Carlos Zorrinho defende comando político em casos como o de Entre-os-Rios

06-07-2001
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Carlos Zorrinho Defende Comando Político em Casos como o de Entre-os-Rios

Por PATRÍCIA COELHO MOREIRA

Sexta-feira, 8 de Junho de 2001

Protecção civil debatida em Aveiro

Secretário de Estado da Administração Interna diz que a "resposta que não podia ser estritamente técnica"

Para o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Carlos Zorrinho, um modelo de metacoordenação ou metacomando - dirigido pelo poder político - é o indicado para circunstâncias como a tragédia gerada em torno da queda da ponte de Entre-os-Rios, e a eventual institucionalização de um tal modelo será mesmo "um passo em frente". A ideia foi avançada ontem em Aveiro, no decorrer do seminário "Entre-os-Rios: Análise e Reflexão sobre a Resposta da Protecção Civil", que reuniu cerca de 20 participantes de diversas áreas.

"A implicação social do acidente de Castelo de Paiva criou impactes que ultrapassaram o domínio da autoridade marítima. Este tipo de circunstância exige uma metacoordenação ou um metacomando, que se instalou no terreno, mas funcionou na lógica da flexibilidade normal e da vontade política muito forte do sr. primeiro-ministro", afirmou em Aveiro Carlos Zorrinho. "É necessária uma metacoordenação e, se vier a ser institucionalizada, damos um passo em frente", defendeu, referindo-se ao que entendeu ser um modelo simples e sob a égide dos políticos que, no futuro, "terá que ser automático".

Orgulho do "espírito de ser português"

Considerando que o cenário envolvente à queda da Ponte de Hintze Ribeiro exigiu "uma resposta que não podia ser estritamente técnica", o secretário de Estado lançou o mote para o encontro, com a pergunta: "Como é que a nossa sociedade, em conjunto, respondeu à tragédia?". Orgulhoso do "espírito de ser português" que verificou no decorre das operações em Entre-os-Rios, e convicto de que a "flexibilidade e capacidade de adaptação dos portugueses é uma mais-valia", Zorrinho sugere, porém, a interiorização de "um conjunto de normas de procedimentos", porque "muita coisa pode ser melhor".

É ainda nesta linha de ideias que o responsável do Governo anuncia a realização de um relatório interministerial - a seguir para Conselho de Ministros - sobre as respostas às consequências do ciclo de intempéries que assolou o nosso país no último Inverno. Ainda em fase de recolha e avaliação de dados, o documento deverá ser "profundo", conduzindo a "conclusões importantes, que permitam melhorar o que globalmente teve uma boa resposta", revela Carlos Zorrinho.

Dedicado ao tema "Análise e Reflexão sobre a Resposta da Protecção Civil", o encontro sobre a tragédia do passado dia 4 de Março foi não só o momento para o relato e análise de actuações, mas também a oportunidade para o lançar de algumas propostas. O investimento nas relações públicas no interior dos diferentes organismos, dada a presença da comunicação social neste tipo de situações, e a realização de outros encontros, mais técnicos e vocacionados para as várias dimensões do acto de socorro, foram algumas das sugestões avançadas.

Carlos Zorrinho Defende Comando Político em Casos como o de Entre-os-Rios

Por PATRÍCIA COELHO MOREIRA

Sexta-feira, 8 de Junho de 2001

Protecção civil debatida em Aveiro

Secretário de Estado da Administração Interna diz que a "resposta que não podia ser estritamente técnica"

Para o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Carlos Zorrinho, um modelo de metacoordenação ou metacomando - dirigido pelo poder político - é o indicado para circunstâncias como a tragédia gerada em torno da queda da ponte de Entre-os-Rios, e a eventual institucionalização de um tal modelo será mesmo "um passo em frente". A ideia foi avançada ontem em Aveiro, no decorrer do seminário "Entre-os-Rios: Análise e Reflexão sobre a Resposta da Protecção Civil", que reuniu cerca de 20 participantes de diversas áreas.

"A implicação social do acidente de Castelo de Paiva criou impactes que ultrapassaram o domínio da autoridade marítima. Este tipo de circunstância exige uma metacoordenação ou um metacomando, que se instalou no terreno, mas funcionou na lógica da flexibilidade normal e da vontade política muito forte do sr. primeiro-ministro", afirmou em Aveiro Carlos Zorrinho. "É necessária uma metacoordenação e, se vier a ser institucionalizada, damos um passo em frente", defendeu, referindo-se ao que entendeu ser um modelo simples e sob a égide dos políticos que, no futuro, "terá que ser automático".

Orgulho do "espírito de ser português"

Considerando que o cenário envolvente à queda da Ponte de Hintze Ribeiro exigiu "uma resposta que não podia ser estritamente técnica", o secretário de Estado lançou o mote para o encontro, com a pergunta: "Como é que a nossa sociedade, em conjunto, respondeu à tragédia?". Orgulhoso do "espírito de ser português" que verificou no decorre das operações em Entre-os-Rios, e convicto de que a "flexibilidade e capacidade de adaptação dos portugueses é uma mais-valia", Zorrinho sugere, porém, a interiorização de "um conjunto de normas de procedimentos", porque "muita coisa pode ser melhor".

É ainda nesta linha de ideias que o responsável do Governo anuncia a realização de um relatório interministerial - a seguir para Conselho de Ministros - sobre as respostas às consequências do ciclo de intempéries que assolou o nosso país no último Inverno. Ainda em fase de recolha e avaliação de dados, o documento deverá ser "profundo", conduzindo a "conclusões importantes, que permitam melhorar o que globalmente teve uma boa resposta", revela Carlos Zorrinho.

Dedicado ao tema "Análise e Reflexão sobre a Resposta da Protecção Civil", o encontro sobre a tragédia do passado dia 4 de Março foi não só o momento para o relato e análise de actuações, mas também a oportunidade para o lançar de algumas propostas. O investimento nas relações públicas no interior dos diferentes organismos, dada a presença da comunicação social neste tipo de situações, e a realização de outros encontros, mais técnicos e vocacionados para as várias dimensões do acto de socorro, foram algumas das sugestões avançadas.

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