Governo privilegia CGTP
«É uma situação que nos preocupa, tanto mais quanto sentimos que a CGTP está a avançar em áreas onde não seria previsível que avançasse», remata o responsável máximo dos TSD.
Arménio Santos acusa o Governo de «privilegiar claramente a CGTP, quando era suposto que fosse a UGT a privilegiada», lendo no anúncio - feito esta semana por Ferro Rodrigues - de que os referenciais salariais foram retirados da Concertação Social e remetidos para as negociações dos acordos colectivos de trabalho em cada sindicato, individualmente, uma «clara cedência a uma reivindicação antiga da CGTP».
O mal-estar nas relações entre os TSD e a UGT não é de agora, mas tem vindo a agravar-se nos últimos meses, nomeadamente com a preparação das eleições no Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), em Abril. O SBSI - que, sozinho, representa 60% dos associados da UGT e 110 mil contos de financiamento, constituindo a coluna vertebral da central - é liderado desde 1997 por uma lista resultante de um entendimento entre a Tendência Sindical Socialista (TSS) e as Listas Unitárias (afectas ao PCP).
No decurso das negociações para uma lista TSS/TSD para o próximo mandato, protagonizadas directamente por João Proença e Arménio Santos, por pouco não sucedeu a ruptura. Os sociais-democratas consideraram-se «ofendidos» e «insultados» pelos socialistas, ao verificarem que estes pretendiam renovar a aliança com as Listas Unitárias e conceder aos TSD apenas três lugares em órgãos não elegíveis, e chegaram mesmo a sugerir a realização de um referendo para decidir da vontade dos bancários em permanecerem na UGT.
CRISTINA FIGUEIREDO
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Governo privilegia CGTP
«É uma situação que nos preocupa, tanto mais quanto sentimos que a CGTP está a avançar em áreas onde não seria previsível que avançasse», remata o responsável máximo dos TSD.
Arménio Santos acusa o Governo de «privilegiar claramente a CGTP, quando era suposto que fosse a UGT a privilegiada», lendo no anúncio - feito esta semana por Ferro Rodrigues - de que os referenciais salariais foram retirados da Concertação Social e remetidos para as negociações dos acordos colectivos de trabalho em cada sindicato, individualmente, uma «clara cedência a uma reivindicação antiga da CGTP».
O mal-estar nas relações entre os TSD e a UGT não é de agora, mas tem vindo a agravar-se nos últimos meses, nomeadamente com a preparação das eleições no Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), em Abril. O SBSI - que, sozinho, representa 60% dos associados da UGT e 110 mil contos de financiamento, constituindo a coluna vertebral da central - é liderado desde 1997 por uma lista resultante de um entendimento entre a Tendência Sindical Socialista (TSS) e as Listas Unitárias (afectas ao PCP).
No decurso das negociações para uma lista TSS/TSD para o próximo mandato, protagonizadas directamente por João Proença e Arménio Santos, por pouco não sucedeu a ruptura. Os sociais-democratas consideraram-se «ofendidos» e «insultados» pelos socialistas, ao verificarem que estes pretendiam renovar a aliança com as Listas Unitárias e conceder aos TSD apenas três lugares em órgãos não elegíveis, e chegaram mesmo a sugerir a realização de um referendo para decidir da vontade dos bancários em permanecerem na UGT.
CRISTINA FIGUEIREDO