DN

04-01-2001
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Lino de Carvalho, do PCP, encara a hipótese de entregar, por sua vez, um outro relatório alternativo.

Depois da tentativa de "Bloco Central" de relatório sobre a TAP ter falhado, José Epifânio, o relator socialista, defende que "a opção pelo grupo Qualiflyer no processo de parceria e privatização é aquela que, estrategicamente, melhor defende os interesses da companhia".

O deputado PS, acaba por alinhar com as teses defendidas por Álvaro Barreto no documento que, enquanto presidente da Comissão de Inquérito, fez chegar aos relatores, e que foi uma tentativa gorada de fomentar uma concertação de posições.

As posições assumidas pelo ex-ministro dos governos PSD e actual deputado e gestor público causaram inclusivamente um certo mal estar na bancada do PSD.

Com a opção por relatórios separados, o PS, no texto a que o DN teve acesso, refere que "a gestão da TAP foi sempre, e continuará a ser enquanto se mantiver o Estado como único accionista da empresa, fortemente influenciado pelo poder político".

Por outro lado, os gestores da transportadora aérea são claramente ilibados: "das inúmeras audiências efectuadas por esta Comissão de Inquérito Parlamentar não se detectaram, no período em análise, quaisquer actuações ilegais por parte dos diversos conselhos de administração da empresa".

Jose Epifânio refere igualmente que "a TAP, embora tenha recebido uma injecção financeira de 180 milhões de contos - com o PESEF, fundamental para evitar a ruptura financeira da companhia-, continua a ser hoje uma empresa com deficiências estruturais que a tornam pouco competitiva no difícil mercado do transporte aéreo".

António Marinho, o relator social-democrata, tem um texto com conclusões bem diferentes.

A sua proposta de relatório vai ser analisada numa reunião do PSD marcada para hoje de manhã.

Fontes social-democratas garantiam ao DN que o relatório do PSD tem necessariamente de espelhar as posições do partido sobre o que se passa na TAP. Ou seja, é necessário referir que "a gestão de Ferreira de Lima foi um desastre", que "o processo de privatização deixou a TAP indefesa face à transferência de imediato do sistema de reservas para a Swissair". A mesma fonte refere, ainda, que o relatório tem de vincar claramente que a opção pela Swissair é um dossier complicado, designadamente face ao facto de o próprio presidente da Air France ter assumido, em carta, que nunca foi recebido pela administração da empresa, apesar de ser igualmente candidato a uma parceria.

Com o prazo da comissão de inquérito a esgotar-se a 14 deste mês, verifica-se que as "leituras" dos partidos face aos últimos anos de vida da TAP são diametralmente opostas.

Lino de Carvalho, do PCP, encara a hipótese de entregar, por sua vez, um outro relatório alternativo.

Depois da tentativa de "Bloco Central" de relatório sobre a TAP ter falhado, José Epifânio, o relator socialista, defende que "a opção pelo grupo Qualiflyer no processo de parceria e privatização é aquela que, estrategicamente, melhor defende os interesses da companhia".

O deputado PS, acaba por alinhar com as teses defendidas por Álvaro Barreto no documento que, enquanto presidente da Comissão de Inquérito, fez chegar aos relatores, e que foi uma tentativa gorada de fomentar uma concertação de posições.

As posições assumidas pelo ex-ministro dos governos PSD e actual deputado e gestor público causaram inclusivamente um certo mal estar na bancada do PSD.

Com a opção por relatórios separados, o PS, no texto a que o DN teve acesso, refere que "a gestão da TAP foi sempre, e continuará a ser enquanto se mantiver o Estado como único accionista da empresa, fortemente influenciado pelo poder político".

Por outro lado, os gestores da transportadora aérea são claramente ilibados: "das inúmeras audiências efectuadas por esta Comissão de Inquérito Parlamentar não se detectaram, no período em análise, quaisquer actuações ilegais por parte dos diversos conselhos de administração da empresa".

Jose Epifânio refere igualmente que "a TAP, embora tenha recebido uma injecção financeira de 180 milhões de contos - com o PESEF, fundamental para evitar a ruptura financeira da companhia-, continua a ser hoje uma empresa com deficiências estruturais que a tornam pouco competitiva no difícil mercado do transporte aéreo".

António Marinho, o relator social-democrata, tem um texto com conclusões bem diferentes.

A sua proposta de relatório vai ser analisada numa reunião do PSD marcada para hoje de manhã.

Fontes social-democratas garantiam ao DN que o relatório do PSD tem necessariamente de espelhar as posições do partido sobre o que se passa na TAP. Ou seja, é necessário referir que "a gestão de Ferreira de Lima foi um desastre", que "o processo de privatização deixou a TAP indefesa face à transferência de imediato do sistema de reservas para a Swissair". A mesma fonte refere, ainda, que o relatório tem de vincar claramente que a opção pela Swissair é um dossier complicado, designadamente face ao facto de o próprio presidente da Air France ter assumido, em carta, que nunca foi recebido pela administração da empresa, apesar de ser igualmente candidato a uma parceria.

Com o prazo da comissão de inquérito a esgotar-se a 14 deste mês, verifica-se que as "leituras" dos partidos face aos últimos anos de vida da TAP são diametralmente opostas.

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