EXPRESSO: Vidas

01-03-2002
marcar artigo

27/10/2001

GENTE

Descontentamento — Dos membros da equipa que colaborou com Malaca Casteleiro na elaboração do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências, ao verificarem que a editora Verbo não lhes oferece um exemplar da obra. Fazendo lóbi pelos queixosos, e sendo certo que o preço de venda ao público dos dois volumes (quase 25 mil escudos) não permite falar propriamente de uma prenda simbólica, a verdade é que este seria um gesto «bué simpático» da parte da editora.

Desconforto — Do ministro-adjunto do primeiro-ministro, António José Seguro, ao aperceber-se de que vai ser aluno de... Pedro Pinto, o jovem «pivot» da TVI. Seguro, que está no terceiro ano do curso de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa, também vai ter aulas com a jornalista da TSF Isabel Meireles.

Regresso — Às origens de Luís Todo Bom, ex-presidente da Portugal Telecom e dirigente do PSD. O gestor, que acumula o cargo de inspector-geral na PT com consultorias em várias empresas, nasceu em Angola mas tem as suas raízes familiares em Meda, um concelho do distrito da Guarda. É nesse município que encabeçará a lista do PSD à Assembleia Municipal, aceitando o convite do actual presidente da Câmara, João Leal Pinto. Todo Bom ficou sensibilizado quando o autarca lhe justificou a razão do convite, dizendo que não precisava dele para ser reeleito, mas sim porque achava que o concelho precisava do seu contributo.

Posição — Entre mulheres, é onde vai ficar Bruno Almeida, filho do histórico autarca socialista Mário Almeida, presidente da Associação Nacional de Municípios. O jovem economista ocupará o cargo de vice-presidente da CCRNorte, completando uma equipa que há vários anos se encontrava desfalcada. Bruno Almeida vai ficar assim entre duas mulheres: Cristina Azevedo, que entrara o ano passado para uma vice-presidência, e a nova presidente, Isabel Aires, uma mulher da casa. Mas a leitura política desta escolha parece indicar a influência crescente da facção de Fernando Gomes em detrimento da de Narciso Miranda.

Casamento — Do tenista norte-americano Andre Agassi e da alemã Stefanie «Steffi» Graf, antiga «número 1» do ténis feminino, na segunda-feira, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Andre, de 31 anos, e Steffi, de 32, que esperam o seu primeiro filho em Dezembro, casaram-se numa cerimónia privada realizada pelo juiz Michael Cherry. Este é o segundo matrimónio de Agassi, actual «número 2» do mundo, depois de em 1997 ter casado com a actriz norte-americana Brooke Shields, de quem se divorciou dois anos mais tarde.

Desespero — De um dos principais artistas britânicos da actualidade, Damien Hirst, ao descobrir que uma obra sua tinha sido atirada para o lixo por um empregado de limpeza da galeria Eyestorm, de Londres. «Nunca pensei que aquilo pudesse ser uma obra de arte», disse o empregado Emmanuel Asare, que deitou a obra para o lixo de onde foi retirada «in extremis». Hirst, que recebeu o Prémio Turner em 1995, é um dos principais artistas contemporâneos da Grã-Bretanha e as suas obras são vendidas por valores acima de 11 mil contos. Garrafas de cerveja vazias, cinzeiros cheios de beatas, chávenas de café e jornais rasgados integravam o trabalho exposto na galeria. Para Hirst, a sua obra representava a vida de um artista «hippie».

Decisão — Tomada por um zambiano de se divorciar da mulher depois de encontrar um sapo numa chávena de chá que ela lhe tinha servido. O jornal «The Post», da Zâmbia, noticiou que Andrew Nyoka, de 28 anos, abandonou Catherine Nyoka, de 26, no ano passado, e foi viver com outra mulher. «Uma vez encontrei um sapo numa chávena de chá que ela me serviu. Foi por este motivo que procurei outra mulher», declarou em tribunal Nyoka, cujo nome significa «cobra» em português. Os juízes Chidongo Shawa e Wilson Makuwerere concederam-lhe o divórcio, afirmando que tinha ficado claro que o matrimónio do casal não podia ser salvo.

Notícia — De que a modelo francesa Laetitia Casta deu à luz na semana passada, em Paris, uma menina que se vai chamar Sahteene. O pai da criança é Stephane Sednaoui, fotógrafo e director da agência Clip-Video. O casal já anunciou que o acontecimento é de carácter privado e que não pretende deixar a imprensa fotografar a menina.

Mais vale tarde... Coordenação de Pedro Andrade

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA O estigma de não ser licenciado instalou-se, qual epidemia, na classe política portuguesa. Certamente não por acaso, é mais incidente no universo de antigos líderes e dirigentes de juventudes partidárias... os tais que, desde pequeninos, fizeram da política uma profissão. Começou com Pedro Passos Coelho e prosseguiu com António José Seguro, ambos já a meio, respectivamente, dos cursos de Economia e Relações Internacionais. E, este ano, atingiu novas vítimas: o social-democrata Carlos Coelho e o socialista António Galamba, ambos «caloiros» na Universidade Autónoma de Lisboa. O estigma de não ser licenciado instalou-se, qual epidemia, na classe política portuguesa. Certamente não por acaso, é mais incidente no universo de antigos líderes e dirigentes de juventudes partidárias... os tais que, desde pequeninos, fizeram da política uma profissão. Começou come prosseguiu com, ambos já a meio, respectivamente, dos cursos de Economia e Relações Internacionais. E, este ano, atingiu novas vítimas: o social-democratae o socialista, ambos «caloiros» na Universidade Autónoma de Lisboa. GENTE felicita-os pela coragem de, aos 70, perdão, aos 40 anos, se abalançarem a tão duro desafio e exorta-os a não desanimarem quando, ao longo do curso - e não serão poucas as vezes -, tiverem vontade de desistir. Ponham os olhos em Ana Catarina Mendonça (na foto), a vice-presidente do grupo parlamentar do PS que afogou na faculdade as mágoas de ter perdido (por um voto) a liderança da JS e esta semana terminou a licenciatura em Direito. A façanha não só não passou despercebida como lhe mereceu um vistoso ramo de rosas vermelhas, entregue em nome de toda a direcção parlamentar (presume-se que incluindo também a sempiterna adversária de Ana Catarina, Jamila Madeira).

Afinal... há coincidências Terça-feira passada, no reservado do restaurante Vela Latina, as direcções editoriais do EXPRESSO e da SIC almoçavam, numa espécie de cimeira, a fim de debater formas de cooperação futuras. O almoço deverá ter corrido animado, tanto mais que diversos directores do jornal e da televisão do grupo de Francisco Pinto Balsemão ficaram a falar no passeio da rua em frente ao restaurante. Eis senão quando sai da Vela Latina, cabeça baixa e ar apressado, uma conhecida personalidade que se dirigiu rapidamente a um bom carro onde o motorista o aguardava. Só depois de instalado dentro da viatura é que essa personagem reparou que tinha passado por uma série de colegas como «cão por vinha vindimada», apressando-se a acenar-lhes com um ar sorridente. Quem era? Nada mais nada menos do que Emídio Rangel. Depois disso, que razão tem Margarida Rebelo Pinto em escrever que «Não Há Coincidências»?

Há mesmo cegonhas em São Bento JORGE SIMÃO Afinal, vai mesmo haver um bebé em São Bento. E o pai chama-se António. Mas não, a mãe não se chama Catarina... chama-se Margarida. Casados há apenas dois meses, António José Seguro, ministro-adjunto do primeiro-ministro, e Margarida Maldonado de Freitas não perderam tempo - ao contrário de «outros» recém-casados - com rumores de gravidezes imaginárias; se virem a Margarida mais gorda, ela assume com todo o orgulho: é verdade, sim senhor. Quanto ao futuro pai (que mantém a linha, por enquanto pelo menos), é caso para dizer que este é o ano de todos os feitos: à beira de fazer 40 anos, Seguro decidiu, de uma assentada, completar o curso superior, chegar a ministro, casar e constituir família. Se os seus colegas de Governo fossem assim tão decididos, a Nova Maioria ainda chegava a velha no poder... o que não é de todo o que parece ir suceder. Afinal, vai mesmo haver um bebé em São Bento. E o pai chama-se. Mas não, a mãe não se chama... chama-se. Casados há apenas dois meses,, ministro-adjunto do primeiro-ministro, enão perderam tempo - ao contrário de «outros» recém-casados - com rumores de gravidezes imaginárias; se virem a Margarida mais gorda, ela assume com todo o orgulho: é verdade, sim senhor. Quanto ao futuro pai (que mantém a linha, por enquanto pelo menos), é caso para dizer que este é o ano de todos os feitos: à beira de fazer 40 anos, Seguro decidiu, de uma assentada, completar o curso superior, chegar a ministro, casar e constituir família. Se os seus colegas de Governo fossem assim tão decididos, a Nova Maioria ainda chegava a velha no poder... o que não é de todo o que parece ir suceder.

«Slogans» ao poder! Faltam dois meses para as eleições autárquicas (que, para quem ainda não tenha dado conta, realizam-se em 16 de Dezembro) e os candidatos aceleram a organização da sua campanha. Quase todos já têm um lema ou «slogan» de candidatura e nas cerca de 45 coligações PSD-PP, verifica-se que há quem tenha dado largas à imaginação, com resultados... mais ou menos bem sucedidos. «Lisboa feliz», «Fafe - vida nova», «Todos pela Tocha», «Maia - no primeiro lugar», «Um grande projecto para Famalicão», «Unidos pela nossa terra» (Sabugal) ou «Continuar o progresso» (Valongo) - são alguns exemplos. GENTE pôde constatar que em Setúbal há uma concentração de genialidade: «Renovar e trabalhar por Alcochete», «Alternativa» (Sesimbra), «Sinceramente com Setúbal» e «Sines merece melhor». Só mesmo a coligação eleitoral PSD-PP em Penafiel, que tem Alberto Silva Santos como candidato a presidente da Câmara, é que consegue superar os sadinos: o lema escolhido foi «Penafiel quer», simplesmente. Apetece mesmo lançar uma contra-candidatura «Também nós!»

Migrações republicanas BENOIT DOPPAGNE/EPA PHOTO Na semana passada, realizou-se em Bruxelas uma Conferência Internacional sobre Migrações, promovida pela presidência belga da União Europeia, que há dois meses anunciava com pompa e circunstância que este fórum iria ser inaugurado pelo Rei Alberto II da Bélgica (na foto). Devido a isso, os participantes foram «obrigados» a chegar ao edifício do Parlamento Europeu pouco depois das oito da manhã, de forma a que estivessem todos nos seus lugares quando Sua Majestade entrasse para inaugurar os dois dias da Conferência, que reunia, além dos representantes da União, um leque de participantes que ia de ministros russos e ucranianos a altas individualidades norte-americanas. Só que a presidência belga baralhou-se um bocado com a organização de um evento desta dimensão. E da mesma forma que se esqueceu de pôr no correio o convite para o jantar oficial de alguns dos ministros participantes - entre os quais o do português Nuno Severiano Teixeira da Administração Interna - também se esqueceu de anunciar a entrada do Rei na sala da conferência. Alberto II entrou tão discretamente como qualquer plebeu, e o mordomo da «festa» era mais facilmente identificável do que ele devido ao fraque que envergava, protocolo «oblige». Para cúmulo, sentou-se entre a assistência como qualquer dos participantes, enquanto o português «little Vitorino» (como é conhecido António Vitorino), comissário europeu responsável por este pelouro, tinha direito a um lugar de destaque. Coisas pouco monárquicas... Na semana passada, realizou-se em Bruxelas uma Conferência Internacional sobre Migrações, promovida pela presidência belga da União Europeia, que há dois meses anunciava com pompa e circunstância que este fórum iria ser inaugurado pelo Reida Bélgica. Devido a isso, os participantes foram «obrigados» a chegar ao edifício do Parlamento Europeu pouco depois das oito da manhã, de forma a que estivessem todos nos seus lugares quando Sua Majestade entrasse para inaugurar os dois dias da Conferência, que reunia, além dos representantes da União, um leque de participantes que ia de ministros russos e ucranianos a altas individualidades norte-americanas. Só que a presidência belga baralhou-se um bocado com a organização de um evento desta dimensão. E da mesma forma que se esqueceu de pôr no correio o convite para o jantar oficial de alguns dos ministros participantes - entre os quais o do portuguêsda Administração Interna - também se esqueceu de anunciar a entrada do Rei na sala da conferência. Alberto II entrou tão discretamente como qualquer plebeu, e o mordomo da «festa» era mais facilmente identificável do que ele devido ao fraque que envergava, protocolo «oblige». Para cúmulo, sentou-se entre a assistência como qualquer dos participantes, enquanto o português «little Vitorino» (como é conhecido António Vitorino), comissário europeu responsável por este pelouro, tinha direito a um lugar de destaque. Coisas pouco monárquicas...

Estranha relação E quando um poderoso empresário convida um convicto comunista para jantar isso é... gratidão?!... A inquietante interrogação tem todo o sentido quando os protagonistas desta história são o antigo presidente do Sporting, João Rocha, e o ex-líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira. Graças a eles, realizou-se esta semana o mais heterodoxo jantar de que há memória nos últimos tempos: em casa de João Rocha, estiveram desde Pezarat Correia a Carvalho da Silva, de Eduardo Catroga a Garcia Pereira, de Vítor Melícias a João Nabais, passando por Alípio Dias, Almeida Santos, Manuela Ferreira Leite e Ricardo Sá Fernandes, entre outros. Pretexto para a festa: uma sentida homenagem a Octávio Teixeira. Porquê? Há quem diga que em jeito de agradecimento ao antigo dirigente do PCP que, nessa qualidade, intermediou e contribuiu para a resolução de um longo conflito que opôs o empresário ao partido - uma história que remonta a 1974, quando os comunistas ocuparam o prédio onde, à época, viviam João Rocha e a sua mãe, na Rua Sousa Martins, em Lisboa.

Spice Girls A mais famosa «girls band» britânica está à beira do fim. Segundo o jornal «The Mirror», o grupo recusou editar uma colectânea de sucessos porque já não havia clima que as juntasse à mesma mesa. De acordo com uma fonte próxima das «Spice», as carreiras a solo de cada uma das quatro cantoras parecem estar na origem do desentendimento. Há quem diga que o grupo nunca mais foi o mesmo depois do abandono de Geri Halliwell. Incentivadas pelo sucesso da antiga companheira de cantigas, as quatro «spice» seguiram-lhe as pisadas, dando prioridade à carreira individual em detrimento da banda. Resultado: o ambiente é de cortar à faca. Mel B terá chamado «vaca» a Victoria Adams, na sequência da mulher de David Beckham ter feito comentários desagradáveis acerca do seu lançamento a solo, patrocinado pela Virgin. Consta que não se falam há três meses. Mel C e Emma Bunton estão demasiado preocupadas com as suas carreiras pessoais - apontadas como candidatas ao prémio de melhor voz feminina britânica - e não se querem meter na contenda. Em jeito de golpe de misericórdia, Victoria despediu na passada semana a «manager» do grupo, Nancy Phillips, responsabilizando-a pelo «flop» do seu primeiro álbum a solo. A confirmação da ruptura só não chegou ainda porque as quatro se recusam juntar-se para um «statement» de despedida. A mais famosa «girls band» britânica está à beira do fim. Segundo o jornal «The Mirror», o grupo recusou editar uma colectânea de sucessos porque já não havia clima que as juntasse à mesma mesa. De acordo com uma fonte próxima das «Spice», as carreiras a solo de cada uma das quatro cantoras parecem estar na origem do desentendimento. Há quem diga que o grupo nunca mais foi o mesmo depois do abandono de. Incentivadas pelo sucesso da antiga companheira de cantigas, as quatro «spice» seguiram-lhe as pisadas, dando prioridade à carreira individual em detrimento da banda. Resultado: o ambiente é de cortar à faca.terá chamado, na sequência da mulher deter feito comentários desagradáveis acerca do seu lançamento a solo, patrocinado pela Virgin. Consta que não se falam há três meses.estão demasiado preocupadas com as suas carreiras pessoais - apontadas como candidatas ao prémio de melhor voz feminina britânica - e não se querem meter na contenda. Em jeito de golpe de misericórdia, Victoria despediu na passada semana a «manager» do grupo,, responsabilizando-a pelo «flop» do seu primeiro álbum a solo. A confirmação da ruptura só não chegou ainda porque as quatro se recusam juntar-se para um «statement» de despedida.

Virilidade de Garrincha discutida em tribunal O tamanho do pénis de uma das lendas do futebol brasileiro, Manuel Francisco dos Santos, o célebre «Garrincha», que faleceu em 1983 devido a excessos de álcool, ainda é motivo de polémica. Tudo porque as filhas do futebolista moveram um processo judicial contra o jornalista Ruy Castro, autor da biografia de Garrincha intitulada «A Estrela Solitária» e que a páginas tantas referia que o órgão sexual do jogador «devia medir uns 25 centímetros». Argumentavam as queixosas que tal biografia constituía um insulto à memória do pai, pretendendo uma indemnização por «danos morais». Quem não aceitou este argumento foi João Wehbi Dib, juiz do Tribunal Civil do Rio de Janeiro, que esta semana decidiu não haver lugar para qualquer reparação económica. «Afirmar que alguém possui um órgão genital de 25 centímetros e que é uma máquina de fazer sexo é mais elogioso do que ofensivo», considerou aquele juiz, para quem «custa a crer que um alcoólico tenha tido tamanha potência sexual». Pondo termo ao processo, o veredicto refere que «ter um membro sexual grande, pelo menos no Brasil, é motivo de orgulho, porque é sinónimo de masculinidade». Na verdade, este problema perseguiu Garrincha desde o início da sua vida, já que nasceu numa aldeia chamada Pau Grande, no estado do Rio de Janeiro.

ANTERIOR TOPO

27/10/2001

GENTE

Descontentamento — Dos membros da equipa que colaborou com Malaca Casteleiro na elaboração do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências, ao verificarem que a editora Verbo não lhes oferece um exemplar da obra. Fazendo lóbi pelos queixosos, e sendo certo que o preço de venda ao público dos dois volumes (quase 25 mil escudos) não permite falar propriamente de uma prenda simbólica, a verdade é que este seria um gesto «bué simpático» da parte da editora.

Desconforto — Do ministro-adjunto do primeiro-ministro, António José Seguro, ao aperceber-se de que vai ser aluno de... Pedro Pinto, o jovem «pivot» da TVI. Seguro, que está no terceiro ano do curso de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa, também vai ter aulas com a jornalista da TSF Isabel Meireles.

Regresso — Às origens de Luís Todo Bom, ex-presidente da Portugal Telecom e dirigente do PSD. O gestor, que acumula o cargo de inspector-geral na PT com consultorias em várias empresas, nasceu em Angola mas tem as suas raízes familiares em Meda, um concelho do distrito da Guarda. É nesse município que encabeçará a lista do PSD à Assembleia Municipal, aceitando o convite do actual presidente da Câmara, João Leal Pinto. Todo Bom ficou sensibilizado quando o autarca lhe justificou a razão do convite, dizendo que não precisava dele para ser reeleito, mas sim porque achava que o concelho precisava do seu contributo.

Posição — Entre mulheres, é onde vai ficar Bruno Almeida, filho do histórico autarca socialista Mário Almeida, presidente da Associação Nacional de Municípios. O jovem economista ocupará o cargo de vice-presidente da CCRNorte, completando uma equipa que há vários anos se encontrava desfalcada. Bruno Almeida vai ficar assim entre duas mulheres: Cristina Azevedo, que entrara o ano passado para uma vice-presidência, e a nova presidente, Isabel Aires, uma mulher da casa. Mas a leitura política desta escolha parece indicar a influência crescente da facção de Fernando Gomes em detrimento da de Narciso Miranda.

Casamento — Do tenista norte-americano Andre Agassi e da alemã Stefanie «Steffi» Graf, antiga «número 1» do ténis feminino, na segunda-feira, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Andre, de 31 anos, e Steffi, de 32, que esperam o seu primeiro filho em Dezembro, casaram-se numa cerimónia privada realizada pelo juiz Michael Cherry. Este é o segundo matrimónio de Agassi, actual «número 2» do mundo, depois de em 1997 ter casado com a actriz norte-americana Brooke Shields, de quem se divorciou dois anos mais tarde.

Desespero — De um dos principais artistas britânicos da actualidade, Damien Hirst, ao descobrir que uma obra sua tinha sido atirada para o lixo por um empregado de limpeza da galeria Eyestorm, de Londres. «Nunca pensei que aquilo pudesse ser uma obra de arte», disse o empregado Emmanuel Asare, que deitou a obra para o lixo de onde foi retirada «in extremis». Hirst, que recebeu o Prémio Turner em 1995, é um dos principais artistas contemporâneos da Grã-Bretanha e as suas obras são vendidas por valores acima de 11 mil contos. Garrafas de cerveja vazias, cinzeiros cheios de beatas, chávenas de café e jornais rasgados integravam o trabalho exposto na galeria. Para Hirst, a sua obra representava a vida de um artista «hippie».

Decisão — Tomada por um zambiano de se divorciar da mulher depois de encontrar um sapo numa chávena de chá que ela lhe tinha servido. O jornal «The Post», da Zâmbia, noticiou que Andrew Nyoka, de 28 anos, abandonou Catherine Nyoka, de 26, no ano passado, e foi viver com outra mulher. «Uma vez encontrei um sapo numa chávena de chá que ela me serviu. Foi por este motivo que procurei outra mulher», declarou em tribunal Nyoka, cujo nome significa «cobra» em português. Os juízes Chidongo Shawa e Wilson Makuwerere concederam-lhe o divórcio, afirmando que tinha ficado claro que o matrimónio do casal não podia ser salvo.

Notícia — De que a modelo francesa Laetitia Casta deu à luz na semana passada, em Paris, uma menina que se vai chamar Sahteene. O pai da criança é Stephane Sednaoui, fotógrafo e director da agência Clip-Video. O casal já anunciou que o acontecimento é de carácter privado e que não pretende deixar a imprensa fotografar a menina.

Mais vale tarde... Coordenação de Pedro Andrade

ANTÓNIO PEDRO FERREIRA O estigma de não ser licenciado instalou-se, qual epidemia, na classe política portuguesa. Certamente não por acaso, é mais incidente no universo de antigos líderes e dirigentes de juventudes partidárias... os tais que, desde pequeninos, fizeram da política uma profissão. Começou com Pedro Passos Coelho e prosseguiu com António José Seguro, ambos já a meio, respectivamente, dos cursos de Economia e Relações Internacionais. E, este ano, atingiu novas vítimas: o social-democrata Carlos Coelho e o socialista António Galamba, ambos «caloiros» na Universidade Autónoma de Lisboa. O estigma de não ser licenciado instalou-se, qual epidemia, na classe política portuguesa. Certamente não por acaso, é mais incidente no universo de antigos líderes e dirigentes de juventudes partidárias... os tais que, desde pequeninos, fizeram da política uma profissão. Começou come prosseguiu com, ambos já a meio, respectivamente, dos cursos de Economia e Relações Internacionais. E, este ano, atingiu novas vítimas: o social-democratae o socialista, ambos «caloiros» na Universidade Autónoma de Lisboa. GENTE felicita-os pela coragem de, aos 70, perdão, aos 40 anos, se abalançarem a tão duro desafio e exorta-os a não desanimarem quando, ao longo do curso - e não serão poucas as vezes -, tiverem vontade de desistir. Ponham os olhos em Ana Catarina Mendonça (na foto), a vice-presidente do grupo parlamentar do PS que afogou na faculdade as mágoas de ter perdido (por um voto) a liderança da JS e esta semana terminou a licenciatura em Direito. A façanha não só não passou despercebida como lhe mereceu um vistoso ramo de rosas vermelhas, entregue em nome de toda a direcção parlamentar (presume-se que incluindo também a sempiterna adversária de Ana Catarina, Jamila Madeira).

Afinal... há coincidências Terça-feira passada, no reservado do restaurante Vela Latina, as direcções editoriais do EXPRESSO e da SIC almoçavam, numa espécie de cimeira, a fim de debater formas de cooperação futuras. O almoço deverá ter corrido animado, tanto mais que diversos directores do jornal e da televisão do grupo de Francisco Pinto Balsemão ficaram a falar no passeio da rua em frente ao restaurante. Eis senão quando sai da Vela Latina, cabeça baixa e ar apressado, uma conhecida personalidade que se dirigiu rapidamente a um bom carro onde o motorista o aguardava. Só depois de instalado dentro da viatura é que essa personagem reparou que tinha passado por uma série de colegas como «cão por vinha vindimada», apressando-se a acenar-lhes com um ar sorridente. Quem era? Nada mais nada menos do que Emídio Rangel. Depois disso, que razão tem Margarida Rebelo Pinto em escrever que «Não Há Coincidências»?

Há mesmo cegonhas em São Bento JORGE SIMÃO Afinal, vai mesmo haver um bebé em São Bento. E o pai chama-se António. Mas não, a mãe não se chama Catarina... chama-se Margarida. Casados há apenas dois meses, António José Seguro, ministro-adjunto do primeiro-ministro, e Margarida Maldonado de Freitas não perderam tempo - ao contrário de «outros» recém-casados - com rumores de gravidezes imaginárias; se virem a Margarida mais gorda, ela assume com todo o orgulho: é verdade, sim senhor. Quanto ao futuro pai (que mantém a linha, por enquanto pelo menos), é caso para dizer que este é o ano de todos os feitos: à beira de fazer 40 anos, Seguro decidiu, de uma assentada, completar o curso superior, chegar a ministro, casar e constituir família. Se os seus colegas de Governo fossem assim tão decididos, a Nova Maioria ainda chegava a velha no poder... o que não é de todo o que parece ir suceder. Afinal, vai mesmo haver um bebé em São Bento. E o pai chama-se. Mas não, a mãe não se chama... chama-se. Casados há apenas dois meses,, ministro-adjunto do primeiro-ministro, enão perderam tempo - ao contrário de «outros» recém-casados - com rumores de gravidezes imaginárias; se virem a Margarida mais gorda, ela assume com todo o orgulho: é verdade, sim senhor. Quanto ao futuro pai (que mantém a linha, por enquanto pelo menos), é caso para dizer que este é o ano de todos os feitos: à beira de fazer 40 anos, Seguro decidiu, de uma assentada, completar o curso superior, chegar a ministro, casar e constituir família. Se os seus colegas de Governo fossem assim tão decididos, a Nova Maioria ainda chegava a velha no poder... o que não é de todo o que parece ir suceder.

«Slogans» ao poder! Faltam dois meses para as eleições autárquicas (que, para quem ainda não tenha dado conta, realizam-se em 16 de Dezembro) e os candidatos aceleram a organização da sua campanha. Quase todos já têm um lema ou «slogan» de candidatura e nas cerca de 45 coligações PSD-PP, verifica-se que há quem tenha dado largas à imaginação, com resultados... mais ou menos bem sucedidos. «Lisboa feliz», «Fafe - vida nova», «Todos pela Tocha», «Maia - no primeiro lugar», «Um grande projecto para Famalicão», «Unidos pela nossa terra» (Sabugal) ou «Continuar o progresso» (Valongo) - são alguns exemplos. GENTE pôde constatar que em Setúbal há uma concentração de genialidade: «Renovar e trabalhar por Alcochete», «Alternativa» (Sesimbra), «Sinceramente com Setúbal» e «Sines merece melhor». Só mesmo a coligação eleitoral PSD-PP em Penafiel, que tem Alberto Silva Santos como candidato a presidente da Câmara, é que consegue superar os sadinos: o lema escolhido foi «Penafiel quer», simplesmente. Apetece mesmo lançar uma contra-candidatura «Também nós!»

Migrações republicanas BENOIT DOPPAGNE/EPA PHOTO Na semana passada, realizou-se em Bruxelas uma Conferência Internacional sobre Migrações, promovida pela presidência belga da União Europeia, que há dois meses anunciava com pompa e circunstância que este fórum iria ser inaugurado pelo Rei Alberto II da Bélgica (na foto). Devido a isso, os participantes foram «obrigados» a chegar ao edifício do Parlamento Europeu pouco depois das oito da manhã, de forma a que estivessem todos nos seus lugares quando Sua Majestade entrasse para inaugurar os dois dias da Conferência, que reunia, além dos representantes da União, um leque de participantes que ia de ministros russos e ucranianos a altas individualidades norte-americanas. Só que a presidência belga baralhou-se um bocado com a organização de um evento desta dimensão. E da mesma forma que se esqueceu de pôr no correio o convite para o jantar oficial de alguns dos ministros participantes - entre os quais o do português Nuno Severiano Teixeira da Administração Interna - também se esqueceu de anunciar a entrada do Rei na sala da conferência. Alberto II entrou tão discretamente como qualquer plebeu, e o mordomo da «festa» era mais facilmente identificável do que ele devido ao fraque que envergava, protocolo «oblige». Para cúmulo, sentou-se entre a assistência como qualquer dos participantes, enquanto o português «little Vitorino» (como é conhecido António Vitorino), comissário europeu responsável por este pelouro, tinha direito a um lugar de destaque. Coisas pouco monárquicas... Na semana passada, realizou-se em Bruxelas uma Conferência Internacional sobre Migrações, promovida pela presidência belga da União Europeia, que há dois meses anunciava com pompa e circunstância que este fórum iria ser inaugurado pelo Reida Bélgica. Devido a isso, os participantes foram «obrigados» a chegar ao edifício do Parlamento Europeu pouco depois das oito da manhã, de forma a que estivessem todos nos seus lugares quando Sua Majestade entrasse para inaugurar os dois dias da Conferência, que reunia, além dos representantes da União, um leque de participantes que ia de ministros russos e ucranianos a altas individualidades norte-americanas. Só que a presidência belga baralhou-se um bocado com a organização de um evento desta dimensão. E da mesma forma que se esqueceu de pôr no correio o convite para o jantar oficial de alguns dos ministros participantes - entre os quais o do portuguêsda Administração Interna - também se esqueceu de anunciar a entrada do Rei na sala da conferência. Alberto II entrou tão discretamente como qualquer plebeu, e o mordomo da «festa» era mais facilmente identificável do que ele devido ao fraque que envergava, protocolo «oblige». Para cúmulo, sentou-se entre a assistência como qualquer dos participantes, enquanto o português «little Vitorino» (como é conhecido António Vitorino), comissário europeu responsável por este pelouro, tinha direito a um lugar de destaque. Coisas pouco monárquicas...

Estranha relação E quando um poderoso empresário convida um convicto comunista para jantar isso é... gratidão?!... A inquietante interrogação tem todo o sentido quando os protagonistas desta história são o antigo presidente do Sporting, João Rocha, e o ex-líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira. Graças a eles, realizou-se esta semana o mais heterodoxo jantar de que há memória nos últimos tempos: em casa de João Rocha, estiveram desde Pezarat Correia a Carvalho da Silva, de Eduardo Catroga a Garcia Pereira, de Vítor Melícias a João Nabais, passando por Alípio Dias, Almeida Santos, Manuela Ferreira Leite e Ricardo Sá Fernandes, entre outros. Pretexto para a festa: uma sentida homenagem a Octávio Teixeira. Porquê? Há quem diga que em jeito de agradecimento ao antigo dirigente do PCP que, nessa qualidade, intermediou e contribuiu para a resolução de um longo conflito que opôs o empresário ao partido - uma história que remonta a 1974, quando os comunistas ocuparam o prédio onde, à época, viviam João Rocha e a sua mãe, na Rua Sousa Martins, em Lisboa.

Spice Girls A mais famosa «girls band» britânica está à beira do fim. Segundo o jornal «The Mirror», o grupo recusou editar uma colectânea de sucessos porque já não havia clima que as juntasse à mesma mesa. De acordo com uma fonte próxima das «Spice», as carreiras a solo de cada uma das quatro cantoras parecem estar na origem do desentendimento. Há quem diga que o grupo nunca mais foi o mesmo depois do abandono de Geri Halliwell. Incentivadas pelo sucesso da antiga companheira de cantigas, as quatro «spice» seguiram-lhe as pisadas, dando prioridade à carreira individual em detrimento da banda. Resultado: o ambiente é de cortar à faca. Mel B terá chamado «vaca» a Victoria Adams, na sequência da mulher de David Beckham ter feito comentários desagradáveis acerca do seu lançamento a solo, patrocinado pela Virgin. Consta que não se falam há três meses. Mel C e Emma Bunton estão demasiado preocupadas com as suas carreiras pessoais - apontadas como candidatas ao prémio de melhor voz feminina britânica - e não se querem meter na contenda. Em jeito de golpe de misericórdia, Victoria despediu na passada semana a «manager» do grupo, Nancy Phillips, responsabilizando-a pelo «flop» do seu primeiro álbum a solo. A confirmação da ruptura só não chegou ainda porque as quatro se recusam juntar-se para um «statement» de despedida. A mais famosa «girls band» britânica está à beira do fim. Segundo o jornal «The Mirror», o grupo recusou editar uma colectânea de sucessos porque já não havia clima que as juntasse à mesma mesa. De acordo com uma fonte próxima das «Spice», as carreiras a solo de cada uma das quatro cantoras parecem estar na origem do desentendimento. Há quem diga que o grupo nunca mais foi o mesmo depois do abandono de. Incentivadas pelo sucesso da antiga companheira de cantigas, as quatro «spice» seguiram-lhe as pisadas, dando prioridade à carreira individual em detrimento da banda. Resultado: o ambiente é de cortar à faca.terá chamado, na sequência da mulher deter feito comentários desagradáveis acerca do seu lançamento a solo, patrocinado pela Virgin. Consta que não se falam há três meses.estão demasiado preocupadas com as suas carreiras pessoais - apontadas como candidatas ao prémio de melhor voz feminina britânica - e não se querem meter na contenda. Em jeito de golpe de misericórdia, Victoria despediu na passada semana a «manager» do grupo,, responsabilizando-a pelo «flop» do seu primeiro álbum a solo. A confirmação da ruptura só não chegou ainda porque as quatro se recusam juntar-se para um «statement» de despedida.

Virilidade de Garrincha discutida em tribunal O tamanho do pénis de uma das lendas do futebol brasileiro, Manuel Francisco dos Santos, o célebre «Garrincha», que faleceu em 1983 devido a excessos de álcool, ainda é motivo de polémica. Tudo porque as filhas do futebolista moveram um processo judicial contra o jornalista Ruy Castro, autor da biografia de Garrincha intitulada «A Estrela Solitária» e que a páginas tantas referia que o órgão sexual do jogador «devia medir uns 25 centímetros». Argumentavam as queixosas que tal biografia constituía um insulto à memória do pai, pretendendo uma indemnização por «danos morais». Quem não aceitou este argumento foi João Wehbi Dib, juiz do Tribunal Civil do Rio de Janeiro, que esta semana decidiu não haver lugar para qualquer reparação económica. «Afirmar que alguém possui um órgão genital de 25 centímetros e que é uma máquina de fazer sexo é mais elogioso do que ofensivo», considerou aquele juiz, para quem «custa a crer que um alcoólico tenha tido tamanha potência sexual». Pondo termo ao processo, o veredicto refere que «ter um membro sexual grande, pelo menos no Brasil, é motivo de orgulho, porque é sinónimo de masculinidade». Na verdade, este problema perseguiu Garrincha desde o início da sua vida, já que nasceu numa aldeia chamada Pau Grande, no estado do Rio de Janeiro.

ANTERIOR TOPO

marcar artigo