Difícil expedição à Finlândia

17-07-2001
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Difícil Expedição à Finlândia

Sábado, 23 de Junho de 2001

As selecções portuguesas de atletismo correm risco de despromoção na Taça da Europa

Portugal participa este fim-de-semana em Vaasa, na Finlândia, no grupo A da I Liga da Taça da Europa, a segunda divisão europeia a nível de selecções nacionais de atletismo. Neste patamar da competição quase ininterruptamente desde 1994, as equipas masculina e feminina lusas correm alguns riscos de despromoção para a II Liga. Para o evitarem, terão de conseguir um lugar acima do sétimo em ambos os sexos

Não seria de esperar, normalmente, um fim-de-semana tão problemático para Portugal mas a verdade é que as formações lusas são as menos fortes dos últimos anos. Lesões, ausências e menos boa forma de muitos primeiros planos, numa competição em que participa um atleta por prova, limitam as expectativas portuguesas, quando ambas as selecções já estiveram à beira da subida à Superliga (a I Divisão europeia) em 1996, em Lisboa, com um terceiro lugar tanto em homens como em mulheres.

A ausência de Carlos Calado, devida a lesão, veio complicar ainda mais as coisas para o lado português. É certo que ele não iria estar nos 100m, mas contava-se com a sua presença no comprimento e nos 4x100m, e com os seus recentes 8,18m do "meeting" de Lisboa ele era um dos raros atletas em plena forma. Mas a sua falta será apenas um de muitos problemas. Se Rui Silva vai fazer um "forcing" e correr em 1500m e 3000m, já José Ramos, na légua, e Manuel Silva, nos obstáculos, estão longe da melhor condição. Na altura e triplo, Portugal estará fragilizado; na vara, também Nuno Fernandes se encontra longe do seu melhor. E no peso a recuperação de Fernando Alves não foi suficiente para que fosse Marco Fortes o escolhido para a equipa. No lado feminino, a velocidade é menos forte que nos tempos de Lucrécia Jardim, Carla Sacramento não dobrará no meio-fundo, ficando apenas com os 1500m, e Fernanda Ribeiro estará ausente... A ver vamos se estes factores serão compensados com a subida de Sónia Carvalho em altura e com o bom momento das lançadoras, em especial de Teresa Machado

As equipas presentes, para além de Portugal, serão: Masculinos - Bielorrússia, Rep. Checa, Finlândia, Irlanda, Noruega, Suécia e Suíça. Femininos - Bélgica, Finlândia, Grécia, Lituânia, Polónia, Espanha e Suécia.

As formações portuguesas serão constituídas da seguinte maneira:

Masculinos - 100m e 200m: Ricardo Alves; 400m: Vítor Moreno; 800m: João Pires; 1500m e 3000m: Rui Silva; 5000m: José Ramos; 3000m obstáculos: Manuel Silva; 110m barreiras: Rui Palma; 400m barreiras: Carlos Silva; altura: Rafael Gonçalves; vara: Nuno Fernandes; comprimento: Nouzalter Abreu; triplo: Eduardo Martingo; peso: Marco Fortes; disco: Paulo Bernardo; martelo: Vítor Costa; dardo: Filipe Ventura; 4x100m: Ricardo Alves, Mário Barbosa, Ricardo Pacheco e Paulo Figueiredo; 4x400m: Vítor Moreno, Carlos Silva, Sérgio Duro e Edivaldo Monteiro.

Femininos - 100m e 200m: Severina Cravid; 400m: Tânia Freitas; 800m: Nédia Semedo; 1500m: Carla Sacramento; 3000m: Mónica Rosa; 5000m: Ana Dias, 100m barreiras: Isabel Abrantes; 400m barreiras: M. Carmo Tavares; altura e triplo: Sónia Carvalho; vara: Elisabete Tavares; comprimento: Marta Godinho; peso e disco: Teresa Machado, dardo: Sílvia Cruz; martelo: Vânia Silva; 4x100m: Severina Cravid, Carla Tavares, Patrícia Lopes e Cátia Ferreira; 4x400m: Tânia Freitas, M. Carmo Tavares, Patrícia Lopes e Sandra Teixeira.

O grupo B da I Liga da Taça disputa-se ao mesmo tempo em Budapeste, capital húngara, envolvendo nos homens a Bulgária, Hungria, Holanda, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Ucrânia e Jugoslávia e nas mulheres Áustria, Bulgária, Hungria, Holanda, Eslovénia, Turquia, Ucrânia e Jugoslávia.

Ao contrário de anos anteriores, em que a Superliga tinha um fim-de-semana só para si, a grande final disputa-se desta feita também hoje e amanhã em Bremen, na Alemanha, com 40 mil espectadores esperados para cada jornada. Os anfitriões recebem a Grã-Bretanha, que venceu por três vezes nos últimos quatro anos, França, Grécia, Itália, Polónia, Rússia e Espanha, nos homens; e a Rússia, que ganhou as quatro últimas edições, Bielorrússia, Rep. Checa, França, Grã-Bretanha, Itália e Roménia, nas mulheres.

Luís Lopes

Difícil Expedição à Finlândia

Sábado, 23 de Junho de 2001

As selecções portuguesas de atletismo correm risco de despromoção na Taça da Europa

Portugal participa este fim-de-semana em Vaasa, na Finlândia, no grupo A da I Liga da Taça da Europa, a segunda divisão europeia a nível de selecções nacionais de atletismo. Neste patamar da competição quase ininterruptamente desde 1994, as equipas masculina e feminina lusas correm alguns riscos de despromoção para a II Liga. Para o evitarem, terão de conseguir um lugar acima do sétimo em ambos os sexos

Não seria de esperar, normalmente, um fim-de-semana tão problemático para Portugal mas a verdade é que as formações lusas são as menos fortes dos últimos anos. Lesões, ausências e menos boa forma de muitos primeiros planos, numa competição em que participa um atleta por prova, limitam as expectativas portuguesas, quando ambas as selecções já estiveram à beira da subida à Superliga (a I Divisão europeia) em 1996, em Lisboa, com um terceiro lugar tanto em homens como em mulheres.

A ausência de Carlos Calado, devida a lesão, veio complicar ainda mais as coisas para o lado português. É certo que ele não iria estar nos 100m, mas contava-se com a sua presença no comprimento e nos 4x100m, e com os seus recentes 8,18m do "meeting" de Lisboa ele era um dos raros atletas em plena forma. Mas a sua falta será apenas um de muitos problemas. Se Rui Silva vai fazer um "forcing" e correr em 1500m e 3000m, já José Ramos, na légua, e Manuel Silva, nos obstáculos, estão longe da melhor condição. Na altura e triplo, Portugal estará fragilizado; na vara, também Nuno Fernandes se encontra longe do seu melhor. E no peso a recuperação de Fernando Alves não foi suficiente para que fosse Marco Fortes o escolhido para a equipa. No lado feminino, a velocidade é menos forte que nos tempos de Lucrécia Jardim, Carla Sacramento não dobrará no meio-fundo, ficando apenas com os 1500m, e Fernanda Ribeiro estará ausente... A ver vamos se estes factores serão compensados com a subida de Sónia Carvalho em altura e com o bom momento das lançadoras, em especial de Teresa Machado

As equipas presentes, para além de Portugal, serão: Masculinos - Bielorrússia, Rep. Checa, Finlândia, Irlanda, Noruega, Suécia e Suíça. Femininos - Bélgica, Finlândia, Grécia, Lituânia, Polónia, Espanha e Suécia.

As formações portuguesas serão constituídas da seguinte maneira:

Masculinos - 100m e 200m: Ricardo Alves; 400m: Vítor Moreno; 800m: João Pires; 1500m e 3000m: Rui Silva; 5000m: José Ramos; 3000m obstáculos: Manuel Silva; 110m barreiras: Rui Palma; 400m barreiras: Carlos Silva; altura: Rafael Gonçalves; vara: Nuno Fernandes; comprimento: Nouzalter Abreu; triplo: Eduardo Martingo; peso: Marco Fortes; disco: Paulo Bernardo; martelo: Vítor Costa; dardo: Filipe Ventura; 4x100m: Ricardo Alves, Mário Barbosa, Ricardo Pacheco e Paulo Figueiredo; 4x400m: Vítor Moreno, Carlos Silva, Sérgio Duro e Edivaldo Monteiro.

Femininos - 100m e 200m: Severina Cravid; 400m: Tânia Freitas; 800m: Nédia Semedo; 1500m: Carla Sacramento; 3000m: Mónica Rosa; 5000m: Ana Dias, 100m barreiras: Isabel Abrantes; 400m barreiras: M. Carmo Tavares; altura e triplo: Sónia Carvalho; vara: Elisabete Tavares; comprimento: Marta Godinho; peso e disco: Teresa Machado, dardo: Sílvia Cruz; martelo: Vânia Silva; 4x100m: Severina Cravid, Carla Tavares, Patrícia Lopes e Cátia Ferreira; 4x400m: Tânia Freitas, M. Carmo Tavares, Patrícia Lopes e Sandra Teixeira.

O grupo B da I Liga da Taça disputa-se ao mesmo tempo em Budapeste, capital húngara, envolvendo nos homens a Bulgária, Hungria, Holanda, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Ucrânia e Jugoslávia e nas mulheres Áustria, Bulgária, Hungria, Holanda, Eslovénia, Turquia, Ucrânia e Jugoslávia.

Ao contrário de anos anteriores, em que a Superliga tinha um fim-de-semana só para si, a grande final disputa-se desta feita também hoje e amanhã em Bremen, na Alemanha, com 40 mil espectadores esperados para cada jornada. Os anfitriões recebem a Grã-Bretanha, que venceu por três vezes nos últimos quatro anos, França, Grécia, Itália, Polónia, Rússia e Espanha, nos homens; e a Rússia, que ganhou as quatro últimas edições, Bielorrússia, Rep. Checa, França, Grã-Bretanha, Itália e Roménia, nas mulheres.

Luís Lopes

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