factos 1950

17-12-2001
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Espectadores fiéis Tendo começado nos anos 50 com a peça "O Monólogo do Vaqueiro", a RTP continua na década de 60 com as produções de grandes obras teatrais dos maiores nomes do teatro, nacionais e internacionais. Mas vai acrescentando outros nomes, como os de alguns argumentistas da própria RTP (Jorge Figueiredo de Barros é um bom exemplo). Em média, cerca de 30 peças são produzidas todos os anos durante essa década de 60, para serões que reuniam famílias em volta da televisão.

Grandes realizadores Uma década em que muitos nomes confirmam o seu valor, alguns dos quais recordamos aqui. Ruy Ferrão, por exemplo, continua a realizar com mestria e perfeição, desde incursões mais "folhetinescas" até outras de expressão mais teledramática. Do cinema chega Luís Miranda, realizando peças de Júlio Diniz mas, de facto, sendo mais feliz a trabalhar nos exteriores, fora dos estúdios de palco e cortina. Nuno Fradique vai aos estúdios do Porto realizar "A Lena e o Carlos".

Grandes actores Fernanda Borsatti tem uma excelente interpretação na peça "Querida Sara", de Armando Vieira Pinto. Em "Cenas Da Vida De Uma Actriz", Eunice Muñoz e Luís Campos fazem uma dupla de sucesso. Luís Cerqueira é outro dos nomes que vale a pena reter, e Jacinto Ramos e Carmen Dolores são um outro par que em "A Bela Doroteia" cativa o público. Em 64 uma recriação de "Os Três Saloios" trouxe Raúl Solnado aos palcos da RTP. Contudo, um nome inegavelmente marcante dos palcos desta década no teatro e na televisão é Laura Alves, contracenando com Costinha em "A Menina Feia" e com Alexandre Vieira em "A Flor do Cacto".

Grandes produções "Pedro, o Cru" foi das grandes produções do ano de 1966. Reuniu uma equipa gigantesca, num produto final que deixou todos satisfeitos: Armando Vieira Pinto adaptou a obra de António Patrício, Herlander Peyroteo realizou, António Casimiro esteve a cargo dos cenários, e só intérpretes e figurantes eram, ao todo... 150! A seguir, Palmira Bastos fez uma das suas melhores representações de sempre, em "As Árvores Morrem de Pé", de Alejandro Casona.

Dias de 120 horas! No tempo do directo, não era raro os dias terem de ser "ampliados", para poder colocar uma peça "no ar" a tempo. Com o aparecimento do video-tape e a redução do numero de peças produzidas as coisas ficaram mais calmas e o ritmo menos propício ao stress, mas ainda assim não era fácil coordenar actores, encenadores, gráficos, operadores de câmara, cenógrafos e ser realizador de um trabalho que por vezes em menos de uma hora era "consumido".

O processo antes Realizadores e actores são normalmente os nomes mais referidos, mas outros havia igualmente importantes para um trabalho que era, sobretudo, de equipa. Os cenários, por exemplo, eram importantíssimos para a "magia" do "faz de conta". A direcção estava sob a alçada de Marcello de Morais e mais tarde de Octávio Clérigo. Eram primeiro feitos os esboços, de acordo com as necessidades e contexto da peça. Passava-se à maquete. Depois vinha o trabalho de carpintaria, a montagem final, sempre controlada de perto e finalmente a escolha dos adereços. O realizador não raras vezes actuava como encenador, e depois das últimas indicações das posições no palco era tempo de concentração. Estava-se já quase no "ar".

Espectadores fiéis Tendo começado nos anos 50 com a peça "O Monólogo do Vaqueiro", a RTP continua na década de 60 com as produções de grandes obras teatrais dos maiores nomes do teatro, nacionais e internacionais. Mas vai acrescentando outros nomes, como os de alguns argumentistas da própria RTP (Jorge Figueiredo de Barros é um bom exemplo). Em média, cerca de 30 peças são produzidas todos os anos durante essa década de 60, para serões que reuniam famílias em volta da televisão.

Grandes realizadores Uma década em que muitos nomes confirmam o seu valor, alguns dos quais recordamos aqui. Ruy Ferrão, por exemplo, continua a realizar com mestria e perfeição, desde incursões mais "folhetinescas" até outras de expressão mais teledramática. Do cinema chega Luís Miranda, realizando peças de Júlio Diniz mas, de facto, sendo mais feliz a trabalhar nos exteriores, fora dos estúdios de palco e cortina. Nuno Fradique vai aos estúdios do Porto realizar "A Lena e o Carlos".

Grandes actores Fernanda Borsatti tem uma excelente interpretação na peça "Querida Sara", de Armando Vieira Pinto. Em "Cenas Da Vida De Uma Actriz", Eunice Muñoz e Luís Campos fazem uma dupla de sucesso. Luís Cerqueira é outro dos nomes que vale a pena reter, e Jacinto Ramos e Carmen Dolores são um outro par que em "A Bela Doroteia" cativa o público. Em 64 uma recriação de "Os Três Saloios" trouxe Raúl Solnado aos palcos da RTP. Contudo, um nome inegavelmente marcante dos palcos desta década no teatro e na televisão é Laura Alves, contracenando com Costinha em "A Menina Feia" e com Alexandre Vieira em "A Flor do Cacto".

Grandes produções "Pedro, o Cru" foi das grandes produções do ano de 1966. Reuniu uma equipa gigantesca, num produto final que deixou todos satisfeitos: Armando Vieira Pinto adaptou a obra de António Patrício, Herlander Peyroteo realizou, António Casimiro esteve a cargo dos cenários, e só intérpretes e figurantes eram, ao todo... 150! A seguir, Palmira Bastos fez uma das suas melhores representações de sempre, em "As Árvores Morrem de Pé", de Alejandro Casona.

Dias de 120 horas! No tempo do directo, não era raro os dias terem de ser "ampliados", para poder colocar uma peça "no ar" a tempo. Com o aparecimento do video-tape e a redução do numero de peças produzidas as coisas ficaram mais calmas e o ritmo menos propício ao stress, mas ainda assim não era fácil coordenar actores, encenadores, gráficos, operadores de câmara, cenógrafos e ser realizador de um trabalho que por vezes em menos de uma hora era "consumido".

O processo antes Realizadores e actores são normalmente os nomes mais referidos, mas outros havia igualmente importantes para um trabalho que era, sobretudo, de equipa. Os cenários, por exemplo, eram importantíssimos para a "magia" do "faz de conta". A direcção estava sob a alçada de Marcello de Morais e mais tarde de Octávio Clérigo. Eram primeiro feitos os esboços, de acordo com as necessidades e contexto da peça. Passava-se à maquete. Depois vinha o trabalho de carpintaria, a montagem final, sempre controlada de perto e finalmente a escolha dos adereços. O realizador não raras vezes actuava como encenador, e depois das últimas indicações das posições no palco era tempo de concentração. Estava-se já quase no "ar".

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