EXPRESSO

20-11-2000
marcar artigo

A última jogada

Zagallo e Jacquet jogam o tudo ou nada. A crítica não os tem poupado e uma derrota significará, por certo, o fim das suas carreiras à frente das selecções. O primeiro é acusado de não ter construído uma equipa, o segundo de não ter organizado o ataque

A FINAL do Mundial-98, entre França e Brasil, para além de ser inédita, tem outra particularidade: amanhã, em Saint Denis (RTP1, 20horas), irão defrontar-se os dois treinadores mais visados pela crítica. Mas nas horas que antecedem o encontro, as recriminações estão esquecidas. Os franceses entraram em delírio com a proeza única da sua selecção, porque finalmente podem alcançar o «Graal» do futebol que há tantas décadas perseguem.

O duelo mais desejado

Ronaldo e Zidane são os «jokers» que Zagallo e Jacquet irão jogar na mais desejada final para este França-98. Se o factor casa joga a favor de uma das equipas, a experiência favorece a outra

OS PRINCIPAIS trunfos que Mário Zagallo e Aimé Jacquet vão jogar amanhã, às 20 horas, na mais desejada final do França-98 chamam-se Ronaldo e Zidane. O brasileiro não tem sido o goleador da prova, ao contrário do que talvez todos esperariam, mas também não há dúvidas de que a estratégia da equipa «canarinha» assenta nele. Não tanto pela obrigatoriedade do jogo ofensivo ter de passar pelos seus pés, mas pelo pânico que a sua movimentação inspira nos adversários.

Desventuras de um brasileiro em Paris

FLORIVAL Campos nasceu em Belo Horizonte, no seio de uma família humilde. Conta que toda a vida trabalhou «no duro», tal como o pai, mas nunca ganhou o suficiente para vencer a pobreza. Desde miúdo era perseguido por três sonhos - «Conhecer a Europa, viajar de avião e acompanhar ao vivo a carreira do Brasil numa Copa do Mundo» -, mas só aos 76 anos conseguiu concretizá-los. Parcialmente.

Mais sorte do que mérito para chegar à final

SE AS equipas brasileira e francesa se entregarem ao jogo para ganhar, poderá ser uma grande final a nível de espectáculo. Mas não antevejo um bom jogo de futebol. A pressão será o condicionador mais importante. O Brasil quer ser pentacampeão de qualquer forma e a França - pela primeira vez presente numa final - sente o peso dos adeptos e da comunicação social francesa. O que é mau.

Brasil-França também na Expo

O MAIS mediático jogo do Mundial-98 de futebol não vai registar a sua única enchente no Stade de France. A mais de 1800 quilómetros de distância do recinto onde o Brasil e a França vão discutir o título, a Praça Sony da Expo-98 tem desde já prometida uma farta assistência.

Mundial-98 não alterou hábitos portugueses

Mais de metade dos homens viram pelo menos um jogo por dia

O MUNDIAL de França não tem cativado a atenção dos portugueses. Na sondagem realizada pela Euroexpansão para o EXPRESSO, 84,1 por cento dos inquiridos dizem que as transmissões do Campeonato do Mundo de Futebol não alteraram o seu ritmo de vida. De facto, apenas 38,3 por cento confessaram ver pelo menos um jogo por dia, sendo que os homens (55,3 %) estão em maioria em relação às mulheres (22,6 %).

Os méritos dos vencidos

O JOGO para atribuição do terceiro e quarto lugares que hoje se realiza em Paris, às 20 horas, entre a Holanda e a Croácia, acaba por ser uma fraca consolação para duas selecções que justificaram, nos relvados do França-98, poder ir mais longe. Os holandeses falharam a qualificação para a sua terceira final, depois de terem sido vice-campeões em 1974, na ex-RFA, e em 1978, na Argentina.

A «traição» de Ortega

O descontrolo de Ortega acelerou a eliminação da Argentina frente à selecção holandesa

Concurso de apostas «Mundial-98»: Monteiro ameaça socialistas

O DEPUTADO Acácio Barreiros comanda agora o grupo socialista que está na frente do concurso Mundial-98 entre membros da classe política, depois de uma semana que foi marcada por algumas apostas em falta e devidamente penalizadas segundo o regulamento.

A tradição já não é o que era...

POR responsabilidade do EXPRESSO e do concurso de apostas que o jornal decidiu realizar - e no qual gostosamente tenho participado - dei comigo a ver este França-98 de forma bem diferente da de outros Mundiais: torcendo sobretudo pelos prognósticos que fazia e pelas selecções em que apostava, nem sempre coincidentes com as que melhor futebol praticavam.

A última jogada

Zagallo e Jacquet jogam o tudo ou nada. A crítica não os tem poupado e uma derrota significará, por certo, o fim das suas carreiras à frente das selecções. O primeiro é acusado de não ter construído uma equipa, o segundo de não ter organizado o ataque

A FINAL do Mundial-98, entre França e Brasil, para além de ser inédita, tem outra particularidade: amanhã, em Saint Denis (RTP1, 20horas), irão defrontar-se os dois treinadores mais visados pela crítica. Mas nas horas que antecedem o encontro, as recriminações estão esquecidas. Os franceses entraram em delírio com a proeza única da sua selecção, porque finalmente podem alcançar o «Graal» do futebol que há tantas décadas perseguem.

O duelo mais desejado

Ronaldo e Zidane são os «jokers» que Zagallo e Jacquet irão jogar na mais desejada final para este França-98. Se o factor casa joga a favor de uma das equipas, a experiência favorece a outra

OS PRINCIPAIS trunfos que Mário Zagallo e Aimé Jacquet vão jogar amanhã, às 20 horas, na mais desejada final do França-98 chamam-se Ronaldo e Zidane. O brasileiro não tem sido o goleador da prova, ao contrário do que talvez todos esperariam, mas também não há dúvidas de que a estratégia da equipa «canarinha» assenta nele. Não tanto pela obrigatoriedade do jogo ofensivo ter de passar pelos seus pés, mas pelo pânico que a sua movimentação inspira nos adversários.

Desventuras de um brasileiro em Paris

FLORIVAL Campos nasceu em Belo Horizonte, no seio de uma família humilde. Conta que toda a vida trabalhou «no duro», tal como o pai, mas nunca ganhou o suficiente para vencer a pobreza. Desde miúdo era perseguido por três sonhos - «Conhecer a Europa, viajar de avião e acompanhar ao vivo a carreira do Brasil numa Copa do Mundo» -, mas só aos 76 anos conseguiu concretizá-los. Parcialmente.

Mais sorte do que mérito para chegar à final

SE AS equipas brasileira e francesa se entregarem ao jogo para ganhar, poderá ser uma grande final a nível de espectáculo. Mas não antevejo um bom jogo de futebol. A pressão será o condicionador mais importante. O Brasil quer ser pentacampeão de qualquer forma e a França - pela primeira vez presente numa final - sente o peso dos adeptos e da comunicação social francesa. O que é mau.

Brasil-França também na Expo

O MAIS mediático jogo do Mundial-98 de futebol não vai registar a sua única enchente no Stade de France. A mais de 1800 quilómetros de distância do recinto onde o Brasil e a França vão discutir o título, a Praça Sony da Expo-98 tem desde já prometida uma farta assistência.

Mundial-98 não alterou hábitos portugueses

Mais de metade dos homens viram pelo menos um jogo por dia

O MUNDIAL de França não tem cativado a atenção dos portugueses. Na sondagem realizada pela Euroexpansão para o EXPRESSO, 84,1 por cento dos inquiridos dizem que as transmissões do Campeonato do Mundo de Futebol não alteraram o seu ritmo de vida. De facto, apenas 38,3 por cento confessaram ver pelo menos um jogo por dia, sendo que os homens (55,3 %) estão em maioria em relação às mulheres (22,6 %).

Os méritos dos vencidos

O JOGO para atribuição do terceiro e quarto lugares que hoje se realiza em Paris, às 20 horas, entre a Holanda e a Croácia, acaba por ser uma fraca consolação para duas selecções que justificaram, nos relvados do França-98, poder ir mais longe. Os holandeses falharam a qualificação para a sua terceira final, depois de terem sido vice-campeões em 1974, na ex-RFA, e em 1978, na Argentina.

A «traição» de Ortega

O descontrolo de Ortega acelerou a eliminação da Argentina frente à selecção holandesa

Concurso de apostas «Mundial-98»: Monteiro ameaça socialistas

O DEPUTADO Acácio Barreiros comanda agora o grupo socialista que está na frente do concurso Mundial-98 entre membros da classe política, depois de uma semana que foi marcada por algumas apostas em falta e devidamente penalizadas segundo o regulamento.

A tradição já não é o que era...

POR responsabilidade do EXPRESSO e do concurso de apostas que o jornal decidiu realizar - e no qual gostosamente tenho participado - dei comigo a ver este França-98 de forma bem diferente da de outros Mundiais: torcendo sobretudo pelos prognósticos que fazia e pelas selecções em que apostava, nem sempre coincidentes com as que melhor futebol praticavam.

marcar artigo