O futuro do Batalha tem que passar pelo sector privado

16-02-2001
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O Futuro do Batalha Tem Que Passar pelo Sector Privado

Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2001 P. - O atraso na reabertura de algumas salas, como a Casa das Artes e o Auditório Carlos Alberto, está a afectar a programação? Por exemplo, o Filmógrafo adiou a sua retrospectiva de animação invocando a falta de sala...

R. - Não foi exactamente assim. O Filmógrafo tem, como se sabe, algumas dificuldades de espaços. Mas, nesta altura, existem no Porto salas suficientes para isso poder ser feito atempadamente. Há outro tipo de problemas, que têm a ver com a própria programação da Casa da Animação, que é uma associação ainda relativamente frágil - embora tenha objectivos e uma capacidade de produzir muito assinalável. O Filmógrafo não nos fez chegar nenhum pedido para nós arranjarmos uma alternativa de espaço - e tê-lo-íamos feito. Quanto aos chamados "atrasos" - ponho sempre entre aspas, porque todos eles significam alguma mudança de programa ou, então, obras que não têm nada a ver com o Porto 2001, como é o caso da Casa das Artes -, não atrapalharam. O único problema foi o do Carlos Alberto. Nós gostaríamos de ter contado com a sala mais cedo. Mas, quando percebemos que o projecto que nos tinha sido encomendado poderia vir a atrasar a abertura, tratámos de encontrar alternativas. E isso foi até interessante, porque, nomeadamente, fez dar uma maior projecção ao Teatro do Campo Alegre, que precisava que muitas coisas viessem a acontecer lá, para ganhar maior visibilidade.

R. - O interesse da câmara foi o de ver as possibilidades de pôr a funcionar aquele espaço ainda durante 2001. Para isso multiplicaram-se contactos, e eu própria estou a fazer alguns para tentar encontrar uma solução mais definitiva do que apenas para 2001. Mas isso tem que ser baseado numa parceria muito forte com o sector privado. Estou à espera de resposta de um dos grupos interessados no espaço. Espero que isso possa ir avante. Provavelmente, deve estudar-se uma solução conjunta com o Águia d''Ouro.

R. - Sim. Foi para isso que o Batalha foi classificado. E tanto a câmara como a Direcção-Geral de Espectáculos sempre disseram que a função teria que ser mantida. Mas isso não significa que tenha de ser nos mesmos moldes. Não quer dizer que haja espaços complementares que não possam ter outras funções. Mas o cinema, hoje, também tem outro significado, e tem de ser visto noutro contexto que não o daquelas salas do passado.

O Futuro do Batalha Tem Que Passar pelo Sector Privado

Sexta-feira, 16 de Fevereiro de 2001 P. - O atraso na reabertura de algumas salas, como a Casa das Artes e o Auditório Carlos Alberto, está a afectar a programação? Por exemplo, o Filmógrafo adiou a sua retrospectiva de animação invocando a falta de sala...

R. - Não foi exactamente assim. O Filmógrafo tem, como se sabe, algumas dificuldades de espaços. Mas, nesta altura, existem no Porto salas suficientes para isso poder ser feito atempadamente. Há outro tipo de problemas, que têm a ver com a própria programação da Casa da Animação, que é uma associação ainda relativamente frágil - embora tenha objectivos e uma capacidade de produzir muito assinalável. O Filmógrafo não nos fez chegar nenhum pedido para nós arranjarmos uma alternativa de espaço - e tê-lo-íamos feito. Quanto aos chamados "atrasos" - ponho sempre entre aspas, porque todos eles significam alguma mudança de programa ou, então, obras que não têm nada a ver com o Porto 2001, como é o caso da Casa das Artes -, não atrapalharam. O único problema foi o do Carlos Alberto. Nós gostaríamos de ter contado com a sala mais cedo. Mas, quando percebemos que o projecto que nos tinha sido encomendado poderia vir a atrasar a abertura, tratámos de encontrar alternativas. E isso foi até interessante, porque, nomeadamente, fez dar uma maior projecção ao Teatro do Campo Alegre, que precisava que muitas coisas viessem a acontecer lá, para ganhar maior visibilidade.

R. - O interesse da câmara foi o de ver as possibilidades de pôr a funcionar aquele espaço ainda durante 2001. Para isso multiplicaram-se contactos, e eu própria estou a fazer alguns para tentar encontrar uma solução mais definitiva do que apenas para 2001. Mas isso tem que ser baseado numa parceria muito forte com o sector privado. Estou à espera de resposta de um dos grupos interessados no espaço. Espero que isso possa ir avante. Provavelmente, deve estudar-se uma solução conjunta com o Águia d''Ouro.

R. - Sim. Foi para isso que o Batalha foi classificado. E tanto a câmara como a Direcção-Geral de Espectáculos sempre disseram que a função teria que ser mantida. Mas isso não significa que tenha de ser nos mesmos moldes. Não quer dizer que haja espaços complementares que não possam ter outras funções. Mas o cinema, hoje, também tem outro significado, e tem de ser visto noutro contexto que não o daquelas salas do passado.

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