Concelho a concelho

30-11-2001
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Autárquicas 2001

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Sexta-feira, 23 de Novembro de 2001 PAREDES Granja da Fonseca PSD Artur Penedos PS José Manuel Oliveira CDS/PP Cristiano Ribeiro CDU VIDA DIFÍCIL PARA O FAVORITO Frustrou-se a coligação entre PS e PP para tirar a câmara de Paredes ao social-democrata Granja da Fonseca. Cada um correrá por si, mas há gente do PP na lista do socialista Artur Penedos. Granja afirmara, ao longo deste mandato, que não iria recandidatar-se. Mas vai, afinal, apresentar-se pela terceira vez, e com o objectivo de fazer o pleno nas freguesias. Actualmente, o PSD só não domina uma das 24 juntas do concelho. Prevê-se, no entanto, que seja mais difícil aos sociais-democratas elegerem um sétimo vereador do que ao PS chegar ao terceiro. Embora pouco conhecido no concelho, Penedos é uma figura de peso no aparelho socialista e, enquanto deputado, contribuiu para desbloquear verbas para um centro de saúde e um centro de dia locais. Quanto ao actual presidente, se ganhar as eleições, como se espera, não terá vida fácil. Falta conhecer a resposta do Ministério Público às denúncias de eventuais ilegalidades resultantes duma investigação da Inspecção Geral da Administração do Território, e não se sabe ainda o que poderá dar uma queixa enviada à Procuradoria-Geral da República pelo grupo parlamentar do PS, por alegadas infracções à lei na privatização de serviços municipalizados. O.L. PAREDES DE COURA Pereira Júnior PS Décio Guerreiro PSD João Alves CDU AO SOM DA MÚSICA DO PS Para muitos portugueses, Paredes de Coura é um nome imediatamente associado ao festival de música que lá se realiza todos os verões. No plano da política local, a associação também é incontornável, já que o famoso evento nasceu do apoio incondicional prestado pelo presidente da câmara a uma pequena associação de jovens, que se atreveu, com sucesso, a colocar este concelho do interior do distrito de Viana do Castelo no mapa dos grandes acontecimentos musicais com repercussão internacional. Eleito pela primeira vez em 1993, depois de ter cumprido três mandatos como vereador, Pereira Júnior chegou, viu e venceu num concelho de tradicional maioria socialista. Hoje, a fama e os benefícios que as noites quentes do festival da praia fluvial do Taboão deram à vila, juntamente com a construção de um centro cultural dotado de condições excepcionais para uma tão pequena localidade, constituem trunfos para reconquistar uma câmara em que a continuidade parece estar perfeitamente garantida. A.P.F. PEDRÓGÃO GRANDE João Marques PSD António Pires PS Afonso José CDU ALTERNÂNCIA IMPROVÁVEL Manter a liderança da câmara é o principal objectivo do PSD em Pedrógão Grande, tendo a escolha do partido voltado a recair em João Marques, um professor que se candidata ao segundo mandato na esperança de conseguir uma votação semelhante aos 50% obtidos há quatro anos. O gerente bancário António Pires passou, este ano, a encabeçar a lista do PS, em que há quatro anos figurou na segunda posição. Apesar de considerarem a sua candidatura forte, os socialistas têm consciência de que dificilmente conseguirão conquistar a presidência da autarquia, apesar de os dois partidos terem vindo a alternar no poder desde 1989. Afonso José, um comerciante reformado, de 71 anos, será pela segunda vez o candidato da CDU, na qualidade de independente. À semelhança do que sucede na generalidade dos concelhos mais pequenos do distrito de Leiria, a coligação de esquerda visará apenas marcar presença e fixar eleitores. A.B. PENACOVA Maurício Marques PSD José Varandas PS Anabela Bragança CDU Inácio Fonseca CDS/PP PSD SÓ CONHECE A VITÓRIA O social-democrata Maurício Marques parte para estas eleições com a vantagem de já estar no poder, mas há apenas um mandato, sem tempo para se desgastar demasiado. Acresce que foi o delfim de um autarca prestigiado, Manuel Flórido, e que o PSD sempre ganhou as autárquicas em Penacova. Por outro lado, também é certo que Maurício não tem o carisma do antecessor e que, este ano, há algo de novo à esquerda. É a primeira vez que o PS se apresenta aqui unido em torno de um candidato, pacíficamente escolhido. Trata-se de José Varandas, um engenheiro que tem feito carreira como assessor para acessibilidades e transportes de vários governantes da área do Equipamento Social, representando actualmente este ministério no Plano Operacional do Centro do III Quadro Comunitário de Apoio. A candidata da CDU também está ligada às vias de comunicação, mas ao nível das "marchas lentas" de contestação. Dirigente da Associação de Sobreviventes do IP-3, Anabela Bragança é o nome com que contam os comunistas para entrar pela primeira vez no executivo autárquico. O candidato do PP é Inácio Fonseca, um jovem professor do ensino politécnico, que alguns dizem poder disputar alguns votos ao PSD. A.V. PENAFIEL Rui Silva PS Alberto Santos Coligação PSD-CDS/PP Jesus Ferreira CDU Justino do Fundo Movimento Por Penafiel PRESSÃO LARANJA E AMEAÇA INDEPENDENTE Rui Silva, o actual presidente socialista da câmara de Penafiel, vai a votos pela primeira vez como candidato à liderança do município. Está no cargo há apenas dois anos, tendo sucedido a Agostinho Gonçalves, que trocou a autarquia pela Assembleia da República. E o teste a que agora se sujeita não vai ser fácil, face ao forte investimento eleitoral do PSD, apostado em conquistar esta câmara. Os sociais-democratas conseguiram formar uma coligação com o PP, que tem um peso significativo no concelho. À cabeça dessa aliança, designada "Penafiel Quer", apresenta-se o jovem advogado Alberto Santos, que já liderou a JSD local, e as listas incluem nomes como a atleta Fernanda Ribeiro e, para a assembleia municipal, um "histórico" do partido, Barbosa de Melo. A pressão laranja é notória no terreno, com cinco cartazes do PSD por cada um do PS. Quem ameaça baralhar o combate entre estas duas forças é o independente Justino do Fundo, que foi presidente da câmara entre 1983 e 1993. Conotado com o PS, conseguiu reunir à sua volta muitas pessoas ligadas ao PSD, a começar pelo "número dois" do seu "Movimento Por Penafiel - Justino do Fundo": o ex-candidato social-democrata à câmara, Emídio Alves. O.L. PENALVA DO CASTELO Leonídio Monteiro PSD Francisco Carvalho PS José Afonso Teles CDU DESTA VEZ NÃO HÁ PPM Foi em Penalva do Castelo que o PPM conseguiu averbar uma presidência de câmara em 1997, ao servir de suporte à eleição de Gabriel Costa, que se celebrizara com uma frase que correu o país: "Quem está com o poder come, quem não está, cheira!". À custa do desabafo, Gabriel - que passara de presidente eleito pelo CDS a candidato anunciado do PS - acabou "monárquico", mas foi reeleito. Tendo renunciado dois anos depois, o seu substituto foi Vítor Pires, que chegou a apresentar-se como candidato do PS para as eleições de Dezembro, mas desistiu à ultima hora, alegadamente por motivo de doença. Enfraquecidos, os socialistas tiveram de apresentar, como candidato de recurso, o líder concelhio, Francisco Carvalho. Quem conta aproveitar a fragilidade do PS é o advogado Leonídio Monteiro, um ex-presidente da câmara, que se candidata à frente da lista do PSD. Mas também a área laranja se mostrou dividida, com esta escolha a provocar uma crise na concelhia. Leonídio Monteiro tem no entanto o apoio da distrital do PSD e conseguiu atrair para o seu lado vários presidentes de juntas de freguesia. Desta vez não há PPM, nem CDS/PP (excepto em duas freguesias), nem Gabriel Costa. J.G.L. . PENAMACOR José Luís Gonçalves PS António Neves Bento CDS/PP José Manuel Serraninho CDU Domingos Torrão Lista Independente DISPUTA OPÕE EX-COMPANHEIROS A escolha do candidato pelo PS à câmara de Penamacor gerou forte polémica nas estruturas regionais do partido governamental. O presidente em funções, José Luís Gonçalves, mostrou interesse em candidatar-se a um terceiro mandato, mas a concelhia escolheu outro elemento do partido, Domingos Torrão. Foi a vez de intervir a federação distrital do PS, que impôs a opção por Gonçalves aos socialistas de Penamacor. Domingos Torrão é que não desistiu de se candidatar a presidente da autarquia e vai mesmo concorrer, mas como independente, tendo obtido o apoio político do PSD, que já em 1997 ficara de fora, apoiando a lista do CDS. O resultado é que ninguém se arrisca a prever o vencedor da disputa entre os dois ex-companheiros de partido, numa corrida em que também participam a CDU e o CDS/PP, que têm como cabeças de lista, respectivamente, José Manuel Serraninho e António Neves Bento . F.L.C. PENEDONO João Carvalho PSD Baltazar Almeida CDU Fernando Gomes CDS/PP Armando Martins Lista Independente SOCIALISTAS APOIAM LISTA INDEPENDENTE A lista de cidadãos eleitores que se apresenta em Penedono com a sigla "JunCP" ("Juntos pelo Concelho de Penedono") é a grande novidade no panorama eleitoral do distrito de Viseu. É encabeçada por Armando Martins, que até há um mês atrás exercia as funções de director-geral das Autarquias Locais, e reúne - como diz com sastisfação o candidato - "gente de partidos como o PS e a CDU, entre outros cidadãos independentes". Armando Martins é militante do PS, e a sua lista independente recolheu o apoio do partido, que oficialmente só em Lisboa aceita juntar-se ao PCP. Embora a CDU (que tem núcleos fortes em alguns pontos do concelho e foi mesmo a segunda força nas eleições de 1997) apresente candidatura própria, muitos elementos tradicionalmente ligados à coligação de esquerda aderiram à iniciativa de Martins, que se propõe combater "a ignorância e arrogância que há largos anos aqui existe com o actual presidente do PSD". O visado é João Carvalho, que não se mostra incomodado com as críticas ou com o amplo movimento que se lhe opõe. É presidente da Câmara há 16 anos e espera colher dividendos da obra realizada num dos mais deprimidos concelhos da Beira Interior. J.G.L. PENELA Fernando Antunes PSD Mendes Lopes PS Marc Ryon CDS/PP Maria Celeste Soeiro CDU UM BELGA EM TERRA DE DINOSSAURO Não é nada fácil derrotar um "dinossauro" autárquico, e muito menos quando ele é conhecido pela sua simpatia e afabilidade, como é o caso do social-democrata Fernando Antunes, que há 21 anos gere os destinos de Penela. Neste contexto, e apesar do dinamismo que o próprio PSD reconhece ao socialista Mendes Lopes, o PS apenas exige ao seu candidato que lance "uma semente" que permita obter frutos quando Antunes se retirar, daqui a alguns anos. Certo é que a campanha será mais animada, obrigando o presidente da câmara a fazer um esforço que, em eleições passadas, pôde dispensar. À esquerda, tem Mendes Lopes, que, há quatro anos, protagonizou uma conquista histórica ao tornar-se presidente de uma junta que sempre fora laranja. À direita tem Mark Ryon, um simpático belga que há cinco anos reside em Penela e que sonha duplicar, pelo menos, os votos do PP em 1997 (apenas 53...). A CDU, que nas últimas três eleições autárquicas não atingiu os 2% dos votos, candidata Maria Celeste Soeiro. G.B.R. PENICHE Jorge Gonçalves PS José Leitão PSD António José Correia CDU Rui Alexandre CDS/PP CRESCIMENTO DA CDU INTERESSA AO PSD O PS conquistou a câmara de Peniche ao PSD nas últimas autárquicas, e desta vez ninguém arrisca uma previsão para o desfecho das eleições. A CDU apresenta uma lista forte, com um candidato respeitado em todos os quadrantes políticos, e poderá eleger um segundo vereador (em 1997 ficou a escassos 20 votos desse objectivo). Se tal acontecer, será certamente José Leitão, do PSD, quem vencerá as eleições. Os socialistas apresentam-se com o lema "Juntos vamos continuar", mas apenas o actual presidente se recandidata, verificando-se uma renovação completa na lista para a autarquia. Nesta terra virada para o mar, a expansão do porto de pesca é considerada por todos como a obra do futuro, quer para a pesca, quer para o recreio marítimo. Mas a candidatura do PSD alerta que o turismo tem de ser desenvolvido com moderação, para não pôr em risco o desenvolvimento harmonioso do concelho. J.P. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL António Guterres prefere aliança à direita

Paulo Portas distante de governo com socialistas

Acordo entre Governo e Jardim isola socialistas na Madeira

PS contra pré-aviso nas votações da AR

Oposição acusa Campelo de esquecer o mundo rural

Autocrático ou combatente?

Uma união de facto de direita

Concelho a concelho

Rui Rio alerta para o risco de o Porto se tornar inabitável

Guerra de debates domina campanha de Lisboa

O candidato mais novo

Coluna

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Sexta-feira, 23 de Novembro de 2001 PAREDES Granja da Fonseca PSD Artur Penedos PS José Manuel Oliveira CDS/PP Cristiano Ribeiro CDU VIDA DIFÍCIL PARA O FAVORITO Frustrou-se a coligação entre PS e PP para tirar a câmara de Paredes ao social-democrata Granja da Fonseca. Cada um correrá por si, mas há gente do PP na lista do socialista Artur Penedos. Granja afirmara, ao longo deste mandato, que não iria recandidatar-se. Mas vai, afinal, apresentar-se pela terceira vez, e com o objectivo de fazer o pleno nas freguesias. Actualmente, o PSD só não domina uma das 24 juntas do concelho. Prevê-se, no entanto, que seja mais difícil aos sociais-democratas elegerem um sétimo vereador do que ao PS chegar ao terceiro. Embora pouco conhecido no concelho, Penedos é uma figura de peso no aparelho socialista e, enquanto deputado, contribuiu para desbloquear verbas para um centro de saúde e um centro de dia locais. Quanto ao actual presidente, se ganhar as eleições, como se espera, não terá vida fácil. Falta conhecer a resposta do Ministério Público às denúncias de eventuais ilegalidades resultantes duma investigação da Inspecção Geral da Administração do Território, e não se sabe ainda o que poderá dar uma queixa enviada à Procuradoria-Geral da República pelo grupo parlamentar do PS, por alegadas infracções à lei na privatização de serviços municipalizados. O.L. PAREDES DE COURA Pereira Júnior PS Décio Guerreiro PSD João Alves CDU AO SOM DA MÚSICA DO PS Para muitos portugueses, Paredes de Coura é um nome imediatamente associado ao festival de música que lá se realiza todos os verões. No plano da política local, a associação também é incontornável, já que o famoso evento nasceu do apoio incondicional prestado pelo presidente da câmara a uma pequena associação de jovens, que se atreveu, com sucesso, a colocar este concelho do interior do distrito de Viana do Castelo no mapa dos grandes acontecimentos musicais com repercussão internacional. Eleito pela primeira vez em 1993, depois de ter cumprido três mandatos como vereador, Pereira Júnior chegou, viu e venceu num concelho de tradicional maioria socialista. Hoje, a fama e os benefícios que as noites quentes do festival da praia fluvial do Taboão deram à vila, juntamente com a construção de um centro cultural dotado de condições excepcionais para uma tão pequena localidade, constituem trunfos para reconquistar uma câmara em que a continuidade parece estar perfeitamente garantida. A.P.F. PEDRÓGÃO GRANDE João Marques PSD António Pires PS Afonso José CDU ALTERNÂNCIA IMPROVÁVEL Manter a liderança da câmara é o principal objectivo do PSD em Pedrógão Grande, tendo a escolha do partido voltado a recair em João Marques, um professor que se candidata ao segundo mandato na esperança de conseguir uma votação semelhante aos 50% obtidos há quatro anos. O gerente bancário António Pires passou, este ano, a encabeçar a lista do PS, em que há quatro anos figurou na segunda posição. Apesar de considerarem a sua candidatura forte, os socialistas têm consciência de que dificilmente conseguirão conquistar a presidência da autarquia, apesar de os dois partidos terem vindo a alternar no poder desde 1989. Afonso José, um comerciante reformado, de 71 anos, será pela segunda vez o candidato da CDU, na qualidade de independente. À semelhança do que sucede na generalidade dos concelhos mais pequenos do distrito de Leiria, a coligação de esquerda visará apenas marcar presença e fixar eleitores. A.B. PENACOVA Maurício Marques PSD José Varandas PS Anabela Bragança CDU Inácio Fonseca CDS/PP PSD SÓ CONHECE A VITÓRIA O social-democrata Maurício Marques parte para estas eleições com a vantagem de já estar no poder, mas há apenas um mandato, sem tempo para se desgastar demasiado. Acresce que foi o delfim de um autarca prestigiado, Manuel Flórido, e que o PSD sempre ganhou as autárquicas em Penacova. Por outro lado, também é certo que Maurício não tem o carisma do antecessor e que, este ano, há algo de novo à esquerda. É a primeira vez que o PS se apresenta aqui unido em torno de um candidato, pacíficamente escolhido. Trata-se de José Varandas, um engenheiro que tem feito carreira como assessor para acessibilidades e transportes de vários governantes da área do Equipamento Social, representando actualmente este ministério no Plano Operacional do Centro do III Quadro Comunitário de Apoio. A candidata da CDU também está ligada às vias de comunicação, mas ao nível das "marchas lentas" de contestação. Dirigente da Associação de Sobreviventes do IP-3, Anabela Bragança é o nome com que contam os comunistas para entrar pela primeira vez no executivo autárquico. O candidato do PP é Inácio Fonseca, um jovem professor do ensino politécnico, que alguns dizem poder disputar alguns votos ao PSD. A.V. PENAFIEL Rui Silva PS Alberto Santos Coligação PSD-CDS/PP Jesus Ferreira CDU Justino do Fundo Movimento Por Penafiel PRESSÃO LARANJA E AMEAÇA INDEPENDENTE Rui Silva, o actual presidente socialista da câmara de Penafiel, vai a votos pela primeira vez como candidato à liderança do município. Está no cargo há apenas dois anos, tendo sucedido a Agostinho Gonçalves, que trocou a autarquia pela Assembleia da República. E o teste a que agora se sujeita não vai ser fácil, face ao forte investimento eleitoral do PSD, apostado em conquistar esta câmara. Os sociais-democratas conseguiram formar uma coligação com o PP, que tem um peso significativo no concelho. À cabeça dessa aliança, designada "Penafiel Quer", apresenta-se o jovem advogado Alberto Santos, que já liderou a JSD local, e as listas incluem nomes como a atleta Fernanda Ribeiro e, para a assembleia municipal, um "histórico" do partido, Barbosa de Melo. A pressão laranja é notória no terreno, com cinco cartazes do PSD por cada um do PS. Quem ameaça baralhar o combate entre estas duas forças é o independente Justino do Fundo, que foi presidente da câmara entre 1983 e 1993. Conotado com o PS, conseguiu reunir à sua volta muitas pessoas ligadas ao PSD, a começar pelo "número dois" do seu "Movimento Por Penafiel - Justino do Fundo": o ex-candidato social-democrata à câmara, Emídio Alves. O.L. PENALVA DO CASTELO Leonídio Monteiro PSD Francisco Carvalho PS José Afonso Teles CDU DESTA VEZ NÃO HÁ PPM Foi em Penalva do Castelo que o PPM conseguiu averbar uma presidência de câmara em 1997, ao servir de suporte à eleição de Gabriel Costa, que se celebrizara com uma frase que correu o país: "Quem está com o poder come, quem não está, cheira!". À custa do desabafo, Gabriel - que passara de presidente eleito pelo CDS a candidato anunciado do PS - acabou "monárquico", mas foi reeleito. Tendo renunciado dois anos depois, o seu substituto foi Vítor Pires, que chegou a apresentar-se como candidato do PS para as eleições de Dezembro, mas desistiu à ultima hora, alegadamente por motivo de doença. Enfraquecidos, os socialistas tiveram de apresentar, como candidato de recurso, o líder concelhio, Francisco Carvalho. Quem conta aproveitar a fragilidade do PS é o advogado Leonídio Monteiro, um ex-presidente da câmara, que se candidata à frente da lista do PSD. Mas também a área laranja se mostrou dividida, com esta escolha a provocar uma crise na concelhia. Leonídio Monteiro tem no entanto o apoio da distrital do PSD e conseguiu atrair para o seu lado vários presidentes de juntas de freguesia. Desta vez não há PPM, nem CDS/PP (excepto em duas freguesias), nem Gabriel Costa. J.G.L. . PENAMACOR José Luís Gonçalves PS António Neves Bento CDS/PP José Manuel Serraninho CDU Domingos Torrão Lista Independente DISPUTA OPÕE EX-COMPANHEIROS A escolha do candidato pelo PS à câmara de Penamacor gerou forte polémica nas estruturas regionais do partido governamental. O presidente em funções, José Luís Gonçalves, mostrou interesse em candidatar-se a um terceiro mandato, mas a concelhia escolheu outro elemento do partido, Domingos Torrão. Foi a vez de intervir a federação distrital do PS, que impôs a opção por Gonçalves aos socialistas de Penamacor. Domingos Torrão é que não desistiu de se candidatar a presidente da autarquia e vai mesmo concorrer, mas como independente, tendo obtido o apoio político do PSD, que já em 1997 ficara de fora, apoiando a lista do CDS. O resultado é que ninguém se arrisca a prever o vencedor da disputa entre os dois ex-companheiros de partido, numa corrida em que também participam a CDU e o CDS/PP, que têm como cabeças de lista, respectivamente, José Manuel Serraninho e António Neves Bento . F.L.C. PENEDONO João Carvalho PSD Baltazar Almeida CDU Fernando Gomes CDS/PP Armando Martins Lista Independente SOCIALISTAS APOIAM LISTA INDEPENDENTE A lista de cidadãos eleitores que se apresenta em Penedono com a sigla "JunCP" ("Juntos pelo Concelho de Penedono") é a grande novidade no panorama eleitoral do distrito de Viseu. É encabeçada por Armando Martins, que até há um mês atrás exercia as funções de director-geral das Autarquias Locais, e reúne - como diz com sastisfação o candidato - "gente de partidos como o PS e a CDU, entre outros cidadãos independentes". Armando Martins é militante do PS, e a sua lista independente recolheu o apoio do partido, que oficialmente só em Lisboa aceita juntar-se ao PCP. Embora a CDU (que tem núcleos fortes em alguns pontos do concelho e foi mesmo a segunda força nas eleições de 1997) apresente candidatura própria, muitos elementos tradicionalmente ligados à coligação de esquerda aderiram à iniciativa de Martins, que se propõe combater "a ignorância e arrogância que há largos anos aqui existe com o actual presidente do PSD". O visado é João Carvalho, que não se mostra incomodado com as críticas ou com o amplo movimento que se lhe opõe. É presidente da Câmara há 16 anos e espera colher dividendos da obra realizada num dos mais deprimidos concelhos da Beira Interior. J.G.L. PENELA Fernando Antunes PSD Mendes Lopes PS Marc Ryon CDS/PP Maria Celeste Soeiro CDU UM BELGA EM TERRA DE DINOSSAURO Não é nada fácil derrotar um "dinossauro" autárquico, e muito menos quando ele é conhecido pela sua simpatia e afabilidade, como é o caso do social-democrata Fernando Antunes, que há 21 anos gere os destinos de Penela. Neste contexto, e apesar do dinamismo que o próprio PSD reconhece ao socialista Mendes Lopes, o PS apenas exige ao seu candidato que lance "uma semente" que permita obter frutos quando Antunes se retirar, daqui a alguns anos. Certo é que a campanha será mais animada, obrigando o presidente da câmara a fazer um esforço que, em eleições passadas, pôde dispensar. À esquerda, tem Mendes Lopes, que, há quatro anos, protagonizou uma conquista histórica ao tornar-se presidente de uma junta que sempre fora laranja. À direita tem Mark Ryon, um simpático belga que há cinco anos reside em Penela e que sonha duplicar, pelo menos, os votos do PP em 1997 (apenas 53...). A CDU, que nas últimas três eleições autárquicas não atingiu os 2% dos votos, candidata Maria Celeste Soeiro. G.B.R. PENICHE Jorge Gonçalves PS José Leitão PSD António José Correia CDU Rui Alexandre CDS/PP CRESCIMENTO DA CDU INTERESSA AO PSD O PS conquistou a câmara de Peniche ao PSD nas últimas autárquicas, e desta vez ninguém arrisca uma previsão para o desfecho das eleições. A CDU apresenta uma lista forte, com um candidato respeitado em todos os quadrantes políticos, e poderá eleger um segundo vereador (em 1997 ficou a escassos 20 votos desse objectivo). Se tal acontecer, será certamente José Leitão, do PSD, quem vencerá as eleições. Os socialistas apresentam-se com o lema "Juntos vamos continuar", mas apenas o actual presidente se recandidata, verificando-se uma renovação completa na lista para a autarquia. Nesta terra virada para o mar, a expansão do porto de pesca é considerada por todos como a obra do futuro, quer para a pesca, quer para o recreio marítimo. Mas a candidatura do PSD alerta que o turismo tem de ser desenvolvido com moderação, para não pôr em risco o desenvolvimento harmonioso do concelho. J.P. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL António Guterres prefere aliança à direita

Paulo Portas distante de governo com socialistas

Acordo entre Governo e Jardim isola socialistas na Madeira

PS contra pré-aviso nas votações da AR

Oposição acusa Campelo de esquecer o mundo rural

Autocrático ou combatente?

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