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28-03-2002
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28 MARÇO 2002 11:43 23 MARÇO

Esperar que morram? A Função Pública é o sector candidato a pagar as favas dos problemas orçamentais dos últimos anos. Não só porque tem pessoas a mais, não só porque dá garantias de emprego a mais aos seus trabalhadores, não só porque lhes dá reformas que mais ninguém tem, não só porque, em contrapartida, muitos dos serviços que oferece aos cidadãos são de má qualidade - mas porque é o sector onde qualquer Governo de plantão poderá ter melhores resultados a curto prazo com menores custos políticos. O problema de consolidação das Finanças Públicas portuguesas passa por mexer, por exemplo, nas transferências automáticas para as autarquias e para as Regiôes Autónomas, no Serviço Nacional de Saúde, na Lei de Programação Militar, etc. O problema de consolidação das Finanças Públicas portuguesas passa por mexer, por exemplo, nas transferências automáticas para as autarquias e para as Regiôes Autónomas, no Serviço Nacional de Saúde, na Lei de Programação Militar, etc. Mas que todos os partidos têm medo da força dos autarcas, isso é evidente. O facto de, não há muitos meses, ter sido de novo inviabilizada a limitação dos mandatos autárquicos, mostra bem como as direcções dos dois maiores partidos e, por tabela, dos Governos que delas saem, se encontram prisioneiros dos presidentes das mais de 300 câmaras que existem no país. Mas que todos os partidos têm medo da força dos autarcas, isso é evidente. O facto de, não há muitos meses, ter sido de novo inviabilizada a limitação dos mandatos autárquicos, mostra bem como as direcções dos dois maiores partidos e, por tabela, dos Governos que delas saem, se encontram prisioneiros dos presidentes das mais de 300 câmaras que existem no país. É claro que, em vez de se cortar no dinheiro que o orçamento da administração central transfere para as autarquias, poder-se-ia pensar em transferir maiores responsabilidades para os municípios, como, por exemplo, a gestão e construção de escolas dos ensinos básico e secundário. Mas os municípios não querem - e os políticos, que precisam deles para mobilizarem o país e ganharem eleições legislativas, aceitam a sua vontade. É claro que, em vez de se cortar no dinheiro que o orçamento da administração central transfere para as autarquias, poder-se-ia pensar em transferir maiores responsabilidades para os municípios, como, por exemplo, a gestão e construção de escolas dos ensinos básico e secundário. Mas os municípios não querem - e os políticos, que precisam deles para mobilizarem o país e ganharem eleições legislativas, aceitam a sua vontade. Com as Regiões Autónomas, o problema é semelhante. Basta ver como Alberto João Jardim ultrapassa sistematicamente os limites de endividamento fixados pelo Governo central à Madeira, sem que nada lhe aconteça - o que lhe permite, aliás, ganhar eleições no arquipélago há mais de 20 anos. Com as Regiões Autónomas, o problema é semelhante. Basta ver como Alberto João Jardim ultrapassa sistematicamente os limites de endividamento fixados pelo Governo central à Madeira, sem que nada lhe aconteça - o que lhe permite, aliás, ganhar eleições no arquipélago há mais de 20 anos. Os políticos também receiam enfrentar médicos, farmacêuticos e multinacionais da saúde. Com regularidade, perdem. Leonor Beleza foi trucidada, mas quem tenta fazer alguma coisa - como Manuela Arcanjo e Correia de Campos - ou acaba demitido ou enxovalhado. Os políticos também receiam enfrentar médicos, farmacêuticos e multinacionais da saúde. Com regularidade, perdem. Leonor Beleza foi trucidada, mas quem tenta fazer alguma coisa - como Manuela Arcanjo e Correia de Campos - ou acaba demitido ou enxovalhado. Com os militares, aqui d'El Rei, que é preciso trazê-los contentes, não lhes vá passar pela cabeça que o poder ainda pode estar na ponta das espingardas. E por isso não se define o modelo de Forças Armadas que queremos ter, mantemos três ramos sem termos nenhuma específica mais-valia em nenhum (o que seria de toda a utilidade no quadro das futuras Forças Armadas Europeias) e cada vez que o chefe de um ramo fala grosso ao ministro da Defesa não é demitido - quem sai pela esquerda baixa é o ministro. Com os militares, aqui d'El Rei, que é preciso trazê-los contentes, não lhes vá passar pela cabeça que o poder ainda pode estar na ponta das espingardas. E por isso não se define o modelo de Forças Armadas que queremos ter, mantemos três ramos sem termos nenhuma específica mais-valia em nenhum (o que seria de toda a utilidade no quadro das futuras Forças Armadas Europeias) e cada vez que o chefe de um ramo fala grosso ao ministro da Defesa não é demitido - quem sai pela esquerda baixa é o ministro. Resta, pois, a Função Pública. As soluções não são muitas. Congelam-se as entradas ou, como fez o Governo, estabelece-se a regra de que só entra um por cada quatro que saem. Há quem diga que todas as admissões serão assinadas pelo futuro ministro das Finanças. Não vai fazer outra coisa... Há quem admita que se devem congelar os salários. Há quem fale em despedimentos - para depois perceber que, face à actual legislação, isso é impossível. Há quem aposte em contratos individuais de trabalho para os novos funcionários. Há quem queira despedir 150.000. Há quem, mais prosaicamente, admita que o melhor é esperar que eles se vão reformando. Ou, como diria Cavaco Silva naquele seu geito nada diplomático, há que esperar que morram. Resta, pois, a Função Pública. As soluções não são muitas. Congelam-se as entradas ou, como fez o Governo, estabelece-se a regra de que só entra um por cada quatro que saem. Há quem diga que todas as admissões serão assinadas pelo futuro ministro das Finanças. Não vai fazer outra coisa... Há quem admita que se devem congelar os salários. Há quem fale em despedimentos - para depois perceber que, face à actual legislação, isso é impossível. Há quem aposte em contratos individuais de trabalho para os novos funcionários. Há quem queira despedir 150.000. Há quem, mais prosaicamente, admita que o melhor é esperar que eles se vão reformando. Ou, como diria Cavaco Silva naquele seu geito nada diplomático, há que esperar que morram. E no entanto, o país precisa de uma administração pública competente, eficiente e... motivada. Mas isso também implica menos funcionários não qualificados e mais bastante qualificados. Isso também implica diferenciar os salários - e pagar bem melhor, por exemplo, aos inspectores fiscais. E implica informatizar, informatizar e informatizar toda a administração pública. E no entanto, o país precisa de uma administração pública competente, eficiente e... motivada. Mas isso também implica menos funcionários não qualificados e mais bastante qualificados. Isso também implica diferenciar os salários - e pagar bem melhor, por exemplo, aos inspectores fiscais. E implica informatizar, informatizar e informatizar toda a administração pública. Em qualquer caso, como Roma e Pavia não se fizeram num dia e a casa pegou fogo, está bem de ver que, a curtissimo prazo, quem vai pagar a factura da consolidação orçamental serão os funcionários públicos. De uma maneira ou de outra - mas serão eles. Porque todos os outros problemas que precisam de ser atacados dão muito mais trabalho - e criarão muito maior desgaste político. Em qualquer caso, como Roma e Pavia não se fizeram num dia e a casa pegou fogo, está bem de ver que, a curtissimo prazo, quem vai pagar a factura da consolidação orçamental serão os funcionários públicos. De uma maneira ou de outra - mas serão eles. Porque todos os outros problemas que precisam de ser atacados dão muito mais trabalho - e criarão muito maior desgaste político. 11 Março 2002

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Comentários

1 a 20 de 216 tribunus2002 03:47 18 Março 2002 Prova provada.

A prova provada de que este é um país de Função Pública está os 215 comentários. Zé Luiz 21:44 14 Março 2002 Minha:

Só me resta agradecer-lhe ter-me deixado com a razão, tanto mais que de modo nenhum estou certo de a merecer.

Wilde não é dos meus escritores preferidos, excepto no que respeita o apaixonado testamento/manifesto com que fecha a sua carreira literária e a sua vida.

Prefiro Swift, com a sua estranha mistura de reaccionarismo e anarquismo e com a sua visão do mundo na fronteira entre a sanidade e a loucura. E a propósito de moralidade, permito-me citá-lo: "The learning [of the Brobdingnagians] is very defective, consisting only in Morality, History, Poetry and Mathematics, wherein they must be allowed to excel."

Já agora uma observação que Gulliver faz sobre os habitantes de Laputa, e que se aplica como uma luva a mim e à generalidade dos participantes neste forum (mas não a si): "What [...] I thought altogether unaccountable, was the strong Disposition I observed in them towards News and Politics, perpetually inquiring into Public Affairs, giving their judgements in Matters of State, and passionately disputing every inch of a Party Opinion." minha 20:54 14 Março 2002 Zé Luís, Swift também nos lembra que:«Reason is a very light rider, and easily shook off.»

«Confesso-lhe, no entanto, que hesitei muito antes de escrever o meu comentário das 18.52 de ontem.»

Por alguma razão terá sido, o que vem dar alguma pertinência ao meu reparo. Prefiro acreditar que não tenha hesitado apenas porque:

«Há muito que sei que a ironia é perigosa, o humor negro também, e quando as duas coisas se juntam o perigo não se soma, multiplica-se.»

dado que aqui era apenas uma questão de sensibilidade e...bom gosto!

Como de ofensa não se trata, e muito menos a questão foi, ou se tornou, pessoal (quem sabe se por isso mesmo), permito-me terminar deixando-lhe a razão, pois como disse o experiente Oscar Wilde:

«A man who moralizes is usually a hypocrite, and a woman who moralizes is invariably plain.»

Zé Luiz 15:22 14 Março 2002 Minha:

E "A Modest Proposal" remete para uma realidade talvez não menos horrorosa do que o Holocausto - com a diferença de que se tratava duma realidade contemporânea do momento da escrita, e não anterior a ele cinquenta anos.

Quanto àquilo que interessa, que é saber se as pessoas ficam ofendidas ou não: qualquer português idoso que leia o meu comentário verá claramente que eu não defendo as câmaras de gás, do mesmo modo que Swift não defendia o canibalismo.

Quem tem razão para se sentir ofendido - mas quanto a estes a minha intenção era mesmo ofender - são os tecnocratas que todos os dias nos apresentam propostas de sociedade que, tendo por única base a racionalidade económica, ignoram sistematicamente que as pessoas não existem para a economia, mas a economia para as pessoas.

Se me permite que insista na metáfora, são estes que nos "mandam para as câmaras de gás" quando o custo económico da nossa existência começa a exceder o benefício. Não me censure a mim, que me limito a denunciá-los: censure-os a eles.

Do mesmo modo, se o texto de Swift tinha de ofender alguém, não era os rendeiros irlandeses que morriam de fome, mas os senhores das terras que os exploravam sem piedade. Ao sugerir que os ricos comessem os filhos dos pobres Swift não estava a fazer mais do que a descrever - em linguagem figurada, é claro - aquilo que com efeito estava a acontecer.

Confesso-lhe, no entanto, que hesitei muito antes de escrever o meu comentário das 18.52 de ontem. Há muito que sei que a ironia é perigosa, o humor negro também, e quando as duas coisas se juntam o perigo não se soma, multiplica-se.

Mais uma vez, desculpe-me se a ofendi. Espero não ter ofendido outras pessoas para além daquelas que queria ofender, ou pelo menos espero não o ter feito tanto quanto você pensa que o fiz.

Em todo o caso, "quod scripsi scripsi". preparador 15:04 14 Março 2002 votem em "liberdade"

Quem acredita nas sondagens da visão é porque não sabe(?) que grande parte dos seus colaboradores são PS.

Afinal a maioria dos socialistas gostam do PS como os adeptos do futebol gostam dos seus clubes; i.é incondicionalmente!

E o Dr. Carvalhas com o seu discursoze de mudançazze! O PCP vai mudar!!!!

O Dr. Portas parece que anda a contar os trocos...! fica mal a um político tão inteligente. As pessoas sabem (que eu sei que você sabe....!!) que o Dr. Portas, se continuar a ter ambição, pode ser muito útil ao pais. Um dia quem sabe.

Dr. Barroso não faça discursos alarmistas, alguma solução se vai arranjar para a crise; adiasse a crise, pede-se uns dinheiros à EU. Em cima do joelho, como sempre, as soluções vão aparecer. Basta! deixe os portugueses trabalharem para a solução.

As pessoas estão esquecidas. Em 95 votaram PS (ainda que sem convicção) por cansaço do Cavaco e não porque o Guterres conquistou o coração das portuguesas e dos portugueses e dos demais desfavorecidos, coitadinhos!

minha 12:53 14 Março 2002 Zé Luís

Apesar de «A Modest Proposal » não ser, de todo, da minha simpatia, julgo que a «perversidade» das soluções encontradas por Swift não chocam tanto como a sua proposta das câmaras de gás, por muito figurativas que as tivesse querido, exactamente porque estas nos remetem para o que foi uma horrorosa realidade para milhões de pessoas, ainda há pouco mais de meio século.

Mas como o humor é uma arte que não está ao alcance de todos, terá sido o seu, provavelmente, demasiado fino para a minha capacidade de entendimento. Não o lamento, neste caso, embora não haja nesta minha atitude qualquer arrogância, uma vez que tenho bem presente que «O bom senso é o que há de mais bem distribuído no mundo, pois cada um pensa estar bem provido dele».

Desidério 10:02 14 Março 2002 Pronto, já morreram...

Ó Senhor Nicolau Santos, este seu escrito está há tanto tempo em Editorial que entretanto os funcionários públicos já morreram todos... Kllux 03:39 14 Março 2002 Que beleza!!!

Num documento da Associação Portuguesa dos Hemofílicos, até agora subscrito por 700 pessoas do distrito de Portalegre e de outros distritos no norte do país, a APH exige que a antiga ministra seja retirada das listas do PSD para que seja "apresentada a tribunal para ser julgada" pelo crime de propagação de doença contagiosa no caso dos hemofílicos.

O documento acrescenta que "Leonor Beleza deixou de ser ministra e deputada por causa das suspeitas da prática de um crime terrível. Agora, que existe ordem de um tribunal superior para ser julgada, Leonor Beleza recorre, e recorre, em ordem a provocar a prescrição, sendo que na hipótese de não ganhar o recurso, abrigar-se-á na imunidade parlamentar de que beneficiará caso seja eleita pelo distrito de Portalegre".

Para o porta voz da candidatura, "a APH está a agir de má fé ao levantar a questão da imunidade parlamentar, porque sabe que em caso de crime doloso, os deputados são obrigados a suspender o mandato para serem julgados".

O caso Beleza/Hemofílicos arrasta-se na justiça há mais de 10 anos, embora os factos que originaram a queixa crime remontem a 1985, altura em que a APH alertou a Comissão Nacional da Hemofilia para a alegada falta de controlo do plasma sanguíneo administrado nos hospitais públicos.

A defesa entende que o processo prescreveu em Fevereiro de 1997, por ser nessa data que se completam 10 anos sobre a última ocorrência dos factos, posição contestada pelo Ministério Público e pelos assistentes no processo, os quais alegam que só prescreverá a 26 de Agosto de 2004, 10 anos depois da última morte que consta da acusação.

Claro que com Durao sera uma beleza...

CaragoNaoPorra 02:23 14 Março 2002 Euro 2004: CDS/PP demarca-se de Rio

ELSA COSTA E SILVA

Rui Rio está isolado na Câmara do Porto. A distrital do CDS/PP aconselhou os eleitos nos órgãos camarários do partido a aprovar a proposta do Plano de Pormenor das Antas (PPA) tal como está, ou seja, com os 40 mil metros quadrados de área comercial. É um dos partidos da coligação que governa a Câmara a demarcar-se do presidente, o que coloca Rui Rio em minoria. Isto porque os seis vereadores do PS já afirmaram que aprovam a proposta nos termos em que está, Rui Sá da CDU abstém-se e apenas os quatros vereadores do PSD poderiam, eventualmente, votar contra.

Basílio Horta, cabeça de lista dos populares à Assembleia da República pelo distrito do Porto, afirmou ontem que vereadores e deputados municipais foram aconselhados a "aprovar o PPA, tal como está previsto no tocante à área comercial", já que esta situação de impasse é "mais prejudicial à cidade, rodeada de grandes superfícies", do que um centro comercial. Uma posição que surge, contudo, coordenada com uma medida de apoio à revitalização da Baixa da cidade.

Assim, o CDS/PP concorda com uma área comercial de 40 mil metros quadrados, desde que seja criado na câmara um gabinete de apoio à revitalização do comércio - que até já tem nome: "Repor a Baixa em alta". Essa estrutura de coordenação deveria reunir as várias entidades com interesses directos no coração comercial da cidade, nomeadamente a Associação Comercial do Porto - Câmara de Comércio e Indústria, a Associação de Comerciantes do Porto (ACP) e os delegados de rua, a União das Associações de Hotelaria e Restauração do Norte, os agentes culturais mais significativos e a PSP.

Basílio Horta afirmou que a sua proposta vem agora a público porque deverá ser "escrutinada pelo eleitorado". O candidato considerou "lamentável" que a Baixa esteja paralisada, que as obras do estádio das Antas continuem suspensas e que a recuperação da zona oriental da cidade esteja por fazer. Basílio Horta declarou que aceitará outra solução de consenso para o problema que surja na cidade, e nega que esta posição ponha em causa a coligação que governa a câmara, já que "ajudar e apoiar não quer dizer sim a tudo".

lumago 00:57 14 Março 2002 ADENDA

Sabiam que são os inspectores tributários que pagam as deslocações que fazem, usando a sua própria viatura? Sabiam que apresentam as folhas dos quilómetros feitos e das ajudas de custo e 6 meses depois ainda não viram a cor do dinheiro ?

E que acontece -já aconteceu! - se um desses excelentes empresários que temos se lembrar de contratar uns jagunços para dar cabo da viatura do inspector? Sabem o que acontece ? NADA! lumago 00:51 14 Março 2002 ABORTO E FUNÇÃO PÚBLICA

Há pessoas que lutam contra o aborto porque se ele fosse possível, elas não estariam cá.

É o caso de Cavaco.

Como nado morto, não merece um só comentário! É que esse aborto esteve a governar este país com maioria absoluta durante 8 longos anos e, pela Função Pública fez... ZERO!

E aquela figura desprezível da Manuela Ferreira Leite foi uma inimiga absoluta da Inspecção Tributária e da DGCI em geral, em nome de sabe-se lá que interesses, tentou desmantelar tudo, retirar direitos e desmotivar totalmente, com a complacência do Cavaco. A Inspecção Tributária, que hoje tem de ser a base de toda a moralização fiscal, não tem sequer papel para fotocópias!Os seus funcionários nem são reconhecidos pelo próprio governo como inspectores! São abertos concursos para promoção -ali ainda há provas de conhecimentos! - e chumbam aos 90, 95%! E no entanto, estão no terreno a fazer inspecções a empresas que durante anos e anos dão prejuízo, embora os seus empresários vivam à grande, comprem grandes máquinas. É por isso que quando falam em proodutividade e em mais privado e menos estado, nos apetece dizer: TOMARAM AS EMPRESAS FUNCIONAR COMO O ESTADO!Isto, tomando em atenção as estatísticas rem que se vê que quase todas as empresas estão falidas, não pagam IRC, enfim, nem deviam existir.

Meus caros: Aos sucessivos governos não interessa modernizar, não interessa criar condições para obstar à evasão fiscal, não interessa pagar bem aos funcionários da inspecção tributária! Vejam só para onde vão os ex-governantes! Todos arrmadinhos em bancos, grandes empresas, etc..

Percebe-se, não é ? Taborda 00:35 14 Março 2002 Divagações

Para o CaragoNaoPorra :Desde o escandalo das autarquicas, deixei de acreditar em sondagens.

Sobre o 'Esperar Que Morram': Não sei qual o problema de ser frontal. Toda a gente sabe que o significado era isso mesmo, e assim toda a gente percebeu. Seria diferente se fossem falar em admissões conforme as reformas, numa relação nunca inferior a 1/4.

Quanto ao Debate: Acho estranho que ninguém pergunte ao Ferro Rodrigues porque razão essas maravilhosas medidas não foram aplicadas nos ultimos 6 anos em que ele esteve no governo. Karlus 00:11 14 Março 2002 Votos para que o Senhor Cavaco Silva morra primeiro.

Como referiu esse senhor de sorriso de plático e amarelo, vamos esperar que eles morram, mas apenas os da laia dele. (funcionários públicos votem no Durão que o Cavaco já lhe entregou a receita para tratar da nossa saúde,Congelar os salários a uns e mandar outros para a rua,e os que entram ficam com contratos a prazo) esta é a receita Duraocavaco. Zé Luiz 22:14 13 Março 2002 Minha:

Peço desculpa. Pensei que o comentário era apenas irónico e verifico pela sua reacção que para algumas pessoas pode ser também cruel.

Em minha defesa, alego que eu próprio não estou assim tão longe da idade em que seria conduzido à tal figurativa câmara de gás, pelo que, se sou cruel, também o sou contra mim próprio; e alego também que quando o escrevi tinha acabado de ler um ensaio de Orwell sobre Jonathan Swift, e, influenciado por ele, veio-me à ideia um escrito deste último intitulado "A Modest Proposal..." - esse, sim, de uma crudelíssima ironia.

Sem querer comparar-me a Swift, não estou em má companhia... até porque da indignação à crueldade o passo é muito pequeno. CaragoSimPorra 21:15 13 Março 2002 Os critérios jornalisticos do Expresso continuam a ser ISENTOS E RESPONSÁVEIS

Quando Freitas do Amaral expressou o seu apoio a Durão Barroso, a notícia foi tratada com a importância que lhe era devida.

Hoje, Mário Soares expressou o seu apoio a Ferro Rodrigues e a notícia foi dada com a discrição adequada. Atendendo aos resultados que este apoio teve para a candidatura de João Soares, o PS só pode estar agradecido ao Expresso.

Só é difícil de perceber tanto nervosismo nas hostes do PS. SERÁ POR ESTAREM A VER OS TACHOS A FUGIR?

Então o PS não vai aparecer folgadamente à frente em todas as sondagens que vão ser publicadas até às urnas?? Só pode ser POR ENCOMENDA!!!!

minha 20:53 13 Março 2002 Estava a referir-me ao seu primeiro comentário. A graça do segundo não me leva a retirar o que disse. minha 20:52 13 Março 2002 Que maldade Zé Luís

Já pensou que pode ainda haver pessoas que se sintam muito magoadas com a sua brincadeira!

Não terá sido maldosa, mas foi de mau gosto.

Não achava esta sua personagem capaz de tamanha insensibilidade! Zé Luiz 20:50 13 Março 2002 P.S.

Cavaco Silva, sem sequer me conhecer, está a desejar a minha morte. Não é lá muito bonito, mas sempre lhe vou lembrando que é um pouco mais velho do que eu, e não se sabe quem irá primeiro.

Quanto a mim, costumo dizer que o meu desejo é morrer aos 90 anos, do tiro dum ciumento, e ainda com as calças na mão - mas, pensando melhor, antes quero morrer aos 95, só para chatear os tecnocratas. Zé Luiz 18:52 13 Março 2002 Uma modesta proposta

Esperar que os funcionários públicos morram não é correcto do ponto de vista duma adequada análise custos-benefícios, uma vez que a esperança de vida é cada vez mais prolongada e enquanto não morrem continuam a receber pensões e a utilizar serviços do Estado - hospitais, centros de saúde, etc. - que custam dinheiro aos contribuintes. Isto sem contar com o que gastam em medicamentos comparticipados.

Impõe-se uma solução mais eficaz e racional, ainda que eventualmente impopular.

E felizmente que a entrada em vigor da co-incineração nos sugere um método simples, barato e radical de lidar com a situação. Basta que junto de cada cimenteira se construam várias câmaras de gás (a tecnologia já é conhecida há mais de cinquenta anos, pelo que não haveria despesas com patentes) onde se eliminariam todos os funcionários públicos excedentários, servindo depois os seus corpos para alimentar os fornos dessas unidades industriais.

Esta medida poderia ser aplicada também aos restantes trabalhadores por conta de outrem que tivessem atingido a idade de 65 anos ou que se encontrassem em situação de desemprego prolongado.

Estariam isentos desta obrigação cívica, evidentemente, os empresários, os políticos filiados em partidos com representação parlamentar, os militares, os padres, e bem assim todos os restantes cidadãos que conseguissem depositar na Repartição de Finanças da sua residência uma quantia suficiente para financiar a sua pensão de reforma durante o período correspondente à sua expectativa de vida definida estatisticamente, e ainda os que fizessem prova de ter aderido em tempo útil a um Plano Poupança-Reforma.

Esperando que esta sugestão não cais em saco roto, e que não encontre da parte de secções mais egoistas da população uma oposição totalmente preconceituosa e sem qualquer fundamento em quaisquer critérios de racionalidade económica, apresento a todos os meus cumprimentos.

A bem da Nação e do Mercado. Vitor Mango 18:09 13 Março 2002 Bem comido bem bebido vamos falar de eleições - quem souber musica acompanhe o" palitinho "á viola

Maiorias absolutas para quê ?

Como sabem os partidos representam extratos da populações .

A dar a maioria a um partido ELE vai governar contra a oposição

Pela força dos votos !

A oposição não vai gostar e escabecha .

------------------------------

Argumentos contra

Mas... se cada partido tem o seu remedio e o não pode aplicar passamos o tempo a falar sobre a cura entretanto o doente morre .

OK?

Só que os partidos da nossa assembleia não são loucos e sabem até onde podem ir .

Tudo bem !

Prefiro que a discussão se passe no lugar proprio - a ASSEMBLEIA .

È preferivel fazer acordos parlamentares que cair numa democracia musculada .

Ou pior cair a discussão na rua tipo estadios de Futebol com a demagogia que flutuou nos ultimos tempos .

-----------------------------

Tivemos o Antonio das Botas Chegou .

O Cavaco teve a maioria e pifou . O PS conseguiu aguentar-se em minoria e subreviveu com queijo .

Tanto Ferro como Durão são Fernando Nogueira numero DOIS

Um tem a sombra do Cavaco o outro a sombra do Guterrismo

A luta pela minhas contas pode dar origem a tudo

- Sinceramente e pH 7.0 .

Quem ganha ?

Todos - se tiverem juizo .

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Garanto que leio todos os argumentos desde que levem um pouco de miolos .

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28 MARÇO 2002 11:43 23 MARÇO

Esperar que morram? A Função Pública é o sector candidato a pagar as favas dos problemas orçamentais dos últimos anos. Não só porque tem pessoas a mais, não só porque dá garantias de emprego a mais aos seus trabalhadores, não só porque lhes dá reformas que mais ninguém tem, não só porque, em contrapartida, muitos dos serviços que oferece aos cidadãos são de má qualidade - mas porque é o sector onde qualquer Governo de plantão poderá ter melhores resultados a curto prazo com menores custos políticos. O problema de consolidação das Finanças Públicas portuguesas passa por mexer, por exemplo, nas transferências automáticas para as autarquias e para as Regiôes Autónomas, no Serviço Nacional de Saúde, na Lei de Programação Militar, etc. O problema de consolidação das Finanças Públicas portuguesas passa por mexer, por exemplo, nas transferências automáticas para as autarquias e para as Regiôes Autónomas, no Serviço Nacional de Saúde, na Lei de Programação Militar, etc. Mas que todos os partidos têm medo da força dos autarcas, isso é evidente. O facto de, não há muitos meses, ter sido de novo inviabilizada a limitação dos mandatos autárquicos, mostra bem como as direcções dos dois maiores partidos e, por tabela, dos Governos que delas saem, se encontram prisioneiros dos presidentes das mais de 300 câmaras que existem no país. Mas que todos os partidos têm medo da força dos autarcas, isso é evidente. O facto de, não há muitos meses, ter sido de novo inviabilizada a limitação dos mandatos autárquicos, mostra bem como as direcções dos dois maiores partidos e, por tabela, dos Governos que delas saem, se encontram prisioneiros dos presidentes das mais de 300 câmaras que existem no país. É claro que, em vez de se cortar no dinheiro que o orçamento da administração central transfere para as autarquias, poder-se-ia pensar em transferir maiores responsabilidades para os municípios, como, por exemplo, a gestão e construção de escolas dos ensinos básico e secundário. Mas os municípios não querem - e os políticos, que precisam deles para mobilizarem o país e ganharem eleições legislativas, aceitam a sua vontade. É claro que, em vez de se cortar no dinheiro que o orçamento da administração central transfere para as autarquias, poder-se-ia pensar em transferir maiores responsabilidades para os municípios, como, por exemplo, a gestão e construção de escolas dos ensinos básico e secundário. Mas os municípios não querem - e os políticos, que precisam deles para mobilizarem o país e ganharem eleições legislativas, aceitam a sua vontade. Com as Regiões Autónomas, o problema é semelhante. Basta ver como Alberto João Jardim ultrapassa sistematicamente os limites de endividamento fixados pelo Governo central à Madeira, sem que nada lhe aconteça - o que lhe permite, aliás, ganhar eleições no arquipélago há mais de 20 anos. Com as Regiões Autónomas, o problema é semelhante. Basta ver como Alberto João Jardim ultrapassa sistematicamente os limites de endividamento fixados pelo Governo central à Madeira, sem que nada lhe aconteça - o que lhe permite, aliás, ganhar eleições no arquipélago há mais de 20 anos. Os políticos também receiam enfrentar médicos, farmacêuticos e multinacionais da saúde. Com regularidade, perdem. Leonor Beleza foi trucidada, mas quem tenta fazer alguma coisa - como Manuela Arcanjo e Correia de Campos - ou acaba demitido ou enxovalhado. Os políticos também receiam enfrentar médicos, farmacêuticos e multinacionais da saúde. Com regularidade, perdem. Leonor Beleza foi trucidada, mas quem tenta fazer alguma coisa - como Manuela Arcanjo e Correia de Campos - ou acaba demitido ou enxovalhado. Com os militares, aqui d'El Rei, que é preciso trazê-los contentes, não lhes vá passar pela cabeça que o poder ainda pode estar na ponta das espingardas. E por isso não se define o modelo de Forças Armadas que queremos ter, mantemos três ramos sem termos nenhuma específica mais-valia em nenhum (o que seria de toda a utilidade no quadro das futuras Forças Armadas Europeias) e cada vez que o chefe de um ramo fala grosso ao ministro da Defesa não é demitido - quem sai pela esquerda baixa é o ministro. Com os militares, aqui d'El Rei, que é preciso trazê-los contentes, não lhes vá passar pela cabeça que o poder ainda pode estar na ponta das espingardas. E por isso não se define o modelo de Forças Armadas que queremos ter, mantemos três ramos sem termos nenhuma específica mais-valia em nenhum (o que seria de toda a utilidade no quadro das futuras Forças Armadas Europeias) e cada vez que o chefe de um ramo fala grosso ao ministro da Defesa não é demitido - quem sai pela esquerda baixa é o ministro. Resta, pois, a Função Pública. As soluções não são muitas. Congelam-se as entradas ou, como fez o Governo, estabelece-se a regra de que só entra um por cada quatro que saem. Há quem diga que todas as admissões serão assinadas pelo futuro ministro das Finanças. Não vai fazer outra coisa... Há quem admita que se devem congelar os salários. Há quem fale em despedimentos - para depois perceber que, face à actual legislação, isso é impossível. Há quem aposte em contratos individuais de trabalho para os novos funcionários. Há quem queira despedir 150.000. Há quem, mais prosaicamente, admita que o melhor é esperar que eles se vão reformando. Ou, como diria Cavaco Silva naquele seu geito nada diplomático, há que esperar que morram. Resta, pois, a Função Pública. As soluções não são muitas. Congelam-se as entradas ou, como fez o Governo, estabelece-se a regra de que só entra um por cada quatro que saem. Há quem diga que todas as admissões serão assinadas pelo futuro ministro das Finanças. Não vai fazer outra coisa... Há quem admita que se devem congelar os salários. Há quem fale em despedimentos - para depois perceber que, face à actual legislação, isso é impossível. Há quem aposte em contratos individuais de trabalho para os novos funcionários. Há quem queira despedir 150.000. Há quem, mais prosaicamente, admita que o melhor é esperar que eles se vão reformando. Ou, como diria Cavaco Silva naquele seu geito nada diplomático, há que esperar que morram. E no entanto, o país precisa de uma administração pública competente, eficiente e... motivada. Mas isso também implica menos funcionários não qualificados e mais bastante qualificados. Isso também implica diferenciar os salários - e pagar bem melhor, por exemplo, aos inspectores fiscais. E implica informatizar, informatizar e informatizar toda a administração pública. E no entanto, o país precisa de uma administração pública competente, eficiente e... motivada. Mas isso também implica menos funcionários não qualificados e mais bastante qualificados. Isso também implica diferenciar os salários - e pagar bem melhor, por exemplo, aos inspectores fiscais. E implica informatizar, informatizar e informatizar toda a administração pública. Em qualquer caso, como Roma e Pavia não se fizeram num dia e a casa pegou fogo, está bem de ver que, a curtissimo prazo, quem vai pagar a factura da consolidação orçamental serão os funcionários públicos. De uma maneira ou de outra - mas serão eles. Porque todos os outros problemas que precisam de ser atacados dão muito mais trabalho - e criarão muito maior desgaste político. Em qualquer caso, como Roma e Pavia não se fizeram num dia e a casa pegou fogo, está bem de ver que, a curtissimo prazo, quem vai pagar a factura da consolidação orçamental serão os funcionários públicos. De uma maneira ou de outra - mas serão eles. Porque todos os outros problemas que precisam de ser atacados dão muito mais trabalho - e criarão muito maior desgaste político. 11 Março 2002

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Comentários

1 a 20 de 216 tribunus2002 03:47 18 Março 2002 Prova provada.

A prova provada de que este é um país de Função Pública está os 215 comentários. Zé Luiz 21:44 14 Março 2002 Minha:

Só me resta agradecer-lhe ter-me deixado com a razão, tanto mais que de modo nenhum estou certo de a merecer.

Wilde não é dos meus escritores preferidos, excepto no que respeita o apaixonado testamento/manifesto com que fecha a sua carreira literária e a sua vida.

Prefiro Swift, com a sua estranha mistura de reaccionarismo e anarquismo e com a sua visão do mundo na fronteira entre a sanidade e a loucura. E a propósito de moralidade, permito-me citá-lo: "The learning [of the Brobdingnagians] is very defective, consisting only in Morality, History, Poetry and Mathematics, wherein they must be allowed to excel."

Já agora uma observação que Gulliver faz sobre os habitantes de Laputa, e que se aplica como uma luva a mim e à generalidade dos participantes neste forum (mas não a si): "What [...] I thought altogether unaccountable, was the strong Disposition I observed in them towards News and Politics, perpetually inquiring into Public Affairs, giving their judgements in Matters of State, and passionately disputing every inch of a Party Opinion." minha 20:54 14 Março 2002 Zé Luís, Swift também nos lembra que:«Reason is a very light rider, and easily shook off.»

«Confesso-lhe, no entanto, que hesitei muito antes de escrever o meu comentário das 18.52 de ontem.»

Por alguma razão terá sido, o que vem dar alguma pertinência ao meu reparo. Prefiro acreditar que não tenha hesitado apenas porque:

«Há muito que sei que a ironia é perigosa, o humor negro também, e quando as duas coisas se juntam o perigo não se soma, multiplica-se.»

dado que aqui era apenas uma questão de sensibilidade e...bom gosto!

Como de ofensa não se trata, e muito menos a questão foi, ou se tornou, pessoal (quem sabe se por isso mesmo), permito-me terminar deixando-lhe a razão, pois como disse o experiente Oscar Wilde:

«A man who moralizes is usually a hypocrite, and a woman who moralizes is invariably plain.»

Zé Luiz 15:22 14 Março 2002 Minha:

E "A Modest Proposal" remete para uma realidade talvez não menos horrorosa do que o Holocausto - com a diferença de que se tratava duma realidade contemporânea do momento da escrita, e não anterior a ele cinquenta anos.

Quanto àquilo que interessa, que é saber se as pessoas ficam ofendidas ou não: qualquer português idoso que leia o meu comentário verá claramente que eu não defendo as câmaras de gás, do mesmo modo que Swift não defendia o canibalismo.

Quem tem razão para se sentir ofendido - mas quanto a estes a minha intenção era mesmo ofender - são os tecnocratas que todos os dias nos apresentam propostas de sociedade que, tendo por única base a racionalidade económica, ignoram sistematicamente que as pessoas não existem para a economia, mas a economia para as pessoas.

Se me permite que insista na metáfora, são estes que nos "mandam para as câmaras de gás" quando o custo económico da nossa existência começa a exceder o benefício. Não me censure a mim, que me limito a denunciá-los: censure-os a eles.

Do mesmo modo, se o texto de Swift tinha de ofender alguém, não era os rendeiros irlandeses que morriam de fome, mas os senhores das terras que os exploravam sem piedade. Ao sugerir que os ricos comessem os filhos dos pobres Swift não estava a fazer mais do que a descrever - em linguagem figurada, é claro - aquilo que com efeito estava a acontecer.

Confesso-lhe, no entanto, que hesitei muito antes de escrever o meu comentário das 18.52 de ontem. Há muito que sei que a ironia é perigosa, o humor negro também, e quando as duas coisas se juntam o perigo não se soma, multiplica-se.

Mais uma vez, desculpe-me se a ofendi. Espero não ter ofendido outras pessoas para além daquelas que queria ofender, ou pelo menos espero não o ter feito tanto quanto você pensa que o fiz.

Em todo o caso, "quod scripsi scripsi". preparador 15:04 14 Março 2002 votem em "liberdade"

Quem acredita nas sondagens da visão é porque não sabe(?) que grande parte dos seus colaboradores são PS.

Afinal a maioria dos socialistas gostam do PS como os adeptos do futebol gostam dos seus clubes; i.é incondicionalmente!

E o Dr. Carvalhas com o seu discursoze de mudançazze! O PCP vai mudar!!!!

O Dr. Portas parece que anda a contar os trocos...! fica mal a um político tão inteligente. As pessoas sabem (que eu sei que você sabe....!!) que o Dr. Portas, se continuar a ter ambição, pode ser muito útil ao pais. Um dia quem sabe.

Dr. Barroso não faça discursos alarmistas, alguma solução se vai arranjar para a crise; adiasse a crise, pede-se uns dinheiros à EU. Em cima do joelho, como sempre, as soluções vão aparecer. Basta! deixe os portugueses trabalharem para a solução.

As pessoas estão esquecidas. Em 95 votaram PS (ainda que sem convicção) por cansaço do Cavaco e não porque o Guterres conquistou o coração das portuguesas e dos portugueses e dos demais desfavorecidos, coitadinhos!

minha 12:53 14 Março 2002 Zé Luís

Apesar de «A Modest Proposal » não ser, de todo, da minha simpatia, julgo que a «perversidade» das soluções encontradas por Swift não chocam tanto como a sua proposta das câmaras de gás, por muito figurativas que as tivesse querido, exactamente porque estas nos remetem para o que foi uma horrorosa realidade para milhões de pessoas, ainda há pouco mais de meio século.

Mas como o humor é uma arte que não está ao alcance de todos, terá sido o seu, provavelmente, demasiado fino para a minha capacidade de entendimento. Não o lamento, neste caso, embora não haja nesta minha atitude qualquer arrogância, uma vez que tenho bem presente que «O bom senso é o que há de mais bem distribuído no mundo, pois cada um pensa estar bem provido dele».

Desidério 10:02 14 Março 2002 Pronto, já morreram...

Ó Senhor Nicolau Santos, este seu escrito está há tanto tempo em Editorial que entretanto os funcionários públicos já morreram todos... Kllux 03:39 14 Março 2002 Que beleza!!!

Num documento da Associação Portuguesa dos Hemofílicos, até agora subscrito por 700 pessoas do distrito de Portalegre e de outros distritos no norte do país, a APH exige que a antiga ministra seja retirada das listas do PSD para que seja "apresentada a tribunal para ser julgada" pelo crime de propagação de doença contagiosa no caso dos hemofílicos.

O documento acrescenta que "Leonor Beleza deixou de ser ministra e deputada por causa das suspeitas da prática de um crime terrível. Agora, que existe ordem de um tribunal superior para ser julgada, Leonor Beleza recorre, e recorre, em ordem a provocar a prescrição, sendo que na hipótese de não ganhar o recurso, abrigar-se-á na imunidade parlamentar de que beneficiará caso seja eleita pelo distrito de Portalegre".

Para o porta voz da candidatura, "a APH está a agir de má fé ao levantar a questão da imunidade parlamentar, porque sabe que em caso de crime doloso, os deputados são obrigados a suspender o mandato para serem julgados".

O caso Beleza/Hemofílicos arrasta-se na justiça há mais de 10 anos, embora os factos que originaram a queixa crime remontem a 1985, altura em que a APH alertou a Comissão Nacional da Hemofilia para a alegada falta de controlo do plasma sanguíneo administrado nos hospitais públicos.

A defesa entende que o processo prescreveu em Fevereiro de 1997, por ser nessa data que se completam 10 anos sobre a última ocorrência dos factos, posição contestada pelo Ministério Público e pelos assistentes no processo, os quais alegam que só prescreverá a 26 de Agosto de 2004, 10 anos depois da última morte que consta da acusação.

Claro que com Durao sera uma beleza...

CaragoNaoPorra 02:23 14 Março 2002 Euro 2004: CDS/PP demarca-se de Rio

ELSA COSTA E SILVA

Rui Rio está isolado na Câmara do Porto. A distrital do CDS/PP aconselhou os eleitos nos órgãos camarários do partido a aprovar a proposta do Plano de Pormenor das Antas (PPA) tal como está, ou seja, com os 40 mil metros quadrados de área comercial. É um dos partidos da coligação que governa a Câmara a demarcar-se do presidente, o que coloca Rui Rio em minoria. Isto porque os seis vereadores do PS já afirmaram que aprovam a proposta nos termos em que está, Rui Sá da CDU abstém-se e apenas os quatros vereadores do PSD poderiam, eventualmente, votar contra.

Basílio Horta, cabeça de lista dos populares à Assembleia da República pelo distrito do Porto, afirmou ontem que vereadores e deputados municipais foram aconselhados a "aprovar o PPA, tal como está previsto no tocante à área comercial", já que esta situação de impasse é "mais prejudicial à cidade, rodeada de grandes superfícies", do que um centro comercial. Uma posição que surge, contudo, coordenada com uma medida de apoio à revitalização da Baixa da cidade.

Assim, o CDS/PP concorda com uma área comercial de 40 mil metros quadrados, desde que seja criado na câmara um gabinete de apoio à revitalização do comércio - que até já tem nome: "Repor a Baixa em alta". Essa estrutura de coordenação deveria reunir as várias entidades com interesses directos no coração comercial da cidade, nomeadamente a Associação Comercial do Porto - Câmara de Comércio e Indústria, a Associação de Comerciantes do Porto (ACP) e os delegados de rua, a União das Associações de Hotelaria e Restauração do Norte, os agentes culturais mais significativos e a PSP.

Basílio Horta afirmou que a sua proposta vem agora a público porque deverá ser "escrutinada pelo eleitorado". O candidato considerou "lamentável" que a Baixa esteja paralisada, que as obras do estádio das Antas continuem suspensas e que a recuperação da zona oriental da cidade esteja por fazer. Basílio Horta declarou que aceitará outra solução de consenso para o problema que surja na cidade, e nega que esta posição ponha em causa a coligação que governa a câmara, já que "ajudar e apoiar não quer dizer sim a tudo".

lumago 00:57 14 Março 2002 ADENDA

Sabiam que são os inspectores tributários que pagam as deslocações que fazem, usando a sua própria viatura? Sabiam que apresentam as folhas dos quilómetros feitos e das ajudas de custo e 6 meses depois ainda não viram a cor do dinheiro ?

E que acontece -já aconteceu! - se um desses excelentes empresários que temos se lembrar de contratar uns jagunços para dar cabo da viatura do inspector? Sabem o que acontece ? NADA! lumago 00:51 14 Março 2002 ABORTO E FUNÇÃO PÚBLICA

Há pessoas que lutam contra o aborto porque se ele fosse possível, elas não estariam cá.

É o caso de Cavaco.

Como nado morto, não merece um só comentário! É que esse aborto esteve a governar este país com maioria absoluta durante 8 longos anos e, pela Função Pública fez... ZERO!

E aquela figura desprezível da Manuela Ferreira Leite foi uma inimiga absoluta da Inspecção Tributária e da DGCI em geral, em nome de sabe-se lá que interesses, tentou desmantelar tudo, retirar direitos e desmotivar totalmente, com a complacência do Cavaco. A Inspecção Tributária, que hoje tem de ser a base de toda a moralização fiscal, não tem sequer papel para fotocópias!Os seus funcionários nem são reconhecidos pelo próprio governo como inspectores! São abertos concursos para promoção -ali ainda há provas de conhecimentos! - e chumbam aos 90, 95%! E no entanto, estão no terreno a fazer inspecções a empresas que durante anos e anos dão prejuízo, embora os seus empresários vivam à grande, comprem grandes máquinas. É por isso que quando falam em proodutividade e em mais privado e menos estado, nos apetece dizer: TOMARAM AS EMPRESAS FUNCIONAR COMO O ESTADO!Isto, tomando em atenção as estatísticas rem que se vê que quase todas as empresas estão falidas, não pagam IRC, enfim, nem deviam existir.

Meus caros: Aos sucessivos governos não interessa modernizar, não interessa criar condições para obstar à evasão fiscal, não interessa pagar bem aos funcionários da inspecção tributária! Vejam só para onde vão os ex-governantes! Todos arrmadinhos em bancos, grandes empresas, etc..

Percebe-se, não é ? Taborda 00:35 14 Março 2002 Divagações

Para o CaragoNaoPorra :Desde o escandalo das autarquicas, deixei de acreditar em sondagens.

Sobre o 'Esperar Que Morram': Não sei qual o problema de ser frontal. Toda a gente sabe que o significado era isso mesmo, e assim toda a gente percebeu. Seria diferente se fossem falar em admissões conforme as reformas, numa relação nunca inferior a 1/4.

Quanto ao Debate: Acho estranho que ninguém pergunte ao Ferro Rodrigues porque razão essas maravilhosas medidas não foram aplicadas nos ultimos 6 anos em que ele esteve no governo. Karlus 00:11 14 Março 2002 Votos para que o Senhor Cavaco Silva morra primeiro.

Como referiu esse senhor de sorriso de plático e amarelo, vamos esperar que eles morram, mas apenas os da laia dele. (funcionários públicos votem no Durão que o Cavaco já lhe entregou a receita para tratar da nossa saúde,Congelar os salários a uns e mandar outros para a rua,e os que entram ficam com contratos a prazo) esta é a receita Duraocavaco. Zé Luiz 22:14 13 Março 2002 Minha:

Peço desculpa. Pensei que o comentário era apenas irónico e verifico pela sua reacção que para algumas pessoas pode ser também cruel.

Em minha defesa, alego que eu próprio não estou assim tão longe da idade em que seria conduzido à tal figurativa câmara de gás, pelo que, se sou cruel, também o sou contra mim próprio; e alego também que quando o escrevi tinha acabado de ler um ensaio de Orwell sobre Jonathan Swift, e, influenciado por ele, veio-me à ideia um escrito deste último intitulado "A Modest Proposal..." - esse, sim, de uma crudelíssima ironia.

Sem querer comparar-me a Swift, não estou em má companhia... até porque da indignação à crueldade o passo é muito pequeno. CaragoSimPorra 21:15 13 Março 2002 Os critérios jornalisticos do Expresso continuam a ser ISENTOS E RESPONSÁVEIS

Quando Freitas do Amaral expressou o seu apoio a Durão Barroso, a notícia foi tratada com a importância que lhe era devida.

Hoje, Mário Soares expressou o seu apoio a Ferro Rodrigues e a notícia foi dada com a discrição adequada. Atendendo aos resultados que este apoio teve para a candidatura de João Soares, o PS só pode estar agradecido ao Expresso.

Só é difícil de perceber tanto nervosismo nas hostes do PS. SERÁ POR ESTAREM A VER OS TACHOS A FUGIR?

Então o PS não vai aparecer folgadamente à frente em todas as sondagens que vão ser publicadas até às urnas?? Só pode ser POR ENCOMENDA!!!!

minha 20:53 13 Março 2002 Estava a referir-me ao seu primeiro comentário. A graça do segundo não me leva a retirar o que disse. minha 20:52 13 Março 2002 Que maldade Zé Luís

Já pensou que pode ainda haver pessoas que se sintam muito magoadas com a sua brincadeira!

Não terá sido maldosa, mas foi de mau gosto.

Não achava esta sua personagem capaz de tamanha insensibilidade! Zé Luiz 20:50 13 Março 2002 P.S.

Cavaco Silva, sem sequer me conhecer, está a desejar a minha morte. Não é lá muito bonito, mas sempre lhe vou lembrando que é um pouco mais velho do que eu, e não se sabe quem irá primeiro.

Quanto a mim, costumo dizer que o meu desejo é morrer aos 90 anos, do tiro dum ciumento, e ainda com as calças na mão - mas, pensando melhor, antes quero morrer aos 95, só para chatear os tecnocratas. Zé Luiz 18:52 13 Março 2002 Uma modesta proposta

Esperar que os funcionários públicos morram não é correcto do ponto de vista duma adequada análise custos-benefícios, uma vez que a esperança de vida é cada vez mais prolongada e enquanto não morrem continuam a receber pensões e a utilizar serviços do Estado - hospitais, centros de saúde, etc. - que custam dinheiro aos contribuintes. Isto sem contar com o que gastam em medicamentos comparticipados.

Impõe-se uma solução mais eficaz e racional, ainda que eventualmente impopular.

E felizmente que a entrada em vigor da co-incineração nos sugere um método simples, barato e radical de lidar com a situação. Basta que junto de cada cimenteira se construam várias câmaras de gás (a tecnologia já é conhecida há mais de cinquenta anos, pelo que não haveria despesas com patentes) onde se eliminariam todos os funcionários públicos excedentários, servindo depois os seus corpos para alimentar os fornos dessas unidades industriais.

Esta medida poderia ser aplicada também aos restantes trabalhadores por conta de outrem que tivessem atingido a idade de 65 anos ou que se encontrassem em situação de desemprego prolongado.

Estariam isentos desta obrigação cívica, evidentemente, os empresários, os políticos filiados em partidos com representação parlamentar, os militares, os padres, e bem assim todos os restantes cidadãos que conseguissem depositar na Repartição de Finanças da sua residência uma quantia suficiente para financiar a sua pensão de reforma durante o período correspondente à sua expectativa de vida definida estatisticamente, e ainda os que fizessem prova de ter aderido em tempo útil a um Plano Poupança-Reforma.

Esperando que esta sugestão não cais em saco roto, e que não encontre da parte de secções mais egoistas da população uma oposição totalmente preconceituosa e sem qualquer fundamento em quaisquer critérios de racionalidade económica, apresento a todos os meus cumprimentos.

A bem da Nação e do Mercado. Vitor Mango 18:09 13 Março 2002 Bem comido bem bebido vamos falar de eleições - quem souber musica acompanhe o" palitinho "á viola

Maiorias absolutas para quê ?

Como sabem os partidos representam extratos da populações .

A dar a maioria a um partido ELE vai governar contra a oposição

Pela força dos votos !

A oposição não vai gostar e escabecha .

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Argumentos contra

Mas... se cada partido tem o seu remedio e o não pode aplicar passamos o tempo a falar sobre a cura entretanto o doente morre .

OK?

Só que os partidos da nossa assembleia não são loucos e sabem até onde podem ir .

Tudo bem !

Prefiro que a discussão se passe no lugar proprio - a ASSEMBLEIA .

È preferivel fazer acordos parlamentares que cair numa democracia musculada .

Ou pior cair a discussão na rua tipo estadios de Futebol com a demagogia que flutuou nos ultimos tempos .

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Tivemos o Antonio das Botas Chegou .

O Cavaco teve a maioria e pifou . O PS conseguiu aguentar-se em minoria e subreviveu com queijo .

Tanto Ferro como Durão são Fernando Nogueira numero DOIS

Um tem a sombra do Cavaco o outro a sombra do Guterrismo

A luta pela minhas contas pode dar origem a tudo

- Sinceramente e pH 7.0 .

Quem ganha ?

Todos - se tiverem juizo .

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Garanto que leio todos os argumentos desde que levem um pouco de miolos .

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