Basílio Horta admite discutir introdução da prisão perpétua no Código Penal

01-11-2001
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Basílio Horta Admite Discutir Introdução da Prisão Perpétua no Código Penal

Quarta-feira, 03 de Outubro de 2001

Em nome da lógica do sistema jurídico europeu

Na sequência dos atentados de 11 de Setembro, o líder parlamentar do CDS-PP, Basílio Horta, mudou a sua posição em relação à pena de prisão perpétua, admitindo discutir a sua inserção na ordem jurídica portuguesa.

Em declarações ao PÚBLICO, Basílio Horta afirma que o Código Penal português "foi elaborado num tempo em que não estava à vista um terrorismo como o que há hoje", nem as obrigações impostas pela adesão ao Tribunal Penal Internacional, para concluir pela necessidade de "adaptar as penas aos crimes".

Referindo-se directamente à prisão perpétua, sustenta: "Quanto à prisão perpétua, é uma questão lógica. Quando se admite que Portugal pode entregar cidadãos a países com prisão perpétua, é difícil defender que não se inscreva cá. Se se tem de condenar um criminoso com prisão perpétua noutro país da União Europeia, porque não também cá?" Para concluir: "Eu fui sempre contra a prisão perpétua. Até por eficácia punitiva, achava que não era possível aplicar mais de 18, 20 anos. Agora, perante este tipo de crimes, eu questiono-me sobre se se deve adoptar. Há pessoas que nós sabemos de antemão que não são recuperáveis."

S.J.A.

Basílio Horta Admite Discutir Introdução da Prisão Perpétua no Código Penal

Quarta-feira, 03 de Outubro de 2001

Em nome da lógica do sistema jurídico europeu

Na sequência dos atentados de 11 de Setembro, o líder parlamentar do CDS-PP, Basílio Horta, mudou a sua posição em relação à pena de prisão perpétua, admitindo discutir a sua inserção na ordem jurídica portuguesa.

Em declarações ao PÚBLICO, Basílio Horta afirma que o Código Penal português "foi elaborado num tempo em que não estava à vista um terrorismo como o que há hoje", nem as obrigações impostas pela adesão ao Tribunal Penal Internacional, para concluir pela necessidade de "adaptar as penas aos crimes".

Referindo-se directamente à prisão perpétua, sustenta: "Quanto à prisão perpétua, é uma questão lógica. Quando se admite que Portugal pode entregar cidadãos a países com prisão perpétua, é difícil defender que não se inscreva cá. Se se tem de condenar um criminoso com prisão perpétua noutro país da União Europeia, porque não também cá?" Para concluir: "Eu fui sempre contra a prisão perpétua. Até por eficácia punitiva, achava que não era possível aplicar mais de 18, 20 anos. Agora, perante este tipo de crimes, eu questiono-me sobre se se deve adoptar. Há pessoas que nós sabemos de antemão que não são recuperáveis."

S.J.A.

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