PSD da Figueira Espera pela Resposta de Santana
Por GRAÇA BARBOSA RIBEIRO E RAPOSO ANTUNES
Quarta-feira, 7 de Março de 2001
Em resposta a Pedro Santana Lopes - que disse que se candidatará à Câmara de Lisboa "desde que esteja assegurada para a Figueira da Foz uma candidatura forte e sem dividir o partido" -, o presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD garantiu ontem que o processo de procura de uma solução alternativa só será aberto "depois de [o autarca] dizer claramente se vai ou não recandidatar-se".
Aquela posição é reforçada por Alberto Caetano, o dirigente da estrutura social-democrata da Figueira que, apesar de afirmar que "ainda acredita que [Santana] dará uma resposta positiva", sublinha que, "se tal não acontecer, caberá às estruturas do partido determinar quem será o candidato". "Foi feito um convite formal ao dr. Santana Lopes, já há vários meses, e é uma resposta do mesmo tipo que continuamos a aguardar. Até lá, não admitimos sequer falar noutra solução", afirmava ontem Caetano.
As declarações surgem, contudo, já num claro ambiente de guerra pela sucessão, que estalou já há alguns meses, quando surgiu a possibilidade de Santana ser candidato à Câmara de Coimbra. Inicialmente surgiram como hipóteses Paulo Pereira Coelho (presidente da distrital e membro da direcção de Durão Barroso) e Miguel Almeida, vereador da Câmara da Figueira. Nos últimos tempos juntou-se-lhes Duarte Silva, actual presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz e membro de um dos governos de Cavaco Silva, que é apontado como uma possível solução de consenso.
Porto sem alteração de estratégia
Também no Porto não houve alteração no processo da escolha do candidato do PSD, que passará por Dias Loureiro, presidente da comissão coordenadora das autárquicas, e José Luís Arnault, secretário-geral dos sociais-democratas em concertação com as estruturas locais e distritais do partido.
O próprio José Luís Arnault assegurou ontem que não houve, na semana passada, nenhuma reunião com Luís Filipe Menezes e Valentim Loureiro para tratar da escolha do candiadato à autarquia portuense. Desmente, assim notícias segundo as quais naquela reunião, e na presença de Durão Barroso, teria sido acertado que, se Fernando Gomes não fosse o candidato do PS, avançariam para a Câmara do Porto os actuais presidentes das câmaras de Gaia ou de Gondomar, apesar de ambos terem já anunciado publicamente as respectivas recandidaturas.
"Durão Barroso nunca poderia ser conivente com uma estratégia dessas", garantiu outro colaborador directo do líder do partido, sublinhando que os sociais-democratas estão convencidos de que o PSD tem possibilidades de conquistar a câmara, independentemente de Gomes ser ou não candidato.
O deputado Sérgio Vieira - presidente da concelhia do PSD-Porto a quem estatutariamente cabe indicar o nome que deverá avançar - adiantou ontem que, em princípio, até ao final deste mês deve sugerir ao partido a figura a candidatar.
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PSD da Figueira Espera pela Resposta de Santana
Por GRAÇA BARBOSA RIBEIRO E RAPOSO ANTUNES
Quarta-feira, 7 de Março de 2001
Em resposta a Pedro Santana Lopes - que disse que se candidatará à Câmara de Lisboa "desde que esteja assegurada para a Figueira da Foz uma candidatura forte e sem dividir o partido" -, o presidente da Comissão Política Distrital de Coimbra do PSD garantiu ontem que o processo de procura de uma solução alternativa só será aberto "depois de [o autarca] dizer claramente se vai ou não recandidatar-se".
Aquela posição é reforçada por Alberto Caetano, o dirigente da estrutura social-democrata da Figueira que, apesar de afirmar que "ainda acredita que [Santana] dará uma resposta positiva", sublinha que, "se tal não acontecer, caberá às estruturas do partido determinar quem será o candidato". "Foi feito um convite formal ao dr. Santana Lopes, já há vários meses, e é uma resposta do mesmo tipo que continuamos a aguardar. Até lá, não admitimos sequer falar noutra solução", afirmava ontem Caetano.
As declarações surgem, contudo, já num claro ambiente de guerra pela sucessão, que estalou já há alguns meses, quando surgiu a possibilidade de Santana ser candidato à Câmara de Coimbra. Inicialmente surgiram como hipóteses Paulo Pereira Coelho (presidente da distrital e membro da direcção de Durão Barroso) e Miguel Almeida, vereador da Câmara da Figueira. Nos últimos tempos juntou-se-lhes Duarte Silva, actual presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz e membro de um dos governos de Cavaco Silva, que é apontado como uma possível solução de consenso.
Porto sem alteração de estratégia
Também no Porto não houve alteração no processo da escolha do candidato do PSD, que passará por Dias Loureiro, presidente da comissão coordenadora das autárquicas, e José Luís Arnault, secretário-geral dos sociais-democratas em concertação com as estruturas locais e distritais do partido.
O próprio José Luís Arnault assegurou ontem que não houve, na semana passada, nenhuma reunião com Luís Filipe Menezes e Valentim Loureiro para tratar da escolha do candiadato à autarquia portuense. Desmente, assim notícias segundo as quais naquela reunião, e na presença de Durão Barroso, teria sido acertado que, se Fernando Gomes não fosse o candidato do PS, avançariam para a Câmara do Porto os actuais presidentes das câmaras de Gaia ou de Gondomar, apesar de ambos terem já anunciado publicamente as respectivas recandidaturas.
"Durão Barroso nunca poderia ser conivente com uma estratégia dessas", garantiu outro colaborador directo do líder do partido, sublinhando que os sociais-democratas estão convencidos de que o PSD tem possibilidades de conquistar a câmara, independentemente de Gomes ser ou não candidato.
O deputado Sérgio Vieira - presidente da concelhia do PSD-Porto a quem estatutariamente cabe indicar o nome que deverá avançar - adiantou ontem que, em princípio, até ao final deste mês deve sugerir ao partido a figura a candidatar.