O subsídio só dignifica quem o concedeu, diz a Deco

09-03-2001
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O Subsídio Só Dignifica Quem o Concedeu, Diz a Deco

Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2001 "A forma como o Governo encontrou o dinheiro e o fez sair é uma questão administrativa que não nos diz respeito." Com esta afirmação, Jorge Morgado, secretário-geral e membro da direcção da Deco, resume a posição da associação sobre o processo de atribuição dos 200 mil contos destinados à sua nova sede. Remetendo assim para a esfera do Governo a questão da legalidade e da ética dos procedimentos, Jorge Morgado sustenta que "o Governo não fez mais do que a sua obrigação ao apoiar a Deco desta maneira". Na sua opinião, os apoios concedidos por este e outros governos à Deco e a outros parceiros sociais "só dignificam quem os concedeu", sendo certo que "mesmo que haja uma atitude de discriminação positiva em relação à Deco, isso só honra a associação e o Governo". De acordo com o secretário-geral da associação, que reivindica para si a dinamização de todo o processo que levou à obtenção do subsídio, a Deco estava numa sede alugada "com péssimas condições" e considerou que a celebração dos seus 25 anos de actividade, durante o ano de 1999, "era o momento oportuno para apresentar ao Governo um pedido formal que já tinha sido informalmente formulado ao longo dos anos". Resolvido o problema, Jorge Morgado sublinha que a associação "não se sente comprada" por ter recebido o subsídio e que "é completamente independente do Estado do ponto de vista financeiro". Quanto à atribuição do subsídio ter sido omitida pela revista Proteste - que constitui o único meio de comunicação entre a associação e os seus membros e nem sequer noticiou a mudança de instalações - Jorge Morgado negou qualquer intenção nesse facto, acrescentando mesmo que o desconhecia. Segundo afirmou, "foram feitos faxes para a comunicação social sobre a mudança da sede" e o novo presidente da associação, João Nabais, "disse muito claramente na inauguração das instalações, que a sede foi comprada com o subsídio". O PÚBLICO solicitou então que lhe fossem fornecidas cópias dos faxes e comunicados da associação em que se referia a celebração do protocolo ou a atribuição do subsídios, mas Jorge Morgado limitou-se a enviar duas notas de imprensa, de Março de 1999, em que se anuncia a inauguração da sede, na presença do então ministro adjunto Armando Vara e do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, Acácio Barreiros, mas não se faz qualquer referência ao subsídio. De igual modo, os jornais diários e semanários que o PÚBLICO consultou e que referem aquela inauguração nada dizem sobre a origem dos fundos que permitiram adquirir o novo espaço, o que confirma a ideia de que ela nunca foi divulgada nem por quem os atribuiu nem por quem os recebeu. J.A.C. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Governo deu 200 mil contos à DECO em segredo

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A maior associação de consumidores

Deco quis que o subsídio fosse dado a uma fundação

Uma forte presença socialista

Apoios públicos por esclarecer

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Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2001 "A forma como o Governo encontrou o dinheiro e o fez sair é uma questão administrativa que não nos diz respeito." Com esta afirmação, Jorge Morgado, secretário-geral e membro da direcção da Deco, resume a posição da associação sobre o processo de atribuição dos 200 mil contos destinados à sua nova sede. Remetendo assim para a esfera do Governo a questão da legalidade e da ética dos procedimentos, Jorge Morgado sustenta que "o Governo não fez mais do que a sua obrigação ao apoiar a Deco desta maneira". Na sua opinião, os apoios concedidos por este e outros governos à Deco e a outros parceiros sociais "só dignificam quem os concedeu", sendo certo que "mesmo que haja uma atitude de discriminação positiva em relação à Deco, isso só honra a associação e o Governo". De acordo com o secretário-geral da associação, que reivindica para si a dinamização de todo o processo que levou à obtenção do subsídio, a Deco estava numa sede alugada "com péssimas condições" e considerou que a celebração dos seus 25 anos de actividade, durante o ano de 1999, "era o momento oportuno para apresentar ao Governo um pedido formal que já tinha sido informalmente formulado ao longo dos anos". Resolvido o problema, Jorge Morgado sublinha que a associação "não se sente comprada" por ter recebido o subsídio e que "é completamente independente do Estado do ponto de vista financeiro". Quanto à atribuição do subsídio ter sido omitida pela revista Proteste - que constitui o único meio de comunicação entre a associação e os seus membros e nem sequer noticiou a mudança de instalações - Jorge Morgado negou qualquer intenção nesse facto, acrescentando mesmo que o desconhecia. Segundo afirmou, "foram feitos faxes para a comunicação social sobre a mudança da sede" e o novo presidente da associação, João Nabais, "disse muito claramente na inauguração das instalações, que a sede foi comprada com o subsídio". O PÚBLICO solicitou então que lhe fossem fornecidas cópias dos faxes e comunicados da associação em que se referia a celebração do protocolo ou a atribuição do subsídios, mas Jorge Morgado limitou-se a enviar duas notas de imprensa, de Março de 1999, em que se anuncia a inauguração da sede, na presença do então ministro adjunto Armando Vara e do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, Acácio Barreiros, mas não se faz qualquer referência ao subsídio. De igual modo, os jornais diários e semanários que o PÚBLICO consultou e que referem aquela inauguração nada dizem sobre a origem dos fundos que permitiram adquirir o novo espaço, o que confirma a ideia de que ela nunca foi divulgada nem por quem os atribuiu nem por quem os recebeu. J.A.C. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Governo deu 200 mil contos à DECO em segredo

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