Roseta admite alterar texto da moção sobre aborto

08-05-2001
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Roseta Admite Alterar Texto da Moção Sobre Aborto

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Sexta-feira, 4 de Maio de 2001

Por sugestão de Sousa Pinto, Helena Roseta aceita alterar pressupostos da sua moção sobre a despenalização do aborto, mas não a retira

Helena Roseta aceita alterar o teor do texto da sua moção sobre despenalização do aborto. Em declarações ao PÚBLICO, a deputada afirmou: "O que é votado é a parte propositiva e se alguém se sentir ofendido nos considerandos não tenho problemas em alterar os pressupostos do texto."

Assumindo que só o último parágrafo é que é votado, Helena Roseta mostra-se assim aberta a alterar a introdução da sua moção, aceitando assim a proposta que é feita por Sérgio Sousa Pinto no depoimento hoje publicado pelo PÚBLICO nesta página.

Preservado fica, contudo, o essencial da questão, ou seja o parágrafo conclusivo em que se lê: "Propomos ao Congresso que mandate o Grupo Parlamentar do PS para oportunamente apresentar e/ou apoiar na Assembleia da República iniciativas legislativas que visem alargar o âmbito da despenalização da IVG [Interrupção Voluntária da Gravidez], nos termos e limites já anteriormente assumidos pelo GPPS [grupo parlamentar do PS], sem prejuízo da salvaguarda da liberdade de consciência que pode sempre ser invocada individualmente por qualquer deputado do PS."

Com esta alteração de posição, Helena Roseta aceita a proposta de Sousa Pinto - um dos subscritores da moção, ao lado de nomes como Aires de Carvalho, Alberto Martins, António Reis, Eduardo Pereira, Elisa Damião, João Cravinho, João Soares, Jorge Lacão, Medeiros Ferreira, Natalina Moura, Strecht Ribeiro, Sónia Fertuzinhos e Vítor Ramalho -, por forma a tentar quebrar o clima de crispação que se estava a gerar em relação ao congresso que hoje começa.

O texto não será, porém, retirado. Essa é a vontade de Helena Roseta. E ficará sujeito à votação no domingo de manhã. De braço no ar. Resta saber se os delegados vão maioritariamente seguir as linhas do programa político do PS no Governo e do ideário socialista e votar a favor da moção. Ou, pelo contrário, alinhar pelos critérios de oportunidade política, que levam dirigentes máximos do PS como Jorge Coelho, Ferro Rodrigues e António Vitorino a defenderem o voto contra a moção. Uma posição que, tudo indica, será vitoriosa, para mais quando seguida pelos pesos-pesados da política socialista e do aparelho partidário.

Roseta Admite Alterar Texto da Moção Sobre Aborto

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Sexta-feira, 4 de Maio de 2001

Por sugestão de Sousa Pinto, Helena Roseta aceita alterar pressupostos da sua moção sobre a despenalização do aborto, mas não a retira

Helena Roseta aceita alterar o teor do texto da sua moção sobre despenalização do aborto. Em declarações ao PÚBLICO, a deputada afirmou: "O que é votado é a parte propositiva e se alguém se sentir ofendido nos considerandos não tenho problemas em alterar os pressupostos do texto."

Assumindo que só o último parágrafo é que é votado, Helena Roseta mostra-se assim aberta a alterar a introdução da sua moção, aceitando assim a proposta que é feita por Sérgio Sousa Pinto no depoimento hoje publicado pelo PÚBLICO nesta página.

Preservado fica, contudo, o essencial da questão, ou seja o parágrafo conclusivo em que se lê: "Propomos ao Congresso que mandate o Grupo Parlamentar do PS para oportunamente apresentar e/ou apoiar na Assembleia da República iniciativas legislativas que visem alargar o âmbito da despenalização da IVG [Interrupção Voluntária da Gravidez], nos termos e limites já anteriormente assumidos pelo GPPS [grupo parlamentar do PS], sem prejuízo da salvaguarda da liberdade de consciência que pode sempre ser invocada individualmente por qualquer deputado do PS."

Com esta alteração de posição, Helena Roseta aceita a proposta de Sousa Pinto - um dos subscritores da moção, ao lado de nomes como Aires de Carvalho, Alberto Martins, António Reis, Eduardo Pereira, Elisa Damião, João Cravinho, João Soares, Jorge Lacão, Medeiros Ferreira, Natalina Moura, Strecht Ribeiro, Sónia Fertuzinhos e Vítor Ramalho -, por forma a tentar quebrar o clima de crispação que se estava a gerar em relação ao congresso que hoje começa.

O texto não será, porém, retirado. Essa é a vontade de Helena Roseta. E ficará sujeito à votação no domingo de manhã. De braço no ar. Resta saber se os delegados vão maioritariamente seguir as linhas do programa político do PS no Governo e do ideário socialista e votar a favor da moção. Ou, pelo contrário, alinhar pelos critérios de oportunidade política, que levam dirigentes máximos do PS como Jorge Coelho, Ferro Rodrigues e António Vitorino a defenderem o voto contra a moção. Uma posição que, tudo indica, será vitoriosa, para mais quando seguida pelos pesos-pesados da política socialista e do aparelho partidário.

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