Organização Regional do Porto

07-03-2001
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Muita tinta tem corrido acerca da sobrelotação da Escola Secundária de Ermesinde (ESE). Os estudantes têm manifestado publicamente as suas justas preocupações com as más condições da sua escola. A direcção do referido estabelecimento de ensino tem demonstrado idênticas preocupações.

Enquanto isso, destacados membros do PS e do PSD vão empurrando as culpas da situação de uns para os outros. O presidenta da Câmara Municipal de Valongo (CMV), Dr. Fernando Melo, jura a pés juntos que a responsabilidade de aquisição de terrenos para a construção de escolas que não sejam do 1º ciclo cabe ao governo central. Adianta, ainda, que se a CMV tivesse terrenos que pudesse disponibilizar à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que o faria. Por outro lado, o deputado Afonso Lobão tenta minimizar as responsabilidades do seu partido na questão em apreço, afirmando que tem sido prática comum do governo construir prioritariamente escolas nos concelhos onde as câmaras municipais oferecem terrenos.

O que ambos pretendem fazer esquecer é a política desastrosa de urbanização que, tanto no tempo de maioria PS como de maioria PSD na CMV, foi seguida em relação a Ermesinde e que permite que agora os responsáveis da autarquia venham dizer que esta não possui terrenos que possam ser utilizados para a construção de uma nova escola.

Quem não pode continuar a ser vítima deste jogo do empurra são os estudantes e professores da ESE e da Escola EB 2:3 de S. Lourenço que está igualmente sobrelotada.

Impõe-se a construção de uma nova escola que leccione os 2º e 3º ciclos do ensino básico na cidade de Ermesinde. Não podemos esquecer-nos da situação da freguesia de Alfena que também reclama, e com inteira justiça, por uma nova escola. A menos que a educação não seja uma prioridade e que se pretenda que os jovens ermesindenses venham a engrossar o escandaloso número de 40 mil estudantes que abandonaram a escola antes de cumprirem a escolaridade obrigatória no ano de 1999.

A nossa perspectiva é a de que a educação é essencial para o desenvolvimento dos cidadãos e do país e que por isso o Estado, a nível local e central, deve assumir a responsabilidade de garantir as condições necessárias para que o sistema de ensino funcione adequadamente.

Bem sabemos que os critérios para a adesão à moeda única e para que um país possa manter-se entre o chamado "pelotão da frente" implicam que os Estados mantenham baixos os valores da dívida pública e do défice do orçamento de Estado. Assim se compreende a actuação dos governos nacionais, que estão de mãos atadas em relação às políticas a seguir. Pouco mais fazem do que governar de acordo com as orientações do Banco Central Europeu, que vão no sentido da defesa dos interesses do grande capital financeiro.

Para nós, o mais importante é o bem-estar das populações, Nesse sentido, apelamos aos responsáveis políticos que detêm o poder de solução de um dos problemas que afecta os jovens de Ermesinde e Alfena, para que se entendam de forma a proporcionar as condições para um ensino de qualidade a que todos têm direito.

Muita tinta tem corrido acerca da sobrelotação da Escola Secundária de Ermesinde (ESE). Os estudantes têm manifestado publicamente as suas justas preocupações com as más condições da sua escola. A direcção do referido estabelecimento de ensino tem demonstrado idênticas preocupações.

Enquanto isso, destacados membros do PS e do PSD vão empurrando as culpas da situação de uns para os outros. O presidenta da Câmara Municipal de Valongo (CMV), Dr. Fernando Melo, jura a pés juntos que a responsabilidade de aquisição de terrenos para a construção de escolas que não sejam do 1º ciclo cabe ao governo central. Adianta, ainda, que se a CMV tivesse terrenos que pudesse disponibilizar à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que o faria. Por outro lado, o deputado Afonso Lobão tenta minimizar as responsabilidades do seu partido na questão em apreço, afirmando que tem sido prática comum do governo construir prioritariamente escolas nos concelhos onde as câmaras municipais oferecem terrenos.

O que ambos pretendem fazer esquecer é a política desastrosa de urbanização que, tanto no tempo de maioria PS como de maioria PSD na CMV, foi seguida em relação a Ermesinde e que permite que agora os responsáveis da autarquia venham dizer que esta não possui terrenos que possam ser utilizados para a construção de uma nova escola.

Quem não pode continuar a ser vítima deste jogo do empurra são os estudantes e professores da ESE e da Escola EB 2:3 de S. Lourenço que está igualmente sobrelotada.

Impõe-se a construção de uma nova escola que leccione os 2º e 3º ciclos do ensino básico na cidade de Ermesinde. Não podemos esquecer-nos da situação da freguesia de Alfena que também reclama, e com inteira justiça, por uma nova escola. A menos que a educação não seja uma prioridade e que se pretenda que os jovens ermesindenses venham a engrossar o escandaloso número de 40 mil estudantes que abandonaram a escola antes de cumprirem a escolaridade obrigatória no ano de 1999.

A nossa perspectiva é a de que a educação é essencial para o desenvolvimento dos cidadãos e do país e que por isso o Estado, a nível local e central, deve assumir a responsabilidade de garantir as condições necessárias para que o sistema de ensino funcione adequadamente.

Bem sabemos que os critérios para a adesão à moeda única e para que um país possa manter-se entre o chamado "pelotão da frente" implicam que os Estados mantenham baixos os valores da dívida pública e do défice do orçamento de Estado. Assim se compreende a actuação dos governos nacionais, que estão de mãos atadas em relação às políticas a seguir. Pouco mais fazem do que governar de acordo com as orientações do Banco Central Europeu, que vão no sentido da defesa dos interesses do grande capital financeiro.

Para nós, o mais importante é o bem-estar das populações, Nesse sentido, apelamos aos responsáveis políticos que detêm o poder de solução de um dos problemas que afecta os jovens de Ermesinde e Alfena, para que se entendam de forma a proporcionar as condições para um ensino de qualidade a que todos têm direito.

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