Líder da concelhia do PSD é o candidato à Câmara de Braga

09-02-2001
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Líder da Concelhia do PSD É o Candidato à Câmara de Braga

Por TERESA LIMA

Quinta-feira, 1 de Fevereiro de 2001

NÃO HOUVE SURPRESAS NA ESCOLHA

Carlos Alberto Pereira lidera a AD e quer derrotar Mesquita Machado

Está confirmado e não trouxe grandes surpresas. O líder da concelhia de Braga do PSD, Carlos Alberto Pereira, é o candidato da Aliança Democrática (AD) autárquica. Depois se terem lançado alguns boatos sobre a possíbilidade de avançar com um nome nacional (Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes foram hipóteses aventadas) para destronar Mesquita Machado, a escolha recaiu sobre uma personalidade local, que conhece bem os cantos à casa, mas que poderá não passar a dose necessária de carisma ao eleitorado bracarense nas eleições de Dezembro.

Carlos Alberto Pereira foi indicado pela Comissão Política do PSD - tal como foi acordado na assinatura da AD autárquica de Braga, que junta PSD, PP e PPM - e era um dos nomes esperados na magra lista de opções locais ao dispor, tal como o PÚBLICO já havia noticiado. Inicialmente, foi equacionada a hipótese de apresentar um nome sonante, como Marcelo Rebelo de Sousa (que, entretanto, renovou a sua candidatura à Assembleia Municipal de Celorico de Basto), para enfrentar Mesquita Machado. No entanto, a ideia foi abandonada.

"Alguém de Lisboa aceita que vá uma pessoa de Braga apresentar-se como candidato?", teoriza o líder da concelhia do PP, Acácio Brito, numa tentativa de justificar as reais vantagens de uma candidatura da terra. Ainda que corram rumores acerca da desilusão que a escolha de Pereira representou para os militantes populares, Brito parece estar totalmente agradado com a indicação do PSD. "[Carlos Alberto Pereira] tem um passado de actividade política, com cargos de responsabilidade na área da educação. Parece-me uma escolha acertada", comenta. Por seu lado, Alberto Pereira é pragmático. Admite que "o ideal não existe" e apressa-se a esclarecer que, "no contexto actual, esta é a melhor candidatura".

José Gonçalves Oliveira, pediatra no Hospital de Famalicão, deverá ser o cabeça de lista à Assembleia Municipal, à semelhança do que já aconteceu nas últimas autárquicas. A indicação do nome cabe ao PP, no seguimento do acordo assinado há dois meses.

Apesar de a Aliança Democrática se definir, de acordo as palavras de Acácio Brito, como "um espaço de abertura aos bracarenses", não é de supor que outras correntes políticas entrem no espírito da aliança. "Não é a lista da AD que representa a alternativa que reclamamos para Braga", declara Jorge Matos, da CDU. Os comunistas consideram que a Aliança representa "a direita dos interesses, que está enfeudada ao Partido Socialista". No PS, apesar das tentativas nesse sentido, não foi possível obter nenhuma reacção, sendo certo que são conhecidas as sucessivas desvalorizações de Mesquita Machado em relação ao poder efectivo da AD.

Ainda não é conhecida a composição definitiva da lista da AD, que deverá apresentar candidatos comuns em todas as freguesias do concelho. Quanto aos objectivos eleitorais, a vitória é a única possibilidade que Carlos Alberto Pereira visiona no horizonte. "Não nos interessa uma vitória moral", afirma. No entanto, a avaliar pelos últimos anos, em que os bracarenses têm votado fielmente em Mesquita Machado, a batalha não será fácil. A esperança da Aliança Democrática está na faixa do eleitorado que não vota simplesmente porque não encontra nenhuma alternativa credível, mesmo os que se definem do PS. A AD bracarense pretende conquistar votos nos 40 por cento de abstencionistas das últimas autárquicas.

Teresa Lima

Líder da Concelhia do PSD É o Candidato à Câmara de Braga

Por TERESA LIMA

Quinta-feira, 1 de Fevereiro de 2001

NÃO HOUVE SURPRESAS NA ESCOLHA

Carlos Alberto Pereira lidera a AD e quer derrotar Mesquita Machado

Está confirmado e não trouxe grandes surpresas. O líder da concelhia de Braga do PSD, Carlos Alberto Pereira, é o candidato da Aliança Democrática (AD) autárquica. Depois se terem lançado alguns boatos sobre a possíbilidade de avançar com um nome nacional (Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes foram hipóteses aventadas) para destronar Mesquita Machado, a escolha recaiu sobre uma personalidade local, que conhece bem os cantos à casa, mas que poderá não passar a dose necessária de carisma ao eleitorado bracarense nas eleições de Dezembro.

Carlos Alberto Pereira foi indicado pela Comissão Política do PSD - tal como foi acordado na assinatura da AD autárquica de Braga, que junta PSD, PP e PPM - e era um dos nomes esperados na magra lista de opções locais ao dispor, tal como o PÚBLICO já havia noticiado. Inicialmente, foi equacionada a hipótese de apresentar um nome sonante, como Marcelo Rebelo de Sousa (que, entretanto, renovou a sua candidatura à Assembleia Municipal de Celorico de Basto), para enfrentar Mesquita Machado. No entanto, a ideia foi abandonada.

"Alguém de Lisboa aceita que vá uma pessoa de Braga apresentar-se como candidato?", teoriza o líder da concelhia do PP, Acácio Brito, numa tentativa de justificar as reais vantagens de uma candidatura da terra. Ainda que corram rumores acerca da desilusão que a escolha de Pereira representou para os militantes populares, Brito parece estar totalmente agradado com a indicação do PSD. "[Carlos Alberto Pereira] tem um passado de actividade política, com cargos de responsabilidade na área da educação. Parece-me uma escolha acertada", comenta. Por seu lado, Alberto Pereira é pragmático. Admite que "o ideal não existe" e apressa-se a esclarecer que, "no contexto actual, esta é a melhor candidatura".

José Gonçalves Oliveira, pediatra no Hospital de Famalicão, deverá ser o cabeça de lista à Assembleia Municipal, à semelhança do que já aconteceu nas últimas autárquicas. A indicação do nome cabe ao PP, no seguimento do acordo assinado há dois meses.

Apesar de a Aliança Democrática se definir, de acordo as palavras de Acácio Brito, como "um espaço de abertura aos bracarenses", não é de supor que outras correntes políticas entrem no espírito da aliança. "Não é a lista da AD que representa a alternativa que reclamamos para Braga", declara Jorge Matos, da CDU. Os comunistas consideram que a Aliança representa "a direita dos interesses, que está enfeudada ao Partido Socialista". No PS, apesar das tentativas nesse sentido, não foi possível obter nenhuma reacção, sendo certo que são conhecidas as sucessivas desvalorizações de Mesquita Machado em relação ao poder efectivo da AD.

Ainda não é conhecida a composição definitiva da lista da AD, que deverá apresentar candidatos comuns em todas as freguesias do concelho. Quanto aos objectivos eleitorais, a vitória é a única possibilidade que Carlos Alberto Pereira visiona no horizonte. "Não nos interessa uma vitória moral", afirma. No entanto, a avaliar pelos últimos anos, em que os bracarenses têm votado fielmente em Mesquita Machado, a batalha não será fácil. A esperança da Aliança Democrática está na faixa do eleitorado que não vota simplesmente porque não encontra nenhuma alternativa credível, mesmo os que se definem do PS. A AD bracarense pretende conquistar votos nos 40 por cento de abstencionistas das últimas autárquicas.

Teresa Lima

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