Judas não se recandidata à Câmara de Cascais

20-03-2001
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Autarca deixa presidência antes do fim do mandato

Judas Não Se Recandidata à Câmara de Cascais

Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 José Luís Judas vai deixar a presidência da câmara de Cascais ainda antes do mandato terminar (Dezembro de 2001). O autarca, eleito pelo PS pela primeira vez em 1993, já fez saber por escrito à comissão política concelhia que não tenciona recandidatar-se. Judas invocou motivos do "foro pessoal" para se retirar. Quando deixar a presidência, suceder-lhe-á Umberto Pacheco, que, além de número dois do executivo camarário, lidera a comissão política concelhia dos socialistas. A gestão política do "timing" para Judas deixar a autarquia vai passar por Jorge Coelho, coordenador da comissão permanente do PS. Também envolverá Edite Estrela, actual presidende da Federação de Lisboa do PS. Os motivos do "foro pessoal" que Judas invoca poderão estar relacionados com uma evolução recente da investigação fiscal a que a sua mulher, Zita Rocha, tem sido sujeita. Zita Rocha tem negócios na área do audiovisual com a estrela televisiva Marina Mota. Essa evoluções, prejudiciais à mulher do autarca, ocorreram há algumas semanas. As primeiras alegações de fuga ao fisco por parte da mulher de Judas nasceram nas vésperas das últimas autárquicas (Dezembro de 1997). Um ex-contabilista de Zita Rocha, Aristeu Oliveira e Sousa, acusou-a de ser devedora ao fisco de cerca de 39 mil contos (38561, mais precisamente). Na mesma altura, foi noticiado que José Luís Judas não entregara ao fisco as suas declarações de IRS relativas a 1994 e 1995. "Um lapso", justificou depois o autarca. Com o anúncio de não recandidatura, o PS fica sem candidato à Câmara de Cascais. Umberto Pacheco - cuja relação com Judas sempre foi (no mínimo) fria - tem a ambição de ser ele próprio o candidato. Acontece que o PSD vai fazer avançar António Capucho, um dirigente que, além de profundas ligações a Cascais (onde sempre viveu), tem indiscutível dimensão nacional. Isso poderá forçar o PS a escolher também um nome nacional. Ontem, ouvido pelo PÚBLICO, Pacheco manifestou-se "aborrecido, porque a comissão política ia reconfirmar a candidatura" do presidente do município. Segundo acrescentou, Judas não lhe deu conhecimento de qualquer intenção de abandonar o cargo antes das próximas eleições. "Não vejo que razão é que haveria para não cumprir o mandato", afirmou. O PSD-Cascais reagiu imediatamente ao anúncio da não-recandidatura. "Ou se trata de coincidência ou receio de uma derrota", disse Fernando Mesquita, eleito na semana passada presidente da concelhia "laranja". António Capucho "poderá ser a alternativa credível capaz de mudar o rumo urbanístico levado a cabo pelo actual presidente da Câmara de Cascais", concluiu. J.P.H./L.F.S. OUTROS TÍTULOS EM ÚLTIMA PÁGINA Judas não se recandidata à Câmara de Cascais

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