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14-04-2001
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Esta semana nos jornais Edifer prepara projecto de eProcurement

O grupo Edifer encara «com atenção a evolução das novas tecnologias no domínio da construção civil porque acreditamos que podem trazer bastante valor para a empresa» afirmou Vera Pires Coelho, presidente da companhia, ao «Semanário Económico».

Neste âmbito, a Edifer analisa a sua participação sob duas perspectivas: como investidores e accionistas de um eventual portal ou como utilizadores. Como utilizadores, a empresa liderada por Vera Pires Coelho está a preparar um projecto a ser implementado ainda no corrente ano «no sentido de apetrechar a empresa para a utilização do e-Procurement que pode ser muito interessante do ponto de vista da optimização de tempos, de custos, entre outras vantagens».

No que respeita à sua entrada num portal como investidor, a Edifer equacionou a hipótese de participar no site da Mota-Engil, mas esta ideia foi abandonada. Isto porque «a Internet é uma ferramenta global. Aquele projecto não se revelava o mais interessante do ponto de vista estratégico para a Edifer». Mas se surgirem «outras oportunidades mais rentáveis, claro que a Edifer manifestará interesse». Do ponto de vista estratégico, a Edifer procura um portal que traga valor acrescentado para a empresa, o qual poderá ser «um portal vertical na área da construção que tenha um nível de isenção relativamente aos seus accionistas muito grande e que permita a adesão de todos os operadores no sector» esclarece a presidente da companhia. O portal ideal deverá ter, numa primeira fase, uma perspectiva ibérica e, posteriormente, uma perspectiva europeia, através da integração de vários portais.

Semanário Económico 23-03-2001

Soares da Costa e Teixeira Duarte, 1+1=1

Há cerca de um ano a Teixeira Duarte e a Soares da Costa, duas das maiores construtoras nacionais, avançaram comum acordo estratégico para a sua associação em projectos específicos. O mercado externo era o seu principal objectivo. Visto o mercado português da construção estar em fase de maturação e não ter muito por onde crescer, as construtoras nacionais procuram expandir-se para o exterior. Apesar de a dimensão da Teixeira Duarte e da Soares da Costa ser bastante razoável para um país como o nosso, a verdade é que lá fora, mesmo juntas, estas continuam a ser uma gota de água no oceano. A união das duas poderia trazer sinergias bastante razoáveis. Mas, segundo vários especialistas do sector, ao abrigo desta parceria pouco foi feito, sobretudo no mercado internacional.

As duas empresas são unanimes em dizer que este casamento está a "seguir o seu curso normal" e que "no âmbito do acordo foram desenvolvidas várias actividades, querem associações para empreitadas de porte significativo, quer em sociedades para diversas áreas de negócio".

Contudo, os analistas garantem que o que foi feito até agora está aquém das expectativas e que as duas construtoras estão a repensar o acordo. Confrontada com esta questão, a construtora liderada por Pedro Teixeira Duarte diz que o acordo apenas está no seu primeiro ano de vigência e sofreu uma alteração há cerca de seis meses. Afirma ainda que "a Teixeira Duarte e a Soares da Costa ponderam a aplicação prática dos termos e condições do referido acordo estratégico".

Exame 21-03-2001

Edifer Construções lucrou mais 54% o ano passado

A Edifer Construções encaixou no ano passado 815 mil contos de lucros, um valor que traduz um crescimento de 54% face a 1999, a beneficiar do progresso dos resultados operacionais, em 64,6%, para os 976 mil contos.

O bom desempenho da empresa, cujo volume de negócios aumentou 12%, para os 38,5 milhões de contos, é atribuído pela sua presidente, Vera Pires Coelho, ao sucesso do processo de reestruturação iniciado em 1998, que se começa a traduzir em ganhos de eficiência ao nível da produção.

A rentabilidade dos capitais próprios cresceu de 9,6% para os 13,5% em 2000, enquanto que o «cash flow» se cifrou em 2,2 milhões de contos, mais 800 mil contos do que em 1999. Para 2001 transitou um «portfólio» diversificado de obras para realizar, na ordem dos 54,1 milhões de contos.

No segmento da construção de edifícios, destacam-se a ampliação da aerogare de Faro, a rondar os 4 milhões de contos e a construção de vários hotéis, um sector particularmente dinâmico na sequência do Euro 2004. Na área do ambiente, a empresa tem a seu cargo a ETAR de Setúbal e a construção do sistema interceptor de águas residuais do distrito, no valor de 4 milhões de contos.

Diário Económico 21-03-2001

El Corte Inglés pode vender casas em Portugal

O grupo espanhol El Corte Inglés, que facturou cerca de 4,2 milhões de contos pela venda de casas nos seus centros comerciais, poderá alargar esta actividade, resultante de uma parceria com imobiliária espanhola Ferrovial, a Portugal, noticiou a agência Efe.

A operação de venda de casas nos centros comerciais El Corte Inglés e nos hipermercados Hipercor (empresa do grupo na área dos hipermercados), começou a 29 de Janeiro em Madrid e Málaga com um pacote para venda de 1.000 habitações, mas o grupo pretende incluir, ainda este ano, toda a oferta da Ferrovial, um total de 10.000 casas em 20 cidades espanholas.

Com a abertura da primeira loja do El Corte Inglés em Lisboa, (prevista para este Outono), está aberta a possibilidade de alargar a iniciativa ao nosso país, promovendo uma nova forma de venda das cerca de 1.000 espaços geridos pela imobiliária espanhola em Portugal.

Em Espanha já se venderam 89 habitações e 13 garagens. Segundo dados da Ferrovial, por cada 16 visitas concretizou-se um negócio, uma média considerada satisfatória pela imobiliária, tendo em conta que a operação não foi publicitada.

Com esta iniciativa os potenciais clientes dispõem nos centros comerciais de toda a informação sobre as habitações e sistemas de financiamento. Para além deste tipo de venda a Ferrovial mantém o modelo tradicional de comercialização. A parceria não tem estatuto de exclusividade, pelo que o El Corte Inglés pode estabelecer acordos semelhantes com outras imobiliárias e a Ferrovial pode aliar-se a outras superfícies comerciais.

Diário Digital 19-03-2001

Sonae Turismo gera lucros de 14 milhões

A Sonae Turismo, holding do grupo de Belmiro de Azevedo, gerou resultados líquidos de 14 milhões de contos (69,8 milhões de euros) em 2000, um valor justificado pelos ganhos extraordinários relacionados com a alienação de activos e a reorganização da carteira de negócios da empresa.

Segundo adiantou António Pinho, presidente da holding à Reuters, «os resultados líquidos foram excepcionalmente elevados porque a Sonae Turismo resultou da agregação de um conjunto de negócios da Sonae (empreendimentos turísticos imobiliários, lazer, fitness, diversão e viagens) que tiveram de ser reavaliados».

A holding obteve um volume de negócios de 14,3 milhões de contos, um crescimento de 40% face ao exercício de 1999. António Pinho prevê que este ano a facturação da empresa atinja um crescimento de 30%, ou seja gere receitas da ordem dos 18,6 milhões de contos. A empresa ainda deverá obter resultados extraordinários e no que se relaciona com os resultados correntes não extraordinários deverá registar um crescimento de 100% no exercício de 2001.

Diário Económico 20-03-2001

Mota-Engil com lucro de 3,1 milhões

O grupo Mota-Engil obteve resultados líquidos agregados da ordem dos 3,1 milhões de contos (cerca de 15,5 milhões de euros) no final do exercício do ano 2000, o que representa uma subida de 1,9% face ao ano anterior. Ao mesmo tempo, o volume de negócios agregado atingiu os 164,9 milhões de contos, o que é quase o dobro do obtido no ano anterior.

Em comunicado, o grupo afirma contudo que «os resultados ora apresentados para a Mota-Engil SGPS, não reflectem a verdadeira dimensão económica do grupo pelo facto de o processo de concentração dos grupos Mota e Engil só ter sido concluído em 29 de Dezembro em 2000».

O cash-flow do grupo ultrapassou os 14,2 milhões de contos, e os resultados financeiros ficaram muito próximos dos 7,7 milhões. Pior prestação tiveram os resultados financeiros agregados, que foram negativos em quase 3,5 milhões de contos. O grupo liderado por António Mota refere no mesmo comunicado que «os capitais próprios foram substancialmente reforçados em virtude do aumento de capital decorrente da operação pública de troca que originou a entrada em espécie das acções da Mota», ascendendo no final do exercício a 52,3 milhões de contos.

A carteira de encomendas do Grupo Mota-Engil ascendia a 315 milhões de contos no final do ano transacto. As acções da Mota-Engil fecharam ontem na Bolsa a valer 1,44 euros (289 escudos), o que repersenta uma queda de 0,69%.

Diário Económico 15-03-2001

Salomon avalia activos da Sonae Imobiliária

A Sonae Imobiliária deverá terminar este ano com activos de 182 milhões de contos (911,6 milhões de euros), segundo uma previsão do banco de investimento Schroeder Salomon Barney. Os cálculos baseiam-se na valorização dos negócios da empresa após a dedução da dívida de 40,2 milhões de contos contraída para projectos em desenvolvimento.

Diário Económico 14-03-2001

Somague com BES e BCP para construção e exploração do novo aeroporto

A Somague pretende concorrer à construção e exploração do novo aeroporto de Lisboa, tendo para isso já formado um consórcio onde também integram o BES e o BCP, disse Diogo Vaz Guedes, presidente do conselho de administração da Somague, na conferência de imprensa para a apresentação dos resultados de 2000.

“A Somague pretende participar na construção e exploração do projecto do novo aeroporto e já temos um consórcio bastante abrangente. Integram-no várias empresas do sector e duas instituições financeiras, o BES e o BCP”, disse Diogo Vaz Guedes.

Entre as empresas participantes no consórcio contam-se também a Ferrovial e a Siemens, entre outras.

O presidente do conselho de administração da Somague acrescentou ainda que “a Somague espera apenas que abram o concurso para apresentar a sua candidatura, apesar da indefinição que ainda existe no modelo que vai se ser seguido, se é que vai ser seguido”.

A empresa apresentou hoje os resultados do exercício de 2000, que ascenderam aos 3,5 milhões de euros, mais 16,5 pct que em 1999.

Agência Financeira 13-03-2001

Somague prevê facturar 115 milhões em 2001

A Somague deverá encerrar o presente exercício com um volume de negócios (cerca de 575 milhões de euros), um valor que, a confirmar-se, representará um crescimento de cerca de 10% face à facturação de 104,9 milhões de contos alcançada pela construtora no exercício transacto.

Durante a apresentação de resultados, Diogo Vaz Guedes, presidente do conselho de administração da Somague SGPS, adiantou que, em termos consolidados, o presente ano deverá proporcionar que os resultados financeiros da empresa se situem na fasquia dos 4,5% da respectiva facturação, enquanto se perspectiva «o crescimento significativo dos capitais próprios, a redução, em mais de cinco milhões de contos, do endividamento da empresa, enquanto o plano de investimentos se deverá situar nos 3,5 milhões de contos».

«O ano de 2000 foi muitíssimo bom, com uma grande recuperação e com o cumprimento de todos os objectivos inicialmente traçados. Após algumas reservas e dificuldades, conseguimos superar os números que tínhamos idealizado com a operação de fusão realizada com a Soconstrói, o que demonstra o acerto da estratégia que decidimos seguir», sublinhou o presidente da Somague.

Diário Económico 13-03-2001

Somague vai concorrer a rodovias gregas

A Somague integra um consórcio de construtoras e instituições financeiras que se vai candidatar à construção e exploração de seis concessões rodoviárias na Grécia, cujo volume de investimentos foi avaliado pelas autoridades helénicas em mil milhões de contos (cerca de 4.983 milhões de euros).

Além da Sarantopoulos, integram-se neste consórcio a outra parceira da Somague, a espanhola Sacyr, e o Grupo FCC.

Diário Económico 10-03-2001

Grupo Pestana interessado no Hotel Nacional

O grupo Pestana está interessado na aquisição do Hotel Nacional, uma das unidades hoteleiras consideradas como um dos cartões postais do Rio de Janeiro, afirmou o presidente do grupo no Brasil, José Roquette.

O hotel, fechado desde 1995, está a ser objecto de novas negociações entre os liquidatários e as autoridades municipais do Rio de Janeiro para ser colocado novamente à venda.

«Apesar de a situação não ser muito animadora, queremos verificar como a operação de venda se poderá apresentar», afirmou José Roquette à Lusa. Apesar de algumas vantagens do Nacional, como a boa infra-estrutura de eventos e a localização em frente ao mar - em São Conrado - a reabertura do hotel deverá exigir 30 milhões de reais (três milhões de contos) para realizar uma reforma no prédio, fechado há seis anos.

Desde que iniciou a sua expansão no mercado brasileiro, em 1999, o grupo já investiu cerca de 60 milhões de reais (6,2 milhões de contos) e conta investir mais 40 milhões de reais (4,2 milhões de contos) em 2001. No ano passado, a facturação no Brasil chegou a 22 milhões de reais (2,3 milhões de contos), referente apenas ao único hotel em funcionamento, o Carlton Rio Atlântica, no Rio de Janeiro. Esta facturação já representa cerca de 12% da facturação global do grupo.

A meta para este ano é aumentar a participação brasileira na receita total do grupo Pestana para um valor situado no intervalo entre os 25% e os 30%.

Diário Económico 10-03-2001

GES investe no turismo brasileiro

O Grupo Espírito Santo (GES) prepara investimentos superiores a 50 milhões de contos (250 milhões de dólares) na expansão internacional do sector do turismo, revela a Gazeta Mercantil, citando fontes do mercado em Lisboa. No último ano, o Grupo de Ricardo Salgado, registou um volume de negócios na ordem dos 75,25 milhões de contos e gerou lucros de 4,3 milhões de contos.

O Grupo GES estuda oportunidades de investimento em hotelaria, através da aquisição de hotéis, quer existentes quer em construção ou a construir, principalmente no Litoral brasileiro. «O Brasil é um destino importante de turismo dos portugueses e o Grupo privilegia os investimentos no mercado brasileiro, nomeadamente no nordeste brasileiro e Rio de Janeiro», disse Ricardo Espírito Santo, presidente do BESI Brasil ao Diário Económico. Numa segunda fase, o «nosso olhar vai para hotéis de negócios em São Paulo», adiantou o mesmo responsável.

Diário Económico 10-03-2001

Auchan vai investir 18 milhões em 3 hiper

A Auchan vai investir 18 milhões de contos (89,7 milhões de euros) na construção de três novos hipermercados em Portugal, sob a insígnia Jumbo.

O valor diz respeito apenas às lojas que a Auchan construirá em Gondomar, Figueira da Foz e Almada, apesar de os empreendimentos serem integradas em centros comerciais.

Em Gondomar, as terraplanagens para a construção do Jumbo já estão prontas e tudo indica que os nove mil metros quadrados de área de venda serão inaugurados no final do próximo ano. O centro comercial associado ao hipermercado será promovido pelo grupo Eiffage.

O maior hipermercado que a Auchan tem em construção situa-se em Almada. Serão 11 mil metros quadrados de área de venda a terminar em meados do próximo ano. Neste caso, o promotor do centro comercial associado será a MDC – Multi Corporation Development.

Ainda este ano, no último trimestre, deverá abrir as portas o Jumbo da Figueira da Foz. O hipermercado será um espaço pequeno em comparação com a loja de Almada, já que compreende apenas 3.500 metros quadrados de área de venda. Também aqui o empreendimento inclui um centro comercial, é promovido pela empresa Figueirimo.

Diário Económico 8-03-2001

Sonae Imobiliária investe 44 milhões em «retail parks»

A Sonae Imobiliária quer avançar com a construção de mais dez retails parks no país, um investimento que ascenderá a 44 milhões de contos (219 milhões de euros) a concretizar nos próximos três anos, disse ao Diário Económico Álvaro Portela, presidente da holding do grupo de Belmiro de Azevedo.

O investimento neste género de centro comercial será uma aposta da holding na medida em que são «estruturas baratas, de baixa dimensão» e ainda pouco exploradas em Portugal.

De acordo com Álvaro Portela, a Sonae Imobiliária vai ainda aumentar a sua oferta de centros comerciais de cidade, nomeadamente no Porto, onde já detém o ViaCatarina, e em Lisboa. A aposta continuada na abertura de mais equipamentos comerciais é justificada pela conjuntura económica nacional, cujo espaço para a oferta ainda está longe da saturação, pela tendência de crescimento do consumo.

A estratégia de crescimento da empresa de Belmiro de Azevedo está também direccionada para o estrangeiro e essencialmente para a Europa, estando a estudar seriamente possibilidades de investimento na Alemanha, Itália e França. A Sonae Imobiliária quer, nos próximos cinco anos, possuir 80% dos seus activos instalados na Europa e os restantes 20% no Brasil, afirmou Álvaro Portela na apresentação dos resultados, que decorreu ontem no Porto.

Diário Económico 08-03-2001

Cimpor negoceia cimenteiras turcas

A Cimpor está a negociar a compra das cimenteiras turcas Cimentas Izmir e da Balticim Bati Anadolu Cimento. O presidente do grupo português, Sousa Gomes, tem pouco mais de duas semanas, data em que termina um dos acordos de confidencialidade, para convencer os actuais accionistas da empresa a apoiarem a operação. Uma tarefa que não se adivinha fácil.

O Diário Económico sabe que a Teixeira Duarte, que controla mais de 14% da cimenteira, mostrou reservas em relação à operação. Também a Secil não vê com bons olhos a aquisição, antes da privatização. Na corrida à Izmir e à Bati Anadolu, que possuem capacidades instaladas de 2,5 e 2,7 milhões de toneladas, respectivamente, está também o grupo italiano Italcimenti, que possui na Turquia quatro fábricas com uma capacidade de quatro milhões de toneladas.

A Turquia ocupa o 11º lugar do consumo mundial de cimento, sendo o valor estimado para 2001 de 34,5 milhões de toneladas, mais 7,8% do que no último ano. O mercado turco é considerado promissor, a médio prazo. Uma das suas principais valências é a exportação para os países limítrofes, bem como para Espanha, Portugal, França, Israel e EUA, justificada pelo excesso de produção. Factor, que a par da fragmentação do mercado, fazem com que os preços sejam baixos. Estas aquisições permitiriam à Cimpor fechar o círculo mediterrânico. O grupo liderado por Sousa Gomes está presente em Espanha, Marrocos, Tunísia e Egipto.

Diário Económico 07-03-2001

Lusotur prevê receitas de 100 milhões em Vilamoura

A Lusotur está a lançar um conjunto de novos empreendimentos turísticos integrados no projecto Vilamoura XXI. Novos aldeamentos, um parque ambiental e um novo campo de golfe são alguns dos empreendimentos já aprovados. "No total, vão ser edificados um milhão de metros quadrados de construção" - revelou André Jordan, em entrevista à "Vida Económica". O encaixe total para a Lusotur, através da venda dos terrenos com os projectos, é estimado em 100 milhões de contos. André Jordan prevê que o valor final destes empreendimentos no mercado atinja os 500 milhões de contos, reforçando a posição de Vilamoura como destino turístico.

Ter um encaixe de 100 milhões de contos é a previsão da Lusotur, através do conjunto de projectos em curso no sentido da revitalização turística e residencial de Vilamoura, iniciada em 1996. São valores estimados por André Jordan, presidente do conselho de administração da empresa, em declarações à "Vida Económica". Uma receita calculado, tendo em conta os cerca de um milhão de m2 que envolvem a iniciativa. Actualmente, a Lusotur prossegue o projecto de requalificação com o Programa Vilamoura XXI, que deverá estar finalizado antes de 2006. Também para um futuro próximo, visa a empresa investir fora da região algarvia. Lisboa pode ser a região escolhida. O objectivo é colocar outro marco português na rota internacional dos destinos turísticos de qualidade.

Vida Económica 02-03-2001

Falências ameaçam móveis

O sector do mobiliário está a entrar numa crise económica que poderá levar à falência um grande número das cerca de sete mil empresas existentes em Portugal. Segundo o Diário Económico, a crise poderá, contudo, ter o efeito benéfico de provocar a reestruturação de um sector tradicional onde ainda predominam as micro empresas familiares.

A subida das taxas de juro e a redução do poder de compra das famílias, com a consequente redução das vendas de habitação, levaram à diminuição do volume de negócios do sector. Já em 2000 houve uma estagnação do volume de negócios das empresas de mobiliário, mas para este ano, o cenário é ainda mais pessimista.

Os últimos dados disponíveis, de 1998, apontam para um volume de negócios de 39,6 milhões de contos (1,6 mil milhões de euros), mais 12,8% que em 1997.

Diário Económico 01-03-2001

Esta semana nos jornais Edifer prepara projecto de eProcurement

O grupo Edifer encara «com atenção a evolução das novas tecnologias no domínio da construção civil porque acreditamos que podem trazer bastante valor para a empresa» afirmou Vera Pires Coelho, presidente da companhia, ao «Semanário Económico».

Neste âmbito, a Edifer analisa a sua participação sob duas perspectivas: como investidores e accionistas de um eventual portal ou como utilizadores. Como utilizadores, a empresa liderada por Vera Pires Coelho está a preparar um projecto a ser implementado ainda no corrente ano «no sentido de apetrechar a empresa para a utilização do e-Procurement que pode ser muito interessante do ponto de vista da optimização de tempos, de custos, entre outras vantagens».

No que respeita à sua entrada num portal como investidor, a Edifer equacionou a hipótese de participar no site da Mota-Engil, mas esta ideia foi abandonada. Isto porque «a Internet é uma ferramenta global. Aquele projecto não se revelava o mais interessante do ponto de vista estratégico para a Edifer». Mas se surgirem «outras oportunidades mais rentáveis, claro que a Edifer manifestará interesse». Do ponto de vista estratégico, a Edifer procura um portal que traga valor acrescentado para a empresa, o qual poderá ser «um portal vertical na área da construção que tenha um nível de isenção relativamente aos seus accionistas muito grande e que permita a adesão de todos os operadores no sector» esclarece a presidente da companhia. O portal ideal deverá ter, numa primeira fase, uma perspectiva ibérica e, posteriormente, uma perspectiva europeia, através da integração de vários portais.

Semanário Económico 23-03-2001

Soares da Costa e Teixeira Duarte, 1+1=1

Há cerca de um ano a Teixeira Duarte e a Soares da Costa, duas das maiores construtoras nacionais, avançaram comum acordo estratégico para a sua associação em projectos específicos. O mercado externo era o seu principal objectivo. Visto o mercado português da construção estar em fase de maturação e não ter muito por onde crescer, as construtoras nacionais procuram expandir-se para o exterior. Apesar de a dimensão da Teixeira Duarte e da Soares da Costa ser bastante razoável para um país como o nosso, a verdade é que lá fora, mesmo juntas, estas continuam a ser uma gota de água no oceano. A união das duas poderia trazer sinergias bastante razoáveis. Mas, segundo vários especialistas do sector, ao abrigo desta parceria pouco foi feito, sobretudo no mercado internacional.

As duas empresas são unanimes em dizer que este casamento está a "seguir o seu curso normal" e que "no âmbito do acordo foram desenvolvidas várias actividades, querem associações para empreitadas de porte significativo, quer em sociedades para diversas áreas de negócio".

Contudo, os analistas garantem que o que foi feito até agora está aquém das expectativas e que as duas construtoras estão a repensar o acordo. Confrontada com esta questão, a construtora liderada por Pedro Teixeira Duarte diz que o acordo apenas está no seu primeiro ano de vigência e sofreu uma alteração há cerca de seis meses. Afirma ainda que "a Teixeira Duarte e a Soares da Costa ponderam a aplicação prática dos termos e condições do referido acordo estratégico".

Exame 21-03-2001

Edifer Construções lucrou mais 54% o ano passado

A Edifer Construções encaixou no ano passado 815 mil contos de lucros, um valor que traduz um crescimento de 54% face a 1999, a beneficiar do progresso dos resultados operacionais, em 64,6%, para os 976 mil contos.

O bom desempenho da empresa, cujo volume de negócios aumentou 12%, para os 38,5 milhões de contos, é atribuído pela sua presidente, Vera Pires Coelho, ao sucesso do processo de reestruturação iniciado em 1998, que se começa a traduzir em ganhos de eficiência ao nível da produção.

A rentabilidade dos capitais próprios cresceu de 9,6% para os 13,5% em 2000, enquanto que o «cash flow» se cifrou em 2,2 milhões de contos, mais 800 mil contos do que em 1999. Para 2001 transitou um «portfólio» diversificado de obras para realizar, na ordem dos 54,1 milhões de contos.

No segmento da construção de edifícios, destacam-se a ampliação da aerogare de Faro, a rondar os 4 milhões de contos e a construção de vários hotéis, um sector particularmente dinâmico na sequência do Euro 2004. Na área do ambiente, a empresa tem a seu cargo a ETAR de Setúbal e a construção do sistema interceptor de águas residuais do distrito, no valor de 4 milhões de contos.

Diário Económico 21-03-2001

El Corte Inglés pode vender casas em Portugal

O grupo espanhol El Corte Inglés, que facturou cerca de 4,2 milhões de contos pela venda de casas nos seus centros comerciais, poderá alargar esta actividade, resultante de uma parceria com imobiliária espanhola Ferrovial, a Portugal, noticiou a agência Efe.

A operação de venda de casas nos centros comerciais El Corte Inglés e nos hipermercados Hipercor (empresa do grupo na área dos hipermercados), começou a 29 de Janeiro em Madrid e Málaga com um pacote para venda de 1.000 habitações, mas o grupo pretende incluir, ainda este ano, toda a oferta da Ferrovial, um total de 10.000 casas em 20 cidades espanholas.

Com a abertura da primeira loja do El Corte Inglés em Lisboa, (prevista para este Outono), está aberta a possibilidade de alargar a iniciativa ao nosso país, promovendo uma nova forma de venda das cerca de 1.000 espaços geridos pela imobiliária espanhola em Portugal.

Em Espanha já se venderam 89 habitações e 13 garagens. Segundo dados da Ferrovial, por cada 16 visitas concretizou-se um negócio, uma média considerada satisfatória pela imobiliária, tendo em conta que a operação não foi publicitada.

Com esta iniciativa os potenciais clientes dispõem nos centros comerciais de toda a informação sobre as habitações e sistemas de financiamento. Para além deste tipo de venda a Ferrovial mantém o modelo tradicional de comercialização. A parceria não tem estatuto de exclusividade, pelo que o El Corte Inglés pode estabelecer acordos semelhantes com outras imobiliárias e a Ferrovial pode aliar-se a outras superfícies comerciais.

Diário Digital 19-03-2001

Sonae Turismo gera lucros de 14 milhões

A Sonae Turismo, holding do grupo de Belmiro de Azevedo, gerou resultados líquidos de 14 milhões de contos (69,8 milhões de euros) em 2000, um valor justificado pelos ganhos extraordinários relacionados com a alienação de activos e a reorganização da carteira de negócios da empresa.

Segundo adiantou António Pinho, presidente da holding à Reuters, «os resultados líquidos foram excepcionalmente elevados porque a Sonae Turismo resultou da agregação de um conjunto de negócios da Sonae (empreendimentos turísticos imobiliários, lazer, fitness, diversão e viagens) que tiveram de ser reavaliados».

A holding obteve um volume de negócios de 14,3 milhões de contos, um crescimento de 40% face ao exercício de 1999. António Pinho prevê que este ano a facturação da empresa atinja um crescimento de 30%, ou seja gere receitas da ordem dos 18,6 milhões de contos. A empresa ainda deverá obter resultados extraordinários e no que se relaciona com os resultados correntes não extraordinários deverá registar um crescimento de 100% no exercício de 2001.

Diário Económico 20-03-2001

Mota-Engil com lucro de 3,1 milhões

O grupo Mota-Engil obteve resultados líquidos agregados da ordem dos 3,1 milhões de contos (cerca de 15,5 milhões de euros) no final do exercício do ano 2000, o que representa uma subida de 1,9% face ao ano anterior. Ao mesmo tempo, o volume de negócios agregado atingiu os 164,9 milhões de contos, o que é quase o dobro do obtido no ano anterior.

Em comunicado, o grupo afirma contudo que «os resultados ora apresentados para a Mota-Engil SGPS, não reflectem a verdadeira dimensão económica do grupo pelo facto de o processo de concentração dos grupos Mota e Engil só ter sido concluído em 29 de Dezembro em 2000».

O cash-flow do grupo ultrapassou os 14,2 milhões de contos, e os resultados financeiros ficaram muito próximos dos 7,7 milhões. Pior prestação tiveram os resultados financeiros agregados, que foram negativos em quase 3,5 milhões de contos. O grupo liderado por António Mota refere no mesmo comunicado que «os capitais próprios foram substancialmente reforçados em virtude do aumento de capital decorrente da operação pública de troca que originou a entrada em espécie das acções da Mota», ascendendo no final do exercício a 52,3 milhões de contos.

A carteira de encomendas do Grupo Mota-Engil ascendia a 315 milhões de contos no final do ano transacto. As acções da Mota-Engil fecharam ontem na Bolsa a valer 1,44 euros (289 escudos), o que repersenta uma queda de 0,69%.

Diário Económico 15-03-2001

Salomon avalia activos da Sonae Imobiliária

A Sonae Imobiliária deverá terminar este ano com activos de 182 milhões de contos (911,6 milhões de euros), segundo uma previsão do banco de investimento Schroeder Salomon Barney. Os cálculos baseiam-se na valorização dos negócios da empresa após a dedução da dívida de 40,2 milhões de contos contraída para projectos em desenvolvimento.

Diário Económico 14-03-2001

Somague com BES e BCP para construção e exploração do novo aeroporto

A Somague pretende concorrer à construção e exploração do novo aeroporto de Lisboa, tendo para isso já formado um consórcio onde também integram o BES e o BCP, disse Diogo Vaz Guedes, presidente do conselho de administração da Somague, na conferência de imprensa para a apresentação dos resultados de 2000.

“A Somague pretende participar na construção e exploração do projecto do novo aeroporto e já temos um consórcio bastante abrangente. Integram-no várias empresas do sector e duas instituições financeiras, o BES e o BCP”, disse Diogo Vaz Guedes.

Entre as empresas participantes no consórcio contam-se também a Ferrovial e a Siemens, entre outras.

O presidente do conselho de administração da Somague acrescentou ainda que “a Somague espera apenas que abram o concurso para apresentar a sua candidatura, apesar da indefinição que ainda existe no modelo que vai se ser seguido, se é que vai ser seguido”.

A empresa apresentou hoje os resultados do exercício de 2000, que ascenderam aos 3,5 milhões de euros, mais 16,5 pct que em 1999.

Agência Financeira 13-03-2001

Somague prevê facturar 115 milhões em 2001

A Somague deverá encerrar o presente exercício com um volume de negócios (cerca de 575 milhões de euros), um valor que, a confirmar-se, representará um crescimento de cerca de 10% face à facturação de 104,9 milhões de contos alcançada pela construtora no exercício transacto.

Durante a apresentação de resultados, Diogo Vaz Guedes, presidente do conselho de administração da Somague SGPS, adiantou que, em termos consolidados, o presente ano deverá proporcionar que os resultados financeiros da empresa se situem na fasquia dos 4,5% da respectiva facturação, enquanto se perspectiva «o crescimento significativo dos capitais próprios, a redução, em mais de cinco milhões de contos, do endividamento da empresa, enquanto o plano de investimentos se deverá situar nos 3,5 milhões de contos».

«O ano de 2000 foi muitíssimo bom, com uma grande recuperação e com o cumprimento de todos os objectivos inicialmente traçados. Após algumas reservas e dificuldades, conseguimos superar os números que tínhamos idealizado com a operação de fusão realizada com a Soconstrói, o que demonstra o acerto da estratégia que decidimos seguir», sublinhou o presidente da Somague.

Diário Económico 13-03-2001

Somague vai concorrer a rodovias gregas

A Somague integra um consórcio de construtoras e instituições financeiras que se vai candidatar à construção e exploração de seis concessões rodoviárias na Grécia, cujo volume de investimentos foi avaliado pelas autoridades helénicas em mil milhões de contos (cerca de 4.983 milhões de euros).

Além da Sarantopoulos, integram-se neste consórcio a outra parceira da Somague, a espanhola Sacyr, e o Grupo FCC.

Diário Económico 10-03-2001

Grupo Pestana interessado no Hotel Nacional

O grupo Pestana está interessado na aquisição do Hotel Nacional, uma das unidades hoteleiras consideradas como um dos cartões postais do Rio de Janeiro, afirmou o presidente do grupo no Brasil, José Roquette.

O hotel, fechado desde 1995, está a ser objecto de novas negociações entre os liquidatários e as autoridades municipais do Rio de Janeiro para ser colocado novamente à venda.

«Apesar de a situação não ser muito animadora, queremos verificar como a operação de venda se poderá apresentar», afirmou José Roquette à Lusa. Apesar de algumas vantagens do Nacional, como a boa infra-estrutura de eventos e a localização em frente ao mar - em São Conrado - a reabertura do hotel deverá exigir 30 milhões de reais (três milhões de contos) para realizar uma reforma no prédio, fechado há seis anos.

Desde que iniciou a sua expansão no mercado brasileiro, em 1999, o grupo já investiu cerca de 60 milhões de reais (6,2 milhões de contos) e conta investir mais 40 milhões de reais (4,2 milhões de contos) em 2001. No ano passado, a facturação no Brasil chegou a 22 milhões de reais (2,3 milhões de contos), referente apenas ao único hotel em funcionamento, o Carlton Rio Atlântica, no Rio de Janeiro. Esta facturação já representa cerca de 12% da facturação global do grupo.

A meta para este ano é aumentar a participação brasileira na receita total do grupo Pestana para um valor situado no intervalo entre os 25% e os 30%.

Diário Económico 10-03-2001

GES investe no turismo brasileiro

O Grupo Espírito Santo (GES) prepara investimentos superiores a 50 milhões de contos (250 milhões de dólares) na expansão internacional do sector do turismo, revela a Gazeta Mercantil, citando fontes do mercado em Lisboa. No último ano, o Grupo de Ricardo Salgado, registou um volume de negócios na ordem dos 75,25 milhões de contos e gerou lucros de 4,3 milhões de contos.

O Grupo GES estuda oportunidades de investimento em hotelaria, através da aquisição de hotéis, quer existentes quer em construção ou a construir, principalmente no Litoral brasileiro. «O Brasil é um destino importante de turismo dos portugueses e o Grupo privilegia os investimentos no mercado brasileiro, nomeadamente no nordeste brasileiro e Rio de Janeiro», disse Ricardo Espírito Santo, presidente do BESI Brasil ao Diário Económico. Numa segunda fase, o «nosso olhar vai para hotéis de negócios em São Paulo», adiantou o mesmo responsável.

Diário Económico 10-03-2001

Auchan vai investir 18 milhões em 3 hiper

A Auchan vai investir 18 milhões de contos (89,7 milhões de euros) na construção de três novos hipermercados em Portugal, sob a insígnia Jumbo.

O valor diz respeito apenas às lojas que a Auchan construirá em Gondomar, Figueira da Foz e Almada, apesar de os empreendimentos serem integradas em centros comerciais.

Em Gondomar, as terraplanagens para a construção do Jumbo já estão prontas e tudo indica que os nove mil metros quadrados de área de venda serão inaugurados no final do próximo ano. O centro comercial associado ao hipermercado será promovido pelo grupo Eiffage.

O maior hipermercado que a Auchan tem em construção situa-se em Almada. Serão 11 mil metros quadrados de área de venda a terminar em meados do próximo ano. Neste caso, o promotor do centro comercial associado será a MDC – Multi Corporation Development.

Ainda este ano, no último trimestre, deverá abrir as portas o Jumbo da Figueira da Foz. O hipermercado será um espaço pequeno em comparação com a loja de Almada, já que compreende apenas 3.500 metros quadrados de área de venda. Também aqui o empreendimento inclui um centro comercial, é promovido pela empresa Figueirimo.

Diário Económico 8-03-2001

Sonae Imobiliária investe 44 milhões em «retail parks»

A Sonae Imobiliária quer avançar com a construção de mais dez retails parks no país, um investimento que ascenderá a 44 milhões de contos (219 milhões de euros) a concretizar nos próximos três anos, disse ao Diário Económico Álvaro Portela, presidente da holding do grupo de Belmiro de Azevedo.

O investimento neste género de centro comercial será uma aposta da holding na medida em que são «estruturas baratas, de baixa dimensão» e ainda pouco exploradas em Portugal.

De acordo com Álvaro Portela, a Sonae Imobiliária vai ainda aumentar a sua oferta de centros comerciais de cidade, nomeadamente no Porto, onde já detém o ViaCatarina, e em Lisboa. A aposta continuada na abertura de mais equipamentos comerciais é justificada pela conjuntura económica nacional, cujo espaço para a oferta ainda está longe da saturação, pela tendência de crescimento do consumo.

A estratégia de crescimento da empresa de Belmiro de Azevedo está também direccionada para o estrangeiro e essencialmente para a Europa, estando a estudar seriamente possibilidades de investimento na Alemanha, Itália e França. A Sonae Imobiliária quer, nos próximos cinco anos, possuir 80% dos seus activos instalados na Europa e os restantes 20% no Brasil, afirmou Álvaro Portela na apresentação dos resultados, que decorreu ontem no Porto.

Diário Económico 08-03-2001

Cimpor negoceia cimenteiras turcas

A Cimpor está a negociar a compra das cimenteiras turcas Cimentas Izmir e da Balticim Bati Anadolu Cimento. O presidente do grupo português, Sousa Gomes, tem pouco mais de duas semanas, data em que termina um dos acordos de confidencialidade, para convencer os actuais accionistas da empresa a apoiarem a operação. Uma tarefa que não se adivinha fácil.

O Diário Económico sabe que a Teixeira Duarte, que controla mais de 14% da cimenteira, mostrou reservas em relação à operação. Também a Secil não vê com bons olhos a aquisição, antes da privatização. Na corrida à Izmir e à Bati Anadolu, que possuem capacidades instaladas de 2,5 e 2,7 milhões de toneladas, respectivamente, está também o grupo italiano Italcimenti, que possui na Turquia quatro fábricas com uma capacidade de quatro milhões de toneladas.

A Turquia ocupa o 11º lugar do consumo mundial de cimento, sendo o valor estimado para 2001 de 34,5 milhões de toneladas, mais 7,8% do que no último ano. O mercado turco é considerado promissor, a médio prazo. Uma das suas principais valências é a exportação para os países limítrofes, bem como para Espanha, Portugal, França, Israel e EUA, justificada pelo excesso de produção. Factor, que a par da fragmentação do mercado, fazem com que os preços sejam baixos. Estas aquisições permitiriam à Cimpor fechar o círculo mediterrânico. O grupo liderado por Sousa Gomes está presente em Espanha, Marrocos, Tunísia e Egipto.

Diário Económico 07-03-2001

Lusotur prevê receitas de 100 milhões em Vilamoura

A Lusotur está a lançar um conjunto de novos empreendimentos turísticos integrados no projecto Vilamoura XXI. Novos aldeamentos, um parque ambiental e um novo campo de golfe são alguns dos empreendimentos já aprovados. "No total, vão ser edificados um milhão de metros quadrados de construção" - revelou André Jordan, em entrevista à "Vida Económica". O encaixe total para a Lusotur, através da venda dos terrenos com os projectos, é estimado em 100 milhões de contos. André Jordan prevê que o valor final destes empreendimentos no mercado atinja os 500 milhões de contos, reforçando a posição de Vilamoura como destino turístico.

Ter um encaixe de 100 milhões de contos é a previsão da Lusotur, através do conjunto de projectos em curso no sentido da revitalização turística e residencial de Vilamoura, iniciada em 1996. São valores estimados por André Jordan, presidente do conselho de administração da empresa, em declarações à "Vida Económica". Uma receita calculado, tendo em conta os cerca de um milhão de m2 que envolvem a iniciativa. Actualmente, a Lusotur prossegue o projecto de requalificação com o Programa Vilamoura XXI, que deverá estar finalizado antes de 2006. Também para um futuro próximo, visa a empresa investir fora da região algarvia. Lisboa pode ser a região escolhida. O objectivo é colocar outro marco português na rota internacional dos destinos turísticos de qualidade.

Vida Económica 02-03-2001

Falências ameaçam móveis

O sector do mobiliário está a entrar numa crise económica que poderá levar à falência um grande número das cerca de sete mil empresas existentes em Portugal. Segundo o Diário Económico, a crise poderá, contudo, ter o efeito benéfico de provocar a reestruturação de um sector tradicional onde ainda predominam as micro empresas familiares.

A subida das taxas de juro e a redução do poder de compra das famílias, com a consequente redução das vendas de habitação, levaram à diminuição do volume de negócios do sector. Já em 2000 houve uma estagnação do volume de negócios das empresas de mobiliário, mas para este ano, o cenário é ainda mais pessimista.

Os últimos dados disponíveis, de 1998, apontam para um volume de negócios de 39,6 milhões de contos (1,6 mil milhões de euros), mais 12,8% que em 1997.

Diário Económico 01-03-2001

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