Comunistas atacam "labirinto" socialista

14-03-2001
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Maria de Belém espera que PCP ajude o Governo

Comunistas Atacam "Labirinto" Socialista

Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2000 Foi com um forte ataque ao Governo que o PCP deu ontem conta ao plenário da Assembleia da República do seu congresso do passado fim-de-semana. Bernardino Soares, o deputado que neste congresso subiu ao comité central e à comissão política do PCP, pegou nos mais recentes casos que têm afligido os socialistas para concluir que "o PS e o Governo estão cada vez mais presos no seu próprio labirinto de contradições internas e jogos de poder, de interesses antagónicos e guerras de sucessão, sem conseguir disfarçar as consequências desastrosas para o país". "Cada vez que o primeiro-ministro consegue a custo puxar a manta para tapar um problema, logo ela falta para tapar outro igual ou pior", afirmou o deputado comunista, para quem "a turbulência das últimas semanas é suficiente para demonstrar o estado em que está o governo". Bernardino Soares passou então em revista esses problemas, desde o "esticar da corda do ministro da Justiça" a propósito do caso Camarate à Fundação do ministro Armando Vara, passando pelas declarações o ex-presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, entretanto demitido, sem esquecer a demissão do governador civil de Bragança. "Qualquer balanço da política do PS no Governo não pode deixar de referir o assalto dos socialistas ao aparelho do Estado e a cada vez maior confusão entre este, os grupos económicos e de interesse e o partido do Governo. A política de clientelismo e de submissão do poder político ao poder económico tem sido uma constante da governação do PS e uma causa real da degradação da democracia portuguesa", criticou ainda o deputado comunista, fazendo questão de lembrar ao Governo que resultou de umas eleições em que os portugueses decidiram dar-lhe 115 deputados e não mais do que isso. Por tudo isto, concluiu Bernardino Soares, o PCP, no seu XVI congresso, reafirmou o seu empenho na luta por "uma democracia política, económica, social e cultural", afirmando "soluções de esquerda para o país" e lutando por "uma viragem à esquerda na política nacional". O PS reagiu pela voz da ex-ministra da Saúde, Maria de Belém, que se afirmou perplexa, por estar à espera de uma "explicação sintetizada" das conclusões do congresso comunista e não de um rol de críticas ao Executivo. "A minha bancada esperava do PCP uma oposição crítica para ajudar o Governo a cumprir o seu programa", queixou-se Maria de Belém. Na resposta, Bernardino Soares informou que as críticas às políticas do Governo foram uma das conclusões mais importantes do Congresso do PCP e perguntou quando é que o PS vai inverter essas políticas. A pergunta ficou sem resposta. E.L. OUTROS TÍTULOS EM POLÍTICA Guterres cercado pela oposição

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