Cinema em Casa

04-05-2001
marcar artigo

Cinema em Casa

Sábado, 28 de Abril de 2001 Vale Abraão Realizador: Manoel de Oliveira Actores: Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra, Rui de Carvalho e Glória de Matos Portugal, 1993, 189 min. RTP 2 às 17h45 Ema (Leonor Silveira) é uma mulher de uma beleza ameaçadora. Ainda jovem, casa com Carlos (Luís Miguel Cintra) sem amor. O marido diz que um rosto como o dela "pode justificar a vida de um homem". Os dois mudam-se para o Vale Abraão. Apesar do amor que Carlos tem por Ema, decide dormir noutro quarto para não a acordar quando chega do trabalho tarde. Infeliz com o casamento, Ema irá envolver-se com três homens, mas nenhum parece capaz de despertar outro sentimento nela que não seja a desilusão. Num dia de sol radioso, depois de se ter vestido como se fosse a um baile, Ema morre misteriosamente... "Vale Abraão" é uma adaptação de Manoel de Oliveira para o grande écrãn do romance, com o mesmo nome, de Agustina Bessa-Luís - inspirado, por sua vez, no célebre "Madame Bovary" de Gustave Flaubert. O filme foi um êxito internacional, tendo sido bem acolhido pela crítica. Recebeu, entre outros, o prémio da crítica do Festival Internacional de São Paulo (1993). ESCOLHA DO DIA: As Melhores Intenções Título original: Den Goda Viljan Realizador: Bille August Actores: Samuel Fröler, Pernilla August, Max von Sydow e Ghita Norby Suécia/Dinamarca, 1991, 173 min. RTP 2 à 1h40 Depois de ter visto "Pelle, o Conquistador", realizado em 1987 por Bille August, Ingmar Bergman achou que tinha encontrado neste realizador dinamarquês o homem ideal para pegar no argumento que ele tinha na gaveta, e que contava a história de vida dos seus pais. August aceitou a incumbência e com "As Melhores Intenções" voltou a conquistar, em 1992, a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Depois de ver este filme, talvez se consiga perceber porque é que o cineasta Bergman abordou recorrentemente nas suas obras temas como a morte, o erotismo, a falta de afecto, a incompreensão entre as pessoas, principalmente se são casadas. A acção de "As Melhores Intenções" decorre na Suécia, entre 1909 e 1918. Henrik Bergman é um estudante de teologia, sem dinheiro mas com uma grande paixão por Anna Aakerbloom, filha de uma família abastada. Ambos enfrentam com determinação a oposição dos pais da rapariga ao casamento e vencem o primeiro obstáculo, mal sabendo que muitos estariam ainda para vir. Os Melhores Anos da Nossa Vida Título original: The Best Years of Our Lives Realizador: William Wyler Actores: Frederic March, Myrna Loy, Theresa Wright e Harold Russell EUA, 1946, 170 min. Telecine 2 à 1h30 Uma das melhores obras do realizador William Wyler, a par de "Mrs. Miniver" (1942) e "The Heiress" (1949), "Os Melhores Anos da Nossa Vida" é um filme sobre as dificuldades e a solidão de três homens que regressam a casa depois de terem combatido na II Guerra Mundial. A princípio Al, Fred e Homer são recebidos como heróis na pequena cidade onde vivem, mas ao cabo de algumas semanas as dificuldades de adaptação subsistem. Trata-se de um filme que aborda com objectividade e sem pieguice o ambiente e os problemas do pós-guerra. Wyler tinha fama de não conseguir explicar o que queria aos actores com quem trabalhava, levando-os a repetir as cenas até à exaustão. Realidade ou ficção, a verdade é que grande parte dos actores que dirigiu foram nomeados ou receberam o tão cobiçado Óscar atribuído pela Academia de Hollywood. "Os Melhores Anos da Nossa Vida" não é uma excepção: Fredric March e Harold Russell foram galardoados, em 1947, nas categorias de melhor actor e melhor actor secundário - e o filme conquistou, além destes, mais cinco Óscares, entre os quais o de melhor filme e melhor realizador. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Jornalistas da RTP querem desculpas do ministro da Justiça

O que o ministro disse sobre a RTP

Administrador da Lusomundo diz que "on-line" fez bem aos jornais

Ponto Media

TV Hoje

Cinema em Casa

Dois directores abandonam imaterial.tv

Serviço público deve combater info-exclusão

Cinema em Casa

Sábado, 28 de Abril de 2001 Vale Abraão Realizador: Manoel de Oliveira Actores: Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra, Rui de Carvalho e Glória de Matos Portugal, 1993, 189 min. RTP 2 às 17h45 Ema (Leonor Silveira) é uma mulher de uma beleza ameaçadora. Ainda jovem, casa com Carlos (Luís Miguel Cintra) sem amor. O marido diz que um rosto como o dela "pode justificar a vida de um homem". Os dois mudam-se para o Vale Abraão. Apesar do amor que Carlos tem por Ema, decide dormir noutro quarto para não a acordar quando chega do trabalho tarde. Infeliz com o casamento, Ema irá envolver-se com três homens, mas nenhum parece capaz de despertar outro sentimento nela que não seja a desilusão. Num dia de sol radioso, depois de se ter vestido como se fosse a um baile, Ema morre misteriosamente... "Vale Abraão" é uma adaptação de Manoel de Oliveira para o grande écrãn do romance, com o mesmo nome, de Agustina Bessa-Luís - inspirado, por sua vez, no célebre "Madame Bovary" de Gustave Flaubert. O filme foi um êxito internacional, tendo sido bem acolhido pela crítica. Recebeu, entre outros, o prémio da crítica do Festival Internacional de São Paulo (1993). ESCOLHA DO DIA: As Melhores Intenções Título original: Den Goda Viljan Realizador: Bille August Actores: Samuel Fröler, Pernilla August, Max von Sydow e Ghita Norby Suécia/Dinamarca, 1991, 173 min. RTP 2 à 1h40 Depois de ter visto "Pelle, o Conquistador", realizado em 1987 por Bille August, Ingmar Bergman achou que tinha encontrado neste realizador dinamarquês o homem ideal para pegar no argumento que ele tinha na gaveta, e que contava a história de vida dos seus pais. August aceitou a incumbência e com "As Melhores Intenções" voltou a conquistar, em 1992, a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Depois de ver este filme, talvez se consiga perceber porque é que o cineasta Bergman abordou recorrentemente nas suas obras temas como a morte, o erotismo, a falta de afecto, a incompreensão entre as pessoas, principalmente se são casadas. A acção de "As Melhores Intenções" decorre na Suécia, entre 1909 e 1918. Henrik Bergman é um estudante de teologia, sem dinheiro mas com uma grande paixão por Anna Aakerbloom, filha de uma família abastada. Ambos enfrentam com determinação a oposição dos pais da rapariga ao casamento e vencem o primeiro obstáculo, mal sabendo que muitos estariam ainda para vir. Os Melhores Anos da Nossa Vida Título original: The Best Years of Our Lives Realizador: William Wyler Actores: Frederic March, Myrna Loy, Theresa Wright e Harold Russell EUA, 1946, 170 min. Telecine 2 à 1h30 Uma das melhores obras do realizador William Wyler, a par de "Mrs. Miniver" (1942) e "The Heiress" (1949), "Os Melhores Anos da Nossa Vida" é um filme sobre as dificuldades e a solidão de três homens que regressam a casa depois de terem combatido na II Guerra Mundial. A princípio Al, Fred e Homer são recebidos como heróis na pequena cidade onde vivem, mas ao cabo de algumas semanas as dificuldades de adaptação subsistem. Trata-se de um filme que aborda com objectividade e sem pieguice o ambiente e os problemas do pós-guerra. Wyler tinha fama de não conseguir explicar o que queria aos actores com quem trabalhava, levando-os a repetir as cenas até à exaustão. Realidade ou ficção, a verdade é que grande parte dos actores que dirigiu foram nomeados ou receberam o tão cobiçado Óscar atribuído pela Academia de Hollywood. "Os Melhores Anos da Nossa Vida" não é uma excepção: Fredric March e Harold Russell foram galardoados, em 1947, nas categorias de melhor actor e melhor actor secundário - e o filme conquistou, além destes, mais cinco Óscares, entre os quais o de melhor filme e melhor realizador. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Jornalistas da RTP querem desculpas do ministro da Justiça

O que o ministro disse sobre a RTP

Administrador da Lusomundo diz que "on-line" fez bem aos jornais

Ponto Media

TV Hoje

Cinema em Casa

Dois directores abandonam imaterial.tv

Serviço público deve combater info-exclusão

marcar artigo