TV Saúde parada devido a lítigio com produtora

07-11-2001
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TV Saúde Parada Devido a Lítigio com Produtora

Por GRAÇA BARBOSA RIBEIRO

Quinta-feira, 27 de Setembro de 2001 Sem estúdios desde o início de Agosto, o canal temático por cabo deverá manter-se, até finais de Outubro, recorrendo a grelhas de repetição de programas Um litígio com a produtora de Coimbra Publimondego deixou a TV Saúde - que partilha um canal por cabo com a TV Medicina - literalmente paralisada. Desde meados de Julho que não há produção e que a emissão é assegurada recorrendo a uma grelha de repetição de programas que, nalguns casos, foram gravados há mais de um ano. A situação deverá manter-se até finais de Outubro, altura em que se prevê que estejam totalmente operacionais os novos estúdios entretanto criados pela TV Beira, uma das accionistas da TV Saúde. Mas o conflito, provavelmente, só se resolverá nos tribunais, já que a Publimondego considera válido o contrato que a sua cliente rescindiu em finais de Julho, alegando justa causa. A degradação das relações entre a TV Saúde e a Publimondego terá começado no início do ano, altura em que a produtora começou a trabalhar para a TVI. A TV Saúde, que tinha um contrato para cedência de meios humanos e técnicos para a produção de conteúdos válido até Abril de 2002, ter-se-á sentido preterida em relação ao outro canal, chegando a dar conta, formalmente, do mal-estar crescente, ao longo dos meses que se seguiram. O processo culminou com a rescisão de contrato, por alegada justa causa, por parte da TV Saúde, que, em finais de Julho, abandonou definitivamente os estúdios. Contactados pelo PÚBLICO, quer o administrador da TV Saúde, Viegas do Nascimento, quer o da Publimondego, Figueiredo Rodrigues, se escusaram a revelar os motivos alegados para a rescisão. O segundo, contudo, deixou claro que não os aceita. "Existe um contrato válido que estamos em condições de cumprir", afirmou Figueiredo Rodrigues, sublinhando que, quando abandonou os estúdios, a TV Saúde deixou "avultadas dívidas". Viegas do Nascimento, que nega a existência de quaisquer pagamentos em falta, prefere sublinhar "os avultados prejuízos resultantes do não cumprimento do contrato", que, à falta de alternativa, em Coimbra, obrigou uma das accionistas, a TV Beira a, "num curto espaço de tempo, construir e equipar um estúdio próprio, bem como a negociar, nas piores condições, dada a urgência, a contratação de técnicos" que permitam retomar a produção. A situação tem afectado, especialmente, os funcionários da TV Saúde (entre os quais estão seis jornalistas), que foram 'convidados' a concentrar as férias no mês de Agosto e que, nas duas primeiras semanas de Setembro, foram remetidos para a sede administrativa onde, quase sem meios, se mantiveram inactivos. O director de programas, Fernando José de Oliveira, desdramatizou a situação, que considera uma "natural quebra da rotina, face às circunstâncias". "Já nos encontramos nos novos estúdios, mas tudo isto exige tempo", justificou. Viegas do Nascimento sublinhou que, apesar dos "consideráveis prejuízos", a sobrevivência do canal "não está em causa". "Não houve nem se prevê que venha a haver qualquer despedimento, iremos até admitir pelo menos mais um jornalista", frisou. Prevê que, em meados de Outubro, seja retomada a produção, de modo a que, em Novembro, se faça o rearranque com uma nova grelha. Até lá, poderá haver modificações na estrutura da própria empresa: há cerca de dois meses que a accionista maioritária (a TV Medicina Gest) negoceia com a PT Multimédia, que poderá adquirir parte importante do capital da TV Saúde. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Redacção do "JN" descontente com "invasão" da NTV

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