Faixas, mochilas e cassetes de vídeo

11-08-2001
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Faixas, Mochilas e Cassetes de Vídeo

Sábado, 28 de Julho de 2001

Era o autocarro dos militantes do Bloco de Esquerda (BE), mas, sem a pequena bandeira do partido, seria facilmente confundido com uma qualquer excursão de jovens. O grupo de 51 militantes do BE partiu de Lisboa na madrugada de sexta-feira. Pela frente tinha mais de dois mil quilómetros até Génova. À excepção de um ou outro comentário, um ou outro hino comunista, o percurso foi feito de uma forma perfeitamente banal. As complicações só chegaram com a fronteira italiana. Começaram logo do lado francês, com um destacamento da "gendarmerie" a mandar parar a comitiva depois de uma portagem. Uma revista ligeira, que implicou um labrador dentro do veículo e a "confiscação" de propaganda. Mais difícil foi a passagem pela fronteira de Ventimiglia. Os "carabinieri" obrigaram a uma paragem de duas horas para uma vistoria minuciosa. Revistaram tudo ao pormenor. Cada mochila e cada bandeira, exigindo visionar as cassetes de vídeo com os tempos de antena do BE. Os comentários demoraram mas chegaram. Uma "humilhação" que permitiu puxar do reportório habitual: "fascistas" e "pides" foram as expressões mais utilizadas. O que não os impediu de manifestar ruidosamente o seu orgulho quando a inspectora italiana lhes elogiou as faixas: "As mais bem feitas que viu", anunciou o bloquista Jorge Costa.

Faixas, Mochilas e Cassetes de Vídeo

Sábado, 28 de Julho de 2001

Era o autocarro dos militantes do Bloco de Esquerda (BE), mas, sem a pequena bandeira do partido, seria facilmente confundido com uma qualquer excursão de jovens. O grupo de 51 militantes do BE partiu de Lisboa na madrugada de sexta-feira. Pela frente tinha mais de dois mil quilómetros até Génova. À excepção de um ou outro comentário, um ou outro hino comunista, o percurso foi feito de uma forma perfeitamente banal. As complicações só chegaram com a fronteira italiana. Começaram logo do lado francês, com um destacamento da "gendarmerie" a mandar parar a comitiva depois de uma portagem. Uma revista ligeira, que implicou um labrador dentro do veículo e a "confiscação" de propaganda. Mais difícil foi a passagem pela fronteira de Ventimiglia. Os "carabinieri" obrigaram a uma paragem de duas horas para uma vistoria minuciosa. Revistaram tudo ao pormenor. Cada mochila e cada bandeira, exigindo visionar as cassetes de vídeo com os tempos de antena do BE. Os comentários demoraram mas chegaram. Uma "humilhação" que permitiu puxar do reportório habitual: "fascistas" e "pides" foram as expressões mais utilizadas. O que não os impediu de manifestar ruidosamente o seu orgulho quando a inspectora italiana lhes elogiou as faixas: "As mais bem feitas que viu", anunciou o bloquista Jorge Costa.

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