu ainda a sua «confiança no profissionalismo e dedicação da Policia de Segurança Pública, pilar fundamental da segurança de todos os cidadãos». 14:00 5 Fevereiro 2002

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Comentários

21 a 40 de 143 carvalho Negro 11:24 6 Fevereiro 2002 Amigo Escaravelho

A morada que consta no registo de propriedade do carro é a do seu proprietário. O carro não tem residência habitual ou sede.

Penso eu de que...

Seja. Não vamos ser fundamentalistas ;) sisko 10:41 6 Fevereiro 2002 A DEMAGOGIA DO DURAO....

Até chega a ser insultuoso as promessas do Durão Barroso.

Se a economia portuguesa, e não só, anda tão mal como ele afirma, são com promessas tipo privatizar a CGD, baixar IRS (que so beneficia o escalão mais elevado), aumentar o IVA (um imposto cego), baixar o IRC (para as empresas), dar subsidio de risco a uma profissão de risco (já agora deviam receber subsidios todas as forças de segurança, GNR, PJ, PSP e tambem os BOMBEIROS, A GUARDA COSTEIRA, GUARDAS FLORESTAIS) que são profissões em que as pessoas estão sujeitos a serem baleados por criminosos, traficantes ou caçadores (como aconteceu há uns dias atras), mortos num incendio (como já aconteceu várias vezes)... enfim se se abrir este precedente, se o DUrão começa a desbaratar dinheiros publicos como promete e reduz as receitas como promete baixando impostos.... onde é que vai parar a despesa publica???

Se desta vez portugal recebeu um SINAL de ALERTA da União,.. o que irá receber daqui a um ano se o Durão se vestir de "papai noel"??

É preceiso respeitar os eleitores e nao ofender a sua inteligencia.

Podemos não perceber muito de Economia e Finanças, mas está claro que o que DUrão anda pra aí a dizer é pura DEMAGOGIA POLITICA.

Escaravelho 10:26 6 Fevereiro 2002 Caro Carvalho Negro

Quanto ao ponto 1/, de acordo.

Qaunto ao ponto 2/, "a morada do carro" significa a morada que consta no registo de propriedade do carro (na Conservatória do Registo Comercial).

Pelo menos, esta notícia é razoavelmente factual. carvalho Negro 10:14 6 Fevereiro 2002 "A polícia já sabe a identidade dos dois homens que, ao final da tarde de segunda-feira, numa rua da Damaia, Amadora, abateram com vários tiros de pistola um agente da PSP. Um dos suspeitos, aquele que terá efectuado os disparos, é um velho conhecido das autoridades, que o procuram, pelo menos, desde 1993. Para além de estar conotado com redes de tráfico de droga, é-lhe também apontada a provável autoria de outros homicídios.

A primeira descoberta relevante dos investigadores (diversas equipas da PSP e PJ estão empenhadas no serviço) prende-se com a viatura abandonada pelos dois suspeitos. Ao que o PÚBLICO apurou, o carro em causa é propriedade da namorada do homem que terá feito os disparos fatais. Trata-se de uma mulher que, há cerca de uma semana, foi detida na posse de cerca de meio quilo de droga. Encontra-se agora presa preventivamente no Estabelecimento Prisional de Tires.

A morada do carro em causa levou a polícia até ao bairro degradado da Azinhaga dos Besouros. Uma vez aí chegados, os investigadores deram com um estabelecimento comercial que serve como referência, para entrega de correio, de um vasto leque de indivíduos. No mesmo bairro, num quarto alugado, residiria ainda o segundo ocupante do carro (aquele que não terá efectuado qualquer disparo, mas que poderá vir a enfrentar uma acusação de co-autoria do crime). Este suspeito, ao que tudo indica, terá passado pelo quarto pouco depois do homicídio, tendo-se ausentado para parte incerta. Ainda assim, os investigadores já conhecem a sua identidade."

No Público

P.S:

1/ dois homens abateram um polícia mas só um é que disparou. Tá certo.

2/ "A morada do carro..." -> Fiquei sem palavras.

Ana Camoes 09:46 6 Fevereiro 2002 A prova evidente da demagogia de Durao Barroso vem da propria PSP.

CARLOS ZORRINHO

«Forças de segurança dispõem de um subsídio»

O socialista Carlos Zorrinho denunciou que as promessas de Durão Barroso, sobre a atribuição de um subsídio de risco para a polícia, são irresponsáveis e pura demagogia política. Zorrinho garante ainda que as forças de segurança já recebem um subsídio.

19:43

5 de Fevereiro 02

«Lamento a irresponsabilidade e a demagogia de quem aproveita momentos de legítima consternação para fazer propostas que, na sua essência, são irresponsáveis, aumentam o défice público e criam precedentes perfeitamente desajustados», referiu Carlos Zorrinho em relação às promessas de Durão Barroso, quanto à atribuição de um seguro de risco às forças de segurança.

«As forças de segurança dispõem de um subsídio pela sua condição policial, que é 14,5 por cento sobre o seu vencimento, que é aquilo que recebem por estarem expostos a condições de trabalho de risco. Por outro lado, o Estado substitui-se enquanto segurador público e, em caso de morte, como foi o caso de ontem, são accionados processos que levam ao pagamento de uma indemnização», garante o socialista.

«O sistema tem por isso equilíbrio. É preciso pô-lo em prática com rapidez mas é sobretudo importante não aproveitar momentos de dor para fazer demagogia política», acrescentou Zorrinho.

Em resposta a estas declarações, Alberto Torres, dirigente da Associação Sócio-Profissional da Polícia (ASPP), mostrou-se irritado com a discussão política que os partidos estão a promover no dia seguinte à morte de uma gente da PSP na Damaia.

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Escaravelho 09:29 6 Fevereiro 2002 A Ana Camões é bastante contundente, mas acaba, infelizmente, por ter razão.

O aproveitamento político que o Durão Barroso está a fazer deste caso é inqualificável.

Em primeiro lugar, promete de forma oportunista um subsídio de risco.

Em segundo lugar, não é o subsídio de risco que evita ou resolve esta situação.

Durão Barroso deveria era ter a coragem de prometer aumentar os vencimentos dos polícias, reforçar o orçamento da Justiça (nomeadamente dos tribunais) e reforçar a autoridade do Estado e das polícias.

Dura Ana Camoes 09:13 6 Fevereiro 2002 Dias Loureiro so se for para meter Policias contra Policias a porrada como fez quando era ministro.

E preciso nao esquecer que foi DIas Loureiro que mandou a Policia de choque carregar sobre os colegas da PSP quando estes se manifestavam pacificamente no Terreiro do Paco.

O que a Policia precisa, mais do que de um subsidio de risco, e de um seguro de invalidez e de vida que em acidentes como este lhes permita e as suas familias viverem com dignidade.

Por isso o subsidio de risco e demagogia. Prometer nao custa. Nem sequer cumprir. Basta instituir um subsidio de risco de 500$00 por mes e esta a promessa cumprida. O pior e que isso nao resolveria a situacao dos agentes. Dar um subsidio de risco muito superior e impossivel por que e necessario cortar nos gastos publicos. vigilante 07:50 6 Fevereiro 2002 Não podemos falar só por falar.

Temos de ser coerentes com a aquilo que pensamos e aquilo que dizemos.

Quero que me respondam a esta pergunta.

Um polícia que se encontra a uma esquina a guardar qualquer edíficio público e que esteja num sítio onde passam milhares de pessoas todos os dias tem que receber subsídio de risco?

Ou um polícia que pertence a uma brigada anti crime que tem de quando em vez de ire às Covas da Moura, às fontaínhas e a outros bairros degradados fazer rusgas e em que está exposto a todo o tipo de crime deve estar em condições semelhantes à daquele polícia de giro ?

Não vamos ser demagogos.!!!

Se um polícia ganha pouco? Isso é outro problema. Taborda 02:42 6 Fevereiro 2002 Dias Loureiro ao poder!

Não há duvida que as coisas andam mal, para já se chegar ao ponto de despejar um carregador sobre alguem que apenas pede a identificação.

A propósito deste incidente, aproveito para perguntar porque razão um puto que tem liamba no quintal vai preso preventivamente, e um assaltante apanhado em flagra sai em liberdade (Evora).Se bem me lembro, este aumento da violência surgiu com mais aquidade aquando da passagem do Fernando Gomes pelo governo, mas se perguntarem á Ana Camões, é provavel que fiquem a saber que o individuo que baleou o agente da PSP foi pago pelo Durão Barroso ou algum familiar dele, para ganhar votos mas próximas eleições. Justin Ray 00:44 6 Fevereiro 2002 Algumas breves reflexões sobre o assassinato de um agente da PSP, anteontem dia 4 de Fevereiro, na Damaia:

1º) O crime em causa, mais do que um vulgar homícidio, foi uma verdadeira execução;

2º) A vítima foi morta porque era negra e porque era polícia, em suma, na visão dos seus executores, seguramente embrenhados no bárbaro universo "rapesco", um traidor racial e um colaborador do inimigo branco;

3º) Deplora-se que o Expresso, referindo que o polícia morto era de origem caboverdiana, se tenha "esquecido" que os seus assassinos também eram africanos, omitindo assim, de forma inadmissivelmente censória, um aspecto imprescindível para a compreensão deste trágico acontecimento;

4º) Lamenta-se, enfim, que a generalidade da imprensa portuguesa, com atitudes como a descrita em 3º), continue a ocultar de modo ostensivo o comportamento criminoso de parte da segunda geração de imigrantes africanos residentes em Portugal, bem como a "cultura" e os valores (ou antivalores) dominantes entre aquela, directos responsáveis pela incapacidade por ela revelada em reger o seu comportamento em conformidade com as regras comummente aceites de vivência social. alarme 00:42 6 Fevereiro 2002 Subsídio de risco???

O que é que o subsídio de risco tem a ver com uma sociedade onde os agentes de segurança podem ser assassinados em plena via pública por um desconhecido? Eu também vou já a correr aumentar o meu seguro de vida, para me sentir mais protegido. Porque quanto maiores forem os seguros de vida menos hipóteses haverá de que nos matem assim na rua, sem mais nem quê. Se toda a gente fizesse como eu, acabavam os crimes em Portugal. Somos um povo muito estúpido. Reader 00:16 6 Fevereiro 2002 Caramba ! Eu não usaria a terminologia do leitor "Lixado", mas de facto isto é de ficar lixado!

Se há por aqui leitores com doutoramento, recomendo que versem as respectivas opiniões nos comentários gerais.

Este espaço, recordo, é dedicado ao pobre do agente que morreu em serviço.

Por um dramático acaso, esse agente até era negro e foi baleado, ao que parece, por um indivíduo de cor idêntica.

Ironia do destino : tivesse ele seguido as pisadas da maioria dos seus, quem sabe se a esta hora não estaria vivo, a disfrutar um belo blusão, um relógio ou um telemóvel gamado a um dos filósofos destas páginas.

Por isso, pela integridade que revelou ao procurar inserir-se numa sociedade (aparentemente) civilizada, merece um pouco mais do nosso respeito. zippiz 23:09 5 Fevereiro 2002 ao sr.Platão :

por acaso tem alguma coisa a dizer/escrever sobre a noticia "agente da psp assassinado" ? lixado 22:03 5 Fevereiro 2002 PARA O PLATÃO E O DUENDE:

E SE FOSSEM PRÓ "CARA..." MAIS AS VOSSA ESPECULAÇÕES PSEUDO FILOSÓFICAS, POSSIVELMENTE SOIS DE ALGUM MINISTÉRIO, ESTAIS A "MAMAR" DO ERÁRIO PÚBLICO E EM VEZ DE TRABALHAR ANDAIS AQUI A "BASOFAR".

COM LICENÇA .... BARDAMERDA PARA VOSSASSENHORIAS !! Pokamon 21:52 5 Fevereiro 2002 Imaginem só, o que diria a comunicação social, se tivesse sido o polícia a matar o bandido. Platão 19:53 5 Fevereiro 2002 Duende - Filosofia v. Ideologia

Assim, sim, Duende !

O seu silogismo das 13h20 não passa de um raciocínio redutor que conseguiu impressionar alguns contribuidores pela qualidade da argumentação, que é inegável, mas onde o brilhantismo serve acima de tudo para esconder a falta de conteúdo.

Neste seu comentário das 17h59, é o contrário: entra em terrenos onde se sente menos à vontade, o que é corajoso da sua parte, mas o raciocínio deixou de ter a mesma genica, a lógica sofreu.

Antes de mais, não tenho a certeza se é a palavra “antropológico” que melhor servirá na sua argumentação. Antropologia é uma ciência que trata do desenvolvimento humano, sobretudo numa perspectiva histórica, e não do pensamento, que é aquilo que aqui estamos a discutir. Mas é consigo.

Mas dizer que na “antropologia cristã (mais propriamente católica)” o Homem caiu no pecado mas pode salvar-se” já pede mais atenção: aqui não é “antropologia”, mas sim “doutrina”, e a doutrina da salvação é tão Protestante como Católica.

Bem, mas mantém-se num vector religioso. Diz que “o mito do Juízo Final significa que Deus deu liberdade ao Homem para escolher entre o Bem e o Mal”. Aqui está mesmo a precisar de clarificação. O Juizo Final não é mito, é de novo doutrina. E o Homem consegue distinguir ente o Bem e o Mal não por causa do Juizo Final, mas porque Deus nos ofereceu o Seu filho, que se fez homem e nos veio a ensinar a diferença: o Juizo Final só serve para apanhar os não conseguiram aprendê-la!

De seguida, entra em terrenos onde tem mais conhecimentos e a sua argumentação melhora consideravelmente, e já ia eu cheio de esperança para a sua conclusão, quando afirma que a dicotomia fundamental não é entre aqueles que acham que o Homem é naturalmente bom, e aqueles que acham precisamente o contrário, mas sim entre aqueles que acham que o Homem é essencialmente livre, e aqueles que acham que “POR CAUSA da sua raça, da sua etnia, da sua classe, do seu sexo” , não o é.

Deixou-me sem palavras. Reli várias vezes. Imprimi. Cliquei em “forward” não fosse o resto da sua argumentação estar no outro ecran. Mas não. Postula a conclusão sem outra defesa que não seja ela própria.

Francamente, Duende, depois do brilharete que tinha feito à hora do almoço !

Neste capítulo, recomendo-lhe a leitura do Leviathan do Thomas Hobbes, um bocadinho ultrapassado, um bocadinho velhinho, é certo, mas que achará interessante. É que para este autor, o homem primitivo tinha a liberdade total, vivia na ausência absoluta de regras. Assim, a sua vida era “nasty, brutish and short”. O pior possível. Essa liberdade total permitia-lhe fazer o que lhe apetecesse. Roubar. Matar. Etc. Mas como isso é mau para a vida, pois eu nunca sei se não vai aí aparecer um mais forte do que eu, que me roube e me mate, assim para Hobbes os homens acabaram por se juntar e entregaram o seu monopólio de violência ao Estado, abdicaram dessa liberdade que era altamente lesiva para a liberdade dos outros, e constituiram-se em sociedade.

É só uma das teorias do contrato social, e há outras, mas tem um mérito: não tem ideologia, é neutra. Não depende dos conhecimentos ou das modas políticas deste momento para ser aceite, ou para ser rejeitado.

Duende, ponha-se a pau com a ideologia. Não fortalece o debate nem promove o rigor.

Kllux 19:49 5 Fevereiro 2002 Reader ...

...tem toda a razao!

Ca vao noticias frescas:

O Bloco de Esquerda (BE) relacionou

hoje com a demolição do Casal Ventoso o aumento da violência e da

criminalidade em bairros degradados da periferia de Lisboa, como a

Cova da Moura na Amadora.

Em comunicado, o BE refere que "o quotidiano de violência

desses bairros tem-se agravado muito sensivelmente desde a demolição

do Casal Ventoso".

Referindo-se à demolição do Casal Ventoso como " um complexo

processo, tratado com a simplicidade das inaugurações", o BE alega

que o tráfico, outrora praticado no "hipermercado lisboeta de

heroína", se instalou em "pequenos Casais Ventosos" como a Cova da

Moura, o Bairro do Zambujal ou a Azinhaga dos Besouros.

"Atingidos foram os focos de exclusão social da periferia, com

destaque para os da Amadora, o concelho da Área Metropolitana de

Lisboa onde se encontram mais atrasadas as políticas de realojamento

e eliminação das barracas".

O comunicado do BE, que apresenta as condolências à família de

Felisberto Silva, o agente da PSP morto segunda-feira na Damaia,

refere ainda que "para enfrentar" o aumento da criminalidade "é

preciso prender os criminosos e desmantelar a estrutura do crime,

retirando o negócio ao narcotráfico e "desmantelar as suas redes de

financiamento e de encobrimento".

Reader 19:31 5 Fevereiro 2002 Julgo que os comentadores desta página estão a esquecer-se de que um agente da polícia foi assassinado por marginais, durante o cumprimento do dever.

Um pouco de respeito não ficaria mal a esses comentadores folgazões. Reader 19:27 5 Fevereiro 2002 Julgo que os comentadores desta página estão a esquecer-se de q carvalho Negro 18:45 5 Fevereiro 2002 Actualização

"A polícia deteve na terça-feira três suspeitos da morte do agente da PSP assassinado na segunda-feira na Damaia. Os suspeitos foram detidos no bairro da Cova da Moura, no concelho da Amadora.

A operação envolveu 30 agentes da brigada anti-crime e PSP, conta a SIC, adiantando que, ao contrário do que contaram testemunhas, a arma utilizada no crime não foi a do agente Felisberto Silva mas sim uma segunda arma.

Está ainda por averiguar o número de tiros disparados pelo suspeito. Na segunda-feira falava-se de seis ou sete tiros. "

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28 FEVEREIRO 2002 5:21 23 FEVEREIRO

Polícias sem subsídio de risco

Agente da PSP assassinado A morte de um agente da PSP, ao fim da tarde de ontem, na Damaia, Amadora, levantou de novo a questão do subsídio de risco, reivindicado pela polícia há cerca de 15 anos. Felisberto Silva, de 25 anos, de origem cabo-verdiana, casado e pai de uma criança de um ano e meio, foi assassinado quando tentava identificar um indivíduo envolvido num acidente de viação. O crime ocorreu a meio da tarde de ontem, na sequência de um acidente entre três veículos, num dos quais seguiam o autor dos disparos e um segundo indivíduo, que também fugiu. O crime ocorreu a meio da tarde de ontem, na sequência de um acidente entre três veículos, num dos quais seguiam o autor dos disparos e um segundo indivíduo, que também fugiu. Ao serem abordados para se indentificarem, um dos ocupantes da viatura empunhou uma arma e efectuou os disparos que atingiram o jovem polícia, que prestava serviço no Comando Distrital de Lisboa da PSP há cerca de dois anos e meio, estando colocado na esquadra da Damaia desde Agosto. Ao serem abordados para se indentificarem, um dos ocupantes da viatura empunhou uma arma e efectuou os disparos que atingiram o jovem polícia, que prestava serviço no Comando Distrital de Lisboa da PSP há cerca de dois anos e meio, estando colocado na esquadra da Damaia desde Agosto. A polícia Judiciária está a investigar o crime, e fontes da PSP garatiram «haver indicações sobre a identidade do agressor». A polícia Judiciária está a investigar o crime, e fontes da PSP garatiram «haver indicações sobre a identidade do agressor». A Associação Sócio Profissional da PSP (ASPP) já lembrou que o subsídio de risco de 15 mil contos, reivindicado pelos agentes e prometido há muitos anos por sucessivos governos, nunca chegou. Paulo Rodrigues, daquela organização, salientou que «são coisas que nós já prevíamos e focamos este problema na altura do ministro da Administração Interna Jorge Coelho. Ainda hoje estamos à espera de resposta». A Associação Sócio Profissional da PSP (ASPP) já lembrou que o subsídio de risco de 15 mil contos, reivindicado pelos agentes e prometido há muitos anos por sucessivos governos, nunca chegou. Paulo Rodrigues, daquela organização, salientou que «são coisas que nós já prevíamos e focamos este problema na altura do ministro da Administração Interna Jorge Coelho. Ainda hoje estamos à espera de resposta». Segundo o dirigente da ASPP, o «único apoio» que a família de Felisberto Silva pode obter é o seguro feito pela própria associação para estes casos, quando «deveria ser a Polícia» a implementar o seguro de risco. Segundo o dirigente da ASPP, o «único apoio» que a família de Felisberto Silva pode obter é o seguro feito pela própria associação para estes casos, quando «deveria ser a Polícia» a implementar o seguro de risco. O ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, emitiu um comunicado em que manifesta um «profundo pesar» pela morte do agente «assassinado no cumprimento da sua missão», salientando que «tudo será feito» para «identificar e responsabilizar os autores deste acto criminoso». O ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, emitiu um comunicado em que manifesta um «profundo pesar» pela morte do agente «assassinado no cumprimento da sua missão», salientando que «tudo será feito» para «identificar e responsabilizar os autores deste acto criminoso». Severiano Teixeira exprimiu ainda a sua «confiança no profissionalismo e dedicação da Policia de Segurança Pública, pilar fundamental da segurança de todos os cidadãos». Severiano Teixeira exprimiu ainda a sua «confiança no profissionalismo e dedicação da Policia de Segurança Pública, pilar fundamental da segurança de todos os cidadãos». 14:00 5 Fevereiro 2002

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21 a 40 de 143 carvalho Negro 11:24 6 Fevereiro 2002 Amigo Escaravelho

A morada que consta no registo de propriedade do carro é a do seu proprietário. O carro não tem residência habitual ou sede.

Penso eu de que...

Seja. Não vamos ser fundamentalistas ;) sisko 10:41 6 Fevereiro 2002 A DEMAGOGIA DO DURAO....

Até chega a ser insultuoso as promessas do Durão Barroso.

Se a economia portuguesa, e não só, anda tão mal como ele afirma, são com promessas tipo privatizar a CGD, baixar IRS (que so beneficia o escalão mais elevado), aumentar o IVA (um imposto cego), baixar o IRC (para as empresas), dar subsidio de risco a uma profissão de risco (já agora deviam receber subsidios todas as forças de segurança, GNR, PJ, PSP e tambem os BOMBEIROS, A GUARDA COSTEIRA, GUARDAS FLORESTAIS) que são profissões em que as pessoas estão sujeitos a serem baleados por criminosos, traficantes ou caçadores (como aconteceu há uns dias atras), mortos num incendio (como já aconteceu várias vezes)... enfim se se abrir este precedente, se o DUrão começa a desbaratar dinheiros publicos como promete e reduz as receitas como promete baixando impostos.... onde é que vai parar a despesa publica???

Se desta vez portugal recebeu um SINAL de ALERTA da União,.. o que irá receber daqui a um ano se o Durão se vestir de "papai noel"??

É preceiso respeitar os eleitores e nao ofender a sua inteligencia.

Podemos não perceber muito de Economia e Finanças, mas está claro que o que DUrão anda pra aí a dizer é pura DEMAGOGIA POLITICA.

Escaravelho 10:26 6 Fevereiro 2002 Caro Carvalho Negro

Quanto ao ponto 1/, de acordo.

Qaunto ao ponto 2/, "a morada do carro" significa a morada que consta no registo de propriedade do carro (na Conservatória do Registo Comercial).

Pelo menos, esta notícia é razoavelmente factual. carvalho Negro 10:14 6 Fevereiro 2002 "A polícia já sabe a identidade dos dois homens que, ao final da tarde de segunda-feira, numa rua da Damaia, Amadora, abateram com vários tiros de pistola um agente da PSP. Um dos suspeitos, aquele que terá efectuado os disparos, é um velho conhecido das autoridades, que o procuram, pelo menos, desde 1993. Para além de estar conotado com redes de tráfico de droga, é-lhe também apontada a provável autoria de outros homicídios.

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No Público

P.S:

1/ dois homens abateram um polícia mas só um é que disparou. Tá certo.

2/ "A morada do carro..." -> Fiquei sem palavras.

Ana Camoes 09:46 6 Fevereiro 2002 A prova evidente da demagogia de Durao Barroso vem da propria PSP.

CARLOS ZORRINHO

«Forças de segurança dispõem de um subsídio»

O socialista Carlos Zorrinho denunciou que as promessas de Durão Barroso, sobre a atribuição de um subsídio de risco para a polícia, são irresponsáveis e pura demagogia política. Zorrinho garante ainda que as forças de segurança já recebem um subsídio.

19:43

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«Lamento a irresponsabilidade e a demagogia de quem aproveita momentos de legítima consternação para fazer propostas que, na sua essência, são irresponsáveis, aumentam o défice público e criam precedentes perfeitamente desajustados», referiu Carlos Zorrinho em relação às promessas de Durão Barroso, quanto à atribuição de um seguro de risco às forças de segurança.

«As forças de segurança dispõem de um subsídio pela sua condição policial, que é 14,5 por cento sobre o seu vencimento, que é aquilo que recebem por estarem expostos a condições de trabalho de risco. Por outro lado, o Estado substitui-se enquanto segurador público e, em caso de morte, como foi o caso de ontem, são accionados processos que levam ao pagamento de uma indemnização», garante o socialista.

«O sistema tem por isso equilíbrio. É preciso pô-lo em prática com rapidez mas é sobretudo importante não aproveitar momentos de dor para fazer demagogia política», acrescentou Zorrinho.

Em resposta a estas declarações, Alberto Torres, dirigente da Associação Sócio-Profissional da Polícia (ASPP), mostrou-se irritado com a discussão política que os partidos estão a promover no dia seguinte à morte de uma gente da PSP na Damaia.

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Comunicado da ASPP sobre a morte de um agente em serviço

(08:33/ 5 Fev )

Escaravelho 09:29 6 Fevereiro 2002 A Ana Camões é bastante contundente, mas acaba, infelizmente, por ter razão.

O aproveitamento político que o Durão Barroso está a fazer deste caso é inqualificável.

Em primeiro lugar, promete de forma oportunista um subsídio de risco.

Em segundo lugar, não é o subsídio de risco que evita ou resolve esta situação.

Durão Barroso deveria era ter a coragem de prometer aumentar os vencimentos dos polícias, reforçar o orçamento da Justiça (nomeadamente dos tribunais) e reforçar a autoridade do Estado e das polícias.

Dura Ana Camoes 09:13 6 Fevereiro 2002 Dias Loureiro so se for para meter Policias contra Policias a porrada como fez quando era ministro.

E preciso nao esquecer que foi DIas Loureiro que mandou a Policia de choque carregar sobre os colegas da PSP quando estes se manifestavam pacificamente no Terreiro do Paco.

O que a Policia precisa, mais do que de um subsidio de risco, e de um seguro de invalidez e de vida que em acidentes como este lhes permita e as suas familias viverem com dignidade.

Por isso o subsidio de risco e demagogia. Prometer nao custa. Nem sequer cumprir. Basta instituir um subsidio de risco de 500$00 por mes e esta a promessa cumprida. O pior e que isso nao resolveria a situacao dos agentes. Dar um subsidio de risco muito superior e impossivel por que e necessario cortar nos gastos publicos. vigilante 07:50 6 Fevereiro 2002 Não podemos falar só por falar.

Temos de ser coerentes com a aquilo que pensamos e aquilo que dizemos.

Quero que me respondam a esta pergunta.

Um polícia que se encontra a uma esquina a guardar qualquer edíficio público e que esteja num sítio onde passam milhares de pessoas todos os dias tem que receber subsídio de risco?

Ou um polícia que pertence a uma brigada anti crime que tem de quando em vez de ire às Covas da Moura, às fontaínhas e a outros bairros degradados fazer rusgas e em que está exposto a todo o tipo de crime deve estar em condições semelhantes à daquele polícia de giro ?

Não vamos ser demagogos.!!!

Se um polícia ganha pouco? Isso é outro problema. Taborda 02:42 6 Fevereiro 2002 Dias Loureiro ao poder!

Não há duvida que as coisas andam mal, para já se chegar ao ponto de despejar um carregador sobre alguem que apenas pede a identificação.

A propósito deste incidente, aproveito para perguntar porque razão um puto que tem liamba no quintal vai preso preventivamente, e um assaltante apanhado em flagra sai em liberdade (Evora).Se bem me lembro, este aumento da violência surgiu com mais aquidade aquando da passagem do Fernando Gomes pelo governo, mas se perguntarem á Ana Camões, é provavel que fiquem a saber que o individuo que baleou o agente da PSP foi pago pelo Durão Barroso ou algum familiar dele, para ganhar votos mas próximas eleições. Justin Ray 00:44 6 Fevereiro 2002 Algumas breves reflexões sobre o assassinato de um agente da PSP, anteontem dia 4 de Fevereiro, na Damaia:

1º) O crime em causa, mais do que um vulgar homícidio, foi uma verdadeira execução;

2º) A vítima foi morta porque era negra e porque era polícia, em suma, na visão dos seus executores, seguramente embrenhados no bárbaro universo "rapesco", um traidor racial e um colaborador do inimigo branco;

3º) Deplora-se que o Expresso, referindo que o polícia morto era de origem caboverdiana, se tenha "esquecido" que os seus assassinos também eram africanos, omitindo assim, de forma inadmissivelmente censória, um aspecto imprescindível para a compreensão deste trágico acontecimento;

4º) Lamenta-se, enfim, que a generalidade da imprensa portuguesa, com atitudes como a descrita em 3º), continue a ocultar de modo ostensivo o comportamento criminoso de parte da segunda geração de imigrantes africanos residentes em Portugal, bem como a "cultura" e os valores (ou antivalores) dominantes entre aquela, directos responsáveis pela incapacidade por ela revelada em reger o seu comportamento em conformidade com as regras comummente aceites de vivência social. alarme 00:42 6 Fevereiro 2002 Subsídio de risco???

O que é que o subsídio de risco tem a ver com uma sociedade onde os agentes de segurança podem ser assassinados em plena via pública por um desconhecido? Eu também vou já a correr aumentar o meu seguro de vida, para me sentir mais protegido. Porque quanto maiores forem os seguros de vida menos hipóteses haverá de que nos matem assim na rua, sem mais nem quê. Se toda a gente fizesse como eu, acabavam os crimes em Portugal. Somos um povo muito estúpido. Reader 00:16 6 Fevereiro 2002 Caramba ! Eu não usaria a terminologia do leitor "Lixado", mas de facto isto é de ficar lixado!

Se há por aqui leitores com doutoramento, recomendo que versem as respectivas opiniões nos comentários gerais.

Este espaço, recordo, é dedicado ao pobre do agente que morreu em serviço.

Por um dramático acaso, esse agente até era negro e foi baleado, ao que parece, por um indivíduo de cor idêntica.

Ironia do destino : tivesse ele seguido as pisadas da maioria dos seus, quem sabe se a esta hora não estaria vivo, a disfrutar um belo blusão, um relógio ou um telemóvel gamado a um dos filósofos destas páginas.

Por isso, pela integridade que revelou ao procurar inserir-se numa sociedade (aparentemente) civilizada, merece um pouco mais do nosso respeito. zippiz 23:09 5 Fevereiro 2002 ao sr.Platão :

por acaso tem alguma coisa a dizer/escrever sobre a noticia "agente da psp assassinado" ? lixado 22:03 5 Fevereiro 2002 PARA O PLATÃO E O DUENDE:

E SE FOSSEM PRÓ "CARA..." MAIS AS VOSSA ESPECULAÇÕES PSEUDO FILOSÓFICAS, POSSIVELMENTE SOIS DE ALGUM MINISTÉRIO, ESTAIS A "MAMAR" DO ERÁRIO PÚBLICO E EM VEZ DE TRABALHAR ANDAIS AQUI A "BASOFAR".

COM LICENÇA .... BARDAMERDA PARA VOSSASSENHORIAS !! Pokamon 21:52 5 Fevereiro 2002 Imaginem só, o que diria a comunicação social, se tivesse sido o polícia a matar o bandido. Platão 19:53 5 Fevereiro 2002 Duende - Filosofia v. Ideologia

Assim, sim, Duende !

O seu silogismo das 13h20 não passa de um raciocínio redutor que conseguiu impressionar alguns contribuidores pela qualidade da argumentação, que é inegável, mas onde o brilhantismo serve acima de tudo para esconder a falta de conteúdo.

Neste seu comentário das 17h59, é o contrário: entra em terrenos onde se sente menos à vontade, o que é corajoso da sua parte, mas o raciocínio deixou de ter a mesma genica, a lógica sofreu.

Antes de mais, não tenho a certeza se é a palavra “antropológico” que melhor servirá na sua argumentação. Antropologia é uma ciência que trata do desenvolvimento humano, sobretudo numa perspectiva histórica, e não do pensamento, que é aquilo que aqui estamos a discutir. Mas é consigo.

Mas dizer que na “antropologia cristã (mais propriamente católica)” o Homem caiu no pecado mas pode salvar-se” já pede mais atenção: aqui não é “antropologia”, mas sim “doutrina”, e a doutrina da salvação é tão Protestante como Católica.

Bem, mas mantém-se num vector religioso. Diz que “o mito do Juízo Final significa que Deus deu liberdade ao Homem para escolher entre o Bem e o Mal”. Aqui está mesmo a precisar de clarificação. O Juizo Final não é mito, é de novo doutrina. E o Homem consegue distinguir ente o Bem e o Mal não por causa do Juizo Final, mas porque Deus nos ofereceu o Seu filho, que se fez homem e nos veio a ensinar a diferença: o Juizo Final só serve para apanhar os não conseguiram aprendê-la!

De seguida, entra em terrenos onde tem mais conhecimentos e a sua argumentação melhora consideravelmente, e já ia eu cheio de esperança para a sua conclusão, quando afirma que a dicotomia fundamental não é entre aqueles que acham que o Homem é naturalmente bom, e aqueles que acham precisamente o contrário, mas sim entre aqueles que acham que o Homem é essencialmente livre, e aqueles que acham que “POR CAUSA da sua raça, da sua etnia, da sua classe, do seu sexo” , não o é.

Deixou-me sem palavras. Reli várias vezes. Imprimi. Cliquei em “forward” não fosse o resto da sua argumentação estar no outro ecran. Mas não. Postula a conclusão sem outra defesa que não seja ela própria.

Francamente, Duende, depois do brilharete que tinha feito à hora do almoço !

Neste capítulo, recomendo-lhe a leitura do Leviathan do Thomas Hobbes, um bocadinho ultrapassado, um bocadinho velhinho, é certo, mas que achará interessante. É que para este autor, o homem primitivo tinha a liberdade total, vivia na ausência absoluta de regras. Assim, a sua vida era “nasty, brutish and short”. O pior possível. Essa liberdade total permitia-lhe fazer o que lhe apetecesse. Roubar. Matar. Etc. Mas como isso é mau para a vida, pois eu nunca sei se não vai aí aparecer um mais forte do que eu, que me roube e me mate, assim para Hobbes os homens acabaram por se juntar e entregaram o seu monopólio de violência ao Estado, abdicaram dessa liberdade que era altamente lesiva para a liberdade dos outros, e constituiram-se em sociedade.

É só uma das teorias do contrato social, e há outras, mas tem um mérito: não tem ideologia, é neutra. Não depende dos conhecimentos ou das modas políticas deste momento para ser aceite, ou para ser rejeitado.

Duende, ponha-se a pau com a ideologia. Não fortalece o debate nem promove o rigor.

Kllux 19:49 5 Fevereiro 2002 Reader ...

...tem toda a razao!

Ca vao noticias frescas:

O Bloco de Esquerda (BE) relacionou

hoje com a demolição do Casal Ventoso o aumento da violência e da

criminalidade em bairros degradados da periferia de Lisboa, como a

Cova da Moura na Amadora.

Em comunicado, o BE refere que "o quotidiano de violência

desses bairros tem-se agravado muito sensivelmente desde a demolição

do Casal Ventoso".

Referindo-se à demolição do Casal Ventoso como " um complexo

processo, tratado com a simplicidade das inaugurações", o BE alega

que o tráfico, outrora praticado no "hipermercado lisboeta de

heroína", se instalou em "pequenos Casais Ventosos" como a Cova da

Moura, o Bairro do Zambujal ou a Azinhaga dos Besouros.

"Atingidos foram os focos de exclusão social da periferia, com

destaque para os da Amadora, o concelho da Área Metropolitana de

Lisboa onde se encontram mais atrasadas as políticas de realojamento

e eliminação das barracas".

O comunicado do BE, que apresenta as condolências à família de

Felisberto Silva, o agente da PSP morto segunda-feira na Damaia,

refere ainda que "para enfrentar" o aumento da criminalidade "é

preciso prender os criminosos e desmantelar a estrutura do crime,

retirando o negócio ao narcotráfico e "desmantelar as suas redes de

financiamento e de encobrimento".

Reader 19:31 5 Fevereiro 2002 Julgo que os comentadores desta página estão a esquecer-se de que um agente da polícia foi assassinado por marginais, durante o cumprimento do dever.

Um pouco de respeito não ficaria mal a esses comentadores folgazões. Reader 19:27 5 Fevereiro 2002 Julgo que os comentadores desta página estão a esquecer-se de q carvalho Negro 18:45 5 Fevereiro 2002 Actualização

"A polícia deteve na terça-feira três suspeitos da morte do agente da PSP assassinado na segunda-feira na Damaia. Os suspeitos foram detidos no bairro da Cova da Moura, no concelho da Amadora.

A operação envolveu 30 agentes da brigada anti-crime e PSP, conta a SIC, adiantando que, ao contrário do que contaram testemunhas, a arma utilizada no crime não foi a do agente Felisberto Silva mas sim uma segunda arma.

Está ainda por averiguar o número de tiros disparados pelo suspeito. Na segunda-feira falava-se de seis ou sete tiros. "

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