AD não tem condições para destronar Mesquita, diz PS Braga

08-02-2001
marcar artigo

AD Não Tem Condições para Destronar Mesquita, Diz PS Braga

Por TERESA LIMA

Sexta-feira, 2 de Fevereiro de 2001

"VALORIZAMOS AS QUERELAS POLÍTICAS"

Socialistas não estão nada preocupados com a aliança entre PSD, PP e PPM para a Câmara de Braga. E acha que a coligação não significa a soma aritmética dos votos dos três partidos

O PS de Braga não desvaloriza a importância da coligação do PP, PSD e PPM que irá concorrer às autárquicas, mas também não acredita muito na influência da aliança junto do eleitorado bracarense. "A coligação, em si, não significa a soma aritmética dos votos", reage o coordenador da secção local dos socialistas, António Braga.

Apresentado oficialmente o candidato da AD (Carlos Alberto Pereira, líder concelhio do PSD), resta aguardar que Mesquita Machado - que ainda não confirmou oficialmente a sua recandidatura, embora ninguém duvide que o faça - saia a terreiro e comece a esgrimir as armas que tem ao dispor para convencer, mais uma vez, os bracarenses de que "é bom viver em Braga" com a maioria socialista à frente do município.

Enquanto o presidente da câmara não se pronuncia, a concelhia do PS vai dando as suas achegas à luta política que se avizinha. No domínio do politicamente correcto, o deputado socialista António Braga comenta: "Valorizamos todas as querelas democráticas". E continua, com uma pequena pitada de acidez: "Vamos esperar que a coligação apresente projectos e ideias, para avaliar a inadequação de algumas propostas a que já nos habituaram no passado".

Apesar da coligação ser uma novidade nas eleições de Dezembro, as personalidades em disputa são velhos conhecidos, não havendo, por isso, garantias sólidas de que o eleitorado vá vibrar com o combate que se aproxima. "O PS tem vindo a crescer paulatinamente, o que significa que nos dão confiança", argumenta António Braga.

São vários os cenários que se perspectivam. Para já, Carlos Alberto Pereira não espera outra coisa que não seja a vitória. Mas, mais modestamente, a coligação poderá ter o mérito de romper com a maioria socialista, conquistando mais vereadores no executivo, que actualmente tem seis representantes do PS, três do PSD, um do PP e um do PCP. É preciso não esquecer que, na formação do próximo executivo, caso ganhe, o PS não poderá contar com o apoio de um dos eleitos do PP, tal como aconteceu nos últimos três anos com Miguel Brito, que se demitiu entretanto do pelouro que tinha a meio tempo na câmara. Em contrapartida, poderá, hipoteticamente, contar com a colaboração do PCP, tal como aconteceu no passado.

Nas últimas eleições autárquicas, o PS conseguiu 51 por cento dos votos. Não querendo desvalorizar o significado político da AD, António Braga considera que "não há condições para criar dificuldades de maior ao PS".

AD Não Tem Condições para Destronar Mesquita, Diz PS Braga

Por TERESA LIMA

Sexta-feira, 2 de Fevereiro de 2001

"VALORIZAMOS AS QUERELAS POLÍTICAS"

Socialistas não estão nada preocupados com a aliança entre PSD, PP e PPM para a Câmara de Braga. E acha que a coligação não significa a soma aritmética dos votos dos três partidos

O PS de Braga não desvaloriza a importância da coligação do PP, PSD e PPM que irá concorrer às autárquicas, mas também não acredita muito na influência da aliança junto do eleitorado bracarense. "A coligação, em si, não significa a soma aritmética dos votos", reage o coordenador da secção local dos socialistas, António Braga.

Apresentado oficialmente o candidato da AD (Carlos Alberto Pereira, líder concelhio do PSD), resta aguardar que Mesquita Machado - que ainda não confirmou oficialmente a sua recandidatura, embora ninguém duvide que o faça - saia a terreiro e comece a esgrimir as armas que tem ao dispor para convencer, mais uma vez, os bracarenses de que "é bom viver em Braga" com a maioria socialista à frente do município.

Enquanto o presidente da câmara não se pronuncia, a concelhia do PS vai dando as suas achegas à luta política que se avizinha. No domínio do politicamente correcto, o deputado socialista António Braga comenta: "Valorizamos todas as querelas democráticas". E continua, com uma pequena pitada de acidez: "Vamos esperar que a coligação apresente projectos e ideias, para avaliar a inadequação de algumas propostas a que já nos habituaram no passado".

Apesar da coligação ser uma novidade nas eleições de Dezembro, as personalidades em disputa são velhos conhecidos, não havendo, por isso, garantias sólidas de que o eleitorado vá vibrar com o combate que se aproxima. "O PS tem vindo a crescer paulatinamente, o que significa que nos dão confiança", argumenta António Braga.

São vários os cenários que se perspectivam. Para já, Carlos Alberto Pereira não espera outra coisa que não seja a vitória. Mas, mais modestamente, a coligação poderá ter o mérito de romper com a maioria socialista, conquistando mais vereadores no executivo, que actualmente tem seis representantes do PS, três do PSD, um do PP e um do PCP. É preciso não esquecer que, na formação do próximo executivo, caso ganhe, o PS não poderá contar com o apoio de um dos eleitos do PP, tal como aconteceu nos últimos três anos com Miguel Brito, que se demitiu entretanto do pelouro que tinha a meio tempo na câmara. Em contrapartida, poderá, hipoteticamente, contar com a colaboração do PCP, tal como aconteceu no passado.

Nas últimas eleições autárquicas, o PS conseguiu 51 por cento dos votos. Não querendo desvalorizar o significado político da AD, António Braga considera que "não há condições para criar dificuldades de maior ao PS".

marcar artigo