Carrilho e Reis atacam audiovisual

26-06-2001
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Carrilho e Reis Atacam Audiovisual

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 17 de Maio de 2001

Iniciativas parlamentares do PS

Como prova do novo clima que se vive no PS, Assis pediu a Reis e a Carrilho que juntos organizem iniciativas sobre audiovisual

Os deputados socialistas Manuel Maria Carrilho e António Reis vão organizar-se, a convite do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, de modo a levarem a cabo iniciativas na áreas do audiovisual.

A notícia foi confirmada ao PÚBLICO pelo deputado António Reis, que é simultaneamente vice-presidente da bancada. "O grupo pretende passar a ter uma intervenção mais activa nas questões do audiovisual, uma preocupação que sempre foi minha e que sempre foi também de Manuel Maria Carrilho", afirmou António Reis ao PÚBLICO. O deputado prosseguiu, explicando que o objectivo é pôr de pé, se possível ainda esta sessão legislativa, ou seja, até ao Verão, uma iniciativa legislativa.

O vice-presidente da bancada adiantou que pretende envolver também o deputado José Saraiva, jornalista de profissão e ex-director do "Jornal de Notícias". E Reis concluiu: "O grupo parlamentar não pode ser um sujeito passivo e só o Governo actuar nesta área; tem de haver coordenação, não podemos ir contra o Governo, mas o grupo parlamentar tem que actuar também."

Na sequência do XII Congresso do PS, onde o ex-ministro da Cultural foi olhado como o bode expiatório dos males da alma socialista, Assis assumiu a tarefa de inverter a situação, não só no que se refere a Carrilho, mas também em relação a outras figuras como Manuel Alegre e Helena Roseta, que estiveram no centro da contestação do guterrismo radical durante o congresso.

Assim, para enquadrar Carrilho nas acções do grupo, rentabilizar as mais-valias que adquiriu com a entrada na AR de ex-ministros e introduzir novos hábitos na bancada, Assis avançou com o convite a Carrilho para que este se passasse a ocupar das áreas da cultura internacional, que não recaem sob a tutela do Ministério da Cultura que ocupou.

Neste âmbito surgiu a ideia de que António Reis e Manuel Maria Carrilho se juntem e se dediquem a iniciativas no domínio do audiovisual. Uma situação que não deixa de ser peculiar, uma vez que Reis foi dos principais críticos de Carrilho no início da nova maioria e Carrilho, enquanto ministro, perdeu para José Sócrates a tutela da televisão pública.

Carrilho e Reis Atacam Audiovisual

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 17 de Maio de 2001

Iniciativas parlamentares do PS

Como prova do novo clima que se vive no PS, Assis pediu a Reis e a Carrilho que juntos organizem iniciativas sobre audiovisual

Os deputados socialistas Manuel Maria Carrilho e António Reis vão organizar-se, a convite do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, de modo a levarem a cabo iniciativas na áreas do audiovisual.

A notícia foi confirmada ao PÚBLICO pelo deputado António Reis, que é simultaneamente vice-presidente da bancada. "O grupo pretende passar a ter uma intervenção mais activa nas questões do audiovisual, uma preocupação que sempre foi minha e que sempre foi também de Manuel Maria Carrilho", afirmou António Reis ao PÚBLICO. O deputado prosseguiu, explicando que o objectivo é pôr de pé, se possível ainda esta sessão legislativa, ou seja, até ao Verão, uma iniciativa legislativa.

O vice-presidente da bancada adiantou que pretende envolver também o deputado José Saraiva, jornalista de profissão e ex-director do "Jornal de Notícias". E Reis concluiu: "O grupo parlamentar não pode ser um sujeito passivo e só o Governo actuar nesta área; tem de haver coordenação, não podemos ir contra o Governo, mas o grupo parlamentar tem que actuar também."

Na sequência do XII Congresso do PS, onde o ex-ministro da Cultural foi olhado como o bode expiatório dos males da alma socialista, Assis assumiu a tarefa de inverter a situação, não só no que se refere a Carrilho, mas também em relação a outras figuras como Manuel Alegre e Helena Roseta, que estiveram no centro da contestação do guterrismo radical durante o congresso.

Assim, para enquadrar Carrilho nas acções do grupo, rentabilizar as mais-valias que adquiriu com a entrada na AR de ex-ministros e introduzir novos hábitos na bancada, Assis avançou com o convite a Carrilho para que este se passasse a ocupar das áreas da cultura internacional, que não recaem sob a tutela do Ministério da Cultura que ocupou.

Neste âmbito surgiu a ideia de que António Reis e Manuel Maria Carrilho se juntem e se dediquem a iniciativas no domínio do audiovisual. Uma situação que não deixa de ser peculiar, uma vez que Reis foi dos principais críticos de Carrilho no início da nova maioria e Carrilho, enquanto ministro, perdeu para José Sócrates a tutela da televisão pública.

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