Médicos espanhóis vítimas de pressão em Vila Real

20-10-2001
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Médicos Espanhóis Vítimas de Pressão em Vila Real

Segunda-feira, 24 de Setembro de 2001

Acusação do PSD

Deputados sociais-democratas querem que o Governo esclareça o que aconteceu

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real solicitaram ao Governo informações sobre uma alegada coacção exercida pela Sub-Região de Saúde sobre alguns médicos espanhóis a trabalhar no distrito. Os deputados António Abelha, Pedro Pimentel e Nazaré Pereira querem ainda saber "por que é que as extensões de saúde localizadas nas freguesias de Canedo e Alvadia não estão em funcionamento".

Os políticos querem saber por que é que os médicos que prestam colaboração às juntas de freguesia de Alvadia, Canedo, Limões e Santo Aleixo, em Ribeira de Pena, "foram chamados à Sub-Região de Saúde de Vila Real e ameaçados de despedimento". Segundo acrescentaram os parlamentares, existem extensões de saúde nas freguesias de Canedo e Alvadia doadas pelo Governo norueguês, as quais nunca foram utilizadas. Tal facto levou a que as juntas tivessem recorrido aos serviços de dois médicos e de dois enfermeiros do Centro de Saúde de Ribeira de Pena para prestarem os necessários cuidados de saúde às populações.

Os deputados explicaram que os médicos, de nacionalidade espanhola, prestam serviço, mediante contrato, no Centro de Saúde de Ribeira de Pena e, no seu tempo livre, dispuseram-se a prestar os referidos cuidados de saúde. O que os sociais-democratas consideram ser uma "situação perfeitamente legal, desde que compatível com os horários fixados pelo Serviço Nacional de Saúde".

Segundo os deputados, "os médicos foram chamados de urgência à Sub-Região de Saúde de Vila Real, onde lhes foi dada ordem para suspenderem de imediato a prestação de serviços a essas populações, sob pena de serem despedidos". Uma acusação desmentida pelo director da Sub-Região de Saúde de Vila Real, Mário Alves, que afirmou à agência Lusa que "os médicos espanhóis foram chamados para negociar o alargamento dos horários de trabalho".

"A falta de médicos que se verifica naquele concelho, uma situação comum a todo o distrito, levou a que a sub-região quisesse renegociar o contrato efectuado com aqueles profissionais de saúde, com vista ao alargamento do horário de trabalho", sustentou Mário Alves. E acrescentou: "Depois da reunião, realizada há algum tempo atrás, ficámos à espera de uma resposta por parte dos médicos, o que até agora não aconteceu".

Mário Alves referiu que as extensões de saúde de Alvadia e Canedo foram construídas há 18 anos e nunca entraram em funcionamento devido à falta de recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros. A unidade de Alvadia foi cedida, em 1999, à Caritas que no local abriu um centro de dia para idosos. Em Canedo, o responsável garante que estão a ser realizados esforços com vista à abertura daquela extensão de saúde.

Médicos Espanhóis Vítimas de Pressão em Vila Real

Segunda-feira, 24 de Setembro de 2001

Acusação do PSD

Deputados sociais-democratas querem que o Governo esclareça o que aconteceu

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real solicitaram ao Governo informações sobre uma alegada coacção exercida pela Sub-Região de Saúde sobre alguns médicos espanhóis a trabalhar no distrito. Os deputados António Abelha, Pedro Pimentel e Nazaré Pereira querem ainda saber "por que é que as extensões de saúde localizadas nas freguesias de Canedo e Alvadia não estão em funcionamento".

Os políticos querem saber por que é que os médicos que prestam colaboração às juntas de freguesia de Alvadia, Canedo, Limões e Santo Aleixo, em Ribeira de Pena, "foram chamados à Sub-Região de Saúde de Vila Real e ameaçados de despedimento". Segundo acrescentaram os parlamentares, existem extensões de saúde nas freguesias de Canedo e Alvadia doadas pelo Governo norueguês, as quais nunca foram utilizadas. Tal facto levou a que as juntas tivessem recorrido aos serviços de dois médicos e de dois enfermeiros do Centro de Saúde de Ribeira de Pena para prestarem os necessários cuidados de saúde às populações.

Os deputados explicaram que os médicos, de nacionalidade espanhola, prestam serviço, mediante contrato, no Centro de Saúde de Ribeira de Pena e, no seu tempo livre, dispuseram-se a prestar os referidos cuidados de saúde. O que os sociais-democratas consideram ser uma "situação perfeitamente legal, desde que compatível com os horários fixados pelo Serviço Nacional de Saúde".

Segundo os deputados, "os médicos foram chamados de urgência à Sub-Região de Saúde de Vila Real, onde lhes foi dada ordem para suspenderem de imediato a prestação de serviços a essas populações, sob pena de serem despedidos". Uma acusação desmentida pelo director da Sub-Região de Saúde de Vila Real, Mário Alves, que afirmou à agência Lusa que "os médicos espanhóis foram chamados para negociar o alargamento dos horários de trabalho".

"A falta de médicos que se verifica naquele concelho, uma situação comum a todo o distrito, levou a que a sub-região quisesse renegociar o contrato efectuado com aqueles profissionais de saúde, com vista ao alargamento do horário de trabalho", sustentou Mário Alves. E acrescentou: "Depois da reunião, realizada há algum tempo atrás, ficámos à espera de uma resposta por parte dos médicos, o que até agora não aconteceu".

Mário Alves referiu que as extensões de saúde de Alvadia e Canedo foram construídas há 18 anos e nunca entraram em funcionamento devido à falta de recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros. A unidade de Alvadia foi cedida, em 1999, à Caritas que no local abriu um centro de dia para idosos. Em Canedo, o responsável garante que estão a ser realizados esforços com vista à abertura daquela extensão de saúde.

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