Isabel Ayres promete dedicação ao Norte

02-11-2001
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Isabel Ayres Promete Dedicação ao Norte

Terça-feira, 30 de Outubro de 2001

Sucessora de Braga da Cruz tomou posse ontem como presidente da CCRN

Dois ministros, uma ministra, dois secretários de Estado, muitos presidentes de câmara (algumas ausências, entre as quais a do portuense Nuno Cardoso), alguns candidatos (Fernando Gomes) e diversos representantes de instituições do Norte do país - casa cheia para assistir à cerimónia de tomada de posse da presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN), Isabel Maria Ayres, e do jovem vice-presidente, Bruno Almeida, que decorreu ontem, no Porto. Uma mulher do Norte, que sucede ao actual ministro da Economia, Braga da Cruz, e que promete transformar a entidade que preside "numa alavanca poderosa".

"Aceito uma missão, avalio os seus riscos, determinada por uma vontade firme", começava por dizer, ou avisar, Isabel Maria Cardoso Ayres, uma economista nascida em 1949. Começou o seu discurso de tomada de posse recuando 30 anos. O tempo e a data (11 de Novembro) do início da carreira do serviço público, iniciado, precisamente ali, na CCRN. "Uma dedicação à Região Norte de Portugal" assumida e que partilhou com "todos os presidentes e funcionários" antecedendo a estadia de oito anos à frente da Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações. Depois, Isabel Ayres olhou para o futuro anunciando "os três domínios privilegiados" da CCRN: a execução do III Quadro Comunitário de Apoio, a participação no processo de reforma administrativa em curso e a reestruturação dos serviços da CCRN. Planos que deverão ser sustentados por uma articulação de políticas e agentes, por um "olhar para dentro, organizar e afirmar a CCRN", pela oferta de "um espaço aberto e partilhado" e por uma "cumplicidade de actuação com autarcas e autarquias". Ficava, assim, a deixa para o apelo de colaboração aos autarcas, notando que "o caminho faz-se caminhando".

Braga da Cruz admitia "alguma emoção". Afinal, foi à frente da CCRN que viveu, segundo afirmou, "a experiência mais exultante" da sua vida. E, em vez de três domínios do futuro, o actual ministro da Economia sublinhou os "três dd" que serviram de pilares à instituição no passado: democracia, desenvolvimento e descentralização. Restava ainda um conselho à sua sucessora, que considerou estar "perfeitamente à altura das circunstâncias". No fundo, tratava-se de um rol de "atitudes básicas", como sejam "saber ouvir, saber propor, saber fazer alianças, saber construir parcerias e, quem sabe, conivências", entre outras.

O ministro da Reforma do Estado e Administração Pública, Alberto Martins, preferiu sublinhar a novo papel das comissões de coordenação regional, que lhes atribui "uma importante e singular responsabilidade na descentralização do Estado, uma tarefa complexa e difícil, mas que, estamos seguros, será alcançada com êxito", assegurava, apontando o caminho para o aproveitamento da "janela de oportunidade".

Elisa Ferreira trazia um discurso de oito páginas. Responsável pelo convite feito a Isabel Ayres, a ministra do Planeamento abordou o percurso das comissões de coordenação na estrada das competências, admitiu falhas, notou as responsabilidades e lançou na mesa os números de milhões de investimento no Norte - o Programa Operacional Regional do III QCA tem "destinados, só no que respeita aos montantes da responsabilidade da CCRN, investimentos previstos na ordem dos 930 milhões de contos até 2006".

Após os elogios, a ministra deixou ainda os votos de "boa sorte", concluindo: "O resto já têm!".

Além de Bruno Almeida, de 29 anos, ex-subdirector da BPI e deputado do PS à Assembleia da República, a direcção da CCR do Norte conta ainda com a colaboração da vice-presidente Cristina Azevedo, que tomou posse há cerca de um ano.

Isabel Ayres Promete Dedicação ao Norte

Terça-feira, 30 de Outubro de 2001

Sucessora de Braga da Cruz tomou posse ontem como presidente da CCRN

Dois ministros, uma ministra, dois secretários de Estado, muitos presidentes de câmara (algumas ausências, entre as quais a do portuense Nuno Cardoso), alguns candidatos (Fernando Gomes) e diversos representantes de instituições do Norte do país - casa cheia para assistir à cerimónia de tomada de posse da presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN), Isabel Maria Ayres, e do jovem vice-presidente, Bruno Almeida, que decorreu ontem, no Porto. Uma mulher do Norte, que sucede ao actual ministro da Economia, Braga da Cruz, e que promete transformar a entidade que preside "numa alavanca poderosa".

"Aceito uma missão, avalio os seus riscos, determinada por uma vontade firme", começava por dizer, ou avisar, Isabel Maria Cardoso Ayres, uma economista nascida em 1949. Começou o seu discurso de tomada de posse recuando 30 anos. O tempo e a data (11 de Novembro) do início da carreira do serviço público, iniciado, precisamente ali, na CCRN. "Uma dedicação à Região Norte de Portugal" assumida e que partilhou com "todos os presidentes e funcionários" antecedendo a estadia de oito anos à frente da Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações. Depois, Isabel Ayres olhou para o futuro anunciando "os três domínios privilegiados" da CCRN: a execução do III Quadro Comunitário de Apoio, a participação no processo de reforma administrativa em curso e a reestruturação dos serviços da CCRN. Planos que deverão ser sustentados por uma articulação de políticas e agentes, por um "olhar para dentro, organizar e afirmar a CCRN", pela oferta de "um espaço aberto e partilhado" e por uma "cumplicidade de actuação com autarcas e autarquias". Ficava, assim, a deixa para o apelo de colaboração aos autarcas, notando que "o caminho faz-se caminhando".

Braga da Cruz admitia "alguma emoção". Afinal, foi à frente da CCRN que viveu, segundo afirmou, "a experiência mais exultante" da sua vida. E, em vez de três domínios do futuro, o actual ministro da Economia sublinhou os "três dd" que serviram de pilares à instituição no passado: democracia, desenvolvimento e descentralização. Restava ainda um conselho à sua sucessora, que considerou estar "perfeitamente à altura das circunstâncias". No fundo, tratava-se de um rol de "atitudes básicas", como sejam "saber ouvir, saber propor, saber fazer alianças, saber construir parcerias e, quem sabe, conivências", entre outras.

O ministro da Reforma do Estado e Administração Pública, Alberto Martins, preferiu sublinhar a novo papel das comissões de coordenação regional, que lhes atribui "uma importante e singular responsabilidade na descentralização do Estado, uma tarefa complexa e difícil, mas que, estamos seguros, será alcançada com êxito", assegurava, apontando o caminho para o aproveitamento da "janela de oportunidade".

Elisa Ferreira trazia um discurso de oito páginas. Responsável pelo convite feito a Isabel Ayres, a ministra do Planeamento abordou o percurso das comissões de coordenação na estrada das competências, admitiu falhas, notou as responsabilidades e lançou na mesa os números de milhões de investimento no Norte - o Programa Operacional Regional do III QCA tem "destinados, só no que respeita aos montantes da responsabilidade da CCRN, investimentos previstos na ordem dos 930 milhões de contos até 2006".

Após os elogios, a ministra deixou ainda os votos de "boa sorte", concluindo: "O resto já têm!".

Além de Bruno Almeida, de 29 anos, ex-subdirector da BPI e deputado do PS à Assembleia da República, a direcção da CCR do Norte conta ainda com a colaboração da vice-presidente Cristina Azevedo, que tomou posse há cerca de um ano.

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