Inquérito

26-05-2001
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Inquérito

Sábado, 26 de Maio de 2001

1. Quando as pessoas colocam a intimidade sob a vigilância das câmaras, estão a fazer uso legítimo da sua liberdade e do seu direito de escolha?

2. Acha que a guerra de audiências entre televisões está a determinar a evolução dos valores sociais?

Estrela Serrano, provedora do leitor do "Diário de Notícias"

1. A liberdade individual não pode ser encarada apenas do ponto de vista de um indivíduo face a outros indivíduos, mas sim do ponto de vista da comunidade que eles formam conjuntamente e cujas determinações estruturais, culturais e institucionais autorizam, favorecem ou excluem certas formas de realização da liberdade individual. A exposição da intimidade em público não corresponde, a meu ver, a um uso legítimo (no sentido ético e não apenas formal) da liberdade individual.

2. A guerra das audiências é uma das componentes da democracia de massas. Mas não é a única. As instituições que antes organizavam o sentido, a identidade e a autoridade perderam relevância e influência. Em seu lugar, desenvolveu-se uma sociedade mais complexa, repleta de múltiplos grupos de interesse e de valores contraditórios. A guerra das audiências, como componente dos sistemas mediáticos das democracias de massas, influencia as transformações sociais ao nível dos valores, comportamentos, etc., sendo também influenciada por elas.

Deputado do CDS/PP, Narana Coissaró

1. Julgo que estas pessoas não têm a noção exacta de conceitos como a dignidade humana, a intimidade da vida privada, o exibicionismo e a utilização de homens e mulheres por um objectivo lucrativo. Por isso, nem sequer se põe o problema de liberdade e escolha.

2. Sim, em muito mau sentido, com graves prejuízos para a sociedade.

Inquérito

Sábado, 26 de Maio de 2001

1. Quando as pessoas colocam a intimidade sob a vigilância das câmaras, estão a fazer uso legítimo da sua liberdade e do seu direito de escolha?

2. Acha que a guerra de audiências entre televisões está a determinar a evolução dos valores sociais?

Estrela Serrano, provedora do leitor do "Diário de Notícias"

1. A liberdade individual não pode ser encarada apenas do ponto de vista de um indivíduo face a outros indivíduos, mas sim do ponto de vista da comunidade que eles formam conjuntamente e cujas determinações estruturais, culturais e institucionais autorizam, favorecem ou excluem certas formas de realização da liberdade individual. A exposição da intimidade em público não corresponde, a meu ver, a um uso legítimo (no sentido ético e não apenas formal) da liberdade individual.

2. A guerra das audiências é uma das componentes da democracia de massas. Mas não é a única. As instituições que antes organizavam o sentido, a identidade e a autoridade perderam relevância e influência. Em seu lugar, desenvolveu-se uma sociedade mais complexa, repleta de múltiplos grupos de interesse e de valores contraditórios. A guerra das audiências, como componente dos sistemas mediáticos das democracias de massas, influencia as transformações sociais ao nível dos valores, comportamentos, etc., sendo também influenciada por elas.

Deputado do CDS/PP, Narana Coissaró

1. Julgo que estas pessoas não têm a noção exacta de conceitos como a dignidade humana, a intimidade da vida privada, o exibicionismo e a utilização de homens e mulheres por um objectivo lucrativo. Por isso, nem sequer se põe o problema de liberdade e escolha.

2. Sim, em muito mau sentido, com graves prejuízos para a sociedade.

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