PSD: O sonho tornado realidade

27-12-2001
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PSD: O Sonho Tornado Realidade

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2001

Contra tudo e contra todos, Rui Rio acordou ontem presidente da Câmara do Porto. Quem com ele andou durante a campanha diz que o candidato social-democrata que Luís Filipe Menezes, presidente da distrital, rejeitou acreditava já na possibilidade de tirar a maioria absoluta a Fernando Gomes. Mas daí à vitoria era ainda apenas um sonho desejado.

Ontem, Rui Rio já deu entrevistas às televisões. Ao fim da tarde, e na intimidade da sua casa, falava à NTV, estação emitida por cabo a partir do Porto. Calmíssimo e descontraído, apresentava uma postura de Estado, tirava os galões da sua formação de economista para não se apressar a dizer o que podia fazer ou não à frente da autarquia sem saber primeiro a realidade da situação financeira da casa. "Tenho de ser ponderado. Chegou o momento de fazer política de outra maneira", disse, contrariando a tradicional tendência da cultura populista dos autarcas.

O primeiro a vir a público admitir a vitória de Rio na noite de domingo foi precisamente Luís Filipe Menezes, o vencedor absoluto na vizinha Vila Nova de Gaia. "No caso da cidade do Porto ,é conhecido que não apoiei a metodologia que conduziu à escolha do candidato e é sabido também que, por razões que me são alheias, não me envolvi nessa campanha. Isso não me impede, nem me caem os parentes na lama de considerar que é uma grande vitória pessoal do dr. Rui Rio".

Nesta altura (22h00), a equipa de Rui Rio já rejubilava com o presente de Natal, sobretudo os candidatos às juntas de freguesia do concelho portuense, cuja felicidade era quase plena. O mesmo acontecia com os candidatos à vereação, que davam como contrariadas as teses de alguns amigos que defendiam andarem eles a perder o seu tempo. As palmas soavam de tempos a tempos à medida que chegavam os resultados sempre favoráveis a Rio. Este, por seu lado, manteve-se sempre calmo, ao lado da sua mulher.

Quando Gomes admitiu a derrota perante as câmaras televisivas, o som das televisões subiu. E quando a lista "laranja" ouviu da boca de Gomes que este não ficaria como vereador, surgiram os comentários menos simpáticos: "Vai-te embora!". Rui Rio começou então a pensar e a rever o seu discurso. Com ele estiveram, desde o início, os militantes sociais-democratas Valente de Oliveira e Miguel Veiga.

Quando a vitória era certa, chegaram João Loureiro e Nuno Delerue. A sede foi enchendo até não haver lugar para um grão de areia. E Rio desceu ao púlpito agarrado pelos braços, olhos vidrados, experimentando pela primeira vez um ambiente a que nunca esteve habituado. Afinal, Rio não contrariou a tendência ganhadora dos restantes candidatos do PSD na área metropolitana do Porto, o que pode ser considerado uma dupla vitória.

Cesaltina Pinto, com Andrea Cunha Freitas e Luísa Pinto

PSD: O Sonho Tornado Realidade

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2001

Contra tudo e contra todos, Rui Rio acordou ontem presidente da Câmara do Porto. Quem com ele andou durante a campanha diz que o candidato social-democrata que Luís Filipe Menezes, presidente da distrital, rejeitou acreditava já na possibilidade de tirar a maioria absoluta a Fernando Gomes. Mas daí à vitoria era ainda apenas um sonho desejado.

Ontem, Rui Rio já deu entrevistas às televisões. Ao fim da tarde, e na intimidade da sua casa, falava à NTV, estação emitida por cabo a partir do Porto. Calmíssimo e descontraído, apresentava uma postura de Estado, tirava os galões da sua formação de economista para não se apressar a dizer o que podia fazer ou não à frente da autarquia sem saber primeiro a realidade da situação financeira da casa. "Tenho de ser ponderado. Chegou o momento de fazer política de outra maneira", disse, contrariando a tradicional tendência da cultura populista dos autarcas.

O primeiro a vir a público admitir a vitória de Rio na noite de domingo foi precisamente Luís Filipe Menezes, o vencedor absoluto na vizinha Vila Nova de Gaia. "No caso da cidade do Porto ,é conhecido que não apoiei a metodologia que conduziu à escolha do candidato e é sabido também que, por razões que me são alheias, não me envolvi nessa campanha. Isso não me impede, nem me caem os parentes na lama de considerar que é uma grande vitória pessoal do dr. Rui Rio".

Nesta altura (22h00), a equipa de Rui Rio já rejubilava com o presente de Natal, sobretudo os candidatos às juntas de freguesia do concelho portuense, cuja felicidade era quase plena. O mesmo acontecia com os candidatos à vereação, que davam como contrariadas as teses de alguns amigos que defendiam andarem eles a perder o seu tempo. As palmas soavam de tempos a tempos à medida que chegavam os resultados sempre favoráveis a Rio. Este, por seu lado, manteve-se sempre calmo, ao lado da sua mulher.

Quando Gomes admitiu a derrota perante as câmaras televisivas, o som das televisões subiu. E quando a lista "laranja" ouviu da boca de Gomes que este não ficaria como vereador, surgiram os comentários menos simpáticos: "Vai-te embora!". Rui Rio começou então a pensar e a rever o seu discurso. Com ele estiveram, desde o início, os militantes sociais-democratas Valente de Oliveira e Miguel Veiga.

Quando a vitória era certa, chegaram João Loureiro e Nuno Delerue. A sede foi enchendo até não haver lugar para um grão de areia. E Rio desceu ao púlpito agarrado pelos braços, olhos vidrados, experimentando pela primeira vez um ambiente a que nunca esteve habituado. Afinal, Rio não contrariou a tendência ganhadora dos restantes candidatos do PSD na área metropolitana do Porto, o que pode ser considerado uma dupla vitória.

Cesaltina Pinto, com Andrea Cunha Freitas e Luísa Pinto

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