Depoimentos

07-09-2001
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Sábado, 19 de Maio de 2001 Adriano Pinto (ex-dirigente do Boavista e presidente da AF Porto) "Estou muito feliz. Depois de tantos anos de existência, o Boavista conseguiu um feito inédito. Mereceu inteiramente este título, foi o campeão da regularidade. Estão de parabéns esta direcção, os jogadores, os treinadores e todas as pessoas que ajudaram o clube a crescer. A AF Porto também está de parabéns, porque o campeão é um dos seus filiados. É um momento histórico e inteiramente merecido." Ângelo Brou (ex-dirigente do Boavista e actual administrador da Sociedade Euro 2004, SA) "É uma enorme alegria, sobretudo porque resulta de um trabalho bem planeado que acaba por dar estes frutos. Foi um título inteiramente merecido. Os principais trunfos foram: a capacidade de gestão, os cuidados colocados na formação e a disponibilidade de orçamentos que foram permitindo um crescimento sustentado do Boavista. Não posso esquecer aqui o apoio dos sócios, que disponibilizaram boa parte do seu tempo para apoiar a equipa." Pinto de Sousa (ex-dirigente, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) "Acabou de se fazer história, com a conquista do campeonato. Este é um marco na história do clube, fruto do trabalho de várias direcções, mas particularmente dos actuais dirigentes. Estou muito satisfeito, como todos os boavisteiros. É, simplesmente, um feito histórico." Paes do Amaral (ex-dirigente do Boavista e da FPF e actualmente na AF Porto) "Satisfeitíssimo. Estou sem fôlego. Ao fim de tantos anos... é caso para dizer que à terceira foi de vez. Já tínhamos ameaçado em 1976 e, há dois anos, ficámos em segundo lugar. O Boavista é o clube mais antigo a praticar futebol em Portugal e este título caiu-lhe mesmo bem. É o primeiro campeão do século XXI. Entrámos com o pé direito e só espero que esta tendência se mantenha no futuro." António Reis (director da companhia de teatro Seiva Trupe) "Este é um título nacional. Não acontece contra ninguém, mas a favor do futebol português. Na história, fica a serenidade organizativa e o crescimento sustentado de um clube que há muito tempo morde os calcanhares aos grandes instituídos. O segredo é simples: uma política de contratações cuidada e um sério aproveitamento da formação (vender bem e comprar melhor). O título deve-se ainda a João Loureiro, que passa a ser o mais jovem presidente campeão, e a Jaime Pacheco, um daqueles técnicos que transmitem carisma e mística e que conta com uma competentíssima equipa técnica e com todo um plantel que se diz não ter vedetas, mas que actualmente dá à selecção dois, três jogadores. Este título vale por dez." Arnaldo Saraiva (professor da Faculdade de Letras do Porto) "A vitória do Boavista é uma vitória justa: só gente com muita lata, como a há até na direcção de alguns clubes, pode insinuar favores de árbitros ao Boavista, de longe, a equipa a praticar regularmente melhor futebol - um futebol rápido, sólido, inventivo. Por isso, e porque tem havido grande estabilidade e organização na direcção do Boavista e da sua equipa de futebol, foi uma vitória anunciada. E anunciada não só desde há meses ou semanas, mas desde há muito, especialmente desde o início da década de 90: ao longo desta década o Boavista classificou-se em 2.º lugar (98/99), em 3.º (91/92) e em 4.º (por cinco vezes), e ganhou taças e supertaças de Portugal (91/92, 96/97), assim como participou com dignidade em provas europeias. A vitória do Boavista é obviamente a derrota humilhante dos chamados grandes, com grandes massas associativas e grandes investimentos; mas é também a derrota vergonhosa de alguns jornalistas que privilegiam sempre os mesmos clubes, a que chegam a fazer fretes, desprezando pequenos clubes que, como o Boavista, têm uma história longa e quase sempre honrosa, e não só por causa do futebol. A vitória do Boavista é uma vitória histórica a vários títulos: vale como o maior triunfo de um clube de bairro à beira do seu centenário e com um novo estádio, põe fim a rotinas ou hegemonias desportivas, estimula os clubes pequenos, premeia o trabalho discreto e persistente, atento ao equilíbrio das finanças e à formação das escolas, desfaz equívocos de identificação exclusiva entre a cidade do Porto e um só clube, e torna mais evidente a supremacia do futebol do Norte, ou a noroeste da Península. Campeão, o Boavista vai ter de suar ainda mais para continuar a competir com os grandes, sem se tornar arrogante e sem entrar em jogadas sujas, dessas que às vezes transformam o campo fascinante do futebol num campo de corruptos, traficantes e desavergonhados." OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Boavista: O primeiro campeão do século XXI

"Axadrezados" põem um ponto final na ditadura dos três grandes

Negativo

Positivo

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Um campeão que já esteve na III Divisão

Uma vitória que valeu meio século

Os cinco protagonistas de uma história feliz

É a festa, está bem à vista

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Sábado, 19 de Maio de 2001 Adriano Pinto (ex-dirigente do Boavista e presidente da AF Porto) "Estou muito feliz. Depois de tantos anos de existência, o Boavista conseguiu um feito inédito. Mereceu inteiramente este título, foi o campeão da regularidade. Estão de parabéns esta direcção, os jogadores, os treinadores e todas as pessoas que ajudaram o clube a crescer. A AF Porto também está de parabéns, porque o campeão é um dos seus filiados. É um momento histórico e inteiramente merecido." Ângelo Brou (ex-dirigente do Boavista e actual administrador da Sociedade Euro 2004, SA) "É uma enorme alegria, sobretudo porque resulta de um trabalho bem planeado que acaba por dar estes frutos. Foi um título inteiramente merecido. Os principais trunfos foram: a capacidade de gestão, os cuidados colocados na formação e a disponibilidade de orçamentos que foram permitindo um crescimento sustentado do Boavista. Não posso esquecer aqui o apoio dos sócios, que disponibilizaram boa parte do seu tempo para apoiar a equipa." Pinto de Sousa (ex-dirigente, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF) "Acabou de se fazer história, com a conquista do campeonato. Este é um marco na história do clube, fruto do trabalho de várias direcções, mas particularmente dos actuais dirigentes. Estou muito satisfeito, como todos os boavisteiros. É, simplesmente, um feito histórico." Paes do Amaral (ex-dirigente do Boavista e da FPF e actualmente na AF Porto) "Satisfeitíssimo. Estou sem fôlego. Ao fim de tantos anos... é caso para dizer que à terceira foi de vez. Já tínhamos ameaçado em 1976 e, há dois anos, ficámos em segundo lugar. O Boavista é o clube mais antigo a praticar futebol em Portugal e este título caiu-lhe mesmo bem. É o primeiro campeão do século XXI. Entrámos com o pé direito e só espero que esta tendência se mantenha no futuro." António Reis (director da companhia de teatro Seiva Trupe) "Este é um título nacional. Não acontece contra ninguém, mas a favor do futebol português. Na história, fica a serenidade organizativa e o crescimento sustentado de um clube que há muito tempo morde os calcanhares aos grandes instituídos. O segredo é simples: uma política de contratações cuidada e um sério aproveitamento da formação (vender bem e comprar melhor). O título deve-se ainda a João Loureiro, que passa a ser o mais jovem presidente campeão, e a Jaime Pacheco, um daqueles técnicos que transmitem carisma e mística e que conta com uma competentíssima equipa técnica e com todo um plantel que se diz não ter vedetas, mas que actualmente dá à selecção dois, três jogadores. Este título vale por dez." Arnaldo Saraiva (professor da Faculdade de Letras do Porto) "A vitória do Boavista é uma vitória justa: só gente com muita lata, como a há até na direcção de alguns clubes, pode insinuar favores de árbitros ao Boavista, de longe, a equipa a praticar regularmente melhor futebol - um futebol rápido, sólido, inventivo. Por isso, e porque tem havido grande estabilidade e organização na direcção do Boavista e da sua equipa de futebol, foi uma vitória anunciada. E anunciada não só desde há meses ou semanas, mas desde há muito, especialmente desde o início da década de 90: ao longo desta década o Boavista classificou-se em 2.º lugar (98/99), em 3.º (91/92) e em 4.º (por cinco vezes), e ganhou taças e supertaças de Portugal (91/92, 96/97), assim como participou com dignidade em provas europeias. A vitória do Boavista é obviamente a derrota humilhante dos chamados grandes, com grandes massas associativas e grandes investimentos; mas é também a derrota vergonhosa de alguns jornalistas que privilegiam sempre os mesmos clubes, a que chegam a fazer fretes, desprezando pequenos clubes que, como o Boavista, têm uma história longa e quase sempre honrosa, e não só por causa do futebol. A vitória do Boavista é uma vitória histórica a vários títulos: vale como o maior triunfo de um clube de bairro à beira do seu centenário e com um novo estádio, põe fim a rotinas ou hegemonias desportivas, estimula os clubes pequenos, premeia o trabalho discreto e persistente, atento ao equilíbrio das finanças e à formação das escolas, desfaz equívocos de identificação exclusiva entre a cidade do Porto e um só clube, e torna mais evidente a supremacia do futebol do Norte, ou a noroeste da Península. Campeão, o Boavista vai ter de suar ainda mais para continuar a competir com os grandes, sem se tornar arrogante e sem entrar em jogadas sujas, dessas que às vezes transformam o campo fascinante do futebol num campo de corruptos, traficantes e desavergonhados." OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Boavista: O primeiro campeão do século XXI

"Axadrezados" põem um ponto final na ditadura dos três grandes

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Um campeão que já esteve na III Divisão

Uma vitória que valeu meio século

Os cinco protagonistas de uma história feliz

É a festa, está bem à vista

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