Portugal Online!

19-07-2001
marcar artigo

Diário Económico >>

06 de Julho

Energia - Estratégia: Tejo Energia pondera investir 200 milhões

A Tejo Energia está a equacionar um investimento de 200 milhões de contos em duas centrais de co-geração a gás no Pego (concelho de Abrantes), com uma capacidade unitária de 38 megawatts (MhW), adiantou ao Diário Económico o presidente da administração da empresa, Álvaro Barreto. por Alexandra Figueira - Vasco Noronha Falando ao DE à margem do fórum «Indústria em Portugal», que decorreu na Figueira da Foz sob organização do município local, o responsável frisou que, apesar de o projecto já ter luz verde dos accionistas da Tejo Energia, ainda está por definir se serão uma ou duas as centrais a construir. «Neste momento, ainda não é ponto assente este projecto. Mas, os accionistas já aprovaram», afirmou Álvaro Barreto, presidente não executivo da Tejo Energia. Segundo o responsável, o projecto está pendente de negociações com a Galpenergia, visando a redução do preço cobrado para o fornecimento de gás. «Ao preço actual, estas centrais não são viáveis. Só o serão se o preço baixar», precisou Álvaro Barreto, acrescentando que «estamos a começar os contactos». O presidente da Tejo Energia deixou no ar a ideia de que a Espanha poderá ser uma alternativa caso as negociações para a redução do preço cobrado pela Galpenergia não tenham sucesso. «Se em Portugal o preço do gás não é atractivo, em Espanha é. O problema em Espanha é arranjar localização», salientou Álvaro Barreto. Contudo, contactado pelo DE, o administrador-delegado da Tejo Energia, Jeff Wright, afirmou desconhecer este possível investimento. «Não conheço nenhum investimento em Abrantes. Mas, estamos sempre atentos às oportunidades. Se as houver daremos conta aos nossos accionistas», frisou o responsável. A Tejo Energia, primeiro produtor privado em Portugal, é detido maioritariamente pelos britânicos da National Power (45%), sendo o restante capital dividido entre a espanhola Endesa (35%), a EDF - Electricité de France (10%) e a EDP - Electricidade de Portugal, que detém também 10%. Desde 1993, o grupo gere a central do Pego, concessionada pela EDP durante 28 anos por 155 milhões de contos. O projecto divulgado por Álvaro Barreto representa a concretização do interesse assumido em 1996 pela National Power no sector da co-geração - pequenas centrais para a produção de vapor e energia -, segmento onde é forte em Inglaterra. O director-geral na altura, Robert Robinson, referiu que este sector «é muito interessante em Portugal»., tendo salientado que a ideia base era a de investir em centrais de 10, 20 ou 30 MhW, e vender a produção de vapor aos industriais. As centrais de co-geração representam um segmento de negócio ainda pouco explorado pelos produtores dado que, normalmente, são impulsionadas directamente pelas indústrias utilizadoras, devido aos elevados custos energéticos. No ano passado, a indústria pôs em causa o seu interesse na co-geração como alternativa energética devido ao acentuado agravamento dos preços do fuel-óleo e do gás, que ameaçou comprometer a rentabilidade deste tipo de centrais. afigueira@economica.iol.pt vnoronha@economica.iol.pt

Diário Económico >>

06 de Julho

Energia - Estratégia: Tejo Energia pondera investir 200 milhões

A Tejo Energia está a equacionar um investimento de 200 milhões de contos em duas centrais de co-geração a gás no Pego (concelho de Abrantes), com uma capacidade unitária de 38 megawatts (MhW), adiantou ao Diário Económico o presidente da administração da empresa, Álvaro Barreto. por Alexandra Figueira - Vasco Noronha Falando ao DE à margem do fórum «Indústria em Portugal», que decorreu na Figueira da Foz sob organização do município local, o responsável frisou que, apesar de o projecto já ter luz verde dos accionistas da Tejo Energia, ainda está por definir se serão uma ou duas as centrais a construir. «Neste momento, ainda não é ponto assente este projecto. Mas, os accionistas já aprovaram», afirmou Álvaro Barreto, presidente não executivo da Tejo Energia. Segundo o responsável, o projecto está pendente de negociações com a Galpenergia, visando a redução do preço cobrado para o fornecimento de gás. «Ao preço actual, estas centrais não são viáveis. Só o serão se o preço baixar», precisou Álvaro Barreto, acrescentando que «estamos a começar os contactos». O presidente da Tejo Energia deixou no ar a ideia de que a Espanha poderá ser uma alternativa caso as negociações para a redução do preço cobrado pela Galpenergia não tenham sucesso. «Se em Portugal o preço do gás não é atractivo, em Espanha é. O problema em Espanha é arranjar localização», salientou Álvaro Barreto. Contudo, contactado pelo DE, o administrador-delegado da Tejo Energia, Jeff Wright, afirmou desconhecer este possível investimento. «Não conheço nenhum investimento em Abrantes. Mas, estamos sempre atentos às oportunidades. Se as houver daremos conta aos nossos accionistas», frisou o responsável. A Tejo Energia, primeiro produtor privado em Portugal, é detido maioritariamente pelos britânicos da National Power (45%), sendo o restante capital dividido entre a espanhola Endesa (35%), a EDF - Electricité de France (10%) e a EDP - Electricidade de Portugal, que detém também 10%. Desde 1993, o grupo gere a central do Pego, concessionada pela EDP durante 28 anos por 155 milhões de contos. O projecto divulgado por Álvaro Barreto representa a concretização do interesse assumido em 1996 pela National Power no sector da co-geração - pequenas centrais para a produção de vapor e energia -, segmento onde é forte em Inglaterra. O director-geral na altura, Robert Robinson, referiu que este sector «é muito interessante em Portugal»., tendo salientado que a ideia base era a de investir em centrais de 10, 20 ou 30 MhW, e vender a produção de vapor aos industriais. As centrais de co-geração representam um segmento de negócio ainda pouco explorado pelos produtores dado que, normalmente, são impulsionadas directamente pelas indústrias utilizadoras, devido aos elevados custos energéticos. No ano passado, a indústria pôs em causa o seu interesse na co-geração como alternativa energética devido ao acentuado agravamento dos preços do fuel-óleo e do gás, que ameaçou comprometer a rentabilidade deste tipo de centrais. afigueira@economica.iol.pt vnoronha@economica.iol.pt

marcar artigo