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26-06-2001
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Armando Vara «atira-se» a Fernando Gomes 09-JUN-2001

O homem que está no centro do furacão sobre a Fundação para a Prevenção e Segurança quebrou o silêncio.

Em entrevista ao Diário de Notícias deste sábado, Armando Vara admite ter cometido erros mas diz-se alvo de uma campanha desencadeada por Fernando Gomes cujo objectivo era atingir António Guterres. Magoado com a política e com ao imprensa, vai para o Benfica e pondera aceitar outros convite.

Numa entrevista de duas páginas, Vara atira-se com dureza a Fernando Gomes, dando a entender que o ex-ministro da Administração Interna, e candidato à Câmara do Porto, usou o caso da fundação como vingança: «Não tenho a menor dúvida disso. Não estava a fotografar a entrega dos documentos ao Expresso, mas tudo indica que foi daí que as coisas vieram», disse ao DN.

Sobre os motivos da vingança, Vara avança com um cenário mais maquiavélico: «O alvo não era eu. Ele foi envenenado, disseram-lhe que eu passava o tempo a conspirar contra ele. Não conspirava contra ele, nem contra ninguém, mas ficou evidente que o alvo não era eu. O alvo era o engenheiro Guterres»

Armando Vara também não escondeu de onde vieram os ataques: «Não são apenas pessoas do PS. Não sou ingénuo,se alguém acendeu o rastilho, esse alguém foi do PS, mas depois mais gente atirou pedras.As primeiras questões à volta da Fundação aparecem num período em que toda a gente no País pedia a cabeça de Fernando Gomes, um período de enorme fragilidade da sua presença no Governo. É nessa altura, em que há um bruá nacional para a sua demissão, que se começa a falar na Fundação. Numa conversa que tive com ele na altura, disse-lhe: Se tens alguma dúvida sobre a Fundação, deves mandar investigar. Ele não o fez... Quando o actual ministro tomou posse eu disse-lhe o mesmo, e foi o que o ministro fez».

Vara vai mais longe, e admite que Fernando Gomes tenha guardado a história da Fundação como arma de arremesso contra si e Guterres: «Os factos falam por si. Devia mandar investigar e não mandou. Durante esse tempo, em vez de governar parece que só coligiu papéis».

Continuado num registo de critica a Gomes, Vara garante que não irá estar presente na apresentação da candidatura de Fernando Gomes à edilidade portuense, e que havia melhores candidatos à câmara: «Segundo as sondagens que temos, havia outros candidatos do PS com as mesmas possibilidades. E, num caso, até com mais intenções de voto... A vitória será sempre uma vitória do PS».

Armando Vara «atira-se» a Fernando Gomes 09-JUN-2001

O homem que está no centro do furacão sobre a Fundação para a Prevenção e Segurança quebrou o silêncio.

Em entrevista ao Diário de Notícias deste sábado, Armando Vara admite ter cometido erros mas diz-se alvo de uma campanha desencadeada por Fernando Gomes cujo objectivo era atingir António Guterres. Magoado com a política e com ao imprensa, vai para o Benfica e pondera aceitar outros convite.

Numa entrevista de duas páginas, Vara atira-se com dureza a Fernando Gomes, dando a entender que o ex-ministro da Administração Interna, e candidato à Câmara do Porto, usou o caso da fundação como vingança: «Não tenho a menor dúvida disso. Não estava a fotografar a entrega dos documentos ao Expresso, mas tudo indica que foi daí que as coisas vieram», disse ao DN.

Sobre os motivos da vingança, Vara avança com um cenário mais maquiavélico: «O alvo não era eu. Ele foi envenenado, disseram-lhe que eu passava o tempo a conspirar contra ele. Não conspirava contra ele, nem contra ninguém, mas ficou evidente que o alvo não era eu. O alvo era o engenheiro Guterres»

Armando Vara também não escondeu de onde vieram os ataques: «Não são apenas pessoas do PS. Não sou ingénuo,se alguém acendeu o rastilho, esse alguém foi do PS, mas depois mais gente atirou pedras.As primeiras questões à volta da Fundação aparecem num período em que toda a gente no País pedia a cabeça de Fernando Gomes, um período de enorme fragilidade da sua presença no Governo. É nessa altura, em que há um bruá nacional para a sua demissão, que se começa a falar na Fundação. Numa conversa que tive com ele na altura, disse-lhe: Se tens alguma dúvida sobre a Fundação, deves mandar investigar. Ele não o fez... Quando o actual ministro tomou posse eu disse-lhe o mesmo, e foi o que o ministro fez».

Vara vai mais longe, e admite que Fernando Gomes tenha guardado a história da Fundação como arma de arremesso contra si e Guterres: «Os factos falam por si. Devia mandar investigar e não mandou. Durante esse tempo, em vez de governar parece que só coligiu papéis».

Continuado num registo de critica a Gomes, Vara garante que não irá estar presente na apresentação da candidatura de Fernando Gomes à edilidade portuense, e que havia melhores candidatos à câmara: «Segundo as sondagens que temos, havia outros candidatos do PS com as mesmas possibilidades. E, num caso, até com mais intenções de voto... A vitória será sempre uma vitória do PS».

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