EXPRESSO: Vidas

01-03-2002
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4/8/2001

GENTE

Reencontro — De dois amigos que não se vêem há 40 anos e que por fim vão poder abraçar-se, em Arganil, no dia 6 de Setembro próximo. Esses amigos são o músico José Mário Branco e Fernando Vale, presidente honorário do Partido Socialista, ainda rijo nos seus 101 anos de idade. Um e outro encontraram-se uma única vez na vida: na mesma cela onde a PIDE os meteu antes ainda de José Mário ter partido para terras de França. Falam-se com alguma frequência ao telefone mas nunca mais se reviram desde os tempos da prisão. José Mário Branco vai promover um espectáculo com João Loio e Manuela de Freitas, mas o momento alto deve ser mesmo o abraço entre os dois. Será que Henrique Mendes vai resistir a aparecer e fazer um «Ponto de Encontro» ao vivo?

Constatação — De que se o Homem fosse quadrúpede, não se sujeitaria a inconveniências tão grandes como poder sofrer de hérnias e outros males que tais. Mas deu-lhe para adoptar uma forma «esquisita» de deambulação, o bipedismo, e é o que se vê. Não é exactamente assim que o chefe do serviço de Ortopedia do Hospital de Santo António, do Porto, Leandro Massada, sente o problema, mas refere-se-lhe no seu último livro publicado recentemente pela editorial Caminho. Antigo internacional de andebol, foi médico das camadas juvenis de futebol do FC Porto e ligou-se à Liga de Clubes Profissionais de Futebol. «O arquétipo esquelético do Homo Sapiens, apesar de mostrar uma construção maravilhosa do ponto de vista biomecânico, apresenta certos defeitos estruturais», escreve Massada. Mas, Hélas! Foi a libertação das mãos que permitiu ao homem evoluir entre todos os primatas e ao ortopedista-escritor ter sido um dos mais brilhantes andebolistas portugueses de todos os tempos.

Notícia — De que a campanha Zig Zag contra a sida, organizada pela única marca de preservativos nacional, vai chegar ao Alentejo. O Festival do Sudoeste marca o início do «road show» que contará com acções de sensibilização em parques de campismo, praias e esplanadas. A Zig Zag passará por Zambujeira, Vila Nova de Milfontes, Lagos, Albufeira, Vilamoura e Quarteira.

Revelação — De que Mário de Almeida, depois de ter anunciado que decidiu renunciar à presidência da Associação Nacional de Municípios para se dedicar em exclusivo a Vila do Conde, vai também desfazer-se dos seus negócios pessoais. O autarca socialista vai vender a livraria e as lojas Hugo Boss que possui no município de que é presidente há mais de 20 anos. Almeida está pessimista para as próximas eleições autárquicas e admite que o Partido Socialista perca a maioria das câmaras do país.

Notícia — De que o Hospital Südersjukhuset de Estocolmo, na Suécia, confirmou à empresa Red Bull, em reunião feita no fim do mês passado, que não se conhece qualquer ligação entre os casos relatados da morte de três suecos e o consumo de Red Bull (ver caderno Vidas de 21 de Julho) e que não existem quaisquer evidências de que as bebidas energéticas em geral são, de alguma forma, perigosas. O Red Bull entrou no mercado europeu há 14 anos. A marca do touro vermelho foi introduzida na Europa por Dietrich Mateschitz, que a provou pela primeira vez quando viajava pela Tailândia. A bebida é conhecida no Oriente como Krating Daeng, que significa touro vermelho em tailandês.

Anúncio — De que a actriz neozelandesa Lucy Lawless, conhecida por interpretar o papel de «Xena, a princesa guerreira», série que chegou ao fim neste Verão nos Estados Unidos, assinou um contrato para aparecer nos «Ficheiros Secretos». A actriz vai aparecer nos primeiros dois episódios da série televisiva para 2001-2002, que começará a ser emitida no dia 4 de Novembro nos EUA. Os pormenores sobre o papel que Lucy irá interpretar estão sendo mantidos em segredo e existe a hipótese de que a actriz trabalhe em mais episódios, embora isto ainda não tenha sido decidido até ao momento.

Sorte — Da actriz britânica Rachel Weisz, protagonista de «A Múmia», «Inimigo às Portas» e «O Regresso da Múmia», ao escapar de um brutal acidente de trânsito em Londres. Segundo a imprensa britânica, a actriz tinha acabado de sair do táxi em que regressara de uma consulta médica à casa quando um camião desgovernado esmagou completamente a parte traseira do veículo. Segundo uma testemunha ocular do acidente garantiu aos repórteres, «foi um autêntico milagre Rachel não ter morrido».

Exagero, diz ele Coordenação de Pedro Andrade

António Borges (na foto) regressou a Londres, depois de ter deixado a pátria em alvoroço com a sua entrada na política. Mas, aos amigos, Borges diz que tudo aconteceu por acaso. A intervenção no Nicola já estava combinada com Leonor Beleza há mais de quatro meses. ) regressou a Londres, depois de ter deixado a pátria em alvoroço com a sua entrada na política. Mas, aos amigos, Borges diz que tudo aconteceu por acaso. A intervenção no Nicola já estava combinada comhá mais de quatro meses. O discurso na Associação Cristã de Empresários e Gestores deveu-se aos amigos que lá tem - que organizaram depois as entrevistas ao «Público», «Diário de Notícias» e SIC–Notícias. A adesão ao PSD teve a ver com os amigos de Alter do Chão - de quem gosta muito e que o pressionaram a candidatar-se à Assembleia Municipal. Além disso, Borges diz que todos devem contribuir para melhorar o país - mas que o seu envolvimento, para já, pára por aqui. E que as notícias sobre ele foram exageradas, porque em Portugal há excelentes pessoas que podem fazer muito por Portugal. E que é amigo de Kenneth Clarke, que se está a candidatar a líder do Partido Conservador britânico e que lhe diz que a política não é uma actividade nada fácil. Pois, pois... Como diz o ditado, chuva em Novembro, Natal em Dezembro.

Os assessores de Balsemão Quando Francisco Pinto Balsemão foi primeiro-ministro, tinha um grupo informal de jovens assessores que consultava com regularidade. Os três, antes ilustres desconhecidos, estão hoje na ribalta: Miguel Beleza, Diogo Lucena e... António Borges. Depois de ter deixado o Governo e na altura em que se tornou presidente do IPSD, Balsemão, impressionado com a inteligência e a capacidade de síntese de Borges, convidou-o para fazer o resumo de várias iniciativas organizadas pelo instituto. Borges escutava o que se dizia durante toda a sexta-feira e a manhã de sábado - e, no encerramento, como recorda Balsemão, produzia uma excepcional síntese de 20 minutos, com os pontos essenciais do que tinha sido discutido. Uma capacidade que o então jovem assessor tem vindo a refinar, como mostrou o seu sintético discurso nas Noites da Oposição do Café Nicola.

A estátua que canta RUI OCHÔA O escultor Lagoa Henriques anunciou que vai fazer uma estátua de Amália Rodrigues que canta quando alguém se aproxima dela. A obra irá ficar no cimo do parque Eduardo VII, em Lisboa, e promete pregar uns valentes sustos aos mais incautos cidadãos que ousem passar junto da diva. Poderia ser a cena de abertura de um filme de terror chamado «A Revolta das Estátuas», e que incluiria imagens tão fortes como o recauchutado Eça do Chiado a dizer segredos de amor à musa que tem nos braços, o Pessoa a declamar a «Mensagem» a quem se sentar à sua mesa, os poetas de Isaltino de Morais a transformarem a alameda de Oeiras numa cacofonia de versos, o D. Sebastião de Lagos a debitar trovas do Bandarra, o Marquês de Pombal a fazer tremer a terra sob os pés dos turistas e o Cristo-Rei a abrir a boca deixando sair a voz do padre Borga que canta «Põe tua mão na mão do meu Senhor da Galiléia». O escultoranunciou que vai fazer uma estátua deque canta quando alguém se aproxima dela. A obra irá ficar no cimo do parque Eduardo VII, em Lisboa, e promete pregar uns valentes sustos aos mais incautos cidadãos que ousem passar junto da diva. Poderia ser a cena de abertura de um filme de terror chamado «A Revolta das Estátuas», e que incluiria imagens tão fortes como o recauchutado Eça do Chiado a dizer segredos de amor à musa que tem nos braços, o Pessoa a declamar a «Mensagem» a quem se sentar à sua mesa, os poetas de Isaltino de Morais a transformarem a alameda de Oeiras numa cacofonia de versos, o D. Sebastião de Lagos a debitar trovas do Bandarra, o Marquês de Pombal a fazer tremer a terra sob os pés dos turistas e o Cristo-Rei a abrir a boca deixando sair a voz do padre Borga que canta

A confusão do milénio Celso Manata era até há pouco tempo director-geral dos Serviços Prisionais. Era conhecida a sua queda para a escrita e há funcionários que não perdiam pitada dos seus célebres editoriais na revista «Prisões». Manata - diz-se - escrevia para os seus. Uma das suas últimas prosas, datada de Dezembro de 2000, bateu recordes de popularidade interna e revelava clarividência tal que GENTE não quer deixar de a registar para a posteridade. Escrevia Celso Manata: «O início do corrente ano corresponde à entrada num novo milénio e, no seu termo, encetar-se-á um novo século». Notável!

A mesa de Bárbara Bizarra é o mínimo que se pode dizer da mesa onde Bárbara Guimarães conversa com os seus convidados no programa diário da SIC Notícias. Para quem nunca viu, GENTE explica: a mesa tem um tampo de vidro, quadrado, assente sobre quatro rodas de bicicleta. Sucede que, quando Bárbara e o convidado se sentam e chegam as cadeiras à frente, parecem estar sentados em cadeiras... de rodas. Como as entrevistas decorrem junto ao Tejo, os espectadores têm a sensação de estar a assistir a uma conversa entre dois traumatizados que foram para a beira-rio recuperar de um acidente de viação. A original mesa é, aliás, objecto de comentários bem-dispostos por parte dos convidados. GENTE selecciona um: «Esta mesa é como o Governo - não anda para lado nenhum...!» Bizarra é o mínimo que se pode dizer da mesa ondeconversa com os seus convidados no programa diário da SIC Notícias. Para quem nunca viu, GENTE explica: a mesa tem um tampo de vidro, quadrado, assente sobre quatro rodas de bicicleta. Sucede que, quando Bárbara e o convidado se sentam e chegam as cadeiras à frente, parecem estar sentados em cadeiras... de rodas. Como as entrevistas decorrem junto ao Tejo, os espectadores têm a sensação de estar a assistir a uma conversa entre dois traumatizados que foram para a beira-rio recuperar de um acidente de viação. A original mesa é, aliás, objecto de comentários bem-dispostos por parte dos convidados. GENTE selecciona um: «Esta mesa é como o Governo - não anda para lado nenhum...!»

As páginas vermelhas Vá pelos seus dedos. Procure nas páginas brancas, as mais actualizadas, aquelas que têm um troço de calçada branca envolvida por uma cor verde na capa. Sim, aquele volume editado pela Portugal Telecom que diz «Lista Telefónica 2001-2002 Lisboa assinantes». Esta edição, como todas as edições, tem algumas páginas bastante singulares e outras meramente banais. Mas vamos às primeiras: nas páginas 325 e 868, a PT decidiu fazer História. Porque, para a empresa de telefones, a URSS ainda está viva. Afinal, sabemos agora graças à PT, as repúblicas da URSS não declararam independência em Setembro de 1991, o parlamento soviético não foi extinto em 16 de Dezembro, Mikhail Gorbatchov nunca renunciou à presidência da URSS (nove dias mais tarde) e, no dia de Natal daquele ano, a União Soviética não deixou oficialmente de existir. Vá àquelas páginas e verá. Segundo a Lista, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ainda tem uma embaixada em Lisboa com telefone e tudo: 218 406 476. É verdade que, como dizia um poeta português, Pedro Oom, «pode-se escrever sem saber escrever», «pode-se escrever TUDO sem saber NADA» e «pode-se escrever NADA sem saber».

A sorte de Durão Barroso ANA BAIÃO Durão Barroso está mesmo em maré de sorte, agora que as sondagens deixaram de lhe ser tão madrastas. E nesta maré se insere a sua viagem à Indonésia e a Timor. À chegada a Jacarta todas as malas da comitiva que acompanhava o líder do PSD se perderam... todas, menos a de Durão, que chegou «certinha». No dia seguinte lá apareceram as de Pedro Duarte, do assessor de imprensa Zeca Mendonça e dos quatro jornalistas que os acompanhavam. 48 horas depois, no dia em que abandonaram a capital indonésia, chegou finalmente a bagagem de Teresa Gouveia, a mais penalizada pelas confusões aeronáuticas... Mas a boa estrela do líder do PSD não se ficou por aqui. O PS decidiu criticar o seu encontro com Ali Alatas conseguindo o objectivo que Barroso parecia estar com dificuldades em atingir: que o país ficasse a saber da viagem. está mesmo em maré de sorte, agora que as sondagens deixaram de lhe ser tão madrastas. E nesta maré se insere a sua viagem à Indonésia e a Timor. À chegada a Jacarta todas as malas da comitiva que acompanhava o líder do PSD se perderam... todas, menos a de Durão, que chegou «certinha». No dia seguinte lá apareceram as de, do assessor de imprensae dos quatro jornalistas que os acompanhavam. 48 horas depois, no dia em que abandonaram a capital indonésia, chegou finalmente a bagagem de, a mais penalizada pelas confusões aeronáuticas... Mas a boa estrela do líder do PSD não se ficou por aqui. O PS decidiu criticar o seu encontro comconseguindo o objectivo que Barroso parecia estar com dificuldades em atingir: que o país ficasse a saber da viagem.

A baía de Capucho O candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Cascais anda verdadeiramente empenhado na sua campanha, desdobrando-se em iniciativas de Verão. Na verdade, António Capucho até irá gozar férias em sua casa, no concelho, para estar sempre por perto. E, na semana passada, viu juntar-se-lhe Miguel Ângelo, o vocalista dos «Delfins», que será o mandatário para a juventude da sua campanha. Pelo andar da carruagem, GENTE até consegue adivinhar qual será o hino de campanha: «A Baía de Cascais», um dos grandes sucessos da banda de Miguel Ângelo. É caso para dizer que «leva dois e paga um».

Espaço verde no Cacém @@ANA BAIÃO Os resultados dos Censos 2001 revelaram que na última década a freguesia do Cacém, em Sintra, continua alegremente a ser inundada por betoneiras. Apesar da «selva de cimento» que já existia em 1991, a autarquia de Edite Estrela (na foto) lá condescendeu na construção de mais uns 14 mil apartamentos - a que se juntaram mais 58 mil nas outras freguesias de Sintra. Uma coisa que faz com que o contestado presidente de Cascais, José Luís Judas, pareça ao pé disto um menino de coro. GENTE sabe que agora é cada vez mais difícil encontrar no Cacém, por entre o emaranhado dos prédios, alguma coisa que seja verde. Mas o Ministério do Ambiente, sempre atento às mais ansiosas necessidades da população local e em prol da conservação da natureza, decidiu ajudar a criar um hectare de espaços verdes. Daí que no passado dia 27 de Julho, o secretário de Estado da Conservação da Natureza, Pedro Silva Pereira, tenha ido assinar um contrato-programa para o arrelvamento do campo de futebol do Atlético Clube do Cacém. Se não se usarem muitos pesticidas, as minhocas, caracóis e percevejos vão agradecer este acto de pura conservação da natureza. Os resultados dos Censos 2001 revelaram que na última década a freguesia do Cacém, em Sintra, continua alegremente a ser inundada por betoneiras. Apesar da «selva de cimento» que já existia em 1991, a autarquia de) lá condescendeu na construção de mais uns 14 mil apartamentos - a que se juntaram mais 58 mil nas outras freguesias de Sintra. Uma coisa que faz com que o contestado presidente de Cascais,, pareça ao pé disto um menino de coro. GENTE sabe que agora é cada vez mais difícil encontrar no Cacém, por entre o emaranhado dos prédios, alguma coisa que seja verde. Mas o Ministério do Ambiente, sempre atento às mais ansiosas necessidades da população local e em prol da conservação da natureza, decidiu ajudar a criar um hectare de espaços verdes. Daí que no passado dia 27 de Julho, o secretário de Estado da Conservação da Natureza,, tenha ido assinar um contrato-programa para o arrelvamento do campo de futebol do Atlético Clube do Cacém. Se não se usarem muitos pesticidas, as minhocas, caracóis e percevejos vão agradecer este acto de pura conservação da natureza.

Governo sombra A bancada do PS sempre foi difícil, nomeadamente para a liderança do seu partido. E a actuação do primeiro-ministro pouco tem contribuído para alterar esta situação... Senão vejamos: António Guterres não tem recorrido ao Parlamento de cada vez que remodela mas, pelo contrário, a bancada parlamentar tem sido o destino da maioria dos membros da sua equipa quando são remodelados. Assim, neste momento, estão como deputados Alberto Costa, Fernando Gomes, João Cravinho, Pina Moura, Jorge Coelho, Vera Jardim, Manuel Maria Carrilho e Maria de Belém Roseira. Nem mais nem menos que oito ex-ministros, quase o número suficiente para compor um executivo... sombra? Ou alternativo? E quem seria o líder deste projecto? A resposta óbvia é o líder da bancada, Francisco Assis. Que, na segunda-feira, em entrevista ao «Diário de Notícias», até defendeu que «o PS e o Governo precisam de um novo impulso».

Um rali diferente O rali BP Visco Ford Escape Livre integra há 14 anos o calendário oficial da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, reúne na Guarda uns quantos pilotos de primeiro plano - este ano compareceram, entre outros, Rui Madeira, actual líder do Nacional da especialidade, o seu navegador (mas aqui adversário) Fernando Prata, Sérgio Paiva, navegador campeão nacional, e Joaquim Santos, antigo campeão nacional - mas difere de todos os demais pela sua originalidade. A começar pelo facto de na última edição nenhum concorrente ter tido necessidade de se apresentar motorizado na Guarda: as 68 equipas viajaram de comboio e, no local, cumpriram todas no mesmo carro o lado competitivo do rali, para não dar azo a lamentos pelas disparidades das cavalagens. Ganhou Joaquim Santos (na foto, na tradicional festa do champanhe, ocupando o lugar mais alto do pódio) entre os que levaram a coisa a sério. Mas houve quem destoasse, optando por fazer o «slalom» empurrando um carrinho de bebé - devidamente equipado, com capacete e tudo - ou então usando um par de bicicletas... Pelo meio não faltaram ocasiões para o convívio e descoberta turística da região, que este ano privilegiou o concelho de Mêda, no encerramento de um périplo pelo distrito que levou 14 anos a cumprir. Não havendo mais concelhos para visitar e porque o espírito do rali não podia cair no vazio, a iniciativa está assegurada por mais quatro anos ao abrigo de um protocolo assinado entre a Região de Turismo da Serra da Estrela e o Clube Escape Livre. O rali BP Visco Ford Escape Livre integra há 14 anos o calendário oficial da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, reúne na Guarda uns quantos pilotos de primeiro plano - este ano compareceram, entre outros,, actual líder do Nacional da especialidade, o seu navegador (mas aqui adversário), navegador campeão nacional, e, antigo campeão nacional - mas difere de todos os demais pela sua originalidade. A começar pelo facto de na última edição nenhum concorrente ter tido necessidade de se apresentar motorizado na Guarda: as 68 equipas viajaram de comboio e, no local, cumpriram todas no mesmo carro o lado competitivo do rali, para não dar azo a lamentos pelas disparidades das cavalagens. Ganhou Joaquim Santos (na foto, na tradicional festa do champanhe, ocupando o lugar mais alto do pódio) entre os que levaram a coisa a sério. Mas houve quem destoasse, optando por fazer o «slalom» empurrando um carrinho de bebé - devidamente equipado, com capacete e tudo - ou então usando um par de bicicletas... Pelo meio não faltaram ocasiões para o convívio e descoberta turística da região, que este ano privilegiou o concelho de Mêda, no encerramento de um périplo pelo distrito que levou 14 anos a cumprir. Não havendo mais concelhos para visitar e porque o espírito do rali não podia cair no vazio, a iniciativa está assegurada por mais quatro anos ao abrigo de um protocolo assinado entre a Região de Turismo da Serra da Estrela e o Clube Escape Livre.

Colin Powell dá «show» no Vietname AP O secretário de Estado norte-americano Colin Powell não fugiu à regra das reuniões da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e deu «show» no final da cimeira, ensaiando um dueto com a ministra japonesa dos Negócios Estrangeiros, Makiko Tanaka (na foto), para interpretar uma adaptação de «El Paso», um clássico da música «country». Curiosamente, esta era uma canção muito ouvida na rádio quando Powell era um simples capitão do exército «invasor» norte-americano em terras vietnamitas, há mais de 30 anos. «El Paso» conta a história de um «cow-boy» que se apaixona por uma rapariga mexicana e que acaba por morrer nos seus braços, assassinado por um rival. Mostrando que é um verdadeiro diplomata, Powell alterou convenientemente a letra da canção: «Na cidade texana de El Paso, apaixonei-me por uma rapariga vietnamita / Mais escuros do que a noite eram os olhos de Makiko». Ferido de morte, já prostrado no solo, balbucia: «Beijando a minha face, ajoelhada a meu lado / Embalado pelos seus queridos braços lindos de morrer / Um beijo mais e adeus, Makiko». A ministra japonesa levou igualmente a sério o seu papel, ajoelhou-se e beijou-o carinhosamente. O duo foi acompanhado à viola por Ralph Boyce, o próximo embaixador americano na Indonésia, e por um coro do Departamento de Estado. Mesmo desafinado, Colin Powell fez questão de mostrar ao mundo que as sessões de «karaoke» que tanto entusiasmavam a sua antecessora Madeleine Albright estão para durar. O seu exemplo foi seguido por outros diplomatas: o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, representou os Beach Boys com prancha de surf e tudo, os indianos entoaram «Hotel California», e a delegação russa, vestida com uniformes da Marinha tzarista, apresentou um elaborado «show» cantando «Yellow Submarine». O secretário de Estado norte-americanonão fugiu à regra das reuniões da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e deu «show» no final da cimeira, ensaiando um dueto com a ministra japonesa dos Negócios Estrangeiros,(na foto), para interpretar uma adaptação de «El Paso», um clássico da música «country». Curiosamente, esta era uma canção muito ouvida na rádio quando Powell era um simples capitão do exército «invasor» norte-americano em terras vietnamitas, há mais de 30 anos. «El Paso» conta a história de um «cow-boy» que se apaixona por uma rapariga mexicana e que acaba por morrer nos seus braços, assassinado por um rival. Mostrando que é um verdadeiro diplomata, Powell alterou convenientemente a letra da canção:. Ferido de morte, já prostrado no solo, balbucia:. A ministra japonesa levou igualmente a sério o seu papel, ajoelhou-se e beijou-o carinhosamente. O duo foi acompanhado à viola por, o próximo embaixador americano na Indonésia, e por um coro do Departamento de Estado. Mesmo desafinado, Colin Powell fez questão de mostrar ao mundo que as sessões de «karaoke» que tanto entusiasmavam a sua antecessoraestão para durar. O seu exemplo foi seguido por outros diplomatas: o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália,, representou os Beach Boys com prancha de surf e tudo, os indianos entoaram «Hotel California», e a delegação russa, vestida com uniformes da Marinha tzarista, apresentou um elaborado «show» cantando «Yellow Submarine».

O que «tramou» o Homem do Gelo AP Tem mais de 5300 anos e foi descoberto nos Alpes tiroleses em Setembro de 1991 por um casal alemão, Ehepaar e Erika Simon, que passeava pela zona e viu o corpo com a nuca a descoberto por causa do degelo. Há 10 dias, finalmente, soube-se o que provocou a sua morte: Oetzi, a «múmia das neves», também conhecida como Hibernatus, não resistiu a uma hemorragia interna provocada por uma seta que se alojou debaixo do ombro esquerdo. Depois de uma década de especulação, em que se aceitaram hipóteses como morte por exaustão, por frio e por fome, cientistas italianos de Bolzano (Tirol do Sul, no Norte de Itália), que estudam o corpo desde 1998 deram com a seta graças a uma tomografia computorizada. A ponta da seta, de dois centímetros, estava cravada junto ao pulmão esquerdo do «Homem do Gelo» (a foto mostra o lugar onde a seta penetrou no corpo da múmia). Resolveu-se assim o mistério da morte da mais antiga múmia natural que se conhece, embora os especialistas não lhe atribuam grande relevância: «Em termos de visão histórica, isso não aquece nem arrefece», adiantou Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia. Mas reconheceu que, «em termos de imaginário, a descoberta preenche muito os nossos sonhos». Tem mais de 5300 anos e foi descoberto nos Alpes tiroleses em Setembro de 1991 por um casal alemão,, que passeava pela zona e viu o corpo com a nuca a descoberto por causa do degelo. Há 10 dias, finalmente, soube-se o que provocou a sua morte:, a «múmia das neves», também conhecida como, não resistiu a uma hemorragia interna provocada por uma seta que se alojou debaixo do ombro esquerdo. Depois de uma década de especulação, em que se aceitaram hipóteses como morte por exaustão, por frio e por fome, cientistas italianos de Bolzano (Tirol do Sul, no Norte de Itália), que estudam o corpo desde 1998 deram com a seta graças a uma tomografia computorizada. A ponta da seta, de dois centímetros, estava cravada junto ao pulmão esquerdo do «Homem do Gelo» (a foto mostra o lugar onde a seta penetrou no corpo da múmia). Resolveu-se assim o mistério da morte da mais antiga múmia natural que se conhece, embora os especialistas não lhe atribuam grande relevância:, adiantou, director do Museu Nacional de Arqueologia. Mas reconheceu que,

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Reencontro — De dois amigos que não se vêem há 40 anos e que por fim vão poder abraçar-se, em Arganil, no dia 6 de Setembro próximo. Esses amigos são o músico José Mário Branco e Fernando Vale, presidente honorário do Partido Socialista, ainda rijo nos seus 101 anos de idade. Um e outro encontraram-se uma única vez na vida: na mesma cela onde a PIDE os meteu antes ainda de José Mário ter partido para terras de França. Falam-se com alguma frequência ao telefone mas nunca mais se reviram desde os tempos da prisão. José Mário Branco vai promover um espectáculo com João Loio e Manuela de Freitas, mas o momento alto deve ser mesmo o abraço entre os dois. Será que Henrique Mendes vai resistir a aparecer e fazer um «Ponto de Encontro» ao vivo?

Constatação — De que se o Homem fosse quadrúpede, não se sujeitaria a inconveniências tão grandes como poder sofrer de hérnias e outros males que tais. Mas deu-lhe para adoptar uma forma «esquisita» de deambulação, o bipedismo, e é o que se vê. Não é exactamente assim que o chefe do serviço de Ortopedia do Hospital de Santo António, do Porto, Leandro Massada, sente o problema, mas refere-se-lhe no seu último livro publicado recentemente pela editorial Caminho. Antigo internacional de andebol, foi médico das camadas juvenis de futebol do FC Porto e ligou-se à Liga de Clubes Profissionais de Futebol. «O arquétipo esquelético do Homo Sapiens, apesar de mostrar uma construção maravilhosa do ponto de vista biomecânico, apresenta certos defeitos estruturais», escreve Massada. Mas, Hélas! Foi a libertação das mãos que permitiu ao homem evoluir entre todos os primatas e ao ortopedista-escritor ter sido um dos mais brilhantes andebolistas portugueses de todos os tempos.

Notícia — De que a campanha Zig Zag contra a sida, organizada pela única marca de preservativos nacional, vai chegar ao Alentejo. O Festival do Sudoeste marca o início do «road show» que contará com acções de sensibilização em parques de campismo, praias e esplanadas. A Zig Zag passará por Zambujeira, Vila Nova de Milfontes, Lagos, Albufeira, Vilamoura e Quarteira.

Revelação — De que Mário de Almeida, depois de ter anunciado que decidiu renunciar à presidência da Associação Nacional de Municípios para se dedicar em exclusivo a Vila do Conde, vai também desfazer-se dos seus negócios pessoais. O autarca socialista vai vender a livraria e as lojas Hugo Boss que possui no município de que é presidente há mais de 20 anos. Almeida está pessimista para as próximas eleições autárquicas e admite que o Partido Socialista perca a maioria das câmaras do país.

Notícia — De que o Hospital Südersjukhuset de Estocolmo, na Suécia, confirmou à empresa Red Bull, em reunião feita no fim do mês passado, que não se conhece qualquer ligação entre os casos relatados da morte de três suecos e o consumo de Red Bull (ver caderno Vidas de 21 de Julho) e que não existem quaisquer evidências de que as bebidas energéticas em geral são, de alguma forma, perigosas. O Red Bull entrou no mercado europeu há 14 anos. A marca do touro vermelho foi introduzida na Europa por Dietrich Mateschitz, que a provou pela primeira vez quando viajava pela Tailândia. A bebida é conhecida no Oriente como Krating Daeng, que significa touro vermelho em tailandês.

Anúncio — De que a actriz neozelandesa Lucy Lawless, conhecida por interpretar o papel de «Xena, a princesa guerreira», série que chegou ao fim neste Verão nos Estados Unidos, assinou um contrato para aparecer nos «Ficheiros Secretos». A actriz vai aparecer nos primeiros dois episódios da série televisiva para 2001-2002, que começará a ser emitida no dia 4 de Novembro nos EUA. Os pormenores sobre o papel que Lucy irá interpretar estão sendo mantidos em segredo e existe a hipótese de que a actriz trabalhe em mais episódios, embora isto ainda não tenha sido decidido até ao momento.

Sorte — Da actriz britânica Rachel Weisz, protagonista de «A Múmia», «Inimigo às Portas» e «O Regresso da Múmia», ao escapar de um brutal acidente de trânsito em Londres. Segundo a imprensa britânica, a actriz tinha acabado de sair do táxi em que regressara de uma consulta médica à casa quando um camião desgovernado esmagou completamente a parte traseira do veículo. Segundo uma testemunha ocular do acidente garantiu aos repórteres, «foi um autêntico milagre Rachel não ter morrido».

Exagero, diz ele Coordenação de Pedro Andrade

António Borges (na foto) regressou a Londres, depois de ter deixado a pátria em alvoroço com a sua entrada na política. Mas, aos amigos, Borges diz que tudo aconteceu por acaso. A intervenção no Nicola já estava combinada com Leonor Beleza há mais de quatro meses. ) regressou a Londres, depois de ter deixado a pátria em alvoroço com a sua entrada na política. Mas, aos amigos, Borges diz que tudo aconteceu por acaso. A intervenção no Nicola já estava combinada comhá mais de quatro meses. O discurso na Associação Cristã de Empresários e Gestores deveu-se aos amigos que lá tem - que organizaram depois as entrevistas ao «Público», «Diário de Notícias» e SIC–Notícias. A adesão ao PSD teve a ver com os amigos de Alter do Chão - de quem gosta muito e que o pressionaram a candidatar-se à Assembleia Municipal. Além disso, Borges diz que todos devem contribuir para melhorar o país - mas que o seu envolvimento, para já, pára por aqui. E que as notícias sobre ele foram exageradas, porque em Portugal há excelentes pessoas que podem fazer muito por Portugal. E que é amigo de Kenneth Clarke, que se está a candidatar a líder do Partido Conservador britânico e que lhe diz que a política não é uma actividade nada fácil. Pois, pois... Como diz o ditado, chuva em Novembro, Natal em Dezembro.

Os assessores de Balsemão Quando Francisco Pinto Balsemão foi primeiro-ministro, tinha um grupo informal de jovens assessores que consultava com regularidade. Os três, antes ilustres desconhecidos, estão hoje na ribalta: Miguel Beleza, Diogo Lucena e... António Borges. Depois de ter deixado o Governo e na altura em que se tornou presidente do IPSD, Balsemão, impressionado com a inteligência e a capacidade de síntese de Borges, convidou-o para fazer o resumo de várias iniciativas organizadas pelo instituto. Borges escutava o que se dizia durante toda a sexta-feira e a manhã de sábado - e, no encerramento, como recorda Balsemão, produzia uma excepcional síntese de 20 minutos, com os pontos essenciais do que tinha sido discutido. Uma capacidade que o então jovem assessor tem vindo a refinar, como mostrou o seu sintético discurso nas Noites da Oposição do Café Nicola.

A estátua que canta RUI OCHÔA O escultor Lagoa Henriques anunciou que vai fazer uma estátua de Amália Rodrigues que canta quando alguém se aproxima dela. A obra irá ficar no cimo do parque Eduardo VII, em Lisboa, e promete pregar uns valentes sustos aos mais incautos cidadãos que ousem passar junto da diva. Poderia ser a cena de abertura de um filme de terror chamado «A Revolta das Estátuas», e que incluiria imagens tão fortes como o recauchutado Eça do Chiado a dizer segredos de amor à musa que tem nos braços, o Pessoa a declamar a «Mensagem» a quem se sentar à sua mesa, os poetas de Isaltino de Morais a transformarem a alameda de Oeiras numa cacofonia de versos, o D. Sebastião de Lagos a debitar trovas do Bandarra, o Marquês de Pombal a fazer tremer a terra sob os pés dos turistas e o Cristo-Rei a abrir a boca deixando sair a voz do padre Borga que canta «Põe tua mão na mão do meu Senhor da Galiléia». O escultoranunciou que vai fazer uma estátua deque canta quando alguém se aproxima dela. A obra irá ficar no cimo do parque Eduardo VII, em Lisboa, e promete pregar uns valentes sustos aos mais incautos cidadãos que ousem passar junto da diva. Poderia ser a cena de abertura de um filme de terror chamado «A Revolta das Estátuas», e que incluiria imagens tão fortes como o recauchutado Eça do Chiado a dizer segredos de amor à musa que tem nos braços, o Pessoa a declamar a «Mensagem» a quem se sentar à sua mesa, os poetas de Isaltino de Morais a transformarem a alameda de Oeiras numa cacofonia de versos, o D. Sebastião de Lagos a debitar trovas do Bandarra, o Marquês de Pombal a fazer tremer a terra sob os pés dos turistas e o Cristo-Rei a abrir a boca deixando sair a voz do padre Borga que canta

A confusão do milénio Celso Manata era até há pouco tempo director-geral dos Serviços Prisionais. Era conhecida a sua queda para a escrita e há funcionários que não perdiam pitada dos seus célebres editoriais na revista «Prisões». Manata - diz-se - escrevia para os seus. Uma das suas últimas prosas, datada de Dezembro de 2000, bateu recordes de popularidade interna e revelava clarividência tal que GENTE não quer deixar de a registar para a posteridade. Escrevia Celso Manata: «O início do corrente ano corresponde à entrada num novo milénio e, no seu termo, encetar-se-á um novo século». Notável!

A mesa de Bárbara Bizarra é o mínimo que se pode dizer da mesa onde Bárbara Guimarães conversa com os seus convidados no programa diário da SIC Notícias. Para quem nunca viu, GENTE explica: a mesa tem um tampo de vidro, quadrado, assente sobre quatro rodas de bicicleta. Sucede que, quando Bárbara e o convidado se sentam e chegam as cadeiras à frente, parecem estar sentados em cadeiras... de rodas. Como as entrevistas decorrem junto ao Tejo, os espectadores têm a sensação de estar a assistir a uma conversa entre dois traumatizados que foram para a beira-rio recuperar de um acidente de viação. A original mesa é, aliás, objecto de comentários bem-dispostos por parte dos convidados. GENTE selecciona um: «Esta mesa é como o Governo - não anda para lado nenhum...!» Bizarra é o mínimo que se pode dizer da mesa ondeconversa com os seus convidados no programa diário da SIC Notícias. Para quem nunca viu, GENTE explica: a mesa tem um tampo de vidro, quadrado, assente sobre quatro rodas de bicicleta. Sucede que, quando Bárbara e o convidado se sentam e chegam as cadeiras à frente, parecem estar sentados em cadeiras... de rodas. Como as entrevistas decorrem junto ao Tejo, os espectadores têm a sensação de estar a assistir a uma conversa entre dois traumatizados que foram para a beira-rio recuperar de um acidente de viação. A original mesa é, aliás, objecto de comentários bem-dispostos por parte dos convidados. GENTE selecciona um: «Esta mesa é como o Governo - não anda para lado nenhum...!»

As páginas vermelhas Vá pelos seus dedos. Procure nas páginas brancas, as mais actualizadas, aquelas que têm um troço de calçada branca envolvida por uma cor verde na capa. Sim, aquele volume editado pela Portugal Telecom que diz «Lista Telefónica 2001-2002 Lisboa assinantes». Esta edição, como todas as edições, tem algumas páginas bastante singulares e outras meramente banais. Mas vamos às primeiras: nas páginas 325 e 868, a PT decidiu fazer História. Porque, para a empresa de telefones, a URSS ainda está viva. Afinal, sabemos agora graças à PT, as repúblicas da URSS não declararam independência em Setembro de 1991, o parlamento soviético não foi extinto em 16 de Dezembro, Mikhail Gorbatchov nunca renunciou à presidência da URSS (nove dias mais tarde) e, no dia de Natal daquele ano, a União Soviética não deixou oficialmente de existir. Vá àquelas páginas e verá. Segundo a Lista, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ainda tem uma embaixada em Lisboa com telefone e tudo: 218 406 476. É verdade que, como dizia um poeta português, Pedro Oom, «pode-se escrever sem saber escrever», «pode-se escrever TUDO sem saber NADA» e «pode-se escrever NADA sem saber».

A sorte de Durão Barroso ANA BAIÃO Durão Barroso está mesmo em maré de sorte, agora que as sondagens deixaram de lhe ser tão madrastas. E nesta maré se insere a sua viagem à Indonésia e a Timor. À chegada a Jacarta todas as malas da comitiva que acompanhava o líder do PSD se perderam... todas, menos a de Durão, que chegou «certinha». No dia seguinte lá apareceram as de Pedro Duarte, do assessor de imprensa Zeca Mendonça e dos quatro jornalistas que os acompanhavam. 48 horas depois, no dia em que abandonaram a capital indonésia, chegou finalmente a bagagem de Teresa Gouveia, a mais penalizada pelas confusões aeronáuticas... Mas a boa estrela do líder do PSD não se ficou por aqui. O PS decidiu criticar o seu encontro com Ali Alatas conseguindo o objectivo que Barroso parecia estar com dificuldades em atingir: que o país ficasse a saber da viagem. está mesmo em maré de sorte, agora que as sondagens deixaram de lhe ser tão madrastas. E nesta maré se insere a sua viagem à Indonésia e a Timor. À chegada a Jacarta todas as malas da comitiva que acompanhava o líder do PSD se perderam... todas, menos a de Durão, que chegou «certinha». No dia seguinte lá apareceram as de, do assessor de imprensae dos quatro jornalistas que os acompanhavam. 48 horas depois, no dia em que abandonaram a capital indonésia, chegou finalmente a bagagem de, a mais penalizada pelas confusões aeronáuticas... Mas a boa estrela do líder do PSD não se ficou por aqui. O PS decidiu criticar o seu encontro comconseguindo o objectivo que Barroso parecia estar com dificuldades em atingir: que o país ficasse a saber da viagem.

A baía de Capucho O candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Cascais anda verdadeiramente empenhado na sua campanha, desdobrando-se em iniciativas de Verão. Na verdade, António Capucho até irá gozar férias em sua casa, no concelho, para estar sempre por perto. E, na semana passada, viu juntar-se-lhe Miguel Ângelo, o vocalista dos «Delfins», que será o mandatário para a juventude da sua campanha. Pelo andar da carruagem, GENTE até consegue adivinhar qual será o hino de campanha: «A Baía de Cascais», um dos grandes sucessos da banda de Miguel Ângelo. É caso para dizer que «leva dois e paga um».

Espaço verde no Cacém @@ANA BAIÃO Os resultados dos Censos 2001 revelaram que na última década a freguesia do Cacém, em Sintra, continua alegremente a ser inundada por betoneiras. Apesar da «selva de cimento» que já existia em 1991, a autarquia de Edite Estrela (na foto) lá condescendeu na construção de mais uns 14 mil apartamentos - a que se juntaram mais 58 mil nas outras freguesias de Sintra. Uma coisa que faz com que o contestado presidente de Cascais, José Luís Judas, pareça ao pé disto um menino de coro. GENTE sabe que agora é cada vez mais difícil encontrar no Cacém, por entre o emaranhado dos prédios, alguma coisa que seja verde. Mas o Ministério do Ambiente, sempre atento às mais ansiosas necessidades da população local e em prol da conservação da natureza, decidiu ajudar a criar um hectare de espaços verdes. Daí que no passado dia 27 de Julho, o secretário de Estado da Conservação da Natureza, Pedro Silva Pereira, tenha ido assinar um contrato-programa para o arrelvamento do campo de futebol do Atlético Clube do Cacém. Se não se usarem muitos pesticidas, as minhocas, caracóis e percevejos vão agradecer este acto de pura conservação da natureza. Os resultados dos Censos 2001 revelaram que na última década a freguesia do Cacém, em Sintra, continua alegremente a ser inundada por betoneiras. Apesar da «selva de cimento» que já existia em 1991, a autarquia de) lá condescendeu na construção de mais uns 14 mil apartamentos - a que se juntaram mais 58 mil nas outras freguesias de Sintra. Uma coisa que faz com que o contestado presidente de Cascais,, pareça ao pé disto um menino de coro. GENTE sabe que agora é cada vez mais difícil encontrar no Cacém, por entre o emaranhado dos prédios, alguma coisa que seja verde. Mas o Ministério do Ambiente, sempre atento às mais ansiosas necessidades da população local e em prol da conservação da natureza, decidiu ajudar a criar um hectare de espaços verdes. Daí que no passado dia 27 de Julho, o secretário de Estado da Conservação da Natureza,, tenha ido assinar um contrato-programa para o arrelvamento do campo de futebol do Atlético Clube do Cacém. Se não se usarem muitos pesticidas, as minhocas, caracóis e percevejos vão agradecer este acto de pura conservação da natureza.

Governo sombra A bancada do PS sempre foi difícil, nomeadamente para a liderança do seu partido. E a actuação do primeiro-ministro pouco tem contribuído para alterar esta situação... Senão vejamos: António Guterres não tem recorrido ao Parlamento de cada vez que remodela mas, pelo contrário, a bancada parlamentar tem sido o destino da maioria dos membros da sua equipa quando são remodelados. Assim, neste momento, estão como deputados Alberto Costa, Fernando Gomes, João Cravinho, Pina Moura, Jorge Coelho, Vera Jardim, Manuel Maria Carrilho e Maria de Belém Roseira. Nem mais nem menos que oito ex-ministros, quase o número suficiente para compor um executivo... sombra? Ou alternativo? E quem seria o líder deste projecto? A resposta óbvia é o líder da bancada, Francisco Assis. Que, na segunda-feira, em entrevista ao «Diário de Notícias», até defendeu que «o PS e o Governo precisam de um novo impulso».

Um rali diferente O rali BP Visco Ford Escape Livre integra há 14 anos o calendário oficial da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, reúne na Guarda uns quantos pilotos de primeiro plano - este ano compareceram, entre outros, Rui Madeira, actual líder do Nacional da especialidade, o seu navegador (mas aqui adversário) Fernando Prata, Sérgio Paiva, navegador campeão nacional, e Joaquim Santos, antigo campeão nacional - mas difere de todos os demais pela sua originalidade. A começar pelo facto de na última edição nenhum concorrente ter tido necessidade de se apresentar motorizado na Guarda: as 68 equipas viajaram de comboio e, no local, cumpriram todas no mesmo carro o lado competitivo do rali, para não dar azo a lamentos pelas disparidades das cavalagens. Ganhou Joaquim Santos (na foto, na tradicional festa do champanhe, ocupando o lugar mais alto do pódio) entre os que levaram a coisa a sério. Mas houve quem destoasse, optando por fazer o «slalom» empurrando um carrinho de bebé - devidamente equipado, com capacete e tudo - ou então usando um par de bicicletas... Pelo meio não faltaram ocasiões para o convívio e descoberta turística da região, que este ano privilegiou o concelho de Mêda, no encerramento de um périplo pelo distrito que levou 14 anos a cumprir. Não havendo mais concelhos para visitar e porque o espírito do rali não podia cair no vazio, a iniciativa está assegurada por mais quatro anos ao abrigo de um protocolo assinado entre a Região de Turismo da Serra da Estrela e o Clube Escape Livre. O rali BP Visco Ford Escape Livre integra há 14 anos o calendário oficial da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, reúne na Guarda uns quantos pilotos de primeiro plano - este ano compareceram, entre outros,, actual líder do Nacional da especialidade, o seu navegador (mas aqui adversário), navegador campeão nacional, e, antigo campeão nacional - mas difere de todos os demais pela sua originalidade. A começar pelo facto de na última edição nenhum concorrente ter tido necessidade de se apresentar motorizado na Guarda: as 68 equipas viajaram de comboio e, no local, cumpriram todas no mesmo carro o lado competitivo do rali, para não dar azo a lamentos pelas disparidades das cavalagens. Ganhou Joaquim Santos (na foto, na tradicional festa do champanhe, ocupando o lugar mais alto do pódio) entre os que levaram a coisa a sério. Mas houve quem destoasse, optando por fazer o «slalom» empurrando um carrinho de bebé - devidamente equipado, com capacete e tudo - ou então usando um par de bicicletas... Pelo meio não faltaram ocasiões para o convívio e descoberta turística da região, que este ano privilegiou o concelho de Mêda, no encerramento de um périplo pelo distrito que levou 14 anos a cumprir. Não havendo mais concelhos para visitar e porque o espírito do rali não podia cair no vazio, a iniciativa está assegurada por mais quatro anos ao abrigo de um protocolo assinado entre a Região de Turismo da Serra da Estrela e o Clube Escape Livre.

Colin Powell dá «show» no Vietname AP O secretário de Estado norte-americano Colin Powell não fugiu à regra das reuniões da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e deu «show» no final da cimeira, ensaiando um dueto com a ministra japonesa dos Negócios Estrangeiros, Makiko Tanaka (na foto), para interpretar uma adaptação de «El Paso», um clássico da música «country». Curiosamente, esta era uma canção muito ouvida na rádio quando Powell era um simples capitão do exército «invasor» norte-americano em terras vietnamitas, há mais de 30 anos. «El Paso» conta a história de um «cow-boy» que se apaixona por uma rapariga mexicana e que acaba por morrer nos seus braços, assassinado por um rival. Mostrando que é um verdadeiro diplomata, Powell alterou convenientemente a letra da canção: «Na cidade texana de El Paso, apaixonei-me por uma rapariga vietnamita / Mais escuros do que a noite eram os olhos de Makiko». Ferido de morte, já prostrado no solo, balbucia: «Beijando a minha face, ajoelhada a meu lado / Embalado pelos seus queridos braços lindos de morrer / Um beijo mais e adeus, Makiko». A ministra japonesa levou igualmente a sério o seu papel, ajoelhou-se e beijou-o carinhosamente. O duo foi acompanhado à viola por Ralph Boyce, o próximo embaixador americano na Indonésia, e por um coro do Departamento de Estado. Mesmo desafinado, Colin Powell fez questão de mostrar ao mundo que as sessões de «karaoke» que tanto entusiasmavam a sua antecessora Madeleine Albright estão para durar. O seu exemplo foi seguido por outros diplomatas: o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, representou os Beach Boys com prancha de surf e tudo, os indianos entoaram «Hotel California», e a delegação russa, vestida com uniformes da Marinha tzarista, apresentou um elaborado «show» cantando «Yellow Submarine». O secretário de Estado norte-americanonão fugiu à regra das reuniões da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e deu «show» no final da cimeira, ensaiando um dueto com a ministra japonesa dos Negócios Estrangeiros,(na foto), para interpretar uma adaptação de «El Paso», um clássico da música «country». Curiosamente, esta era uma canção muito ouvida na rádio quando Powell era um simples capitão do exército «invasor» norte-americano em terras vietnamitas, há mais de 30 anos. «El Paso» conta a história de um «cow-boy» que se apaixona por uma rapariga mexicana e que acaba por morrer nos seus braços, assassinado por um rival. Mostrando que é um verdadeiro diplomata, Powell alterou convenientemente a letra da canção:. Ferido de morte, já prostrado no solo, balbucia:. A ministra japonesa levou igualmente a sério o seu papel, ajoelhou-se e beijou-o carinhosamente. O duo foi acompanhado à viola por, o próximo embaixador americano na Indonésia, e por um coro do Departamento de Estado. Mesmo desafinado, Colin Powell fez questão de mostrar ao mundo que as sessões de «karaoke» que tanto entusiasmavam a sua antecessoraestão para durar. O seu exemplo foi seguido por outros diplomatas: o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália,, representou os Beach Boys com prancha de surf e tudo, os indianos entoaram «Hotel California», e a delegação russa, vestida com uniformes da Marinha tzarista, apresentou um elaborado «show» cantando «Yellow Submarine».

O que «tramou» o Homem do Gelo AP Tem mais de 5300 anos e foi descoberto nos Alpes tiroleses em Setembro de 1991 por um casal alemão, Ehepaar e Erika Simon, que passeava pela zona e viu o corpo com a nuca a descoberto por causa do degelo. Há 10 dias, finalmente, soube-se o que provocou a sua morte: Oetzi, a «múmia das neves», também conhecida como Hibernatus, não resistiu a uma hemorragia interna provocada por uma seta que se alojou debaixo do ombro esquerdo. Depois de uma década de especulação, em que se aceitaram hipóteses como morte por exaustão, por frio e por fome, cientistas italianos de Bolzano (Tirol do Sul, no Norte de Itália), que estudam o corpo desde 1998 deram com a seta graças a uma tomografia computorizada. A ponta da seta, de dois centímetros, estava cravada junto ao pulmão esquerdo do «Homem do Gelo» (a foto mostra o lugar onde a seta penetrou no corpo da múmia). Resolveu-se assim o mistério da morte da mais antiga múmia natural que se conhece, embora os especialistas não lhe atribuam grande relevância: «Em termos de visão histórica, isso não aquece nem arrefece», adiantou Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia. Mas reconheceu que, «em termos de imaginário, a descoberta preenche muito os nossos sonhos». Tem mais de 5300 anos e foi descoberto nos Alpes tiroleses em Setembro de 1991 por um casal alemão,, que passeava pela zona e viu o corpo com a nuca a descoberto por causa do degelo. Há 10 dias, finalmente, soube-se o que provocou a sua morte:, a «múmia das neves», também conhecida como, não resistiu a uma hemorragia interna provocada por uma seta que se alojou debaixo do ombro esquerdo. Depois de uma década de especulação, em que se aceitaram hipóteses como morte por exaustão, por frio e por fome, cientistas italianos de Bolzano (Tirol do Sul, no Norte de Itália), que estudam o corpo desde 1998 deram com a seta graças a uma tomografia computorizada. A ponta da seta, de dois centímetros, estava cravada junto ao pulmão esquerdo do «Homem do Gelo» (a foto mostra o lugar onde a seta penetrou no corpo da múmia). Resolveu-se assim o mistério da morte da mais antiga múmia natural que se conhece, embora os especialistas não lhe atribuam grande relevância:, adiantou, director do Museu Nacional de Arqueologia. Mas reconheceu que,

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