Dez concelhos em despique cerrado

27-12-2001
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Dez Concelhos em Despique Cerrado

Por NUNO SÁ LOURENÇO

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2001

Foram seis as câmaras que se decidiram com uma mão cheia de votos. Os socialistas foram os mais benefeciados pela sorte. Cinco das câmaras que conquistaram estão entre as dez votações mais renhidas destas eleições autárquicas. Mas o recorde vai para o social-democrata Agostinho Alves Pinto que roubou Ribeira da Pena aos socialistas graças a dois votos.

RIBEIRA DA PENA 2 VOTOS

Agostinho Alves Pinto - PSD-PP

2001 % 1997 %

PSD 2665 48,85 2361 47,22

PS 2433 48,81 2433 48,66

O TEMPO DE JOÃO PEREIRA JÁ LÁ VAI

Com uma população residente de menos de 8 mil votantes, não seria de surpreender que a eleição fosse decidida por poucos. Ainda por cima, o candidato da coligação da direita, Agostinho Alves Pinto, era um independente desconhecido no concelho. A tarefa de recuperar um concelho tradicional do PSD adivinhava-se portanto difícil. Mas o director do Colégio Juvenil da Campanhã lá conseguiu destronar o socialista João Noronha, cuja principal obra nestes últimos quatro anos se ficou pelo relançamento das obras no edifício da Misericórdia. Alves Pinto venceu por dois votos. Longe vão os tempos em que o "dinossauro" do PSD João Pereira acumulava vitórias esmagadoras.

MOURA 3 VOTOS

José Pós-de-Mina - CDU

2001 % 1997 %

CDU 2958 41,1 3766 46,06

PS 2955 41,06 2644 32,34

A CDU QUERIA MAIORIA ABSOLUTA...

Os resultados eleitorais foram um balde de água fria para a CDU. Por pouco a coligação não assistiu à repetição dos resultados das legislativas de 1999. Desde o início que os comunistas reconheciam como meta a conquista da maioria absoluta em Moura. O objectivo do socialista José Joaquim Oliveira era evitar isso mesmo. Pode dar-se por satisfeito. De tal forma o conseguiu que por pouco não recuperava para o PS uma câmara perdida há quatro anos. Tendo em conta os números das votações no PS desde 89, dá para perceber que 1997 foi um acidente de percurso. E nem o número de eleitores do concelho serve de desculpa para a CDU. São mais de 14 mil votantes, embora uma boa parte tenha optado por ficar em casa.

SERTÃ 6 VOTOS

José Barata Farinha - PS

2001 % 1997 %

PS 3279 29,87 3607 32,7

Ind 3273 29,82 0 0

INDEPENDENTE DIVIDIU UM PSD HABITUADO A VENCER

A maioria social-democrata era uma constante na Sertã. Se a divisão não existissem, este ano teria sido mais um passeio para o PSD. Só que o ainda presidente da câmara. eleito pelo PSD. entrou em conflito com o partido que optou por substituir José Manuel Carreto pela candidatura do ainda presidente da Assembleia Municipal, Álvaro Aires. Carreto não se fez rogado e lançou à luta como independente. Surpreendentemente, apesra do eleitorado partidário dividido, Carreto perdeu por seis votos. Quem ficou a ganhar foi o socialista José Barata Farinha que conquistou uma câmara com que o seu partido não contava. Os três candidatos conseguiram todos mais de 3200 votos. Mais renhido que isto só na Fórmula Um.

LAMEGO 6 VOTOS

José Almeida Santos - PS

2001 %1997 %

PS 6887 39,67 7672 42,72

PSD 6881 39,63 6744 37,56

SOCIALISTAS SUSPIRAM DE ALÍVIO

Já se sabia que a eleição ia ser disputada. Ainda assim, é significativo que num eleitorado de mais de 25 mil pessoas, o presidente tenha sido decidido por uma mão-cheia de votantes. Para o cargo de presidente contavam-se três candidatos possíveis. Anteontem à noite, o presidente socialista José Almeida Santos deve ter largado um longo suspiro de alívio, quando as urnas de voto acabaram de ser contadas. Foi reeleito por seis votos, quando há quatro anos a vitória havia sido mais folgada, ainda que não tenha chegado à maioria. A verdade é que o PSD, paulatinamente, se vem aproximando do PS. Este foi o melhor resultado de sempre para os sociais-democratas em eleições autárquicas.

IDANHA-A-NOVA 8 VOTOS

Álvaro Cachucho Rocha - PS

2001 % 1997 %

PS 3962 45,83 3700 42,39

PSD 3954 45,74 3917 44,88

O REGRESSO DO PS

Foi por apenas oito votos, mas isso é apenas um pormenor num distrito onde as unhas negras já são uma tradição eleitoral. O que interessa é que o PS recuperou este concelho de Castelo Branco, onde há não muito tempo conseguia votações nas autárquicas superiores aos 60 pontos percentuais. Tinha perdido Idanha-a-Nova em 1997 para o PSD, que com Francisco Baptista não convenceu os eleitores. Durante a campanha, deu para perceber que não existiam grandes diferenças entre as duas candidaturas do Bloco Central. O mais penalizado por isso foi o PSD. A verdade é que todos os candidatos subiram em termos de votos expressos menos o social-democrata.

MONFORTE 10 VOTOS

Rui Maia Silva - CDU

2001 % 1997 %

CDU 967 41,97 1148 4854

PS 957 41,54 720 30,44

BASTARAM ALGUNS SOCIALISTAS...

A votação para as autárquicas em Monforte será sempre decidido por poucos votos. É que, neste concelho, os eleitores nem sequer chegam aos três mil. Feitas as contas às oposições internas no PS, o candidato comunista Rui Maia da Silva teve sorte em ser eleito. As quezílias entre socialistas fizeram com que perdessem este concelho de Portalegre. António Canoas, o socialista que foi presidente antes de Maia Silva, continua em guerra com o seu partido. Não seria supreendente se este ex-autarca não tivesse dado uma ajudinha aos comunistas. Talvez assim se explique a vitória da CDU. No entanto, a coligação sempre teve bons resultados nas autárquicas. Há quatro anos chegou aos 48,5 por cento.

BARRANCOS 12 VOTOS

Nelson Costa Berjano - PS

2001 % 1997 %

PS 634 46.96 607 46,44

CDU 622 46,07 615 47,05

TOUROS DE MORTE NÃO COLHERAM PS

Há quatro anos conseguiram chegar à presidência com 615 votos. Anteontem, os sete votos a mais que obtiveram não foram suficientes, passando assim Barrancos a ser mais um número na estatística da hecatombe comunista no Alentejo. É que aqui, todo o voto conta. É preciso não esquecer que este concelho de Beja é o que menos eleitores tem nos cadernos, ao nível do continente. Nelson Costa Berjano, apesar das polémicas à volta dos touros de morte, conseguiu para o PS a câmara municipal. Um bom resultado se se tiver em conta que os comunistas estavam à espera de reelegerem confortavelmente Pica Tereno à conta do seu papel na defesa da tradição tauromáquica de Barrancos.

VILA POUCA DE AGUIAR 21 VOTOS

Domingos Batista Dias - PSD-PP

2001 % 1997 %

PSD-PP 4944 47,25 4223 41,45

PS 4923 47,05 4636 45,51

LIMPEZA DO BALNEÁRIO SOCIALISTA CORRE MAL

Saiu-lhe o tiro pela culatra. A limpeza de balneário efectuada pelo socialista e ainda presidente da câmara Carlos Ambrósio não resultou na vitória que este esperava. Acabou por pagar pela instabilidade interna que criou, ao levar o vice-presidente, José Eduardo Quinteiro, a bater com a porta. Perdeu a autarquia para um adversário mais conhecido por ser instável. Antes desta eleição, o futuro presidente Domingos Batista Dias, foi candidato à Assembleia da República pelo PS e pelo PRD, foi contra uma coligação à direita antes de a aceitar na sua candidatura. Fica para a história o facto de um concelho de mais de 42 mil eleitores ter sido decidido por 21 votos.

POVOAÇÃO 22 VOTOS

Francisco Silva Álvares - PSD

2001 % 1997 %

PSD 1692 46,66 1483 42,08

PS 1670 46,06 1914 54,31

CARLOS CÉSAR CONTRARIADO

Há menos de um mês todos davam como garantida a reeleição do socialista Carlos Ávila num dos mais pobres concelhos do país. Mas o que aconteceu foi uma vitória contra a maré. O líder do Governo regional dos Açores passou a campanha a pedir aos seus conterrâneos que "harmonizassem" as autárquicas com as cores das legislativas. Contudo, Francisco Silva Álvares, que já concorrera pelo PSD em 1997, trocou as voltas aos socialistas vencendo uma câmara que já era do PS há oito anos. O futuro autarca consegue assim inverter a tendência de queda do seu PARTIDO, QUE JÁ VINHA DE 1995.

MARVÃO 36 VOTOS

Manuel Carrilho Bugalho - PS

2001 % 1997 %

PS 1255 47,96 1395 49,66

PSD 1219 46,58 1073 38,2

PSD VOLTA A PERDER POR POUCOS

Foi por pouco que a coligação PSD-PP não roubou o mais pequeno concelho de Portalegre ao PS. Mais uma vez, os socialistas conseguiram aguentar aquele que já foi um bastião social-democrata. Mas Manuel Carrilho Bugalho perdeu a maioria absoluta conquistada há quatro anos. Quanto a Joaquim Barbas, volta a falhar a eleição por pouco. Em 1997 não se tornou presidente porque lhe faltaram 300 votos. Fica adiada a recuperação num concelho onde o PSD esteve quase sempre em quebra desde que Cavaco Silva conquistou a sua última maioria absoluta em 1991. Contudo, tendo em conta que os eleitores em Marvão não ultrapassam os quatro mil, o mais provável é que as autárquicas sejam sempre decididas à custa de uma mão cheia de votos.

Dez Concelhos em Despique Cerrado

Por NUNO SÁ LOURENÇO

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2001

Foram seis as câmaras que se decidiram com uma mão cheia de votos. Os socialistas foram os mais benefeciados pela sorte. Cinco das câmaras que conquistaram estão entre as dez votações mais renhidas destas eleições autárquicas. Mas o recorde vai para o social-democrata Agostinho Alves Pinto que roubou Ribeira da Pena aos socialistas graças a dois votos.

RIBEIRA DA PENA 2 VOTOS

Agostinho Alves Pinto - PSD-PP

2001 % 1997 %

PSD 2665 48,85 2361 47,22

PS 2433 48,81 2433 48,66

O TEMPO DE JOÃO PEREIRA JÁ LÁ VAI

Com uma população residente de menos de 8 mil votantes, não seria de surpreender que a eleição fosse decidida por poucos. Ainda por cima, o candidato da coligação da direita, Agostinho Alves Pinto, era um independente desconhecido no concelho. A tarefa de recuperar um concelho tradicional do PSD adivinhava-se portanto difícil. Mas o director do Colégio Juvenil da Campanhã lá conseguiu destronar o socialista João Noronha, cuja principal obra nestes últimos quatro anos se ficou pelo relançamento das obras no edifício da Misericórdia. Alves Pinto venceu por dois votos. Longe vão os tempos em que o "dinossauro" do PSD João Pereira acumulava vitórias esmagadoras.

MOURA 3 VOTOS

José Pós-de-Mina - CDU

2001 % 1997 %

CDU 2958 41,1 3766 46,06

PS 2955 41,06 2644 32,34

A CDU QUERIA MAIORIA ABSOLUTA...

Os resultados eleitorais foram um balde de água fria para a CDU. Por pouco a coligação não assistiu à repetição dos resultados das legislativas de 1999. Desde o início que os comunistas reconheciam como meta a conquista da maioria absoluta em Moura. O objectivo do socialista José Joaquim Oliveira era evitar isso mesmo. Pode dar-se por satisfeito. De tal forma o conseguiu que por pouco não recuperava para o PS uma câmara perdida há quatro anos. Tendo em conta os números das votações no PS desde 89, dá para perceber que 1997 foi um acidente de percurso. E nem o número de eleitores do concelho serve de desculpa para a CDU. São mais de 14 mil votantes, embora uma boa parte tenha optado por ficar em casa.

SERTÃ 6 VOTOS

José Barata Farinha - PS

2001 % 1997 %

PS 3279 29,87 3607 32,7

Ind 3273 29,82 0 0

INDEPENDENTE DIVIDIU UM PSD HABITUADO A VENCER

A maioria social-democrata era uma constante na Sertã. Se a divisão não existissem, este ano teria sido mais um passeio para o PSD. Só que o ainda presidente da câmara. eleito pelo PSD. entrou em conflito com o partido que optou por substituir José Manuel Carreto pela candidatura do ainda presidente da Assembleia Municipal, Álvaro Aires. Carreto não se fez rogado e lançou à luta como independente. Surpreendentemente, apesra do eleitorado partidário dividido, Carreto perdeu por seis votos. Quem ficou a ganhar foi o socialista José Barata Farinha que conquistou uma câmara com que o seu partido não contava. Os três candidatos conseguiram todos mais de 3200 votos. Mais renhido que isto só na Fórmula Um.

LAMEGO 6 VOTOS

José Almeida Santos - PS

2001 %1997 %

PS 6887 39,67 7672 42,72

PSD 6881 39,63 6744 37,56

SOCIALISTAS SUSPIRAM DE ALÍVIO

Já se sabia que a eleição ia ser disputada. Ainda assim, é significativo que num eleitorado de mais de 25 mil pessoas, o presidente tenha sido decidido por uma mão-cheia de votantes. Para o cargo de presidente contavam-se três candidatos possíveis. Anteontem à noite, o presidente socialista José Almeida Santos deve ter largado um longo suspiro de alívio, quando as urnas de voto acabaram de ser contadas. Foi reeleito por seis votos, quando há quatro anos a vitória havia sido mais folgada, ainda que não tenha chegado à maioria. A verdade é que o PSD, paulatinamente, se vem aproximando do PS. Este foi o melhor resultado de sempre para os sociais-democratas em eleições autárquicas.

IDANHA-A-NOVA 8 VOTOS

Álvaro Cachucho Rocha - PS

2001 % 1997 %

PS 3962 45,83 3700 42,39

PSD 3954 45,74 3917 44,88

O REGRESSO DO PS

Foi por apenas oito votos, mas isso é apenas um pormenor num distrito onde as unhas negras já são uma tradição eleitoral. O que interessa é que o PS recuperou este concelho de Castelo Branco, onde há não muito tempo conseguia votações nas autárquicas superiores aos 60 pontos percentuais. Tinha perdido Idanha-a-Nova em 1997 para o PSD, que com Francisco Baptista não convenceu os eleitores. Durante a campanha, deu para perceber que não existiam grandes diferenças entre as duas candidaturas do Bloco Central. O mais penalizado por isso foi o PSD. A verdade é que todos os candidatos subiram em termos de votos expressos menos o social-democrata.

MONFORTE 10 VOTOS

Rui Maia Silva - CDU

2001 % 1997 %

CDU 967 41,97 1148 4854

PS 957 41,54 720 30,44

BASTARAM ALGUNS SOCIALISTAS...

A votação para as autárquicas em Monforte será sempre decidido por poucos votos. É que, neste concelho, os eleitores nem sequer chegam aos três mil. Feitas as contas às oposições internas no PS, o candidato comunista Rui Maia da Silva teve sorte em ser eleito. As quezílias entre socialistas fizeram com que perdessem este concelho de Portalegre. António Canoas, o socialista que foi presidente antes de Maia Silva, continua em guerra com o seu partido. Não seria supreendente se este ex-autarca não tivesse dado uma ajudinha aos comunistas. Talvez assim se explique a vitória da CDU. No entanto, a coligação sempre teve bons resultados nas autárquicas. Há quatro anos chegou aos 48,5 por cento.

BARRANCOS 12 VOTOS

Nelson Costa Berjano - PS

2001 % 1997 %

PS 634 46.96 607 46,44

CDU 622 46,07 615 47,05

TOUROS DE MORTE NÃO COLHERAM PS

Há quatro anos conseguiram chegar à presidência com 615 votos. Anteontem, os sete votos a mais que obtiveram não foram suficientes, passando assim Barrancos a ser mais um número na estatística da hecatombe comunista no Alentejo. É que aqui, todo o voto conta. É preciso não esquecer que este concelho de Beja é o que menos eleitores tem nos cadernos, ao nível do continente. Nelson Costa Berjano, apesar das polémicas à volta dos touros de morte, conseguiu para o PS a câmara municipal. Um bom resultado se se tiver em conta que os comunistas estavam à espera de reelegerem confortavelmente Pica Tereno à conta do seu papel na defesa da tradição tauromáquica de Barrancos.

VILA POUCA DE AGUIAR 21 VOTOS

Domingos Batista Dias - PSD-PP

2001 % 1997 %

PSD-PP 4944 47,25 4223 41,45

PS 4923 47,05 4636 45,51

LIMPEZA DO BALNEÁRIO SOCIALISTA CORRE MAL

Saiu-lhe o tiro pela culatra. A limpeza de balneário efectuada pelo socialista e ainda presidente da câmara Carlos Ambrósio não resultou na vitória que este esperava. Acabou por pagar pela instabilidade interna que criou, ao levar o vice-presidente, José Eduardo Quinteiro, a bater com a porta. Perdeu a autarquia para um adversário mais conhecido por ser instável. Antes desta eleição, o futuro presidente Domingos Batista Dias, foi candidato à Assembleia da República pelo PS e pelo PRD, foi contra uma coligação à direita antes de a aceitar na sua candidatura. Fica para a história o facto de um concelho de mais de 42 mil eleitores ter sido decidido por 21 votos.

POVOAÇÃO 22 VOTOS

Francisco Silva Álvares - PSD

2001 % 1997 %

PSD 1692 46,66 1483 42,08

PS 1670 46,06 1914 54,31

CARLOS CÉSAR CONTRARIADO

Há menos de um mês todos davam como garantida a reeleição do socialista Carlos Ávila num dos mais pobres concelhos do país. Mas o que aconteceu foi uma vitória contra a maré. O líder do Governo regional dos Açores passou a campanha a pedir aos seus conterrâneos que "harmonizassem" as autárquicas com as cores das legislativas. Contudo, Francisco Silva Álvares, que já concorrera pelo PSD em 1997, trocou as voltas aos socialistas vencendo uma câmara que já era do PS há oito anos. O futuro autarca consegue assim inverter a tendência de queda do seu PARTIDO, QUE JÁ VINHA DE 1995.

MARVÃO 36 VOTOS

Manuel Carrilho Bugalho - PS

2001 % 1997 %

PS 1255 47,96 1395 49,66

PSD 1219 46,58 1073 38,2

PSD VOLTA A PERDER POR POUCOS

Foi por pouco que a coligação PSD-PP não roubou o mais pequeno concelho de Portalegre ao PS. Mais uma vez, os socialistas conseguiram aguentar aquele que já foi um bastião social-democrata. Mas Manuel Carrilho Bugalho perdeu a maioria absoluta conquistada há quatro anos. Quanto a Joaquim Barbas, volta a falhar a eleição por pouco. Em 1997 não se tornou presidente porque lhe faltaram 300 votos. Fica adiada a recuperação num concelho onde o PSD esteve quase sempre em quebra desde que Cavaco Silva conquistou a sua última maioria absoluta em 1991. Contudo, tendo em conta que os eleitores em Marvão não ultrapassam os quatro mil, o mais provável é que as autárquicas sejam sempre decididas à custa de uma mão cheia de votos.

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