PSD: A Estratégia da Resistência
Quinta, 28 de Junho de 2001 Durão Barroso considera que a decisão de viabilizar o rectificativo foi a mais importante que tomou Esperar, esperar, esperar - esta é, no fundo, a estratégia do PSD, um partido cujo presidente, Durão Barroso, tem mostrado uma grande capacidade de resistência. "Em função de tudo aquilo que tem acontecido, cremos que fica claro que este governo já não tem condições para continuar a executar as funções", disse ao PÚBLICO Carlos Encarnação, vice-presidente da bancada parlamentar, confessando, contudo, a incapacidade do PSD para derrubar o Executivo. "Não é connosco", afirma Encarnação, reconhecendo, no fundo, aquela que é, de facto, a situação de toda a oposição: a alteração da situação política só depende do Governo e do Presidente da República. "Ou o Governo percebe que assim é [incapaz de governar] ou o sr. Presidente da República demonstra perceber o que está a acontecer e intervem", explica o deputado, traçando em seguida qual o papel do PSD: "Cumpre-nos apenas tirar ilações do que se passa e preparar uma alternativa de governo com sentido muito profundo de responsabilidade e de verdade." É também o argumento da responsabilidade que os sociais-democratas têm usado para justificar a viabilização do Orçamento Rectificativo. Este orçamento, alegam, serve para pagar a credores e resolver uma situação de dívida que não dignifica o Estado. Durão Barroso considera mesmo que a decisão de viabilizar o rectificativo foi a mais importante que tomou desde que é presidente do PSD, porque permite-lhe quebrar com a imagem que o Governo lhe colou de só saber deitar abaixo. Ao viabilizar o rectificativo, o presidente do PSD acredita que causou surpresa ao Governo e assumiu uma atitude de responsabilidade que lhe permitirá tornar este um momento de viragem. Depois resta-lhe esperar. Esperar que no Orçamento para 2002 a situação esteja 30 vezes pior, esperar que nas autárquicas de Dezembro o PS tenha uma grande derrota, esperar que o Governo caia de podre e resistir para estar no lugar certo quando isso acontecer. E.L. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Guterres enfrenta fim de ciclo
PSD: A estratégia da resistência
Eleições já, pedem CDS-PP e BE
PCP chuta para Outubro
EDITORIAL Às fuças
OPINIÃO A mentira
Os 24 trabalhos de António Guterres
Categorias
Entidades
PSD: A Estratégia da Resistência
Quinta, 28 de Junho de 2001 Durão Barroso considera que a decisão de viabilizar o rectificativo foi a mais importante que tomou Esperar, esperar, esperar - esta é, no fundo, a estratégia do PSD, um partido cujo presidente, Durão Barroso, tem mostrado uma grande capacidade de resistência. "Em função de tudo aquilo que tem acontecido, cremos que fica claro que este governo já não tem condições para continuar a executar as funções", disse ao PÚBLICO Carlos Encarnação, vice-presidente da bancada parlamentar, confessando, contudo, a incapacidade do PSD para derrubar o Executivo. "Não é connosco", afirma Encarnação, reconhecendo, no fundo, aquela que é, de facto, a situação de toda a oposição: a alteração da situação política só depende do Governo e do Presidente da República. "Ou o Governo percebe que assim é [incapaz de governar] ou o sr. Presidente da República demonstra perceber o que está a acontecer e intervem", explica o deputado, traçando em seguida qual o papel do PSD: "Cumpre-nos apenas tirar ilações do que se passa e preparar uma alternativa de governo com sentido muito profundo de responsabilidade e de verdade." É também o argumento da responsabilidade que os sociais-democratas têm usado para justificar a viabilização do Orçamento Rectificativo. Este orçamento, alegam, serve para pagar a credores e resolver uma situação de dívida que não dignifica o Estado. Durão Barroso considera mesmo que a decisão de viabilizar o rectificativo foi a mais importante que tomou desde que é presidente do PSD, porque permite-lhe quebrar com a imagem que o Governo lhe colou de só saber deitar abaixo. Ao viabilizar o rectificativo, o presidente do PSD acredita que causou surpresa ao Governo e assumiu uma atitude de responsabilidade que lhe permitirá tornar este um momento de viragem. Depois resta-lhe esperar. Esperar que no Orçamento para 2002 a situação esteja 30 vezes pior, esperar que nas autárquicas de Dezembro o PS tenha uma grande derrota, esperar que o Governo caia de podre e resistir para estar no lugar certo quando isso acontecer. E.L. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Guterres enfrenta fim de ciclo
PSD: A estratégia da resistência
Eleições já, pedem CDS-PP e BE
PCP chuta para Outubro
EDITORIAL Às fuças
OPINIÃO A mentira
Os 24 trabalhos de António Guterres