Durão propõe entidade reguladora só para televisão

26-06-2001
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Durão Propõe Entidade Reguladora Só para Televisão

Sexta-feira, 18 de Maio de 2001

O presidente do PSD, Durão Barroso, prometeu ontem apresentar em breve uma alteração à lei da televisão que crie uma "entidade reguladora especial para a televisão". Na opinião de Barroso, a televisão é um meio de comunicação social que deve ser visto de forma especial porque tem características de socialização.

Durão Barroso até preferia "uma entidade alternativa" à Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), criada pelo governo do PSD, do qual fazia parte, mas como a AACS está prevista na Constituição seria mais difícil estabelecer um quadro legal que não passasse por esse órgão. Daí que conceba uma nova entidade, inserida na AACS, composta por magistrados, jornalistas - "é essencial ter jornalistas", defende - e personalidades de reconhecido mérito, sendo estes dois últimos eleitos na Assembleia da República por maiorias de quatro quintos. Essa entidade deveria "fixar doutrina sobre o que é admissivel e o que não é".

Para o presidente social-democrata, o que se passou no programa O Bar da TV violou a lei da televisão, assim como a directiva Televisão Sem Fronteiras porque não respeitou direitos constitucionais nem a dignidade da vida humana e é sinal do que a televisão está a ser neste momento em Portugal: "A televisão é o ópio do povo. Em vez de contribuir para o pluralismo, está a contribuir para a mediocridade do país." Por isso mesmo, defende uma atitude mais reguladora por parte do Estado em matéria de televisão onde, afirma, vigora a "lei da selva": "Isto é o poder do dinheiro. Estão completamente a mando do poder do dinheiro"

Dado o actual panorama televisivo, Durão Barroso manifesta-se mesmo contra o que o seu partido e ele próprio já defenderam: a privatização da RTP. " Deve manter-se sempre um serviço público. Não concordo com a privatização total das televisões. Esta é também uma questão de soberania. É mais importante a televisão para afirmar a nossa soberania do que muitas outras coisas", conclui o presidente do PSD.

E.L.

Durão Propõe Entidade Reguladora Só para Televisão

Sexta-feira, 18 de Maio de 2001

O presidente do PSD, Durão Barroso, prometeu ontem apresentar em breve uma alteração à lei da televisão que crie uma "entidade reguladora especial para a televisão". Na opinião de Barroso, a televisão é um meio de comunicação social que deve ser visto de forma especial porque tem características de socialização.

Durão Barroso até preferia "uma entidade alternativa" à Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), criada pelo governo do PSD, do qual fazia parte, mas como a AACS está prevista na Constituição seria mais difícil estabelecer um quadro legal que não passasse por esse órgão. Daí que conceba uma nova entidade, inserida na AACS, composta por magistrados, jornalistas - "é essencial ter jornalistas", defende - e personalidades de reconhecido mérito, sendo estes dois últimos eleitos na Assembleia da República por maiorias de quatro quintos. Essa entidade deveria "fixar doutrina sobre o que é admissivel e o que não é".

Para o presidente social-democrata, o que se passou no programa O Bar da TV violou a lei da televisão, assim como a directiva Televisão Sem Fronteiras porque não respeitou direitos constitucionais nem a dignidade da vida humana e é sinal do que a televisão está a ser neste momento em Portugal: "A televisão é o ópio do povo. Em vez de contribuir para o pluralismo, está a contribuir para a mediocridade do país." Por isso mesmo, defende uma atitude mais reguladora por parte do Estado em matéria de televisão onde, afirma, vigora a "lei da selva": "Isto é o poder do dinheiro. Estão completamente a mando do poder do dinheiro"

Dado o actual panorama televisivo, Durão Barroso manifesta-se mesmo contra o que o seu partido e ele próprio já defenderam: a privatização da RTP. " Deve manter-se sempre um serviço público. Não concordo com a privatização total das televisões. Esta é também uma questão de soberania. É mais importante a televisão para afirmar a nossa soberania do que muitas outras coisas", conclui o presidente do PSD.

E.L.

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