Bloco de Esquerda pede interrupção das obras no Parque da Cidade

22-07-2001
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Bloco de Esquerda Pede Interrupção das Obras no Parque da Cidade

Domingo, 24 de Junho de 2001

"Debate público já começou tarde"

O Bloco de Esquerda pediu ontem a interrupção imediata das obras que já estão em andamento na frente marítima do Parque da Cidade do Porto, que seja feita a divulgação de toda a informação sobre o projecto e que se constitua um conselho consultivo. "Se o presidente da câmara pretende lançar um amplo debate público, nós afirmamos que já começa tarde", afirma o Bloco de Esquerda, em comunicado.

Para o Bloco de Esquerda, que apresentou Teixeira Lopes como candidato à autarquia, a requalificação da frente marítima da cidade do Porto não é mais do que "uma outra peça do 'puzzle' em que a cidade se tem vindo a tornar". "O executivo camarário é notoriamente incapaz de promover uma concepção global do projecto de cidade, com um desenho claro quanto às suas diversas centralidades, as suas vocações específicas e distribuição do tecido humano", acusam.

Quanto ao argumento avançado por Nuno Cardoso para justificar a necessidade de gerar receitas para sustentar o próprio investimento, os bloquistas respondem que o processo está invertido. "As opções financeiras não podem justificar escolhas, mas, pelo contrário, são as escolhas que dão pista para optar por formas de financiamento", justificam.

O Bloco de Esquerda defende um planeamento integrado que tenha em linha de conta não só um plano de mobilidade para a cidade, mas que abarque perspectivas de equilíbrio de ocupação habitacional, diversidade social, controlo do custo de propriedade e equipamentos que vão ao encontro das necessidades da população. Por isso, os bloquistas pretendem ainda saber se é habitação de luxo a que se pretende construir, e se com ela se vai prolongar a caracterização sociológica que já está presente a sul do próprio Parque da Cidade. "Consideramos que é possível exercer controlo de preços de construção e deste modo combater a especulação com o valor das propriedades já instaladas na zona. Mas isso não é compatível com qualquer tipo de cumplicidade, como a que tem vindo a ser sugerido que possa existir entre a presidência da câmara e qualquer empresa construtora", defendem.

Bloco de Esquerda Pede Interrupção das Obras no Parque da Cidade

Domingo, 24 de Junho de 2001

"Debate público já começou tarde"

O Bloco de Esquerda pediu ontem a interrupção imediata das obras que já estão em andamento na frente marítima do Parque da Cidade do Porto, que seja feita a divulgação de toda a informação sobre o projecto e que se constitua um conselho consultivo. "Se o presidente da câmara pretende lançar um amplo debate público, nós afirmamos que já começa tarde", afirma o Bloco de Esquerda, em comunicado.

Para o Bloco de Esquerda, que apresentou Teixeira Lopes como candidato à autarquia, a requalificação da frente marítima da cidade do Porto não é mais do que "uma outra peça do 'puzzle' em que a cidade se tem vindo a tornar". "O executivo camarário é notoriamente incapaz de promover uma concepção global do projecto de cidade, com um desenho claro quanto às suas diversas centralidades, as suas vocações específicas e distribuição do tecido humano", acusam.

Quanto ao argumento avançado por Nuno Cardoso para justificar a necessidade de gerar receitas para sustentar o próprio investimento, os bloquistas respondem que o processo está invertido. "As opções financeiras não podem justificar escolhas, mas, pelo contrário, são as escolhas que dão pista para optar por formas de financiamento", justificam.

O Bloco de Esquerda defende um planeamento integrado que tenha em linha de conta não só um plano de mobilidade para a cidade, mas que abarque perspectivas de equilíbrio de ocupação habitacional, diversidade social, controlo do custo de propriedade e equipamentos que vão ao encontro das necessidades da população. Por isso, os bloquistas pretendem ainda saber se é habitação de luxo a que se pretende construir, e se com ela se vai prolongar a caracterização sociológica que já está presente a sul do próprio Parque da Cidade. "Consideramos que é possível exercer controlo de preços de construção e deste modo combater a especulação com o valor das propriedades já instaladas na zona. Mas isso não é compatível com qualquer tipo de cumplicidade, como a que tem vindo a ser sugerido que possa existir entre a presidência da câmara e qualquer empresa construtora", defendem.

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