DN

10-05-2001
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O processo disciplinar a Campelo estará concluído para a semana e entre os elementos da Comissão Directiva dos populares a questão não é pacífica. De qualquer forma, ao que o DN apurou, o líder do partido mantém-se inflexível. Paulo Portas não aceita "transigir" em relação a este caso e prefere ficar sem candidato numa das oito Câmaras que o PP detém.

Paulo Portas foi parco em declarações ao DN, limitando-se a afirmar que aguarda "pela saída da decisão do Conselho de Jurisidição", preferindo não se pronunciar antecipadamente.

Mas fontes próximas do presidente do PP disseram que esta "é uma questão de princípio" para Portas e que o líder popular "não tem condescendência" para com Campelo, não podendo, portanto, este vir a ser o candidato do partido nas eleições autárquicas de Dezembro próximo.

A ideia é não perder a face depois do que o próprio Paulo Portas disse na ocasião da aprovação do OE: era preferível perder uma Câmara e um amigo a perder a alma. Portas "não vai ser mais um no pantâno da política portuguesa", em que "se admitem todos os negócios de princípios", afirmaram as fontes.

A questão está longe de ser pacífica entre a direcção popular. É conhecida a posição do coordenador autárquico, Anacoreta Correia, segundo o qual Campelo poderia ser sempre o candidato do partido por Ponte de Lima. Até porque o CDS/PP não se pode dar ao luxo de dispensar mais um autarca, quando já ficou sem o presidente da Câmara da Batalha, que vai apresentar-se nas listas do PSD.

Daniel Campelo recusa falar sobre o processo disciplinar até que o Conselho Nacional de Jurisdição lhe transmita as conclusões do inquérito. Mas uma coisa é certa: o presidente da Câmara de Ponte de Lima mantém a declaração proferida na altura da polémica aprovação do "orçamento do queijo", segundo a qual "enquanto for militante do partido só será candidato à autarquia pelo PP".

"Obedecerei sempre e só à minha consciência e aos compromissos assumidos, quer perante o eleitorado, quer perante as pessoas que me convidam" a integrar uma lista, disse.

Diogo Feyo, presidente do Conselho de Jurisdição do CDS/PP, prefere manter segredo até que o processo esteja concluído. Apesar de não querer avançar com datas, o mais provável é que tal aconteça na próxima semana.

"Qualquer comentário seria extemporâneo. Da minha parte, não vou dizer qual a sanção proposta no relatório" até que todos os envolvidos sejam informados, declarou ao DN o dirigente popular.

Feyo recorda que há cinco sanções possíveis: aviso, repreensão, suspensão de eleger ou ser eleito nos órgãos do partido, suspensão de militante e expulsão. E não deixa de dizer que há ainda uma sexta hipótese - a de Daniel Campelo sair ileso deste processo. A suspensão é, contudo, o cenário mais provável.

O processo disciplinar a Campelo estará concluído para a semana e entre os elementos da Comissão Directiva dos populares a questão não é pacífica. De qualquer forma, ao que o DN apurou, o líder do partido mantém-se inflexível. Paulo Portas não aceita "transigir" em relação a este caso e prefere ficar sem candidato numa das oito Câmaras que o PP detém.

Paulo Portas foi parco em declarações ao DN, limitando-se a afirmar que aguarda "pela saída da decisão do Conselho de Jurisidição", preferindo não se pronunciar antecipadamente.

Mas fontes próximas do presidente do PP disseram que esta "é uma questão de princípio" para Portas e que o líder popular "não tem condescendência" para com Campelo, não podendo, portanto, este vir a ser o candidato do partido nas eleições autárquicas de Dezembro próximo.

A ideia é não perder a face depois do que o próprio Paulo Portas disse na ocasião da aprovação do OE: era preferível perder uma Câmara e um amigo a perder a alma. Portas "não vai ser mais um no pantâno da política portuguesa", em que "se admitem todos os negócios de princípios", afirmaram as fontes.

A questão está longe de ser pacífica entre a direcção popular. É conhecida a posição do coordenador autárquico, Anacoreta Correia, segundo o qual Campelo poderia ser sempre o candidato do partido por Ponte de Lima. Até porque o CDS/PP não se pode dar ao luxo de dispensar mais um autarca, quando já ficou sem o presidente da Câmara da Batalha, que vai apresentar-se nas listas do PSD.

Daniel Campelo recusa falar sobre o processo disciplinar até que o Conselho Nacional de Jurisdição lhe transmita as conclusões do inquérito. Mas uma coisa é certa: o presidente da Câmara de Ponte de Lima mantém a declaração proferida na altura da polémica aprovação do "orçamento do queijo", segundo a qual "enquanto for militante do partido só será candidato à autarquia pelo PP".

"Obedecerei sempre e só à minha consciência e aos compromissos assumidos, quer perante o eleitorado, quer perante as pessoas que me convidam" a integrar uma lista, disse.

Diogo Feyo, presidente do Conselho de Jurisdição do CDS/PP, prefere manter segredo até que o processo esteja concluído. Apesar de não querer avançar com datas, o mais provável é que tal aconteça na próxima semana.

"Qualquer comentário seria extemporâneo. Da minha parte, não vou dizer qual a sanção proposta no relatório" até que todos os envolvidos sejam informados, declarou ao DN o dirigente popular.

Feyo recorda que há cinco sanções possíveis: aviso, repreensão, suspensão de eleger ou ser eleito nos órgãos do partido, suspensão de militante e expulsão. E não deixa de dizer que há ainda uma sexta hipótese - a de Daniel Campelo sair ileso deste processo. A suspensão é, contudo, o cenário mais provável.

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