Histórias de Nova Iorque

26-09-2001
marcar artigo

Histórias de Nova Iorque

Quarta-feira, 26 de Setembro de 2001

Capacetes e "T-shirts" dos bombeiros fazem furor

Para homenagearem os seus heróis - os bombeiros da cidade -, os nova-iorquinos armaram-se de capacetes, "T-shirts" e "souvenirs" com a sigla dos bombeiros da cidade: FDNY. Na New York Firefighter''s Friend, uma pequena loja na Lafayette Street, sul de Manhattan, uma dúzia de clientes fazem fila para comprar artigos do Fire Department, New York. O que mais vende, conta a agência AFP, é o capacete azul com FDNY em letras vermelhas, tornado célebre pelo presidente da câmara, Rudolph Giuliani, nas suas conferências de imprensa. "Este capacete é o mais popular. Vendemos 288 num dia", confirma um vendedor. Michael Gautier, bombeiro de Tampa (Florida), veio comprar "T-shirts" para mostrar o seu apoio aos bombeiros de Nova Iorque. "Eles fizeram um super trabalho e nós somos uma grande família, por isso estamos aqui para contribuir para os seus fundos de apoio."

"We are family" a favor das vítimas

Actores, músicos e desportistas encontraram-se em estúdio para gravar um disco destinado a recolher fundos para as vítimas dos atentados de 11 de Setembro. As gravações foram feitas em estúdios nos dois lados da costa dos Estados Unidos. A música escolhida foi "We are family", dos americanos Sister Sledge, de 1979. Para além de recolher fundos, pretende-se que este disco seja um apelo à unidade numa altura de divisão racial, segundo os mentores do projecto, o produtor Nile Rodgers e o apresentador Montel Williams. Para além dos Sister Sledge, cantam a nova versão Steve Tyler (Aerosmith), Elton John, Cyndi Lauper, Mick Jones (Foreigner) e Diana Ross. Vão ainda participar na gravação desportistas, como John McEnroe e Andre Agassi, e actores, como Kevin Bacon.

Cabeça de Bin Laden para tiro ao alvo

A cabeça de Bin Laden em cartão tornou-se muito popular para tiro ao alvo, nos Estados Unidos. "Um homem veio cá a semana passada com fotocópias da fotografia de Bin Laden. Depois, cada vez mais pessoas a começaram a utilizar para se entreter", explica o instrutor de tiro de Gulfport (sul do Mississipi) Don Martin. No muro do campo de tiro, estão fotos do milionário de origem saudita crivadas de balas. Segundo Don Martin, que trabalha também na polícia municipal, o número de praticantes de tiro aumentou de modo significativo depois dos ataques, a ponto de, no domingo, chegar a haver uma fila de espera. "Há cada vez mais pessoas a atirar pela primeira vez. Alguns até trazem as suas mulheres", conta.

Vírus mascarado de "voto" em sondagem sobre guerra

Peritos de segurança avisaram no início da semana para o perigo de um novo vírus disfarçado de um programa que permitiria ao utilizador votar numa sondagem sobre se deveriam os Estados Unidos entrar em guerra depois dos atentados de 11 de Setembro. Segundo a Reuters, o vírus apaga os ficheiros do computador. O vírus está a espalhar-se via e-mail para os utilizadores do Outlook da Microsoft. O "subject" do e-mail é "Peace between America and Islam!" e no corpo da mensagem está: "Hi. Is it a war against America or Islam!? Let''s vote to live in peace!" Ao abrir o "attachment", chamado "WTC.exe", o vírus apaga todos os ficheiros no disco duro do computador e manda cópias do e-mail para todos os contactos do utilizador.

Japoneses nervosos procuram segurança em "bunkers"

Alguns japoneses preocupados com a segurança depois dos ataques a Nova Iorque e Washington estão a procurar "bunkers" nucleares. Seiichiro Nishimoto, presidente da Shelter, uma empresa de bens de emergência baseada em Osaka, afirma que a companhia tem registado encomendas de pessoas procurando abrigos subterrâneos depois dos ataques, diz a agência Reuters. "Costumávamos ter algumas chamadas por ano de pessoas interessadas nos abrigos subterrâneos, mas agora estamos a ser literalmente inundados por pedidos de informação", diz Seiichiro Nishimoto. "Há dez anos que vendo ''bunkers'' nucleares e só vendi cinco. Mas desde 11 de Setembro já vendi três." Os "bunkers" medem 20 metros quadrados - têm capacidade para cinco pessoas, segundo o vendedor - têm paredes de 30 centímetros de cimento e estão equipados com filtros de ar vindos da Suíça que protegem contra poeiras nucleares e gases venenosos. Custam cerca de 5300 contos (à volta de 26.500 euros).

Histórias de Nova Iorque

Quarta-feira, 26 de Setembro de 2001

Capacetes e "T-shirts" dos bombeiros fazem furor

Para homenagearem os seus heróis - os bombeiros da cidade -, os nova-iorquinos armaram-se de capacetes, "T-shirts" e "souvenirs" com a sigla dos bombeiros da cidade: FDNY. Na New York Firefighter''s Friend, uma pequena loja na Lafayette Street, sul de Manhattan, uma dúzia de clientes fazem fila para comprar artigos do Fire Department, New York. O que mais vende, conta a agência AFP, é o capacete azul com FDNY em letras vermelhas, tornado célebre pelo presidente da câmara, Rudolph Giuliani, nas suas conferências de imprensa. "Este capacete é o mais popular. Vendemos 288 num dia", confirma um vendedor. Michael Gautier, bombeiro de Tampa (Florida), veio comprar "T-shirts" para mostrar o seu apoio aos bombeiros de Nova Iorque. "Eles fizeram um super trabalho e nós somos uma grande família, por isso estamos aqui para contribuir para os seus fundos de apoio."

"We are family" a favor das vítimas

Actores, músicos e desportistas encontraram-se em estúdio para gravar um disco destinado a recolher fundos para as vítimas dos atentados de 11 de Setembro. As gravações foram feitas em estúdios nos dois lados da costa dos Estados Unidos. A música escolhida foi "We are family", dos americanos Sister Sledge, de 1979. Para além de recolher fundos, pretende-se que este disco seja um apelo à unidade numa altura de divisão racial, segundo os mentores do projecto, o produtor Nile Rodgers e o apresentador Montel Williams. Para além dos Sister Sledge, cantam a nova versão Steve Tyler (Aerosmith), Elton John, Cyndi Lauper, Mick Jones (Foreigner) e Diana Ross. Vão ainda participar na gravação desportistas, como John McEnroe e Andre Agassi, e actores, como Kevin Bacon.

Cabeça de Bin Laden para tiro ao alvo

A cabeça de Bin Laden em cartão tornou-se muito popular para tiro ao alvo, nos Estados Unidos. "Um homem veio cá a semana passada com fotocópias da fotografia de Bin Laden. Depois, cada vez mais pessoas a começaram a utilizar para se entreter", explica o instrutor de tiro de Gulfport (sul do Mississipi) Don Martin. No muro do campo de tiro, estão fotos do milionário de origem saudita crivadas de balas. Segundo Don Martin, que trabalha também na polícia municipal, o número de praticantes de tiro aumentou de modo significativo depois dos ataques, a ponto de, no domingo, chegar a haver uma fila de espera. "Há cada vez mais pessoas a atirar pela primeira vez. Alguns até trazem as suas mulheres", conta.

Vírus mascarado de "voto" em sondagem sobre guerra

Peritos de segurança avisaram no início da semana para o perigo de um novo vírus disfarçado de um programa que permitiria ao utilizador votar numa sondagem sobre se deveriam os Estados Unidos entrar em guerra depois dos atentados de 11 de Setembro. Segundo a Reuters, o vírus apaga os ficheiros do computador. O vírus está a espalhar-se via e-mail para os utilizadores do Outlook da Microsoft. O "subject" do e-mail é "Peace between America and Islam!" e no corpo da mensagem está: "Hi. Is it a war against America or Islam!? Let''s vote to live in peace!" Ao abrir o "attachment", chamado "WTC.exe", o vírus apaga todos os ficheiros no disco duro do computador e manda cópias do e-mail para todos os contactos do utilizador.

Japoneses nervosos procuram segurança em "bunkers"

Alguns japoneses preocupados com a segurança depois dos ataques a Nova Iorque e Washington estão a procurar "bunkers" nucleares. Seiichiro Nishimoto, presidente da Shelter, uma empresa de bens de emergência baseada em Osaka, afirma que a companhia tem registado encomendas de pessoas procurando abrigos subterrâneos depois dos ataques, diz a agência Reuters. "Costumávamos ter algumas chamadas por ano de pessoas interessadas nos abrigos subterrâneos, mas agora estamos a ser literalmente inundados por pedidos de informação", diz Seiichiro Nishimoto. "Há dez anos que vendo ''bunkers'' nucleares e só vendi cinco. Mas desde 11 de Setembro já vendi três." Os "bunkers" medem 20 metros quadrados - têm capacidade para cinco pessoas, segundo o vendedor - têm paredes de 30 centímetros de cimento e estão equipados com filtros de ar vindos da Suíça que protegem contra poeiras nucleares e gases venenosos. Custam cerca de 5300 contos (à volta de 26.500 euros).

marcar artigo