EXPRESSO: Opinião

26-05-2001
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12/1/2001

OPINIÃO

CASO SALEIRO O procurador expedito

Um rol de suspeitas, por maior que seja, não faz de qualquer cidadão honrado um criminoso. E é isso mesmo que acontece com António Saleiro. Mas o que espanta e se questiona é o alegado desinteresse do Ministério Público pelas conclusões da PJ. O DEPUTADO socialista e ex-presidente da Câmara de Almodôvar, António Saleiro, foi alvo de investigações judiciais na sequência de uma reportagem do «Público» em que se levantaram suspeitas de corrupção passiva. Em causa estavam «indícios» de que Saleiro recebera «vantagens económicas», segundo a Polícia Judiciária, para «simplificação de procedimentos na aprovação de um empreendimento urbanístico de capitais chineses», além de quatro outros casos que foram investigados. Pois bem, o mesmo jornal contava, na terça-feira, que o Ministério Público mandara arquivar o caso, com base em audiências ao deputado e a cinco testemunhas por ele indicadas, ignorando pura e simplesmente o resultado das averiguações da PJ. Perante a notícia, o procurador-geral da República chamou a si o processo e pediu esclarecimentos ao expedito procurador de Beja. Um rol de suspeitas, por maior que seja, não faz de qualquer cidadão honrado um criminoso. E é isso mesmo que acontece com António Saleiro. Mas o que espanta e se questiona é o alegado desinteresse do Ministério Público pelas conclusões da PJ. E o que se pergunta é se um magistrado pode concluir que um homem é inocente, ou culpado, com base apenas no seu depoimento e no de cinco amigos que ele indicou. É a justiça à portuguesa. Ou será, também aqui, a república das bananas? madrinha@mail.expresso.pt

COMENTÁRIOS AO ARTIGO

5 comentários 1 a 5

15 Janeiro 2001 às 3:29

Já vi o Público denunciar os escândalos do Colégio Moderno da Família Soares (que incluíam até apropriamento indevido de terrenos da Universidade) e ninguém se mexeu, tudo caíu no esquecimento, tudo foi abafado.

Agora o Público descobre mais um dos escândalos do senhor Saleiro, e logo um "Procurador expedito" resolve inocentá-lo pela simples audição dele e de uns quantos amigos dele. Nem ao menos alguém do contra, para disfarçar.

E AINDA HÁ QUEM PENSE QUE PORTUGAL NÃO É ACTUALMENTE UMA REPÚBLICA DAS BANANAS! Ai é, é!

14 Janeiro 2001 às 3:26

Jota ( Jota_s@softhome.net )

O Sr, Saleiro fez muito pior que isso e não foi acusado, domina mafiosamente inumeras bombas de gasolina no alentejo, agora a culpa não é justiça apenas, mas dos politicos que o protegem neste caso um dos padrinhos dele é um tal Dr.João Soares ha muito socialista por detraz do Saleiro e o problea numero 1 é que ha muitos saleior por aí à solta.

14 Janeiro 2001 às 0:53

Li com a maior indignação, a forma despudorada como o procurador encarregado do caso "branqueou" o senhor Saleiro, e que tão bem veio descrita no Público.

Os factos são de tal forma flagrantes que, das duas uma, ou são verdadeiros(como acho que são!) e a Justiça em Portugal está abaixo de qualquer classificação, ou são falsas e não se compreende como não houve reacções de qualquer dos visados, particularmente do órgão de cúpula, a PGR. Ou será que este Procurador Geral não existe?

13 Janeiro 2001 às 22:43

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

A gravidade da denúncia do Público não precisa de demonstração.

A ver vamos o que se vai seguir!

Está em causa a, já muito abalada, credibilidade da Justiça que se faz neste país!

13 Janeiro 2001 às 18:46

Será interessante acompanhar o que é que o Sr. Procurador vai fazer deste caso. Sem dúvida que poderá constituir uma grande viragem na forma como a Justiça tem sido administrada neste país.

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Os comentários constituem um espaço aberto à participação dos leitores. EXPRESSO On-Line reserva-se, no entanto, o direito de não publicar opiniões ofensivas da dignidade dos visados ou que contenham expressões obscenas.

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Um rol de suspeitas, por maior que seja, não faz de qualquer cidadão honrado um criminoso. E é isso mesmo que acontece com António Saleiro. Mas o que espanta e se questiona é o alegado desinteresse do Ministério Público pelas conclusões da PJ. O DEPUTADO socialista e ex-presidente da Câmara de Almodôvar, António Saleiro, foi alvo de investigações judiciais na sequência de uma reportagem do «Público» em que se levantaram suspeitas de corrupção passiva. Em causa estavam «indícios» de que Saleiro recebera «vantagens económicas», segundo a Polícia Judiciária, para «simplificação de procedimentos na aprovação de um empreendimento urbanístico de capitais chineses», além de quatro outros casos que foram investigados. Pois bem, o mesmo jornal contava, na terça-feira, que o Ministério Público mandara arquivar o caso, com base em audiências ao deputado e a cinco testemunhas por ele indicadas, ignorando pura e simplesmente o resultado das averiguações da PJ. Perante a notícia, o procurador-geral da República chamou a si o processo e pediu esclarecimentos ao expedito procurador de Beja. Um rol de suspeitas, por maior que seja, não faz de qualquer cidadão honrado um criminoso. E é isso mesmo que acontece com António Saleiro. Mas o que espanta e se questiona é o alegado desinteresse do Ministério Público pelas conclusões da PJ. E o que se pergunta é se um magistrado pode concluir que um homem é inocente, ou culpado, com base apenas no seu depoimento e no de cinco amigos que ele indicou. É a justiça à portuguesa. Ou será, também aqui, a república das bananas? madrinha@mail.expresso.pt

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15 Janeiro 2001 às 3:29

Já vi o Público denunciar os escândalos do Colégio Moderno da Família Soares (que incluíam até apropriamento indevido de terrenos da Universidade) e ninguém se mexeu, tudo caíu no esquecimento, tudo foi abafado.

Agora o Público descobre mais um dos escândalos do senhor Saleiro, e logo um "Procurador expedito" resolve inocentá-lo pela simples audição dele e de uns quantos amigos dele. Nem ao menos alguém do contra, para disfarçar.

E AINDA HÁ QUEM PENSE QUE PORTUGAL NÃO É ACTUALMENTE UMA REPÚBLICA DAS BANANAS! Ai é, é!

14 Janeiro 2001 às 3:26

Jota ( Jota_s@softhome.net )

O Sr, Saleiro fez muito pior que isso e não foi acusado, domina mafiosamente inumeras bombas de gasolina no alentejo, agora a culpa não é justiça apenas, mas dos politicos que o protegem neste caso um dos padrinhos dele é um tal Dr.João Soares ha muito socialista por detraz do Saleiro e o problea numero 1 é que ha muitos saleior por aí à solta.

14 Janeiro 2001 às 0:53

Li com a maior indignação, a forma despudorada como o procurador encarregado do caso "branqueou" o senhor Saleiro, e que tão bem veio descrita no Público.

Os factos são de tal forma flagrantes que, das duas uma, ou são verdadeiros(como acho que são!) e a Justiça em Portugal está abaixo de qualquer classificação, ou são falsas e não se compreende como não houve reacções de qualquer dos visados, particularmente do órgão de cúpula, a PGR. Ou será que este Procurador Geral não existe?

13 Janeiro 2001 às 22:43

Kostas Kalimera ( kkalimera@hotmail.com )

A gravidade da denúncia do Público não precisa de demonstração.

A ver vamos o que se vai seguir!

Está em causa a, já muito abalada, credibilidade da Justiça que se faz neste país!

13 Janeiro 2001 às 18:46

Será interessante acompanhar o que é que o Sr. Procurador vai fazer deste caso. Sem dúvida que poderá constituir uma grande viragem na forma como a Justiça tem sido administrada neste país.

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