PSD tenta resistir à investida do PS no distrito de Castelo Branco

01-11-2001
marcar artigo

PSD Tenta Resistir à Investida do PS no Distrito de Castelo Branco

Por NÉLSON MINGACHO

Sexta, 29 de Junho de 2001 As figuras socialistas de proa estão mobilizadas para remar contra a força laranja que detém a grande maioria das câmaras no distrito. O governador civil e os três deputados do PS eleitos à Assembleia da República estão na corrida autárquica. O laranja é a cor que mais sobressai no actual mapa político regional. Mas o resultado eleitoral das próximas autárquicas poderá dar um retoque ao quadro em tons de rosa. O PS joga forte nestas eleições, ao fazer avançar como candidatos o governador civil e os três deputados socialistas por Castelo Branco na Assembleia da República. O equilíbrio de forças entre sociais-democratas e socialistas poderá sofrer uma reviravolta caso as previsões se confirmem. Recuperar as câmaras de Vila Velha de Ródão, Idanha-a-Nova e Belmonte é a cartada decisiva do PS, num contexto em que dificilmente perderá as que controla já. Dos onze municípios do distrito, oito estão nas mãos do PSD e três do PS. O PS mobilizou para o combate autárquico "os melhores quadros socialistas do distrito", avança o presidente da comissão política distrital, Fernando Serrasqueiro. "Figuras com grande experiência política capazes de estabelecer uma grande articulação com o Governo." A deputada socialista Maria do Carmo Sequeira disputará a Câmara de Ródão ao autarca do PSD, há dois mandatos no poder. Esta candidatura deitou achas à fogueira. Vítor Carmona primeiro disse que não se recandidatava, depois mudou de ideias e é agora o candidato que dificultará a vida ao PS. Apostar no turismo para combater a desertificação é argumento esgrimido por ambos, embora com algumas diferenças. O autarca anunciou, há pouco tempo, a inclusão do concelho na Região de Turismo dos Templários. Mas para a candidata a aposta não será ganha enquanto o esgoto continuar a correr a céu aberto para o rio Tejo e não forem construídas infra-estruturas de alojamento, cultura e desporto. Em Idanha, nas últimas autárquicas, os socialistas engoliram em seco a vitória do PSD. No escrutínio, os eleitores penalizaram a saída do autarca socialista Joaquim Morão para a corrida à câmara da capital de distrito. E pôr fim a 18 anos de poder laranja. Os candidatos socialistas Álvaro Rocha e Fernando Serrasqueiro, deputado e cabeça de lista à assembleia municipal, acusam o executivo actual de ser incapaz de continuar o trabalho do PS e de introduzir novos modelos de desenvolvimento no concelho, eminentemente rural, rico em património cultural e ambiental, com a taxa de analfabetismo entre as mais elevadas do país. Mas nem socialistas nem sociais-democratas parecem conseguir estancar a intensa sangria populacional. No Fundão, afigura-se uma luta acesa entre PS e PSD. Os socialistas que controlam a autarquia contam com o governador civil para continuar no poder. Mas o PSD apresenta um candidato de peso, o deputado Manuel Frexes. O autarca socialista José Maria Fortunato é acusado de falta de iniciativa e criatividade política. O espaço multiusos no centro da cidade é das poucas obras significativas que se lhe conhece. Do actual executivo, foi anunciado que nenhum elemento fará parte da nova equipa. Já o interesse socialista pela segunda câmara do distrito é tão grande quanto a dificuldade de ganhar as eleições ao autarca que a mantém na esfera do PSD. Carlos Pinto é um político com carisma e obra feita nos campos da habitação social, cultura, lazer e indústria. O deputado socialista José Carlos Lavrador e candidato à câmara tem pela frente uma missão do tipo impossível. Aponta as baterias para questões urbanísticas que afectam o município, localizado em zona de montanha. A dinâmica desta cidade que rejuvenesceu do declínio do sector têxtil à custa da Universidade da Beira Interior (UBI) não é de todo alheia à acção governamental, patente na instalação da Faculdade de Medicina, do Centro Hospitalar da Cova da Beira e no programa Polis. Mas há câmaras que os socialistas mal se atrevem a disputar. Os quatro concelhos do Pinhal - Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros e Vila de Rei - formam uma autêntica fortaleza laranja, onde a força socialista não é capaz de penetrar. Apenas na Sertã poderão tirar partido das quezílias internas no PSD local, que quer afastar da cena política o autarca José Manuel Carreto. No entanto, a zona do Pinhal continua longe dos grandes projectos estruturantes em curso na Beira Interior e à espera que se conclua o IC8, que liga Coimbra ao IP2. Quanto à capital de distrito, o socialista Joaquim Morão, que pôs fim ao ciclo laranja, ainda não anunciou publicamente que é candidato. Num mandato, resolveu o caos urbanístico da cidade, mergulhado em interesses económicos, e solucionou problemas antigos, ao adquirir as instalações do ex-Quartel de Cavalaria, reabrir o Cine-Teatro Avenida e iniciar as obras de remodelação do mercado coberto municipal. A dinâmica da sua gestão é a garantia de que o resultado eleitoral não abalará a confortável maioria conquistada nas últimas autárquicas. Mesmo que se concretize a coligação entre PSD e o PP, pois a oposição não se consegue renovar e as feridas abertas no passado estão longe de cicatrizar. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Militares ameaçaram parar missões de busca e salvamento

Protesto silencioso na Assembleia da República

Polémica dos submarinos repete-se em Espanha

Coluna de abertura

PS aprova projecto de lei do BE sobre informação genética

Gomes denuncia "centralismo brutal" do Estado depois do "não" às regiões

PSD e PP separados na corrida à Câmara de Faro

O Portugal das Cidades a partir de amanhã no PÚBLICO

PSD tenta resistir à investida do PS no distrito de Castelo Branco

Socialistas de Penamacor em pé de guerra com a distrital

PSD Tenta Resistir à Investida do PS no Distrito de Castelo Branco

Por NÉLSON MINGACHO

Sexta, 29 de Junho de 2001 As figuras socialistas de proa estão mobilizadas para remar contra a força laranja que detém a grande maioria das câmaras no distrito. O governador civil e os três deputados do PS eleitos à Assembleia da República estão na corrida autárquica. O laranja é a cor que mais sobressai no actual mapa político regional. Mas o resultado eleitoral das próximas autárquicas poderá dar um retoque ao quadro em tons de rosa. O PS joga forte nestas eleições, ao fazer avançar como candidatos o governador civil e os três deputados socialistas por Castelo Branco na Assembleia da República. O equilíbrio de forças entre sociais-democratas e socialistas poderá sofrer uma reviravolta caso as previsões se confirmem. Recuperar as câmaras de Vila Velha de Ródão, Idanha-a-Nova e Belmonte é a cartada decisiva do PS, num contexto em que dificilmente perderá as que controla já. Dos onze municípios do distrito, oito estão nas mãos do PSD e três do PS. O PS mobilizou para o combate autárquico "os melhores quadros socialistas do distrito", avança o presidente da comissão política distrital, Fernando Serrasqueiro. "Figuras com grande experiência política capazes de estabelecer uma grande articulação com o Governo." A deputada socialista Maria do Carmo Sequeira disputará a Câmara de Ródão ao autarca do PSD, há dois mandatos no poder. Esta candidatura deitou achas à fogueira. Vítor Carmona primeiro disse que não se recandidatava, depois mudou de ideias e é agora o candidato que dificultará a vida ao PS. Apostar no turismo para combater a desertificação é argumento esgrimido por ambos, embora com algumas diferenças. O autarca anunciou, há pouco tempo, a inclusão do concelho na Região de Turismo dos Templários. Mas para a candidata a aposta não será ganha enquanto o esgoto continuar a correr a céu aberto para o rio Tejo e não forem construídas infra-estruturas de alojamento, cultura e desporto. Em Idanha, nas últimas autárquicas, os socialistas engoliram em seco a vitória do PSD. No escrutínio, os eleitores penalizaram a saída do autarca socialista Joaquim Morão para a corrida à câmara da capital de distrito. E pôr fim a 18 anos de poder laranja. Os candidatos socialistas Álvaro Rocha e Fernando Serrasqueiro, deputado e cabeça de lista à assembleia municipal, acusam o executivo actual de ser incapaz de continuar o trabalho do PS e de introduzir novos modelos de desenvolvimento no concelho, eminentemente rural, rico em património cultural e ambiental, com a taxa de analfabetismo entre as mais elevadas do país. Mas nem socialistas nem sociais-democratas parecem conseguir estancar a intensa sangria populacional. No Fundão, afigura-se uma luta acesa entre PS e PSD. Os socialistas que controlam a autarquia contam com o governador civil para continuar no poder. Mas o PSD apresenta um candidato de peso, o deputado Manuel Frexes. O autarca socialista José Maria Fortunato é acusado de falta de iniciativa e criatividade política. O espaço multiusos no centro da cidade é das poucas obras significativas que se lhe conhece. Do actual executivo, foi anunciado que nenhum elemento fará parte da nova equipa. Já o interesse socialista pela segunda câmara do distrito é tão grande quanto a dificuldade de ganhar as eleições ao autarca que a mantém na esfera do PSD. Carlos Pinto é um político com carisma e obra feita nos campos da habitação social, cultura, lazer e indústria. O deputado socialista José Carlos Lavrador e candidato à câmara tem pela frente uma missão do tipo impossível. Aponta as baterias para questões urbanísticas que afectam o município, localizado em zona de montanha. A dinâmica desta cidade que rejuvenesceu do declínio do sector têxtil à custa da Universidade da Beira Interior (UBI) não é de todo alheia à acção governamental, patente na instalação da Faculdade de Medicina, do Centro Hospitalar da Cova da Beira e no programa Polis. Mas há câmaras que os socialistas mal se atrevem a disputar. Os quatro concelhos do Pinhal - Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros e Vila de Rei - formam uma autêntica fortaleza laranja, onde a força socialista não é capaz de penetrar. Apenas na Sertã poderão tirar partido das quezílias internas no PSD local, que quer afastar da cena política o autarca José Manuel Carreto. No entanto, a zona do Pinhal continua longe dos grandes projectos estruturantes em curso na Beira Interior e à espera que se conclua o IC8, que liga Coimbra ao IP2. Quanto à capital de distrito, o socialista Joaquim Morão, que pôs fim ao ciclo laranja, ainda não anunciou publicamente que é candidato. Num mandato, resolveu o caos urbanístico da cidade, mergulhado em interesses económicos, e solucionou problemas antigos, ao adquirir as instalações do ex-Quartel de Cavalaria, reabrir o Cine-Teatro Avenida e iniciar as obras de remodelação do mercado coberto municipal. A dinâmica da sua gestão é a garantia de que o resultado eleitoral não abalará a confortável maioria conquistada nas últimas autárquicas. Mesmo que se concretize a coligação entre PSD e o PP, pois a oposição não se consegue renovar e as feridas abertas no passado estão longe de cicatrizar. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Militares ameaçaram parar missões de busca e salvamento

Protesto silencioso na Assembleia da República

Polémica dos submarinos repete-se em Espanha

Coluna de abertura

PS aprova projecto de lei do BE sobre informação genética

Gomes denuncia "centralismo brutal" do Estado depois do "não" às regiões

PSD e PP separados na corrida à Câmara de Faro

O Portugal das Cidades a partir de amanhã no PÚBLICO

PSD tenta resistir à investida do PS no distrito de Castelo Branco

Socialistas de Penamacor em pé de guerra com a distrital

marcar artigo