EXPRESSO: Vidas

18-07-2001
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16/6/2001

GENTE

Surpresa — Provocada durante a visita à edição deste ano da romaria do Senhor de Matosinhos (a festa religiosa que anima a cidade) por Narciso Miranda, o presidente da Câmara, ao ser visto a vender farturas. Diz quem pela barraca «presidencial» passou que, se todos os vendedores tivessem o mesmo jeito para o negócio, em vez de farturas, eram mesmo capazes de vender até banha da cobra. Contudo, este outro «senhor» de Matosinhos não pode tirar grandes ilações para as suas funções de gestão, quer do orçamento camarário quer dos recursos da Distrital do PS. É que a meia dúzia de Narciso acabava sempre por ser oito farturas. E com esta contabilidade não há negócio que aguente...

Notícia — De que João Sousa Martins, filho do ministro da Reforma Administrativa, Alberto Martins, concluiu esta semana o curso de Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, defendendo uma tese sobre a importância do «marketing» político. João Martins soube tirar partido dos conhecimentos familiares e aproveitou as campanhas presidenciais de Jorge Sampaio — que o pai acompanhou de perto — para estruturar a sua tese. O filho do ministro diz que pretende ser jornalista e integra um grupo de formação para a futura estação TV-Norte, dirigida por Carlos Magno.

Seminário — De Nathan Tarcov, professor de Teoria Política da Universidade de Chicago (EUA), subordinado ao tema «John Locke on Education», nos dias 21, 23, 28 e 30 de Junho, no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, sempre às 18 horas.

Reabilitação — Do compositor italiano Antonio Salieri, o suposto «assassino» de Wolfgang Amadeus Mozart, feita na sua cidade natal, Legnano, situada no Norte de Itália. Há quem acredite que Salieri envenenou Mozart, mas Legnano iniciou na terça-feira um festival que vai durar um mês, com a presença de historiadores e musicólogos, onde além de serem interpretadas obras de Salieri vão ser analisadas as causas da morte de Mozart em 1791.

Golpe — Na reputação da BBC, sofrido após a revelação de que o seu repórter, disfarçado, Donal MacIntyre desvirtuou factos sobre a agência Elite numa reportagem sobre a indústria da moda, ao acusar os executivos da empresa de explorarem sexualmente modelos menores de idade.

O modelo de Portas Coordenação de Pedro Andrade

@@RONAN QUINLAN Paulo Portas tomou definitivamente como modelo a Irlanda. E lá foi, a semana passada, para a metade republicana da ilha, à frente de uma delegação popular que incluía Pedro Brandão Rodrigues e Luís Queiró. Depois de um encontro com o primeiro-ministro Bertie Ahern (que a foto documenta), com o ministro das Finanças e com a Comissão para o Investimento Estrangeiro, voltou de lá com um pacote de medidas de fazer inveja ao prometido e adiado pacote de Pina Moura. tomou definitivamente como modelo a Irlanda. E lá foi, a semana passada, para a metade republicana da ilha, à frente de uma delegação popular que incluía. Depois de um encontro com o primeiro-ministro(que a foto documenta), com o ministro das Finanças e com a Comissão para o Investimento Estrangeiro, voltou de lá com um pacote de medidas de fazer inveja ao prometido e adiado pacote de Resta saber se voltou também imbuído do espírito irlandês do «não» ao Tratado de Nice, cujo referendo que o ditou se realizou no dia em que Portas regressou a Lisboa para ficar a saber que o Governo vai apresentar um Orçamento Rectificativo ainda em Junho. E que, desta vez, mais do que um «deputado do queijo», é capaz de ser viabilizado pelo partido de Durão Barroso. Logo agora, que as relações entre populares e sociais-democratas pareciam caminhar para o entendimento.

Steve Ballmer em Portugal FOTOGRAFIAS DE ANA BAIÃO Francisco Pinto Balsemão (à esquerda) e Steve Ballmer A CONFERÊNCIA de Steve Ballmer, organizada pelo EXPRESSO, levou mais de duas centenas de empresários, gestores e personalidades ligadas ao sector informático a deslocar-se ao Tivoli na passada semana. Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa, apresentou o presidente executivo da Microsoft e, no final da exposição, questionou-o sobre diversos pontos ligados à Nova Economia e à estratégia do gigante de informática, provando que não perdeu a sua veia jornalística. E deve ter escutado com agrado a afirmação de Steve Ballmer de que a Microsoft não quer ser uma empresa de conteúdos mas ter uma boa relação com todos os que forneçam os melhores conteúdos. O presidente executivo da Microsoft aproveitou para «vender» o XML, que, garante, será «a língua franca da Internet» - e, não por acaso, uma tecnologia desenvolvida pela empresa de Bill Gates, que permite que os dados possam ser facilmente acessíveis a partir de qualquer dispositivo (computador, televisão, telemóvel). A CONFERÊNCIA de, organizada pelo EXPRESSO, levou mais de duas centenas de empresários, gestores e personalidades ligadas ao sector informático a deslocar-se ao Tivoli na passada semana., presidente da Impresa, apresentou o presidente executivo da Microsoft e, no final da exposição, questionou-o sobre diversos pontos ligados à Nova Economia e à estratégia do gigante de informática, provando que não perdeu a sua veia jornalística. E deve ter escutado com agrado a afirmação de Steve Ballmer de que a Microsoft não quer ser uma empresa de conteúdos mas ter uma boa relação com todos os que forneçam os melhores conteúdos. O presidente executivo da Microsoft aproveitou para «vender» o XML, que, garante, será- e, não por acaso, uma tecnologia desenvolvida pela empresa de, que permite que os dados possam ser facilmente acessíveis a partir de qualquer dispositivo (computador, televisão, telemóvel). Rui Baião (à esquerda), administrador-delegado da Unisys, com António Raimundo da Fidelidade

Henrique Granadeiro (à esquerda), administrador da Portugal Telecom, com Henrique Monteiro, Rui Ochôa, Fernando Madrinha e José António Saraiva (EXPRESSO)

Cáceres Monteiro (à esquerda), director da «Visão», e Mário Lopes, director-geral da Controljornal

Bana e Costa, da Cap Gemini António Vidigal (à esquerda), da Oniway, e Severiano da Fonseca, da Unisys

Os recados de Cavaco Cavaco Silva continua a não perder uma ocasião para mandar recados ao Governo. Na semana passada, o ex-primeiro-ministro foi estrear o livro de honra do recém-inaugurado Forum Cultural de Ermesinde, em Valongo, e nem o carácter de lazer da visita o impediu de recordar que a situação económica do país não pode ser surpresa para os que o ouviram lançar alertas sobre as opções do Executivo. Perante Fernando Melo, presidente da Câmara, e Marco António, vereador do pelouro da Cultura, Cavaco deixou claro que está indisponível para ajudar a corrigir os «erros» dos socialistas: «Não contem comigo para remendar os erros». Mas GENTE soube que Cavaco terá dados alguns conselhos aos dois autarcas do PSD sobre o seu adversário do PS nas próximas autárquicas, Torres Couto - um sindicalista que conheceu bem. continua a não perder uma ocasião para mandar recados ao Governo. Na semana passada, o ex-primeiro-ministro foi estrear o livro de honra do recém-inaugurado Forum Cultural de Ermesinde, em Valongo, e nem o carácter de lazer da visita o impediu de recordar que a situação económica do país não pode ser surpresa para os que o ouviram lançar alertas sobre as opções do Executivo. Perante, presidente da Câmara, e, vereador do pelouro da Cultura, Cavaco deixou claro que está indisponível para ajudar a corrigir os «erros» dos socialistas:. Mas GENTE soube que Cavaco terá dados alguns conselhos aos dois autarcas do PSD sobre o seu adversário do PS nas próximas autárquicas,- um sindicalista que conheceu bem.

O humor de Jardim «Alô esquerdinhas! Alô centralistas! Alô colaboracionistas da Situação! Faltam 47 dias para o Chão da Lagoa.» Não: não é o regresso da Expo-98, nem uma cerimónia de lançamento de mais um Programa Pólis, pela mão de José Sócrates. Trata-se apenas do «post-scriptum» com que desde há várias semanas Alberto João Jardim encerra a sua crónica semanal em «O Diabo». A provar que o seu humor continua em alta, bem como a noção de que põe sempre em polvorosa os políticos do continente (do PS ao próprio PSD), Alberto João já se dá ao luxo de anunciar com a devida antecedência o evento político mais importante da Madeira: as festas em Chão da Lagoa, onde o PSD local assinala a «rentrée» política na região e onde, há um ano, proclamou que não ia aplicar a descriminalização do consumo de droga, manifestando-se contra o «lobby gay» e o da comunicação social, e, em 1998, chamou mafioso e aldrabão a António Guterres. O país não vai bem, de facto, mas os partidos da oposição também não. Será desta que o líder do Governo Regional da Madeira proclama a independência? Ou vai anunciar uma investida em terras do «Contenente»? Será desta que o Presidente da República vai expulsar Alberto João do Conselho de Estado? GENTE estará atenta aos próximos episódios.

O candidato EXPRESSO RUI OCHÔA Entre os seus múltiplos afazeres, Francisco Pinto Balsemão poderá ter de contar com mais um: presidir à Assembleia Municipal da Guarda. O militante número um do PSD foi sondado por Ana Manso, que vai aproveitar a véspera de S. João para anunciar a sua própria candidatura a presidente da Câmara pelo partido. Contrariamente ao que o nome indica, Ana é uma activista social-democrata «feroz» e não faz a coisa por menos: sabendo das origens familiares do patrão da SIC e do EXPRESSO, ela quer vê-lo num lugar de destaque na cidade dos «efes», ou seja, farta, fria e formosa. Se Balsemão aceitar, e dado o seu gosto pela música e pela bateria, de que é tocador, não será de admirar se as futuras assembleias municipais na terra dos «efes» começarem por um solo de bateria assim ao jeito de Ginger Baker, que já foi dos Cream ao lado de Eric Clapton. E se ouvir os Cream compensa, será que a Guarda deixará sem castigo o crime de perder as ritmadas reuniões dos deputados municipais daquela cidade beirã? Entre os seus múltiplos afazeres,poderá ter de contar com mais um: presidir à Assembleia Municipal da Guarda. O militante número um do PSD foi sondado por, que vai aproveitar a véspera de S. João para anunciar a sua própria candidatura a presidente da Câmara pelo partido. Contrariamente ao que o nome indica, Ana é uma activista social-democrata «feroz» e não faz a coisa por menos: sabendo das origens familiares do patrão da SIC e do EXPRESSO, ela quer vê-lo num lugar de destaque na cidade dos «efes», ou seja, farta, fria e formosa. Se Balsemão aceitar, e dado o seu gosto pela música e pela bateria, de que é tocador, não será de admirar se as futuras assembleias municipais na terra dos «efes» começarem por um solo de bateria assim ao jeito de, que já foi dos Cream ao lado de. E se ouvir os Cream compensa, será que a Guarda deixará sem castigo o crime de perder as ritmadas reuniões dos deputados municipais daquela cidade beirã?

A «força» da esquerda LUIZ CARVALHO Mal refeito de um ruptura muscular num braço - quem sabe se por estar a treinar para levar à prática o princípio de que «quem se mete com o PS leva» -, o ex-ministro Jorge Coelho (na foto) esteve a semana passada na Grã-Bretanha. O autor da máxima que ficou célebre teve óbvia curiosidade em se informar sobre como reagiram os seus amigos trabalhistas à sessão de pugilato em que se envolveu o vice-primeiro-ministro e na altura candidato à reeleição John Prescott, durante a última campanha. E o que ouviu deixou-o tranquilo quanto à vantagem da truculência: os trabalhistas tinham feito uma sondagem sobre esta questão e 75% dos fleumáticos britânicos apoiaram o contra-ataque de Prescott, que deu um soco no queixo de um popular após ter sido atingido por um ovo lançado pelo atrevido. Mal refeito de um ruptura muscular num braço - quem sabe se por estar a treinar para levar à prática o princípio de que-, o ex-ministroesteve a semana passada na Grã-Bretanha. O autor da máxima que ficou célebre teve óbvia curiosidade em se informar sobre como reagiram os seus amigos trabalhistas à sessão de pugilato em que se envolveu o vice-primeiro-ministro e na altura candidato à reeleição, durante a última campanha. E o que ouviu deixou-o tranquilo quanto à vantagem da truculência: os trabalhistas tinham feito uma sondagem sobre esta questão e 75% dos fleumáticos britânicos apoiaram o contra-ataque de Prescott, que deu um soco no queixo de um popular após ter sido atingido por um ovo lançado pelo atrevido.

A referência do PSD Mesmo depois de falecido, o histórico dirigente do PSD, Sá Carneiro, continua a ser, para muitos, uma referência de prestígio para o partido. Mas, recentemente, demonstrou também ainda ser capaz de atrair verbas para o PSD. Um quadro seu, pintado pelo pintor-amador José Maria Ferreira Alves, pai do «pivot» de televisão Carlos Daniel, rendeu cerca de dois mil contos, num jantar-comício em Paredes, nos arredores do Porto, para angariação de fundos. Quando o animador anunciou o destino da verba a arrecadar com a venda do quadro, logo um grupo da JSD matou à nascença qualquer pretensão aquisitiva dos restantes convivas, oferecendo à primeira licitação a verba referida. «Dois mil contos, é nosso e vai prá sede», gritaram em uníssono os jovens laranjas. Mesmo depois de falecido, o histórico dirigente do PSD,, continua a ser, para muitos, uma referência de prestígio para o partido. Mas, recentemente, demonstrou também ainda ser capaz de atrair verbas para o PSD. Um quadro seu, pintado pelo pintor-amador, pai do «pivot» de televisão, rendeu cerca de dois mil contos, num jantar-comício em Paredes, nos arredores do Porto, para angariação de fundos. Quando o animador anunciou o destino da verba a arrecadar com a venda do quadro, logo um grupo da JSD matou à nascença qualquer pretensão aquisitiva dos restantes convivas, oferecendo à primeira licitação a verba referida., gritaram em uníssono os jovens laranjas.

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16/6/2001

GENTE

Surpresa — Provocada durante a visita à edição deste ano da romaria do Senhor de Matosinhos (a festa religiosa que anima a cidade) por Narciso Miranda, o presidente da Câmara, ao ser visto a vender farturas. Diz quem pela barraca «presidencial» passou que, se todos os vendedores tivessem o mesmo jeito para o negócio, em vez de farturas, eram mesmo capazes de vender até banha da cobra. Contudo, este outro «senhor» de Matosinhos não pode tirar grandes ilações para as suas funções de gestão, quer do orçamento camarário quer dos recursos da Distrital do PS. É que a meia dúzia de Narciso acabava sempre por ser oito farturas. E com esta contabilidade não há negócio que aguente...

Notícia — De que João Sousa Martins, filho do ministro da Reforma Administrativa, Alberto Martins, concluiu esta semana o curso de Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, defendendo uma tese sobre a importância do «marketing» político. João Martins soube tirar partido dos conhecimentos familiares e aproveitou as campanhas presidenciais de Jorge Sampaio — que o pai acompanhou de perto — para estruturar a sua tese. O filho do ministro diz que pretende ser jornalista e integra um grupo de formação para a futura estação TV-Norte, dirigida por Carlos Magno.

Seminário — De Nathan Tarcov, professor de Teoria Política da Universidade de Chicago (EUA), subordinado ao tema «John Locke on Education», nos dias 21, 23, 28 e 30 de Junho, no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, sempre às 18 horas.

Reabilitação — Do compositor italiano Antonio Salieri, o suposto «assassino» de Wolfgang Amadeus Mozart, feita na sua cidade natal, Legnano, situada no Norte de Itália. Há quem acredite que Salieri envenenou Mozart, mas Legnano iniciou na terça-feira um festival que vai durar um mês, com a presença de historiadores e musicólogos, onde além de serem interpretadas obras de Salieri vão ser analisadas as causas da morte de Mozart em 1791.

Golpe — Na reputação da BBC, sofrido após a revelação de que o seu repórter, disfarçado, Donal MacIntyre desvirtuou factos sobre a agência Elite numa reportagem sobre a indústria da moda, ao acusar os executivos da empresa de explorarem sexualmente modelos menores de idade.

O modelo de Portas Coordenação de Pedro Andrade

@@RONAN QUINLAN Paulo Portas tomou definitivamente como modelo a Irlanda. E lá foi, a semana passada, para a metade republicana da ilha, à frente de uma delegação popular que incluía Pedro Brandão Rodrigues e Luís Queiró. Depois de um encontro com o primeiro-ministro Bertie Ahern (que a foto documenta), com o ministro das Finanças e com a Comissão para o Investimento Estrangeiro, voltou de lá com um pacote de medidas de fazer inveja ao prometido e adiado pacote de Pina Moura. tomou definitivamente como modelo a Irlanda. E lá foi, a semana passada, para a metade republicana da ilha, à frente de uma delegação popular que incluía. Depois de um encontro com o primeiro-ministro(que a foto documenta), com o ministro das Finanças e com a Comissão para o Investimento Estrangeiro, voltou de lá com um pacote de medidas de fazer inveja ao prometido e adiado pacote de Resta saber se voltou também imbuído do espírito irlandês do «não» ao Tratado de Nice, cujo referendo que o ditou se realizou no dia em que Portas regressou a Lisboa para ficar a saber que o Governo vai apresentar um Orçamento Rectificativo ainda em Junho. E que, desta vez, mais do que um «deputado do queijo», é capaz de ser viabilizado pelo partido de Durão Barroso. Logo agora, que as relações entre populares e sociais-democratas pareciam caminhar para o entendimento.

Steve Ballmer em Portugal FOTOGRAFIAS DE ANA BAIÃO Francisco Pinto Balsemão (à esquerda) e Steve Ballmer A CONFERÊNCIA de Steve Ballmer, organizada pelo EXPRESSO, levou mais de duas centenas de empresários, gestores e personalidades ligadas ao sector informático a deslocar-se ao Tivoli na passada semana. Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa, apresentou o presidente executivo da Microsoft e, no final da exposição, questionou-o sobre diversos pontos ligados à Nova Economia e à estratégia do gigante de informática, provando que não perdeu a sua veia jornalística. E deve ter escutado com agrado a afirmação de Steve Ballmer de que a Microsoft não quer ser uma empresa de conteúdos mas ter uma boa relação com todos os que forneçam os melhores conteúdos. O presidente executivo da Microsoft aproveitou para «vender» o XML, que, garante, será «a língua franca da Internet» - e, não por acaso, uma tecnologia desenvolvida pela empresa de Bill Gates, que permite que os dados possam ser facilmente acessíveis a partir de qualquer dispositivo (computador, televisão, telemóvel). A CONFERÊNCIA de, organizada pelo EXPRESSO, levou mais de duas centenas de empresários, gestores e personalidades ligadas ao sector informático a deslocar-se ao Tivoli na passada semana., presidente da Impresa, apresentou o presidente executivo da Microsoft e, no final da exposição, questionou-o sobre diversos pontos ligados à Nova Economia e à estratégia do gigante de informática, provando que não perdeu a sua veia jornalística. E deve ter escutado com agrado a afirmação de Steve Ballmer de que a Microsoft não quer ser uma empresa de conteúdos mas ter uma boa relação com todos os que forneçam os melhores conteúdos. O presidente executivo da Microsoft aproveitou para «vender» o XML, que, garante, será- e, não por acaso, uma tecnologia desenvolvida pela empresa de, que permite que os dados possam ser facilmente acessíveis a partir de qualquer dispositivo (computador, televisão, telemóvel). Rui Baião (à esquerda), administrador-delegado da Unisys, com António Raimundo da Fidelidade

Henrique Granadeiro (à esquerda), administrador da Portugal Telecom, com Henrique Monteiro, Rui Ochôa, Fernando Madrinha e José António Saraiva (EXPRESSO)

Cáceres Monteiro (à esquerda), director da «Visão», e Mário Lopes, director-geral da Controljornal

Bana e Costa, da Cap Gemini António Vidigal (à esquerda), da Oniway, e Severiano da Fonseca, da Unisys

Os recados de Cavaco Cavaco Silva continua a não perder uma ocasião para mandar recados ao Governo. Na semana passada, o ex-primeiro-ministro foi estrear o livro de honra do recém-inaugurado Forum Cultural de Ermesinde, em Valongo, e nem o carácter de lazer da visita o impediu de recordar que a situação económica do país não pode ser surpresa para os que o ouviram lançar alertas sobre as opções do Executivo. Perante Fernando Melo, presidente da Câmara, e Marco António, vereador do pelouro da Cultura, Cavaco deixou claro que está indisponível para ajudar a corrigir os «erros» dos socialistas: «Não contem comigo para remendar os erros». Mas GENTE soube que Cavaco terá dados alguns conselhos aos dois autarcas do PSD sobre o seu adversário do PS nas próximas autárquicas, Torres Couto - um sindicalista que conheceu bem. continua a não perder uma ocasião para mandar recados ao Governo. Na semana passada, o ex-primeiro-ministro foi estrear o livro de honra do recém-inaugurado Forum Cultural de Ermesinde, em Valongo, e nem o carácter de lazer da visita o impediu de recordar que a situação económica do país não pode ser surpresa para os que o ouviram lançar alertas sobre as opções do Executivo. Perante, presidente da Câmara, e, vereador do pelouro da Cultura, Cavaco deixou claro que está indisponível para ajudar a corrigir os «erros» dos socialistas:. Mas GENTE soube que Cavaco terá dados alguns conselhos aos dois autarcas do PSD sobre o seu adversário do PS nas próximas autárquicas,- um sindicalista que conheceu bem.

O humor de Jardim «Alô esquerdinhas! Alô centralistas! Alô colaboracionistas da Situação! Faltam 47 dias para o Chão da Lagoa.» Não: não é o regresso da Expo-98, nem uma cerimónia de lançamento de mais um Programa Pólis, pela mão de José Sócrates. Trata-se apenas do «post-scriptum» com que desde há várias semanas Alberto João Jardim encerra a sua crónica semanal em «O Diabo». A provar que o seu humor continua em alta, bem como a noção de que põe sempre em polvorosa os políticos do continente (do PS ao próprio PSD), Alberto João já se dá ao luxo de anunciar com a devida antecedência o evento político mais importante da Madeira: as festas em Chão da Lagoa, onde o PSD local assinala a «rentrée» política na região e onde, há um ano, proclamou que não ia aplicar a descriminalização do consumo de droga, manifestando-se contra o «lobby gay» e o da comunicação social, e, em 1998, chamou mafioso e aldrabão a António Guterres. O país não vai bem, de facto, mas os partidos da oposição também não. Será desta que o líder do Governo Regional da Madeira proclama a independência? Ou vai anunciar uma investida em terras do «Contenente»? Será desta que o Presidente da República vai expulsar Alberto João do Conselho de Estado? GENTE estará atenta aos próximos episódios.

O candidato EXPRESSO RUI OCHÔA Entre os seus múltiplos afazeres, Francisco Pinto Balsemão poderá ter de contar com mais um: presidir à Assembleia Municipal da Guarda. O militante número um do PSD foi sondado por Ana Manso, que vai aproveitar a véspera de S. João para anunciar a sua própria candidatura a presidente da Câmara pelo partido. Contrariamente ao que o nome indica, Ana é uma activista social-democrata «feroz» e não faz a coisa por menos: sabendo das origens familiares do patrão da SIC e do EXPRESSO, ela quer vê-lo num lugar de destaque na cidade dos «efes», ou seja, farta, fria e formosa. Se Balsemão aceitar, e dado o seu gosto pela música e pela bateria, de que é tocador, não será de admirar se as futuras assembleias municipais na terra dos «efes» começarem por um solo de bateria assim ao jeito de Ginger Baker, que já foi dos Cream ao lado de Eric Clapton. E se ouvir os Cream compensa, será que a Guarda deixará sem castigo o crime de perder as ritmadas reuniões dos deputados municipais daquela cidade beirã? Entre os seus múltiplos afazeres,poderá ter de contar com mais um: presidir à Assembleia Municipal da Guarda. O militante número um do PSD foi sondado por, que vai aproveitar a véspera de S. João para anunciar a sua própria candidatura a presidente da Câmara pelo partido. Contrariamente ao que o nome indica, Ana é uma activista social-democrata «feroz» e não faz a coisa por menos: sabendo das origens familiares do patrão da SIC e do EXPRESSO, ela quer vê-lo num lugar de destaque na cidade dos «efes», ou seja, farta, fria e formosa. Se Balsemão aceitar, e dado o seu gosto pela música e pela bateria, de que é tocador, não será de admirar se as futuras assembleias municipais na terra dos «efes» começarem por um solo de bateria assim ao jeito de, que já foi dos Cream ao lado de. E se ouvir os Cream compensa, será que a Guarda deixará sem castigo o crime de perder as ritmadas reuniões dos deputados municipais daquela cidade beirã?

A «força» da esquerda LUIZ CARVALHO Mal refeito de um ruptura muscular num braço - quem sabe se por estar a treinar para levar à prática o princípio de que «quem se mete com o PS leva» -, o ex-ministro Jorge Coelho (na foto) esteve a semana passada na Grã-Bretanha. O autor da máxima que ficou célebre teve óbvia curiosidade em se informar sobre como reagiram os seus amigos trabalhistas à sessão de pugilato em que se envolveu o vice-primeiro-ministro e na altura candidato à reeleição John Prescott, durante a última campanha. E o que ouviu deixou-o tranquilo quanto à vantagem da truculência: os trabalhistas tinham feito uma sondagem sobre esta questão e 75% dos fleumáticos britânicos apoiaram o contra-ataque de Prescott, que deu um soco no queixo de um popular após ter sido atingido por um ovo lançado pelo atrevido. Mal refeito de um ruptura muscular num braço - quem sabe se por estar a treinar para levar à prática o princípio de que-, o ex-ministroesteve a semana passada na Grã-Bretanha. O autor da máxima que ficou célebre teve óbvia curiosidade em se informar sobre como reagiram os seus amigos trabalhistas à sessão de pugilato em que se envolveu o vice-primeiro-ministro e na altura candidato à reeleição, durante a última campanha. E o que ouviu deixou-o tranquilo quanto à vantagem da truculência: os trabalhistas tinham feito uma sondagem sobre esta questão e 75% dos fleumáticos britânicos apoiaram o contra-ataque de Prescott, que deu um soco no queixo de um popular após ter sido atingido por um ovo lançado pelo atrevido.

A referência do PSD Mesmo depois de falecido, o histórico dirigente do PSD, Sá Carneiro, continua a ser, para muitos, uma referência de prestígio para o partido. Mas, recentemente, demonstrou também ainda ser capaz de atrair verbas para o PSD. Um quadro seu, pintado pelo pintor-amador José Maria Ferreira Alves, pai do «pivot» de televisão Carlos Daniel, rendeu cerca de dois mil contos, num jantar-comício em Paredes, nos arredores do Porto, para angariação de fundos. Quando o animador anunciou o destino da verba a arrecadar com a venda do quadro, logo um grupo da JSD matou à nascença qualquer pretensão aquisitiva dos restantes convivas, oferecendo à primeira licitação a verba referida. «Dois mil contos, é nosso e vai prá sede», gritaram em uníssono os jovens laranjas. Mesmo depois de falecido, o histórico dirigente do PSD,, continua a ser, para muitos, uma referência de prestígio para o partido. Mas, recentemente, demonstrou também ainda ser capaz de atrair verbas para o PSD. Um quadro seu, pintado pelo pintor-amador, pai do «pivot» de televisão, rendeu cerca de dois mil contos, num jantar-comício em Paredes, nos arredores do Porto, para angariação de fundos. Quando o animador anunciou o destino da verba a arrecadar com a venda do quadro, logo um grupo da JSD matou à nascença qualquer pretensão aquisitiva dos restantes convivas, oferecendo à primeira licitação a verba referida., gritaram em uníssono os jovens laranjas.

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