PP pode perder deputado de Viana do Castelo

07-09-2001
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PP Pode Perder Deputado de Viana do Castelo

Terça-feira, 29 de Maio de 2001 Caso Campelo Em protesto pela suspensão do autarca de Ponte de Lima, os restantes elementos da lista ameaçam desvincular-se do partido O CDS-PP poderá ficar sem o deputado que elegeu por Viana do Castelo se mantiver a suspensão de Daniel Campelo, dado que os restantes elementos da lista eleitoral ameaçam desvincular-se do partido se a sanção não for revogada. O grupo parlamentar dos democratas-cristãos ficaria assim só com 14 elementos. Na lista de Viana do Castelo do CDS-PP, encabeçada por Daniel Campelo, figuram José Meleiro, Alves Pereira, Júlio Vasconcelos, Fernando Moreno, Pires da Silva, José Freitas Amorim, Teresa Moreira e Eugénia Gomes. O partido elegeu apenas um deputado naquele distrito, mas os elementos da lista optaram por uma lógica de rotatividade na sua presença no Parlamento, sendo o lugar actualmente ocupado por Fernando Moreno. "Os elementos que integraram a lista de candidatos à Assembleia da República pelo círculo de Viana do Castelo já acordaram que, caso aquele castigo não seja levantado, ou se desvincularão do PP, passando a deputados independentes, ou continuarão como militantes mas mandando às malvas as orientações do partido", disse ontem à Lusa um daqueles elementos da lista de candidatos. Daniel Campelo foi suspenso do CDS-PP até ao final da legislatura (2003), por ter desrespeitado a orientação de voto imposta pelo partido ao viabilizar o Orçamento de Estado para 2001, em troca da promessa de alguns investimentos no distrito de Viana do Castelo. "É um castigo tremendamente injusto, pelo que nós, militantes do distrito de Viana do Castelo, não temos outra alternativa senão responder com esta posição de força", acrescentou o mesmo elemento citado pela Lusa, garantindo que tanto a distrital como as várias concelhias do distrito estão solidárias com o autarca de Ponte de Lima. "No nosso manifesto eleitoral, deixámos bem claro que nunca nos vergaríamos ao mando partidário quando em causa estivesse o interesse do Alto Minho e das suas populações, e todos os elementos que integraram a lista estão dispostos a seguir esta linha de rumo", acrescentou ainda o mesmo militante do CDS-PP citado pela Lusa. Daniel Campelo é uma figura dentro do seu partido e no seu distrito. É um dos oito presidentes de câmara que o CDS-PP ainda tem e foi o facto de encabeçar a lista de Viana do Castelo às legislativas 1999 que garantiu a eleição de um deputado do PP por aquele distrito. É a ele que o líder do CDS-PP, Paulo Portas, deve os melhores momentos que teve nas duas últimas campanhas eleitorais: europeias e legislativas. Mas Campelo passou a ser conhecido sobretudo a partir de Março do ano passado, quando chegou à Assembleia da República para fazer uma quase-greve de fome (só comia pão) dentro do Palácio de São Bento, em protesto pelo facto de a Lacto-Ibérica ir transferir a sua fábrica de queijo Limiano de Ponte de Lima para Vale de Cambra. Nessa altura, o autarca atacava o Governo por permitir que tal acontecesse e culpava o executivo pelo facto de a designação de origem "limiano" não ser concedida à câmara. Contudo, passados oito meses Campelo estava a permitir a continuidade desse mesmo Governo, ao abster-se na votação do Orçamento do Estado, em troca de obras no seu distrito. Uma atitude que não exclui vir a repetir este ano. Ele ou o deputado por Viana do Castelo que, na altura, estiver no Parlamento, pois, como afirmava no PÚBLICO do passado sábado, todos estão em sintonia. A votação do OE valeu-lhe a suspensão da sua condição de militante, mas Campelo pretende recorrer da pena que lhe foi aplicada. Numa primeira fase, vai tentar resolver o assunto junto dos órgãos jurisdicionais do partido, mas já garantiu que se aqui não tiver êxito recorrerá para os tribunais comuns, por estar convencido que a sua suspensão violou o estatuto do deputado. O autarca irá pedir a nulidade da sanção que lhe foi aplicada com o argumento de que não tem um limite temporal definido, pois a legislatura tanto pode terminar em 2003, como mais cedo, se houver eleições antecipadas. Campelo também já manifestou a sua intenção de se recandidatar à Câmara de Ponte de Lima pelo PP, apesar de Portas ter garantido que ele não será candidato pelo partido. Lusa/PÚBLICO OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL PP pode perder deputado de Viana do Castelo

Vara despromovido no PS

Lançamento da história alternativa do PCP encheu ISCTE

Sampaio manifesta reservas em relação à política de Bush sobre o sistema de defesa anti-míssil

Abaixo-assinado a favor de referendo sobre Europa

Mulher, Pátria, Autoridade

Roberto Monteiro é candidato do PS na Praia da Vitória

A frase

Inspectores do IGAI ouvidos sobre Fundação de Armando Vara

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Terça-feira, 29 de Maio de 2001 Caso Campelo Em protesto pela suspensão do autarca de Ponte de Lima, os restantes elementos da lista ameaçam desvincular-se do partido O CDS-PP poderá ficar sem o deputado que elegeu por Viana do Castelo se mantiver a suspensão de Daniel Campelo, dado que os restantes elementos da lista eleitoral ameaçam desvincular-se do partido se a sanção não for revogada. O grupo parlamentar dos democratas-cristãos ficaria assim só com 14 elementos. Na lista de Viana do Castelo do CDS-PP, encabeçada por Daniel Campelo, figuram José Meleiro, Alves Pereira, Júlio Vasconcelos, Fernando Moreno, Pires da Silva, José Freitas Amorim, Teresa Moreira e Eugénia Gomes. O partido elegeu apenas um deputado naquele distrito, mas os elementos da lista optaram por uma lógica de rotatividade na sua presença no Parlamento, sendo o lugar actualmente ocupado por Fernando Moreno. "Os elementos que integraram a lista de candidatos à Assembleia da República pelo círculo de Viana do Castelo já acordaram que, caso aquele castigo não seja levantado, ou se desvincularão do PP, passando a deputados independentes, ou continuarão como militantes mas mandando às malvas as orientações do partido", disse ontem à Lusa um daqueles elementos da lista de candidatos. Daniel Campelo foi suspenso do CDS-PP até ao final da legislatura (2003), por ter desrespeitado a orientação de voto imposta pelo partido ao viabilizar o Orçamento de Estado para 2001, em troca da promessa de alguns investimentos no distrito de Viana do Castelo. "É um castigo tremendamente injusto, pelo que nós, militantes do distrito de Viana do Castelo, não temos outra alternativa senão responder com esta posição de força", acrescentou o mesmo elemento citado pela Lusa, garantindo que tanto a distrital como as várias concelhias do distrito estão solidárias com o autarca de Ponte de Lima. "No nosso manifesto eleitoral, deixámos bem claro que nunca nos vergaríamos ao mando partidário quando em causa estivesse o interesse do Alto Minho e das suas populações, e todos os elementos que integraram a lista estão dispostos a seguir esta linha de rumo", acrescentou ainda o mesmo militante do CDS-PP citado pela Lusa. Daniel Campelo é uma figura dentro do seu partido e no seu distrito. É um dos oito presidentes de câmara que o CDS-PP ainda tem e foi o facto de encabeçar a lista de Viana do Castelo às legislativas 1999 que garantiu a eleição de um deputado do PP por aquele distrito. É a ele que o líder do CDS-PP, Paulo Portas, deve os melhores momentos que teve nas duas últimas campanhas eleitorais: europeias e legislativas. Mas Campelo passou a ser conhecido sobretudo a partir de Março do ano passado, quando chegou à Assembleia da República para fazer uma quase-greve de fome (só comia pão) dentro do Palácio de São Bento, em protesto pelo facto de a Lacto-Ibérica ir transferir a sua fábrica de queijo Limiano de Ponte de Lima para Vale de Cambra. Nessa altura, o autarca atacava o Governo por permitir que tal acontecesse e culpava o executivo pelo facto de a designação de origem "limiano" não ser concedida à câmara. Contudo, passados oito meses Campelo estava a permitir a continuidade desse mesmo Governo, ao abster-se na votação do Orçamento do Estado, em troca de obras no seu distrito. Uma atitude que não exclui vir a repetir este ano. Ele ou o deputado por Viana do Castelo que, na altura, estiver no Parlamento, pois, como afirmava no PÚBLICO do passado sábado, todos estão em sintonia. A votação do OE valeu-lhe a suspensão da sua condição de militante, mas Campelo pretende recorrer da pena que lhe foi aplicada. Numa primeira fase, vai tentar resolver o assunto junto dos órgãos jurisdicionais do partido, mas já garantiu que se aqui não tiver êxito recorrerá para os tribunais comuns, por estar convencido que a sua suspensão violou o estatuto do deputado. O autarca irá pedir a nulidade da sanção que lhe foi aplicada com o argumento de que não tem um limite temporal definido, pois a legislatura tanto pode terminar em 2003, como mais cedo, se houver eleições antecipadas. Campelo também já manifestou a sua intenção de se recandidatar à Câmara de Ponte de Lima pelo PP, apesar de Portas ter garantido que ele não será candidato pelo partido. Lusa/PÚBLICO OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL PP pode perder deputado de Viana do Castelo

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