PCP acusa PS de pressionar e instrumentalizar RTP

25-07-2001
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PCP Acusa PS de Pressionar e Instrumentalizar RTP

Quarta-feira, 25 de Julho de 2001 Discussão chegou ao Parlamento Comunistas reclamam fim das "pressões inadmissíveis", socialistas respondem que as críticas são a prova de que não controlo PS na televisão pública As pressões do PS sobre a direcção de informação da RTP foram ontem discutidas na comissão permanente da Assembleia da República. O assunto, levantado na edição de sábado do PÙBLICO, motivou acusações do PCP, que reclama "a cessação imediata deste tipo de procedimento". O PP, que também entrou na discussão, defende que os socialistas terão de responder pela situação da estação pública. Na reunião da comissão permanente da Assembleia, o PCP acusou o PS de pressionar e instrumentalizar a RTP ao "exigir um tratamento preferencial" na cobertura da campanha para as autárquicas, tentando colocar a televisão pública ao serviço de interesses eleitorais. Apontando o dedo à socialista Edite Estrela, por ter recriminado a RTP e defendido a sua privatização, e a Jorge Coelho, por lançar "pressões inadmissíveis" sobre o serviço público, o deputado comunista António Filipe exigiu "a cessação imediata deste tipo de procedimento". "Decididamente, começa a estalar o verniz aos dirigentes do PS. (...) Agora, o objectivo declarado destes dirigentes é poder controlar a televisão pública e colocá-la ao serviço dos seus objectivos eleitorais", sustentou. António Filipe lembrou que, recentemente, numa acção de campanha para as autárquicas, o ex-ministro Jorge Coelho "se queixou" do facto de a "RTP não ter estado no local", quando, antes, o secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho, havia garantido ter terminado "a manipulação partidária" do serviço público. Para o PCP, a atitude do PS "é grave", porque revela "com muita clareza" a vontade dos dirigentes socialistas "de recorrer a todos os meios do Estado" para "influenciar, a seu favor, o resultado das eleições autárquicas". O PS defendeu-se, pela voz do deputado Strech Ribeiro, alegando que o facto de os socialistas criticarem o serviço público de televisão "prova que não o controlam". Sílvio Cervan, do CDS/PP, interveio na reunião da comissão permanente - órgão que substitui o plenário em período de férias parlamentares -, para sustentar que a RTP "se meteu num gueto e num fosso pelo qual o PS terá de responder" e para avisar os socialistas que a responsabilidade pelo caminho que a televisão pública tomou "é também política". As pressões de dirigentes sobre a RTP estão igualmente a provocar mal estar no seio dos socialistas, ou pelo menos de alguns socialistas. É o caso do presidente da estação, João Carlos Silva, e do secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho. Este último seria também alvo de reparos dos socialistas que consideram nada ter mudado na estação desde que o PS chegou ao poder. Confrontado há dias com as pressões do PS ao trabalho da RTP [PÚBLICO, 21/07/01], o director de Informação, José Rodrigues dos Santos, reconheceu que é legítimo fazer reparos mas declarou ser "um bocado estranho" que eles sejam feitos apenas à televisão pública. "Porque é que [na RTP] não podemos ser jornalistas e temos de andar a cronometrar o tempo dado a cada candidato?"questionou-se. Lusa/PÚBLICO OUTROS TÍTULOS EM MEDIA PCP acusa PS de pressionar e instrumentalizar RTP

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Quarta-feira, 25 de Julho de 2001 Discussão chegou ao Parlamento Comunistas reclamam fim das "pressões inadmissíveis", socialistas respondem que as críticas são a prova de que não controlo PS na televisão pública As pressões do PS sobre a direcção de informação da RTP foram ontem discutidas na comissão permanente da Assembleia da República. O assunto, levantado na edição de sábado do PÙBLICO, motivou acusações do PCP, que reclama "a cessação imediata deste tipo de procedimento". O PP, que também entrou na discussão, defende que os socialistas terão de responder pela situação da estação pública. Na reunião da comissão permanente da Assembleia, o PCP acusou o PS de pressionar e instrumentalizar a RTP ao "exigir um tratamento preferencial" na cobertura da campanha para as autárquicas, tentando colocar a televisão pública ao serviço de interesses eleitorais. Apontando o dedo à socialista Edite Estrela, por ter recriminado a RTP e defendido a sua privatização, e a Jorge Coelho, por lançar "pressões inadmissíveis" sobre o serviço público, o deputado comunista António Filipe exigiu "a cessação imediata deste tipo de procedimento". "Decididamente, começa a estalar o verniz aos dirigentes do PS. (...) Agora, o objectivo declarado destes dirigentes é poder controlar a televisão pública e colocá-la ao serviço dos seus objectivos eleitorais", sustentou. António Filipe lembrou que, recentemente, numa acção de campanha para as autárquicas, o ex-ministro Jorge Coelho "se queixou" do facto de a "RTP não ter estado no local", quando, antes, o secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho, havia garantido ter terminado "a manipulação partidária" do serviço público. Para o PCP, a atitude do PS "é grave", porque revela "com muita clareza" a vontade dos dirigentes socialistas "de recorrer a todos os meios do Estado" para "influenciar, a seu favor, o resultado das eleições autárquicas". O PS defendeu-se, pela voz do deputado Strech Ribeiro, alegando que o facto de os socialistas criticarem o serviço público de televisão "prova que não o controlam". Sílvio Cervan, do CDS/PP, interveio na reunião da comissão permanente - órgão que substitui o plenário em período de férias parlamentares -, para sustentar que a RTP "se meteu num gueto e num fosso pelo qual o PS terá de responder" e para avisar os socialistas que a responsabilidade pelo caminho que a televisão pública tomou "é também política". As pressões de dirigentes sobre a RTP estão igualmente a provocar mal estar no seio dos socialistas, ou pelo menos de alguns socialistas. É o caso do presidente da estação, João Carlos Silva, e do secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho. Este último seria também alvo de reparos dos socialistas que consideram nada ter mudado na estação desde que o PS chegou ao poder. Confrontado há dias com as pressões do PS ao trabalho da RTP [PÚBLICO, 21/07/01], o director de Informação, José Rodrigues dos Santos, reconheceu que é legítimo fazer reparos mas declarou ser "um bocado estranho" que eles sejam feitos apenas à televisão pública. "Porque é que [na RTP] não podemos ser jornalistas e temos de andar a cronometrar o tempo dado a cada candidato?"questionou-se. Lusa/PÚBLICO OUTROS TÍTULOS EM MEDIA PCP acusa PS de pressionar e instrumentalizar RTP

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