Distribuir, distribuir...

26-10-2000
marcar artigo

Bloco de Esquerda em Leça do Balio

Distribuir, Distribuir...

Por SOFIA BRANCO

Terça-feira, 28 de Setembro de 1999

"Surrealistas". Foi assim que Miguel Portas, cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) pelo Porto, classificou as condições de saída da fábrica de material eléctrico, Efacec, em Leça do Balio, que "obrigam" os cerca de 400 trabalhadores da empresa a passarem, todos os dias, sobre uma linha de ferro activa (Leça do Balio-Matosinhos).

Apostando na distribuição de panfletos, o BE assentou arraiais à porta de saída dos trabalhadores, para dar a conhecer um documento elaborado em conjunto com alguns trabalhadores da própria Efacec, sobre as condições reais de trabalho. À situação actual, o BE contrapõe propostas alternativas: a fiscalização do estatuto de trabalhador-estudante, a valorização das empresas que investem na formação do seu capital humano e a elaboração de contratos à experiência por um ano, em alternativa à proposta do PS de passar os contratos a prazo para quatro anos.

Conhecido da maior parte dos que passavam e denominado "camarada" por alguns, Miguel Portas, sorridente e informal, não deixou de comentar a campanha eleitoral que, segundo ele, "está a resvalar para o engodo, porque o PS reduziu-a à resposta para a questão: 'Haverá ou não maioria absoluta?'". E, frisou, "conseguiu fazer com que todos os outros partidos caíssem na esparrela". Para o BE, a questão não é se António Guterres vai continuar a ser primeiro-ministro, "porque vai continuar a sê-lo", mas como vai o PS governar se tiver maioria relativa e quando vai ceder.

Sofia Branco

Bloco de Esquerda em Leça do Balio

Distribuir, Distribuir...

Por SOFIA BRANCO

Terça-feira, 28 de Setembro de 1999

"Surrealistas". Foi assim que Miguel Portas, cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) pelo Porto, classificou as condições de saída da fábrica de material eléctrico, Efacec, em Leça do Balio, que "obrigam" os cerca de 400 trabalhadores da empresa a passarem, todos os dias, sobre uma linha de ferro activa (Leça do Balio-Matosinhos).

Apostando na distribuição de panfletos, o BE assentou arraiais à porta de saída dos trabalhadores, para dar a conhecer um documento elaborado em conjunto com alguns trabalhadores da própria Efacec, sobre as condições reais de trabalho. À situação actual, o BE contrapõe propostas alternativas: a fiscalização do estatuto de trabalhador-estudante, a valorização das empresas que investem na formação do seu capital humano e a elaboração de contratos à experiência por um ano, em alternativa à proposta do PS de passar os contratos a prazo para quatro anos.

Conhecido da maior parte dos que passavam e denominado "camarada" por alguns, Miguel Portas, sorridente e informal, não deixou de comentar a campanha eleitoral que, segundo ele, "está a resvalar para o engodo, porque o PS reduziu-a à resposta para a questão: 'Haverá ou não maioria absoluta?'". E, frisou, "conseguiu fazer com que todos os outros partidos caíssem na esparrela". Para o BE, a questão não é se António Guterres vai continuar a ser primeiro-ministro, "porque vai continuar a sê-lo", mas como vai o PS governar se tiver maioria relativa e quando vai ceder.

Sofia Branco

marcar artigo