Vinhais reclama-se "capital do fumeiro"

09-03-2001
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Vinhais Reclama-se "Capital do Fumeiro"

Por ANTÓNIO MOURA

Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2001

Enchidos com selo de garantia só naquele concelho

Vinhais reclama para si a condição de "capital do fumeiro", não sendo por acaso que o faz. A principal razão tem a ver com o facto de o salpicão e a chouriça obtidos a partir dos seus porcos exibirem um selo de garantia - uma indicação geográfica protegida que lhes foi atribuída pela União Europeia, em Dezembro de 1999, como reconhecimento das "extraordinárias características deste fumeiro". "Só o nosso e algum do Alentejo (de Barrancos, por exemplo) possui este estatuto, que constitui uma segurança para o consumidor", afirma o vereador da autarquia local Américo Pereira.

O sublinhado deste autarca foi feito durante a apresentação da 21.ª edição da Feira de Fumeiro de Vinhais/Feira Nacional do Porco Bísaro, que terá lugar entre os dias 1 e 4 de Fevereiro. Tudo para explicar a designação "capital do fumeiro", que consta de uma brochura promocional da prova de cicloturismo, associada à feira. Vinhais chama a si esse estatuto para, de algum modo, se distinguir de Montalegre e do fumeiro que ali se faz, "que não pode ser vendido aos consumidores como sendo genuinamente de Montalegre", por lhe faltar a tal certificação.

Se o salpicão e a linguiça são as grandes estrelas da companhia, as alheiras são interessantes e mesmo o presunto não deve ser menosprezado. O certame deste ano atraiu 202 expositores, sendo de salientar a presença de três unidades de produção de fumeiro, que, segundo Carla Alves, técnica ao serviço da câmara local, "têm enchidos tão bons ou melhores que os que são feitos em casa, em especial por observarem regras higio-sanitárias apertadas". Uma quarta unidade está a caminho. Desde Setembro do ano passado que a autarquia acompanha os animais e o ciclo da sua transformação em produtos de fazer crescer água na boca.

"Não dizemos que é o melhor [fumeiro] do mundo, mas dizemos que é muito bom", reforça o presidente da câmara, José Taveira. Paralelamente, haverá provas de fumeiro e vinho e um extenso programa de animação, que inclui espectáculos com "grupos de gaiteiros portugueses e espanhóis". Os visitantes podem igualmente comprar artesanato e outros produtos locais - compotas, por exemplo - e matar a fome numa das tasquinhas montadas no exterior do recinto da feira. E podem ainda aproveitar para travar conhecimento com o Parque Natural de Montesinho (ver texto em baixo).

António Moura

Vinhais Reclama-se "Capital do Fumeiro"

Por ANTÓNIO MOURA

Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2001

Enchidos com selo de garantia só naquele concelho

Vinhais reclama para si a condição de "capital do fumeiro", não sendo por acaso que o faz. A principal razão tem a ver com o facto de o salpicão e a chouriça obtidos a partir dos seus porcos exibirem um selo de garantia - uma indicação geográfica protegida que lhes foi atribuída pela União Europeia, em Dezembro de 1999, como reconhecimento das "extraordinárias características deste fumeiro". "Só o nosso e algum do Alentejo (de Barrancos, por exemplo) possui este estatuto, que constitui uma segurança para o consumidor", afirma o vereador da autarquia local Américo Pereira.

O sublinhado deste autarca foi feito durante a apresentação da 21.ª edição da Feira de Fumeiro de Vinhais/Feira Nacional do Porco Bísaro, que terá lugar entre os dias 1 e 4 de Fevereiro. Tudo para explicar a designação "capital do fumeiro", que consta de uma brochura promocional da prova de cicloturismo, associada à feira. Vinhais chama a si esse estatuto para, de algum modo, se distinguir de Montalegre e do fumeiro que ali se faz, "que não pode ser vendido aos consumidores como sendo genuinamente de Montalegre", por lhe faltar a tal certificação.

Se o salpicão e a linguiça são as grandes estrelas da companhia, as alheiras são interessantes e mesmo o presunto não deve ser menosprezado. O certame deste ano atraiu 202 expositores, sendo de salientar a presença de três unidades de produção de fumeiro, que, segundo Carla Alves, técnica ao serviço da câmara local, "têm enchidos tão bons ou melhores que os que são feitos em casa, em especial por observarem regras higio-sanitárias apertadas". Uma quarta unidade está a caminho. Desde Setembro do ano passado que a autarquia acompanha os animais e o ciclo da sua transformação em produtos de fazer crescer água na boca.

"Não dizemos que é o melhor [fumeiro] do mundo, mas dizemos que é muito bom", reforça o presidente da câmara, José Taveira. Paralelamente, haverá provas de fumeiro e vinho e um extenso programa de animação, que inclui espectáculos com "grupos de gaiteiros portugueses e espanhóis". Os visitantes podem igualmente comprar artesanato e outros produtos locais - compotas, por exemplo - e matar a fome numa das tasquinhas montadas no exterior do recinto da feira. E podem ainda aproveitar para travar conhecimento com o Parque Natural de Montesinho (ver texto em baixo).

António Moura

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