Utentes Criam "Livro Negro" do Hospital Amadora-Sintra
Quarta-feira, 7 de Março de 2001
PCP prepara iniciativa legislativa sobre gestão na Saúde
A Comissão de Utentes do Hospital Amadora-Sintra está a elaborar um "livro negro" com reclamações dos seis anos de gestão privada do hospital, para impedir a renovação do contrato em Junho deste ano.
"Vamos enviar o livro negro em Abril para a senhora ministra da Saúde, bem como recortes do que se tem escrito na comunicação social sobre o serviço do hospital", disse à Lusa António Nunes, presidente da Comissão de Utentes daquele hospital. A comissão espera que o ministério renuncie, até Junho deste ano, à renovação do contrato de gestão privada do hospital, válido até Dezembro de 2001.
Apesar das poucas reclamações por escrito (cerca de 30) que já constam no "livro negro", António Nunes diz que "estão muito bem fundamentadas" e algumas deram mesmo lugar a processos contra a gestão deste hospital público. "Há processos que estão em tribunal e até mesmo na Procuradoria Geral da República", frisou, explicando que as pessoas raramente optam pela reclamação escrita por preferirem o "desabafo" ao telefone ou pessoalmente.
Também contra a gestão privada nos hospitais, o PCP prepara-se para apresentar em breve uma iniciativa legislativa sobre a gestão das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), destinada a "provar que é possível, na gestão pública, ter melhores resultados".
Em declarações à Lusa, o deputado comunista Bernardino Soares diz que no texto em preparação pelo PCP constam propostas como a adopção do concurso como método de selecção dos membros dos conselhos de administração dos hospitais e das direcções dos serviços de saúde, assim como a participação das autarquias em "órgãos com poder de decisão ao nível dos Sistemas Locais de Saúde".
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Utentes Criam "Livro Negro" do Hospital Amadora-Sintra
Quarta-feira, 7 de Março de 2001
PCP prepara iniciativa legislativa sobre gestão na Saúde
A Comissão de Utentes do Hospital Amadora-Sintra está a elaborar um "livro negro" com reclamações dos seis anos de gestão privada do hospital, para impedir a renovação do contrato em Junho deste ano.
"Vamos enviar o livro negro em Abril para a senhora ministra da Saúde, bem como recortes do que se tem escrito na comunicação social sobre o serviço do hospital", disse à Lusa António Nunes, presidente da Comissão de Utentes daquele hospital. A comissão espera que o ministério renuncie, até Junho deste ano, à renovação do contrato de gestão privada do hospital, válido até Dezembro de 2001.
Apesar das poucas reclamações por escrito (cerca de 30) que já constam no "livro negro", António Nunes diz que "estão muito bem fundamentadas" e algumas deram mesmo lugar a processos contra a gestão deste hospital público. "Há processos que estão em tribunal e até mesmo na Procuradoria Geral da República", frisou, explicando que as pessoas raramente optam pela reclamação escrita por preferirem o "desabafo" ao telefone ou pessoalmente.
Também contra a gestão privada nos hospitais, o PCP prepara-se para apresentar em breve uma iniciativa legislativa sobre a gestão das unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), destinada a "provar que é possível, na gestão pública, ter melhores resultados".
Em declarações à Lusa, o deputado comunista Bernardino Soares diz que no texto em preparação pelo PCP constam propostas como a adopção do concurso como método de selecção dos membros dos conselhos de administração dos hospitais e das direcções dos serviços de saúde, assim como a participação das autarquias em "órgãos com poder de decisão ao nível dos Sistemas Locais de Saúde".