Sonae elege administrador na Soporcel

19-05-2001
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Sonae Elege Administrador na Soporcel

Sexta-feira, 23 de Março de 2001

Lista proposta pelos accionistas não incluía qualquer representante do grupo de Belmiro de Azevedo

A administração da Soporcel, eleita ontem em assembleia geral para um período de três anos, vai integrar um elemento indicado pela Sonae - Guilherme Costa, que já foi presidente do ICEP. Belmiro de Azevedo conseguiu, assim, uma vitória na "guerra" que mantém com o Governo por causa da forma como tem sido conduzida a reestruturação do sector da pasta e do papel.

Durante a semana tinha-se especulado sobre se o accionista maioritário da empresa - o Estado, via Portucel - aceitaria que a nova administração da Soporcel integrasse um elemento do grupo da Maia, que assume uma participação de 14 por cento no capital da papeleira. As previsões acabaram por se confirmar, de tal modo que a lista apresentada não incluía qualquer representante da Sonae.

A entrada de Guilherme Costa para a administração só aconteceu porque a Sonae votou contra a lista apresentada, o que lhe conferiu o direito de indigitar um administrador, que substituiu o último nome da lista a sufrágio. "A legislação em vigor permite a qualquer accionista que detenha mais de dez por cento do capital votar contra e apresentar o nome da pessoa a indigitar", explicou Álvaro Barreto, presidente reeleito da Soporcel, citado pela agência Lusa.

Belmiro de Azevedo tem sido muito crítico em relação à forma como o Governo está a conduzir a reestruturação do sector e a privatização da Portucel e chegou mesmo a dizer, em entrevista ao PÚBLICO, que tem sido "hostilizado" em todo este processo. Mesmo assim, tem vindo a aumentar a participação na Soporcel, onde já detém 14 por cento, e na Portucel, onde controla 17 por cento do capital. Álvaro Barreto estima que estas posições garantirão uma fatia de 28 por cento no capital da empresa que resultar da fusão da Soporcel com a Portucel.

Para além da eleição da nova administração, que tem Jorge Armindo (líder da Portucel) como vice-presidente, a assembleia geral aprovou o relatório e contas e a proposta de dividendo que é de 0,5 euro (cerca de 100 escudos por acção).

José Manuel Rocha

Sonae Elege Administrador na Soporcel

Sexta-feira, 23 de Março de 2001

Lista proposta pelos accionistas não incluía qualquer representante do grupo de Belmiro de Azevedo

A administração da Soporcel, eleita ontem em assembleia geral para um período de três anos, vai integrar um elemento indicado pela Sonae - Guilherme Costa, que já foi presidente do ICEP. Belmiro de Azevedo conseguiu, assim, uma vitória na "guerra" que mantém com o Governo por causa da forma como tem sido conduzida a reestruturação do sector da pasta e do papel.

Durante a semana tinha-se especulado sobre se o accionista maioritário da empresa - o Estado, via Portucel - aceitaria que a nova administração da Soporcel integrasse um elemento do grupo da Maia, que assume uma participação de 14 por cento no capital da papeleira. As previsões acabaram por se confirmar, de tal modo que a lista apresentada não incluía qualquer representante da Sonae.

A entrada de Guilherme Costa para a administração só aconteceu porque a Sonae votou contra a lista apresentada, o que lhe conferiu o direito de indigitar um administrador, que substituiu o último nome da lista a sufrágio. "A legislação em vigor permite a qualquer accionista que detenha mais de dez por cento do capital votar contra e apresentar o nome da pessoa a indigitar", explicou Álvaro Barreto, presidente reeleito da Soporcel, citado pela agência Lusa.

Belmiro de Azevedo tem sido muito crítico em relação à forma como o Governo está a conduzir a reestruturação do sector e a privatização da Portucel e chegou mesmo a dizer, em entrevista ao PÚBLICO, que tem sido "hostilizado" em todo este processo. Mesmo assim, tem vindo a aumentar a participação na Soporcel, onde já detém 14 por cento, e na Portucel, onde controla 17 por cento do capital. Álvaro Barreto estima que estas posições garantirão uma fatia de 28 por cento no capital da empresa que resultar da fusão da Soporcel com a Portucel.

Para além da eleição da nova administração, que tem Jorge Armindo (líder da Portucel) como vice-presidente, a assembleia geral aprovou o relatório e contas e a proposta de dividendo que é de 0,5 euro (cerca de 100 escudos por acção).

José Manuel Rocha

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